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17 de outubro de 2023

  • Soja: preços sobem em Chicago com atrasos do plantio no Brasil

    Cotações também crescem em meio a alta do petróleo e leve desvalorização do dólar

    Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) na manhã desta terça-feira (17).

    Apesar do rápido avanço da colheita nos Estados Unidos, o mercado é sustentado pelas preocupações com os atrasos no plantio no Brasil, um dos maiores exportadores mundiais. O bom desempenho do petróleo em Nova York e a leve desaceleração do dólar frente a outras moedas correntes completam o quadro de alta dos preços.

    O plantio da safra 2023/24 de soja atinge 19% da área no Brasil, conforme apontou relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 15 de outubro. Na semana passada, a semeadura atingia 10,1% da área. Em igual período do ano passado, os trabalhos de plantio atingiam 21,5% da área.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou um relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de soja. Até 15 de outubro, a área colhida estava apontada em 62%. Analistas esperavam que a ceifa estivesse em 57%. Na semana passada, eram 43%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 60%. A média é de 52%.

    Segundo o USDA, até 15 de outubro, 52% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições, 30% em situação regular e 18% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 51%, 31% e 18%, respectivamente.

    Os contratos com vencimento em novembro de 2023 operam cotados a US$ 12,89 3/4 por bushel, alta de 3,50 centavos, ou 0,27%, em relação ao fechamento anterior.

    Ontem (16), a soja fechou com preços mais altos. A menor aversão ao risco no cenário global e sinais de demanda pela oleaginosa dos Estados Unidos garantiram a recuperação das cotações. A baixa do dólar frente a outras moedas completou a série de fatores positivos da abertura da semana.

    Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 6,00 centavos ou 0,46%, a US$ 12,86 1/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,05 3/4 por bushel, ganho de 5,75 centavos de dólar, ou 0,44%, em comparação com o dia anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Plantio de arroz no Rio Grande do Sul ultrapassa 287 mil hectares, aponta Irga

    Chuvas atrapalham trabalhos na lavoura e semeadura atinge 31,83% da área total prevista pelo instituto

    Os produtores do Rio Grande do Sul já semearam 287.274 hectares da safra de arroz 2023/2024, conforme mostra o primeiro levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Isso representa 31,83% da área total de 902.424 hectares estimada pelo Irga.

    Os dados são da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), a partir de informações apuradas pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia.

    O atraso ocorreu devido às chuvas, principalmente em setembro, o que impossibilitou que a maioria dos produtores pudesse realizar a semeadura em suas lavouras. Na Planície Costeira Externa, o início do plantio das primeiras lavouras de pré-germinado ocorreu na segunda quinzena de agosto, com poucas áreas semeadas.

    Em setembro, a semeadura do arroz ficou inviabilizada até mesmo para o pré-germinado. No início de outubro, algumas áreas começaram a ser semeadas em cultivos em linha, com poucas janelas para a semeadura e ainda com muitas áreas a serem preparadas e dessecadas para depois serem plantadas.

    Nas áreas próximas à Lagoa dos Patos (RS), onde as águas da região estão demorando a baixar, os produtores ainda estão aguardando uma janela para retomar o plantio. Na Planície Costeira Interna, aproximadamente 40% são de pré-germinado, com uma área significativa em desenvolvimento vegetativo no momento.

    Na Zona Sul do Estado, os trabalhos começaram no final de agosto, com uma pequena área em Rio Grande, mas a maioria dos produtores só conseguiu iniciar a semeadura na última semana de setembro devido aos mais de 500 milímetros de chuva registrados no mês.

    Vale lembrar que os produtores acreditaram na previsão de El Niño, intensificando a drenagem nas áreas a serem semeadas, retirando o adubo da linha para permitir maior agilidade na semeadura e trabalhando em turnos de 24 horas para aproveitar ao máximo as janelas proporcionadas pelos dias sem chuva.

    A região da Campanha deu início à semeadura nos primeiros dias deste mês, sendo que na última semana houve uma evolução mais significativa, principalmente nos municípios de Bagé, Dom Pedrito e Santana do Livramento, conforme verificado pelos técnicos do Irga.

    Já na Fronteira Oeste, a semeadura do arroz começou em agosto, mas em uma área pouco expressiva. Em setembro, houve um avanço de apenas 2,5%. No entanto, nos últimos 15 dias, os produtores conseguiram entrar nas lavouras para realizar a semeadura da safra 2023/2024.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • El Niño até o fim do verão: veja como isso afeta o Brasil

    Confira o impacto do fenômeno nas lavouras brasileiras e os riscos que ele traz para cada região do país

    Segundo o relatório de outubro da Administração Norte Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA), a tendência é de que o El Niño continue influenciando o clima em todo o globo até meados de março/abril de 2024.

    No Brasil, o fenômeno terá pico de intensidade no trimestre de novembro a janeiro deste ano, continuando a diminuir as chuvas no Matopiba e provocando chuvas volumosas na região Sul. Também traz temperaturas acima da média em todo o país, agravando a situação de risco de focos de incêndio no centro-norte.

    As lavouras de primeira safra, como milho e soja, devem ser impactadas pelas condições climáticas em todas as regiões.

    No Sul, o alto volume de chuvas atrasa os trabalhos em campo, desacelerando a semeadura e impedindo o manejo e tratamento fitossanitário. A alta nebulosidade afeta o fotoperíodo, prejudicando o desenvolvimento inicial das lavouras recém-implantadas.

    No Sudeste, a situação é um pouco mais tranquila, pois as chuvas estão retornando à região. Porém o interior de São Paulo e Minas Gerais precisam de bons volumes de precipitação, porque o solo ainda se encontra muito ressecado, principalmente no norte mineiro

    No Centro-Oeste, as chuvas estão voltando devagar, porém de forma pouco volumosa. Modelos indicam que no próximo trimestre haverá chuva abaixo da média na região, com temperaturas máximas ainda na casa dos 40 ºC, o que prejudica a reposição da boa umidade no solo para garantir um bom ciclo inicial.

    No Nordeste, a ausência de chuvas deve continuar, pelo menos, até dezembro de 2023, o que agrava ainda mais a situação de seca na região. Produtores que almejam começar a semeadura em sequeiro em outubro e novembro devem ficar atentos a essa condição, pois, com o El Niño em curso, a tendência é de as temperaturas se manterem elevadas com chuvas abaixo da média durante o período chuvoso na região.

    No Norte, o baixo volume de chuva deve continuar até o fim de outubro, tendendo a continuar assim até dezembro de 2023, o que agrava principalmente a situação de solo mais ressecado no Tocantins, centro-sul do Pará e leste do Amazonas.

    Em todas as regiões, espera-se temperaturas elevadas, chegando a 40 ºC constantemente, potencializando o risco de focos de incêndio e agravando a situação de seca e baixo nível dos rios.

    As barras em vermelho significam porcentagem de que o fenômeno El Niño continue, ou seja, a partir do trimestre janeiro-fevereiro-março (JFM), nota-se um enfraquecimento do sistema; partir do outono/inverno de 2024, pode entrar um período de neutralidade. Fonte: NOAA
     Fonte: https://www.canalrural.com.br/