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14 de setembro de 2023

  • Número de trabalhadores atuando no agro bate recorde no Brasil

    A população ocupada no setor do agronegócio atingiu um recorde no segundo trimestre de 2023, chegando a 28,3 milhões de pessoas

    número de trabalhadores atuando no setor do agronegócio atingiu um recorde no segundo trimestre de 2023, chegando a 28,3 milhões de pessoas, de acordo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    A marca representa um recorde desde o início da série histórica em 2012 e corresponde a 26,9% do total de ocupações no Brasil durante o mesmo período.

    Comparando com o mesmo trimestre de 2022, o número de pessoas empregadas no agronegócio no segundo trimestre de 2023 aumentou 0,8%, cerca de 220,64 mil pessoas.

    O aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento da ocupação nos agrosserviços, que registrou um aumento de 7,5%, correspondente a 684,23 mil pessoas, e no segmento de insumos, com um aumento de 6,7%, totalizando 19,4 mil pessoas.

    O crescimento é atribuído ao desempenho positivo da produção agrícola, que estimulou os setores relacionados no agronegócio.

    Por outro lado, a população ocupada na agropecuária teve uma queda de 5% no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, resultando em uma redução de 440,29 mil pessoas.

    As principais reduções ocorreram nas categorias de “outras lavouras”, horticultura, café e cereais na agricultura, bem como em bovinos e “outros animais” na pecuária.

    Ao analisar o perfil dos ocupados no agronegócio no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, observou-se um crescimento entre os empregados, especialmente aqueles com carteira assinada, evidenciando um aumento na formalização do emprego.

    Além disso, houve um aumento no nível de instrução dos trabalhadores, uma tendência que tem sido observada no setor desde o início da série histórica.

    Metodologia

    Em 2023, o Cepea/CNA realizou ajustes no levantamento. As alterações incluíram ajustes técnicos para identificar com maior precisão os trabalhadores do agronegócio nos setores industrial e de serviços, além de uma mudança conceitual na definição de “pessoa ocupada”, abrangendo trabalhadores que produzem apenas para consumo próprio.

    A definição difere da adotada pela PNAD-C em suas divulgações trimestrais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: onde o preço mais desvalorizou e o custo mais subiu?

    Dados do Projeto Campo Futuro mostram custos, preço e renda bruta de áreas de soja de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul

    O preço médio nacional da soja diminuiu 20% na safra 2022/23 em relação à anterior. Ao mesmo tempo, a receita bruta média do produtor caiu 15% nesse período.

    Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12), pelo Projeto Campo Futuro, iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

    Custo Operacional Efetivo

    O estudo mostra que o Custo Operacional Efetivo (COE) médio da produção de soja subiu 33% nesta última temporada frente ao ciclo 2021/22. Entre os insumos que mais tiveram alta, destacam-se:

    • Fertilizantes: 57%
    • Defensivos: 39%
    • Sementes tratadas: 13%
    • Mecanização: 11%

    Em um recorte dos três estados que mais produzem soja no país (Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul), é possível notar onde o aumento do custo foi mais acentuado:

    • Paraná: 39%
    • Mato Grosso: 38%
    • Rio Grande do Sul: 23%

    De acordo com o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Mauro Osaki, que apresentou os dados do Projeto Campo Futuro, o produtor gaúcho teve de gastar menos do que os demais por ter reduzido as aplicações de adubos nesta última safra. “Isso porque já estava descapitalizado pela grande quebra sofrida em 2021/22”.

    No entanto, no que diz respeito aos defensivos, o sojicultor do Rio Grande do Sul pagou mais caro. “Assim, a alta foi de 56%, principalmente em relação aos herbicidas. Ainda nos agroquímicos, o aumento em Mato Grosso foi de 34% e no Paraná, 11%“.

    Nessa esteira, o estudo também mostra onde o preço do grão teve a maior depreciação:

    • Rio Grande do Sul: -23%
    • Paraná: -21%
    • Mato Grosso: -14%

    Receita bruta

    Quanto à receita bruta, apenas o Paraná teve saldo positivo, de 3%. Os produtores de soja com o maior prejuízo foram, justamente, os gaúchos (-26%). Já os mato-grossenses também amargaram número negativo: -12%.

    Osaki destaca novamente que a baixa produtividade da soja no Rio Grande do Sul por problemas climáticos explica esse mau desempenho.

    De acordo com o pesquisador, das 27 regiões pesquisadas no país, apenas três conseguiram cobrir o custo total da produção de soja:

    • Luís Eduardo Magalhães, Bahia
    • Campo Florido, Minas Gerais
    • Maracaju, Mato Grosso do Sul

    “Os produtores dessas três regiões também sofreram, baiscamente, com os mesmos problemas, como fertilizantes caros e preços agrícolas baixos. Contudo, focaram em estratégias de proteção de suas margens. Aproveitaram o período de trimestre em que o preço estava bom e começaram a vender aos poucos, sem esperar na ‘boca’ da safra um preço diferenciado. Essa é a lição que fica”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ciclone extratropical afeta liquidez do arroz no Rio Grande do Sul, diz Cepea

    Preocupações do mercado sobre a tragédia no Rio Grande do Sul e bloqueios de estradas dificultam o escoamento do cereal

    As cotações do arroz em casca continuam subindo no Rio Grande do Sul, e já se aproximam dos R$ 100/saca de 50 kg, patamar que não é verificado desde o início de dezembro de 2020.

    Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda está firme, mas os vendedores estão retraídos para novos negócios.

    No geral, a liquidez no mercado do Rio Grande do Sul está baixa, diante, entre outros fatores, de preocupações quanto ao impacto do ciclone extratropical no estado. Além disso, o bloqueio de diversas estradas dificulta o transporte do arroz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/