Daily Archives

29 de dezembro de 2023

  • Preço do leite pago ao produtor acumula perdas de 23,8% em 2023

    Depois de cair por seis meses consecutivos, o preço do leite recebido por produtores subiu 1,3% em novembro, para R$ 1,9981/litro

    Depois de cair por seis meses consecutivos, o preço do leite recebido por produtores subiu 1,3% em novembro, para R$ 1,9981/litro.

    A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

    Ainda assim, a desvalorização acumulada em 2023 é de 23,8%, em termos reais.

    Em relação a novembro de 2022, a baixa é de expressivos 24,5%.

    O comportamento dos preços foi heterogêneo entre as bacias leiteiras acompanhadas pelo Cepea.

    Em Minas Gerais e em Goiás, os valores ficaram estáveis.

    No Paraná, o avanço esteve abaixo de 2%, enquanto em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os aumentos superaram os 5%.

    Já em São Paulo e na Bahia, as médias seguiram em movimento de queda.

    Até outubro, a desvalorização do leite esteve atrelada ao excesso de oferta, em decorrência do aumento da produção doméstica e das importações crescentes.

    Porém, a captação dos laticínios tem se desacelerado desde setembro, o que explica a mudança no comportamento dos preços em novembro.

    O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 0,7% de outubro para novembro, pressionado por recuos mais intensos nos estados da Região Sul.

    A limitação da produção de leite, por sua vez, se deve à combinação de clima adverso à atividade (seca e calor no Sudeste e Centro-Oeste e excesso de chuvas no Sul) com margens espremidas dos pecuaristas.

    Margem dos pecuaristas

    A pesquisa do Cepea mostra que o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira na “Média Brasil” registrou alta de 0,6% em novembro, influenciado pelas valorizações dos concentrados, adubos, corretivos e alguns medicamentos.

    Ainda que, no acumulado do ano, o COE apresente retração, a diminuição do preço do leite supera a desvalorização dos insumos no mesmo período e, com isso, estima-se que a margem bruta dos pecuaristas tenha recuado expressivos 69% em 2023.

    Nesse contexto, os investimentos na atividade tendem a diminuir, o que contribui para enxugar a oferta.

    Importação de lácteos

    Com a queda no preço do leite, as importações chegaram a perder força em setembro, porém, voltaram a crescer em outubro e novembro.

    Dados da Secex mostram que as compras externas de queijos puxaram a alta de 5% nas importações de novembro e que, no acumulado de 2023, o volume adquirido supera em mais de 70% o registrado no ano anterior.

    Ainda assim, os estoques de lácteos estiveram, no geral, mais limitados em novembro – o que ajudou a frear a queda no preço de alguns lácteos e a elevar, ainda que levemente, as cotações do UHT e da muçarela em São Paulo.

    Contudo, essa pequena valorização foi insuficiente para garantir rentabilidade aos laticínios, e o movimento de alta não deve se persistir em dezembro, prejudicado pela diminuição do consumo e pelo acirramento da concorrência entre laticínios domésticos e entre os produtos brasileiros e importados.A expectativa dos agentes de mercado é que os preços registrem entre estabilidade e alta em dezembro, ainda influenciados pela produção limitada no campo.

    Porém, a continuidade desse movimento nos próximos meses vai depender da reação do consumo e dos volumes de lácteos importados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ministério da Agricultura publica Zarc para cereais de inverno

    As atualizações dos Zarcs consideraram os principais riscos climáticos para cereais de inverno, como trigo, triticale, cevada e aveia

    O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (28), no Diário Oficial da União, as Portarias de 393 a 449 que aprovam o Zoneamento Agrícola de Riscos Climático (Zarc), ano-safra 2023/2024, para o cultivo dos cereais de inverno, como trigo, triticale, cevada e aveia.As atualizações dos Zarcs consideraram os principais riscos climáticos para esses cultivos, como excesso de chuva no período de colheita, geada ao redor do período crítico da emissão das espigas e panículas e seca no estabelecimento das lavouras e na fase de enchimento de grãos, em escala municipal, de acordo com o ciclo de cada cultivar e da disponibilidade de água (AD) de cada solo.

    agrometeorologista da Embrapa, Gilberto Cunha, que coordenou a equipe responsável pela atualização dos Zarcs, destacou que a nova metodologia utilizada permitiu uma melhor discriminação dos limites de risco – 20%, 30% e 40% – em escala municipal.

    “A nova metodologia atende os anseios dos segmentos ligados à produção, que não se sentiam adequadamente contemplados nos três tipos de solos que vinham sendo até então considerados, e dos profissionais da área de seguro agrícola, que reivindicavam, na esfera privada, uma melhor discriminação espacial dos riscos climáticos que afetam a agricultura brasileira”, disse Cunha.Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e podem ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

    Os resultados do zoneamento em escala municipal, para três grupos de cultivares, com a indicação de períodos favoráveis de semeadura em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) e, agora, para seis níveis de disponibilidade de água nos solos, segue o mesmo protocolo estabelecido pelo Mapa.

    As consultas podem ser feitas por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos” ou no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de milho verão alcança 1% no RS, diz Emater; plantio de soja atinge 94%

    Segundo a entidade, o estande das lavouras implantadas a partir do início de dezembro é superior ao observado nas lavouras de novembro

    O Rio Grande do Sul iniciou a colheita de milho verão, informou a Emater/RS/Ascar. Segundo a empresa, 1% da área plantada do estado já foi colhida nas regiões Celeiro, Alto Médio Uruguai e na Fronteira Noroeste. A semeadura do cereal alcançou 90% da área estimada no estado, segundo boletim semanal. Das lavouras plantadas, 11% estavam em maturação e 37% em enchimento de grãos.

    “As projeções de rendimento permanecem variáveis: parte dos cultivos mantém o potencial inicial, e parte sofreu reduções devido à incidência de pragas, de doenças ou de danos decorrentes de eventos climáticos adversos ao longo do ciclo de desenvolvimento”, observou a entidade. De acordo com a Emater, as lavouras implantadas em setembro apresentam alto potencial produtivo, o que pode compensar as perdas nas áreas plantadas mais cedo.

    A semeadura da soja da safra 2023/24 atingiu 94% da área estimada no estado. O plantio foi concluída nas regiões do Alto Uruguai e Planalto e está na reta final do Planalto Médio e no Noroeste. “A região com maior defasagem no plantio da soja é a Campanha, onde a recorrência de chuvas foi mais significativa, prejudicando principalmente as operações em terras baixas. O desenvolvimento das lavouras de soja, ao longo da semana, foi bastante positivo, pois houve crescimento adequado e emissão de folhas maiores, bem desenvolvidas e de coloração verde mais intensa, além de alongamento dos entrenós”, apontou a Emater.

    Da oleaginosa semeada, 3% encontram-se em floração e 97% em desenvolvimento vegetativo e/ou em germinação. Segundo a entidade, o estande das lavouras implantadas a partir do início de dezembro é superior ao observado nas lavouras de novembro, o que gera menor necessidade de replantio.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/