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31 de agosto de 2023

  • Demanda do Brasil por importação de fertilizantes pode crescer cerca de 20% até 2030

    Necessidade global pode crescer entre 15% e 20% até o fim da década, aponta analista

    A necessidade brasileira de importação de fertilizantes pode crescer cerca de 20% até 2030, segundo o analista de pesquisa e análise setorial para o mercado de insumos do Rabobank Brasil, Bruno Fonseca.

    Na estimativa, apresentada, nesta terça-feira (29), durante o Congresso Nacional de Fertilizantes, da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), ele leva em consideração a previsão do banco de uma produção de soja de até 200 milhões de toneladas em igual período.

    Por esse motivo, Fonseca destacou a importância de agilizar o Plano Nacional de Fertilizantes, (PNF) tendo em conta que a necessidade de fertilizantes do mundo também deve crescer entre 15% e 20% até 2030, com a produção mundial de grãos crescente.

    O diretor de Desenvolvimento da Indústria de Insumos e Materiais Intermediário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Carlos Leonardo Durans, disse que o desenvolvimento do PNF está avançado e reforçou o seu lançamento em novembro.

    Durans mencionou ainda outras medidas do governo, como uma priorização da agenda de gás natural, e a aprovação do decreto que regulamenta as contrapartidas para o retorno das isenções fiscais prevista do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) na última quinta-feira (24), que afetam o setor.

    Também presente no evento, o superintendente de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento, João Pieroni, reforçou o papel do BNDES na aproximação da indústria e de contribuir para projetos de fertilizantes paralisados no Brasil.

    Entre as medidas estão uma parceria estratégica com a Petrobras, além de investimentos em inovação que também incluem fertilizantes.

    O evento teve, ainda, a participação do presidente da Galvani, Marcelo Silvestre, que reafirmou investimento da empresa de R$ 2,5 bilhões em fertilizantes no Norte e no Nordeste do Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço do leite no Brasil continua em queda livre, aponta Cepea

    O volume total importado neste ano ultrapassou a marca de 185 milhões de litros equivalentes de leite, aumento de 71%

    valor do leite cru captado pelas indústrias mantém trajetória de queda no Brasil.

    Julho registra a terceira queda consecutiva.

    Segundo as análises realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o preço médio alcançou R$ 2,4142 por litro, retração de 5,69% em comparação com junho.

    Quando comparado com julho do ano passado, a queda no preço do leite cru captado foi de 35%, em valores ajustados de acordo com o IPCA.

    Segundo o Cepea, a diminuição nos preços do leite neste período destoa do padrão histórico do setor, que normalmente registra um aumento durante a entressafra, decorrente da produção reduzida devido às condições climáticas.

    No entanto, em 2023, os preços estão adotando uma trajetória singular, influenciada pelo enfraquecimento da demanda, pelo aumento das importações e pela redução dos custos de produção. A combinação desses fatores tem desempenhado um papel decisivo na tendência de queda que caracteriza toda a cadeia produtiva do leite.

    Lácteos

    A pesquisa realizada em conjunto pelo Cepea e a OCB constatou que os valores do leite UHT, do leite em pó (apresentação de 400g) e da muçarela, comercializados entre as indústrias e os canais de distribuição no estado de São Paulo, sofreram declínios de 2,1%, 5,9% e 3,7%, respectivamente, durante a transição de junho para julho. Quando comparados com o mesmo período do ano anterior, esses produtos revelaram desvalorizações notáveis de 35,8%, 23,9% e 36,4%, devidamente ajustadas de acordo com o IPCA de julho de 2023.

    Segundo o Cepea, o aumento das importações ao longo do ano está contribuindo para expandir a oferta interna de produtos lácteos, exercendo uma pressão descendente sobre os preços em toda a cadeia produtiva.

    Apesar dos dados fornecidos pela Secex indicarem uma redução de 12% nas importações em julho em relação a junho, o volume total importado neste ano ultrapassou a marca de 185 milhões de litros equivalentes de leite, aumento de 71% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

    Os preços mais competitivos dos produtos lácteos importados em comparação com os produtos nacionais têm mantido a dinâmica das importações.

    Custo de produção

    Além disso, de acordo com os pesquisadores, é relevante enfatizar que os custos associados à pecuária leiteira começaram o segundo semestre com uma tendência de queda, seguindo a trajetória declinante observada nos últimos meses.

    O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira experimentou uma redução de 0,41% em julho, na média, influenciado principalmente pela diminuição nos preços dos concentrados, dos adubos e dos corretivos.

    Nos primeiros sete meses do ano, os custos dessa atividade acumularam uma diminuição de 6,15%, estimulando investimentos na produção e fortalecendo a oferta de leite, mesmo durante o período de entressafra.

    O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do CEPEA registrou um crescimento de 4,76% em julho, na média, consolidando o quarto aumento consecutivo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/