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agosto 2023

  • Carne bovina: receita com exportações despenca em julho

    No comparativo com julho de 2022, a receita das exportações de carne bovina caiu 29%, totalizando US$ 877,1 milhões neste ano

    As exportações de carne bovina do Brasil tiveram uma redução significativa na receita no mês de julho de 2023, de acordo com dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

    No comparativo com julho de 2022, a receita das exportações de carne bovina caiu 29%, totalizando US$ 877,1 milhões neste ano.

    O volume exportado apresentou um modesto crescimento de apenas 1%, totalizando 205.612 toneladas em julho de 2023.

    No acumulado do ano, os números também indicam um cenário de redução.

    A receita total obtida com as exportações de carne bovina de janeiro a julho de 2023 foi de US$ 5,811 bilhões, representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    O volume exportado, no entanto, registrou uma leve queda de 0,55%, atingindo a marca de 1.282.066 toneladas.

    China se mantém como o maior comprador da carne bovina brasileira, apesar de ter registrado uma diminuição tanto na receita quanto no volume importado.

    Em julho de 2023, as aquisições chinesas totalizaram 93.691 toneladas, gerando uma receita de US$ 447 milhões.

    No mesmo período de 2022, as importações chinesas foram de 111.945 toneladas, resultando em uma receita de US$ 786,22 milhões.

    Essa tendência de redução nas exportações e na receita é atribuída, em grande parte, aos preços em queda da carne bovina e à valorização do real em relação ao dólar.

    China, mesmo sendo o principal importador, também apresentou queda tanto no valor (-31,5%) quanto no volume (-6,5%) das importações de carne bovina brasileira de janeiro a julho de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022.

    Os Estados Unidos, segundo maior comprador da carne bovina brasileira, aumentaram seu volume de importações em 23,5%, chegando a 142.662 toneladas até julho de 2023.

    Entretanto, a receita proveniente dessas importações caiu 12,3%, totalizando US$ 557,8 milhões.

    Chile também apresentou crescimento no volume de importações, com um aumento de 36,3% no período, chegando a 57.199 toneladas. A receita, no entanto, registrou um aumento de 30,4%, totalizando US$ 280,8 milhões.

    Além disso, é importante destacar que Hong Kong ampliou suas aquisições de carne bovina, alcançando a quarta posição entre os 20 maiores importadores. Já o Egito, quinto colocado, registrou uma redução significativa nas importações, tanto no volume (-41,6%) quanto na receita (-46,6%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Receita média diária de exportação de soja tem aumento de 27%

    No entanto, o preço negociado para embarque caiu 21,4%. Estima-se que os produtores tenham negociado 75,6% da safra 22/23

    As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 1,858 bilhão em agosto (9 dias úteis), com média diária de US$ 206,499 milhões. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex).

    A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 3,765 milhões de toneladas, com média diária de 418,323 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 493,60.

    Na comparação com agosto de 2022, houve alta de 27,2% na receita média diária e de 61,8% no volume. No entanto, o preço caiu 21,4%.

    Vendas da safra 22/23

    A comercialização da safra 2022/23 de soja do Brasil envolve 75,6% da produção estimada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 7 de agosto.

    No relatório anterior, com reportes de 7 de julho, o número era de 66,1%.

    Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 79,9% e a média de cinco anos para o período é de 83,8%. Assim, levando-se em conta uma safra estimada em 156,152 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 118,105 milhões de toneladas.

    Negociação antecipada de soja

    Quanto à safra futura, considerando produção de 163,254 milhões de toneladas, Safras projeta uma comercialização antecipada de 13,9%, envolvendo 22,715 milhões de toneladas.

    Entretanto, em igual período do ano passado, essa negociação era de 17,3% e a média para o período é de 23,5%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Qualificação técnica para a Operação 365

    Técnicos habilitados serão certificadores do programa que busca melhorar a qualidade do solo e o sistema produtivo no Rio Grande do Sul

    A CCGL, através da Rede Técnica Cooperativa e da SmartCoop, em conjunto com a EMBRAPA e outras instituições parceiras, promoveu na quinta-feira (10/08) a qualificação técnica para 125 técnicos de 12 cooperativas associadas. A Operação 365 tem como objetivo estimular a melhoria da qualidade química, física e biológica dos solos agrícolas. Esta iniciativa visa elevar a sustentabilidade, a estabilidade produtiva das lavouras e maximizar a rentabilidade das propriedades rurais no Rio Grande do Sul.

    A qualificação desdobrou-se em duas partes distintas: sessões de palestras técnicas e diagnóstico de campo. Durante a manhã, os técnicos participaram de palestras abrangendo temas como o Manejo de Solos no Uruguai: da Investigação à Regulamentação, ministrada pelo Dr. Sebastian Mazzilli, Diretor do Sistema Agrícola-Ganadero. Geomar Corassa, Gerente de Pesquisa da CCGL, apresentou todos os detalhes da Operação 365 aos participantes. Na sequência, o Pesquisador da EMBRAPA Giovani Faé discutiu os fundamentos do IQM – Índice de Qualidade do Manejo e apresentou os Formulários de Avaliação. Posteriormente, Fernanda Toledo, Coordenadora de Difusão de Tecnologia, abordou a Gestão das Informações por meio da Plataforma Smartcoop.

    Na segunda metade do dia, os técnicos colocaram em prática suas habilidades, realizando diagnósticos de campo para avaliar as condições físicas e químicas do solo. A atividade abordou tópicos como a coleta adequada de amostras e a identificação da compactação do solo a campo. O Chefe-Geral da EMBRAPA Trigo, Jorge Lemanski, ressaltou a importância dessas análises, explicando como elas permitem interpretar as características físicas e químicas do solo, contribuindo para um manejo eficaz que aumente a produtividade e crie um ambiente resiliente às adversidades, como a estiagem. – Capacitar técnicos e agricultores com novos conhecimentos e intensificar a produção sustentável é o caminho para alcançar mais ganhos com menos riscos na atividade agropecuária, destacou Jorge.

    Os técnicos habilitados na qualificação serão certificadores pelo programa e poderão realizar avaliação em talhões de produtores associados às cooperativas. Para que o produtor receba o certificado, os talhões deverão ser cadastrados na Plataforma SmartCoop, que será o ambiente para o gerenciamento de dados registrados em cada talhão. A avaliação será feita através dos critérios do Índice de Qualidade do Manejo (IQM), estabelecido pela Operação 365. Nos critérios do IQM, são avaliados fatores como: diversificação de culturas, uso de plantas de cobertura, proteção e conservação do solo, qualidade física, química e biológica do solo, indicadores de custos e de rentabilidade, dentre outros.

    De acordo com o nível de certificação de cada talhão, o produtor estará apto a receber benefícios da cooperativa à qual é associado. Os benefícios têm como objetivo valorizar os produtores que realizam o manejo adequado, fomentando o aumento do uso de boas práticas agrícolas.

    Texto e foto: Divulgação CCGL

  • Clima beneficia soja dos EUA, mas escoamento preocupa

    Cerca de 54% da área cultivada com a oleaginosa foi classificada de boa a excelente, também dois pontos percentuais acima da semana anterior

    O boletim agrícola semanal de clima do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta terça-feira (8), mostra que 90% das lavouras de soja do país atingiram o estágio de floração, dois pontos percentuais à frente em relação ao ano passado.

    Cerca de 54% da área cultivada com a oleaginosa foi classificada de boa a excelente, também dois pontos percentuais acima da semana anterior.

    “Essa condição de melhora foi devido às chuvas que retornaram para a região, mas ainda de forma mal distribuída, com alguns pontos no cinturão de grãos registrando até alagamentos”, conta o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.

    Segundo ele, a tendência é de precipitações até o final desta primeira quinzena de agosto. “Apesar desses volumes serem tardios, ainda contribuem para a recuperação da soja. Nos próximos 14 dias, o percentual de lavouras boas e excelentes deve chegar aos 60%”, considera.

    chuva Estados Unidos

    Manchas em verde: chuvas acima da média. Cinza: dentro da média. Laranja: abaixo da média. Período de 14 a 18 de agosto

    Müller destaca que o solo ainda apresenta demanda hídrica. “O Rio Mississippi, inclusive, registra níveis de cerca de três a seis metros abaixo do registrado em 2019 e 2020, o que ameaça prejudicar o transporte fluvial. Lembrando que trata-se de um importante canal de escoamento da safra de soja, altamente dependente desta rota”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Monitor de Secas indica abrandamento do fenômeno

    O mais recente relatório do Monitor de Secas do Brasil, da ANA, aponta melhoria nas condições da Região Sul do país

    O mais recente relatório do Monitor de Secas, responsável por avaliar a evolução das condições de seca no país, traz notícias positivas para a Região Sul do Brasil.

    Durante o período de maio a junho, observou-se um significativo abrandamento da seca no estado do Rio Grande do Sul, com a área afetada pela seca moderada diminuindo de 56% para 49% de seu território.

    No entanto, o cenário permaneceu estável em Santa Catarina, onde apenas uma seca fraca foi registrada nos dois meses analisados.

    No Paraná, por outro lado, houve um retorno do fenômeno após uma ausência desde fevereiro, com uma incidência de seca fraca em 5% do estado.

    A melhoria das condições no Rio Grande do Sul teve impacto na região Sul como um todo, resultando na redução da área de seca moderada e sinalizando um alívio regional no período analisado.

    Evolução das Condições em Cada Estado da Região Sul:

    • Santa Catarina: Houve um aumento leve na área afetada pela seca, passando de 32% para 34% de seu território.
    • Paraná: Após uma ausência desde fevereiro, houve um retorno da seca fraca em 5% do estado.
    • Rio Grande do Sul: Embora tenha mantido seca em 100% de seu território durante maio e junho, houve uma redução significativa na área de seca moderada.

    O relatório atualizado do Monitor de Secas revela que três estados – Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo – testemunharam um abrandamento na severidade da seca entre maio e junho. Em contrapartida, a seca tornou-se mais intensa em três outros estados: Bahia, Pará e Tocantins.

    A severidade da seca permaneceu constante em 17 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

    O Ceará continua a ser o único estado livre do fenômeno, enquanto o Paraná viu o seu retorno.

    Na análise comparativa entre maio e junho, oito estados experimentaram uma redução na área afetada pela seca: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Em contraste, nove estados testemunharam um aumento na área afetada: Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Seis unidades da Federação mantiveram a estabilidade na área afetada pela seca em maio: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Durante esse período, a seca não afetou o Ceará, mas retornou ao Paraná.

    Em maio, duas unidades da Federação, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul, enfrentaram seca em 100% de seus territórios. É importante observar que percentuais acima de 99% são considerados como abrangendo a totalidade dos territórios afetados pela seca. Nos demais estados, os percentuais variaram de 0% a 87%.

    secas

    Abrangência da Seca

    Quanto à análise territorial de cada unidade da Federação, o Amazonas liderou a área total afetada pela seca em junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No período entre maio e junho, a área afetada pelo fenômeno aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a aproximadamente 53% do território brasileiro.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: agentes seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras

    Os agentes estão monitorando o desenvolvimento das lavouras de trigo no Hemisfério Sul, enquanto preços no Brasil são afetados por falta de acordo de exportação entre Rússia e Ucrânia

    Agentes do agronegócio seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras de trigo no Hemisfério Sul, com especial atenção ao cenário brasileiro, conforme indicam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP).

    Pelas informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o panorama mostra que, até 22 de julho, 97,9% das lavouras de trigo do Brasil já haviam sido semeadas, sinalizando um estágio avançado das atividades.

    Em um cenário mais detalhado, a reta final das atividades de trigo mostra-se mais evidente nos estados do Rio Grande do Sul, onde 97% das lavouras já foram semeadas, e em Santa Catarina, com 78% de seu plantio completo. Essas regiões são de suma importância para a produção nacional e a eficiência do plantio até o momento é motivo de otimismo para os produtores.

    Entretanto, um desafio se apresenta no mercado de trigo brasileiro. Os moinhos têm se abastecido ocasionalmente, o que demonstra certa instabilidade no fornecimento. Por outro lado, os produtores estão adotando uma postura mais cautelosa, aguardando possíveis valorizações após a não renovação do acordo de exportação de grãos entre Rússia e Ucrânia.

    Além disso, a não renovação deste acordo, entre dois dos maiores produtores e exportadores de trigo do mundo, tem impactado as perspectivas de preço no mercado brasileiro. Com a incerteza sobre o fluxo de grãos no cenário internacional, os produtores nacionais preferem adotar uma posição de expectativa, na tentativa de obter melhores condições de venda.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Como a soja se comportou no mês de julho e o que está por vir

    Comportamento favorável do mercado doméstico esteve ligado ao desempenho dos contratos futuros, que subiram 4,07% no mês

    Os preços da soja se recuperaram em julho no mercado brasileiro, acompanhando a melhora do cenário externo. Com isso, os produtores aproveitaram o momento favorável e comercializaram bons volumes.

    As primeiras indicações para a próxima temporada são de safra recorde e exportações beirando a casa de 100 milhões de toneladas.

    Soja valorizou na semana

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 152,00 no dia 27, com valorização
    de 9,35% na comparação com 30 dias atrás.

    Já em Cascavel (PR), o preço subiu 10%, chegando a R$ 143. Em Rondonópolis (MT), a cotação avançou 11,3% para R$ 128.

    No Porto de Paranaguá, por sua vez, foi registrada valorização de 9,29% ante 27 de junho, chegando a R$ 153.

    Fatores que levaram à alta

    O melhor comportamento do mercado doméstico esteve ligado ao desempenho dos contratos futuros
    na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

    No período, os vencimentos de novembro subiram 4,07%, atingindo a casa de R$ 13,98 por bushel. Nas máximas do mês, a referência foi superior a US$ 14,20.

    A elevação no exterior decorre do “mercado de clima”. As projeções de poucas chuvas e temperaturas elevadas está fazendo com que se revise para baixo o potencial produtivo da safra norte-americana.

    Além disso, logo na abertura do mês, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu ao indicar uma área plantada bem abaixo da projetada pelo mercado.

    Exportações de soja

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima das 95 milhões indicadas para 2023.

    A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 4% entre uma temporada e outra.

    A consultoria indica esmagamento de 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53,4 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 3% entre uma temporada e outra. Safras não aponta importações para
    2024 e manteve estimativa de 150 mil toneladas para 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 7%, passando para 171,531 milhões de toneladas. A demanda total está projetada em 157,7 milhões de toneladas, crescendo 4% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão subir 70%, passando de 8,13 milhões para 13,831 milhões de toneladas.

    Produção de farelo e óleo

    Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 42,3 milhões de toneladas em 2024, subindo 3%. As exportações deverão cair 2% para 21,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 20 milhões, aumentando 8%. Os estoques deverão subir 31% para 3,34 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja, por sua vez, deverá aumentar 2% para 11,1 milhões de toneladas. O Brasil
    deverá exportar 2,2 milhões de toneladas, com queda de 12%.

    Já o consumo interno deve subir 5% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 13% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 21% para 295 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/