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12 de janeiro de 2024

  • Brasil terá a segunda maior quebra de soja da história, diz consultoria

    Pátria Agronegócios estima safra 2023/24 de soja em 143 milhões de toneladas, 7,4% abaixo do resultado obtido na temporada 22/23

    safra 2023/24 de soja tinha potencial produtivo superior a 160 milhões de toneladas. Contudo, as adversidades climáticas ao longo do ciclo da cultura foram mostrando que não haveria possibilidade de atingir o número.

    Com isso, diversas consultorias e órgãos oficiais foram cortando as suas projeções. Porém, até o momento, a Pátria Agronegócios foi a mais incisiva nesta atualização. Agora, a empresa indica que o ciclo atual da cultura será de 143,18 milhões de toneladas.

    Se confirmada, haverá uma redução de 7,4% frente à última temporada, apontada em 154,6 milhões de toneladas.

    2ª maior quebra de safra de soja

    O consultor comercial da consultoria, Ronaty Makuko, aponta que em termos percentuais, o ciclo 23/24 deve representar a segunda maior quebra de safra de soja da história, ficando apenas abaixo da temporada 21/22, quando a redução frente à campanha anterior foi de 10%.

    “O que estamos observando são relatos de produtores clientes da Pátria desde o Rio Grande do Sul até Rondônia, nos mostrando que há uma perda muito grande vinda dos solos brasileiros porque a soja que foi plantada no final de setembro ou início de outubro teve o seu ciclo muito antecipado, tendo as primeiras colheitas agora e não conseguindo mais de 40 sacas de soja”.

    Diante desta realidade, a consultoria estima que haverá uma redução de 8,1% na produtividade média do grão no país:

    • De 3.507 kg/ hectare (58,45 sacas) em 22/23
    • Para 3.223 kg/ hectare (53,71 sacas) em 23/24

    Quanto à área semeada, é aponta em 44,42 milhões de hectares, aumento de apenas 0,77% diante da safra 22/23.

    Em Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, a Pátria estima perda de 17% na produção, indicando em 37,86 milhões de toneladas, frente 45,60 milhões de toneladas colhidas na safra passada.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: produtividade da safra gaúcha deve cair quase 30%

    Na região de Santa Rosa, apenas 24% da cultura apresenta qualidade considerada boa para a indústria

    Após uma safra recorde em 2022, quando o Rio Grande do Sul liderou a produção nacional de trigo com 6,4 milhões de toneladas, a safra 23/24 enfrenta desafios climáticos, resultando em uma quebra de quase 30%. A expectativa de produção de 5,2 milhões de toneladas foi comprometida, e as cooperativas estimam a perda especialmente devido à significativa redução da produtividade, de uma média de 3.021 kg/ha para 2.164 kg/ha. O pH também ficou abaixo do ideal, com uma média inferior a 76, quando o recomendado é acima de 78.

    Na região de Santa Rosa, apenas 24% da cultura apresenta qualidade considerada boa para a indústria. Em áreas como São Gabriel, as perdas ultrapassam 50%, e na região de Ijuí, 80% do trigo não atingiu a qualidade esperada.

    O excesso de chuva durante a colheita agravou a situação, impactando na qualidade e na comercialização do trigo. O produtor Alisson Juswiak, de Ijuí, destaca a safra desafiadora sob a influência do El Niño, com mais de 1.500 mm de chuva de setembro a novembro, favorecendo o surgimento de doenças e dificultando a colheita.

    Com 1,5 milhão de hectares plantados neste ciclo, o custo de produção foi, em média, de 60 sacas por hectare. No entanto, os produtores colheram apenas um terço disso, comprometendo os lucros. Entidades preveem que a próxima safra pode enfrentar uma redução na área plantada ou menor investimento por hectare, dada a desmotivação e falta de capital dos produtores.

    O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destaca o desestímulo ao produtor para o próximo ano devido à safra menor e de baixa qualidade. O produtor Vitor da Rosa, de Garruchos, planeja reduzir a área de trigo em 50%, considerando os custos elevados e a incerteza climática para a próxima safra.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Vamos ter La Niña este ano? Veja o que diz o NOAA

    Agência ligada ao governo dos Estados Unidos divulgou boletim mostrando as chances de o fenômeno atuar na safra 2024/25

    A probabilidade de o fenômeno La Niña voltar a atuar aumentou para 65% no trimestre de agosto, setembro e outubro deste ano. A informação está no boletim emitido nesta quinta-feira (11) pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), agência ligada ao governo dos Estados Unidos.

    De forma oposta ao El Niño, o La Niña é representado pela diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental.

    O possível retorno do La Niña durante a safra 2024/25 deve beneficiar principalmente os produtores do Matopiba, com a volta de períodos mais chuvosos nessa região que compreende áreas de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

    A incidência do fenômeno pode ainda ser uma pedra do sapato dos produtores do Sul, especialmente os do Rio Grande do Sul, onde os períodos de seca podem novamente comprometer as lavouras e pastagens.

    As barras em vermelho representam a probabilidade de o El Niño se manter ativo; as barras cinzas, as chances de o fenômeno entrar em neutralidade; e as azuis, a probabilidade de o La Niña voltar. Fonte: NOAA

    E como fica o El Niño?

    O boletim da agência dos EUA também mostrou que a possibilidade de o fenômeno El Niño entrar em neutralidade subiu para 73% no trimestre de abril, maio e junho de 2024.

    Isso significa que o El Niño atuará na safra 2023/24 até o fim do outono, reduzindo as chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Além disso, levará chuva volumosa à região Sul e elevará a temperatura em todo o país durante a primavera e o verão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/