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23 de agosto de 2023

  • PIB da soja e do biodiesel no Brasil pode subir 20% em 2023

    Os segmentos do PIB registram crescimento de 6,2% para insumos, 38,47% para a soja dentro da porteira, 3,88% para a agroindústria e 15,66% para os agrosserviços

    PIB total da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 19,88% em 2023.

    A estimativa é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    Pesquisadores  afirmam que esse desempenho reflete os crescimentos estimados em todos os segmentos do PIB.

    Os segmentos do PIB registram crescimento de 6,2% para insumos, 38,47% para a soja dentro da porteira, 3,88% para a agroindústria e 15,66% para os agrosserviços.

    Dessa forma, a cadeia produtiva pode alcançar um valor de PIB agregado de R$ 691 bilhões em 2023.

    Esse valor representa 28,5% do PIB do agronegócio brasileiro.

    Além disso, esse montante corresponde a 6,3% do PIB total do País.

    Apesar desse excelente resultado do PIB (medido por uma perspectiva de volume), devido ao comportamento desfavorável dos preços, pesquisadores do Cepea/Abiove ressaltam que o aumento do PIB-renda poderá ser de apenas 0,42% em 2023 – em outras palavras, a renda auferida pelos agentes da cadeia produtiva poderá crescer apenas 0,42% acima da inflação média do País (medida pelo deflator do PIB nacional).

    Mercado de trabalho

    A população ocupada (PO) na cadeia da soja e do biodiesel no primeiro trimestre de 2023 foi de 2,4 milhões de pessoas, 12,64% acima do primeiro trimestre de 2022. Com esse resultado, a tendência de aumento da participação da PO da cadeia produtiva na PO do agronegócio e na do Brasil se manteve. No primeiro trimestre, essas participações foram de 10,54% com relação ao agronegócio e de 2,46% com relação à economia. Na comparação entre os primeiros trimestres de 2022 e 2023, a PO cresceu para todos os segmentos da cadeia produtiva, exceto a agroindústria.

    Em relação ao perfil da mão de obra, a cadeia se manteve relativamente formalizada entre os primeiros trimestres de 2022 e de 2023. Os empregados com carteira assinada representaram 46% do total de pessoas ocupadas; a participação feminina manteve-se reduzida, sendo 35% da PO. Quanto à escolaridade, a cadeia produtiva manteve destaque positivo se comparada ao agronegócio.

    Comércio exterior

    Apesar dos valores recordes em 2022, a receita com as exportações dos produtos da cadeia produtiva teve um aumento de 2,46% no primeiro trimestre de 2023. Isso ocorreu em comparação ao mesmo período de 2022.

    Esse crescimento trimestral do valor exportado está atrelado aos maiores preços de exportação (+8,85%). Isso ocorreu apesar do menor volume embarcado, que teve uma redução de 5,87%, de acordo com pesquisadores do Cepea/Abiove.

    O avanço no valor exportado foi impulsionado por aumentos no farelo, óleo e biodiesel. Houve exportações menores para a soja em grão, glicerol e proteína de soja.

    O biodiesel foi o produto com aumento mais expressivo nas exportações no primeiro trimestre, que cresceram em valor (213,09%) e, sobretudo, em quantidade (393,05%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preços do leite ao produtor continuam caindo no Brasil

    As importações de produtos lácteos caíram em julho, porém, ainda se mantiveram em níveis elevados e com preços competitivos

    Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade Estadual de São Paulo (USP) divulgou uma pesquisa que mostra que o preço médio do leite caiu pelo segundo mês consecutivo.

    No mês de junho, o preço médio do leite cru captado por laticínios teve a segunda queda consecutiva, chegando a R$ 2,5568/litro na “Média Brasil” líquida.

    Isso representa uma redução de 6,02% em relação a maio e de 22,38% em comparação com junho de 2022, considerando valores reais.

    Com o resultado, o preço do leite cru encerrou o primeiro semestre com uma média de R$ 2,7505/litro, acumulando uma queda de 1,4%.

    No entanto, ainda é 3,31% superior ao mesmo período do ano anterior.

    Pesquisas  indicam que o preço do leite captado em julho terá uma redução em torno de 5%, mantendo a tendência de queda.

    Redução observada em toda a cadeia produtiva

    A desvalorização do leite desde maio está em consonância com a redução observada em toda a cadeia produtiva.

    Segundo os pesquisadores, isso é justificado pela combinação do consumo enfraquecido, redução de custos e aumento das importações.

    Durante o atual período de entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste, a produção é limitada pelo clima de inverno seco. Isso resulta em disponibilidade e qualidade reduzidas das pastagens e impacta nos custos de alimentação do rebanho. No entanto, os preços do leite não têm seguido a típica tendência sazonal de aumento.

    Lácteos importados

    A demanda ainda está enfraquecida. Os canais de distribuição pressionam por preços mais baixos. Além disso, a concorrência dos lácteos importados com preços mais competitivos também contribuiu para a queda nas cotações dos derivados negociados pelos laticínios em junho.

    Uma pesquisa conduzida pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) demonstrou que os preços do leite UHT, do leite em pó (400g) e da muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição no estado de São Paulo tiveram quedas de 2,4%, 3,8% e 2,74%, respectivamente, entre junho e julho.

    As importações de produtos lácteos caíram em julho, porém, ainda se mantiveram em níveis elevados e com preços competitivos em comparação com os produtos nacionais. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam que as importações diminuíram 12% em julho, mas ainda totalizaram mais de 185,6 milhões de litros.

    Para o mês de agosto, os especialistas do Cepea estão cautelosos e não têm grandes expectativas de valorização. Na primeira metade do mês, os preços médios do leite UHT, da muçarela e do leite em pó (400g) foram de R$ 4,1708/l, R$ 28,2482/kg e R$ 27,1533/kg, respectivamente, representando quedas de 2,4%, 3,8% e 2,74% em relação a julho.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil ultrapassa a Argentina e vira maior exportador de farelo de soja do mundo

    Nesta temporada, o Brasil está no caminho para exportar cerca de 21,82 milhões de toneladas de farelo de soja

    Nesta temporada, o Brasil está no caminho para exportar cerca de 21,82 milhões de toneladas de farelo de soja, consolidando sua posição como o maior fornecedor global desse subproduto.

    Devido à queda na produção de soja na Argentina, até então o maior exportador, essa mudança foi possível.

    No país vizinho, a previsão é de uma queda de 50% em relação ao ano passado, marcando o pior resultado argentino desde 1999/00.

    As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Ademais, a robusta demanda das indústrias brasileiras de biodiesel tem contribuído para o aumento da oferta de farelo de soja nacional.

    Essa tendência gerou uma elevação dos preços do óleo de soja no mercado doméstico.

    No mercado externo, a competição está intensa devido ao aumento da demanda global pelo óleo de soja brasileiro.

    De acordo com os dados do Comex Stat, o recorde de exportações do subproduto registrou-se nesse período, evidenciando assim o aumento.

    Até julho de 2023, as exportações brasileiras de farelo de soja totalizaram 12,9 milhões de toneladas, superando os 12,2 milhões do mesmo período no ano anterior.

    Os portos de Santos (40,6%), Paranaguá (29%), Rio Grande (15,5%) e Salvador (5,7%) lideraram as operações de exportação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/