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5 de setembro de 2023

  • Preocupada com o clima, AgResource Brasil estima safra de soja menor

    Projeção da consultoria é de, ao menos, três milhões de toneladas de soja a menos do que a indicada pelas demais empresas de análise

    A AgResource Brasil estima que a safra 22/23 de soja foi ligeiramente maior do que a indicada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Assim, consolidou seu número em 155,05 milhões de toneladas para a safra de 2022/23, somente +0,29% maior do que os atuais 154,60 projetados pela entidade.

    Já para a temporada 2023/24, a consultoria é mais cautelosa do que as demais empresas de análise vêm estimando. Desta forma, projeta que o Brasil produzirá 159,40 milhões de toneladas, pelo menos três milhões de toneladas a menos da média projetada pelo mercado.

    Preocupações com o clima

    A projeção da AgResource Brasil é cautelosa devido à preocupação com clima que se projeta para o início da safra de soja nesta temporada.

    De acordo com o diretor-geral da consultoria, Raphael Mandarino, os modelos climáticos vêm prevendo um aumento do calor e diminuição de chuvas para vários estados importantes, como Mato Grosso e Goiás na 1ª quinzena de setembro.

    estimativa produção de soja 23/24

    Imagem: Divulgação AgResource Brasil

    “Isso pode trazer atrasos, replantios e acabar impactando o milho da safrinha do ano que vem”, ressalta.

    No entanto, mesmo com esses problemas, acredita-se em recorde na produção. Mandarino lembra que a participação da Argentina no mercado – com ao menos 40 milhões de toneladas de soja – trará um cenário parecido, ou pior, em relação aos preços no auge da colheita do que o observado neste ano.

    Produção de milho

    produção de milho AgResource

    Imagem: Divulgação AgResource Brasil

    A AgResource Brasil também revisou suas estimativas do mês de setembro para a produção de milho na safra 2022/23 para 133,63 milhões de toneladas, aumento de 1,15% em comparação ao mês anterior (132,11 milhões de toneladas em agosto).

    De acordo com o Mandarino, o principal motivo do aumento com relação à estimativa anterior são os “pequenos refinamentos de área e produtividade em alguns estados do país”.

    O número consolidado pela empresa é maior que os 129,96 milhões de toneladas do relatório de agosto da Conab.

    Para o diretor-geral, a Companhia deve aumentar a produção total em seu próximo relatório, considerando as exportações aquecidas e o line-up atual, que projeta uma alta demanda.

    “Também deve manter o protagonismo das exportações de milho ao Brasil no período de setembro a novembro”, declara.

    Até o mês de agosto, a AgResource Brasil trabalhava com uma projeção de exportação de 54 milhões de toneladas. Agora, estima em 56 milhões de toneladas como uma possibilidade real, ou até superior, dependendo da logística.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Milho: com cotações estáveis, cereal enfrenta liquidez reduzida

    Colheita está chegando ao fim, enquanto semeadura da temporada de verão 23/24 foi iniciada no Sul do país

    A liquidez está reduzida no mercado de milho, e as cotações seguem praticamente estáveis – o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) está na casa dos R$ 53/saca de 60 kg desde o início da segunda quinzena de agosto.

    Segundo informações do Cepea, produtores estão concentrados nos trabalhos de campo, com a colheita na reta final em muitas regiões e o início da semeadura da temporada de verão 2023/24 no Rio Grande do Sul e no Paraná.

    Entre os vendedores ativos no mercado, uma parte aceita negociar o milho a patamares inferiores, no intuito de liberar armazéns, ao passo que outros estão afastados, à espera de que as recentes valorizações nos portos sejam repassadas ao mercado interno.

    Do lado da demanda, consumidores se mostram estocados e/ou recebendo o produto negociado antecipadamente.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/