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15 de março de 2024

  • La Niña aumenta risco de seca em regiões do Brasil; veja previsão

    Enquanto o Norte e Nordeste registram chuvas acima da média, o Centro-Oeste e Sul enfrentam períodos de seca

    fenômeno La Niña está prestes a substituir o El Niño, trazendo consigo a possibilidade do risco de seca em algumas partes do Brasil, de acordo com uma nota técnica divulgada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

    Autoridade climática global, o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) divulgou projeções que sugerem uma probabilidade de 55% para a ocorrência moderada do fenômeno climático La Niña durante o trimestre de agosto a outubro.

    Segundo o Cemaden, projeções indicam mudanças significativas nos padrões de chuvas e temperaturas em diferentes regiões do país.

    A análise apresentada na nota técnica revela que, durante a primavera, é esperado um cenário de chuvas abaixo da média histórica na Região Sul do Brasil.

    Por outro lado, regiões como o estado do Amapá e o trecho entre Minas Gerais e a Bahia podem receber chuvas acima da média.

    Além disso, são previstas temperaturas inferiores aos valores médios na Região Sul e em parte da Região Sudeste, assim como no Amapá, devido ao aumento da precipitação.

    Para o próximo verão, as projeções apontam para precipitações superiores à média no extremo norte do Brasil e temperaturas abaixo do normal em partes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

    No entanto, há também a possibilidade de temperaturas acima da média em áreas do leste da Região Nordeste.

    É importante ressaltar que essas previsões estão sujeitas a variações conforme o desenvolvimento efetivo do fenômeno La Niña.

    O que é La Niña?

    La Niña é um fenômeno climático que causa o resfriamento anormal do Oceano Pacífico Tropical. Isso pode ter grandes impactos no clima global, incluindo o Brasil. A previsão é que a La Niña se estabeleça no país a partir de julho de 2024.

    La Niña na agricultura brasileira

    O Cemaden destaca os impactos da La Niña nas regiões produtivas do Brasil. Enquanto o Norte e Nordeste registram chuvas acima da média, o Centro-Oeste e Sul enfrentam períodos de seca. Essas variações na precipitação e na temperatura do ar podem influenciar as atividades agrícolas.

    De acordo com o Cemaden, eventos recentes como em 1995/1996, 2010/2011 e 2016/2017 demonstraram impactos diferentes. Em 1995, estados como Rio Grande do Sul, Amazonas e Minas Gerais foram severamente afetados, enquanto em 2010/2011, áreas como o sul do Rio Grande do Sul e partes do Mato Grosso sofreram mais.

    O evento de 2016/2017 trouxe impactos significativos para o Nordeste e Minas Gerais, especialmente na primavera. Condições de seca pré-existentes entre 2012 e 2017 intensificaram ou mitigaram os efeitos da La Niña nas áreas agroprodutivas.

    Atualmente, várias regiões, incluindo o Norte, Centro-Oeste, São Paulo e Minas Gerais, enfrentam seca, prejudicando atividades como o plantio de milho, arroz e algodão. Diante desse cenário, especula-se sobre a próxima estação chuvosa, com previsão de possível melhoria no Norte, enquanto São Paulo e Mato Grosso do Sul podem enfrentar manutenção ou agravamento da seca.

    No Sul, espera-se um aumento no número de municípios afetados pelas secas devido às chuvas abaixo da média previstas para o segundo semestre do ano. A incerteza quanto aos padrões de precipitação reforça a necessidade de medidas adaptativas e de gestão para enfrentar os desafios climáticos nas áreas agrícolas do país.

    Quais os impactos esperados?

    • Região Norte e Nordeste:
      • Chuvas acima da média, principalmente na primavera e verão.
      • Aumento do volume de água nos reservatórios.
      • Possíveis inundações e deslizamentos de terra.
    • Região Sul:
      • Chuvas abaixo da média, principalmente no segundo semestre do ano.
      • Aumento do risco de secas e incêndios florestais.
      • Prejuízos para a agricultura.
    • Regiões Centro-Oeste e Sudeste:
      • Cenário mais incerto, com chances de chuvas abaixo da média na primavera e verão.
      • Possíveis impactos na agricultura, principalmente no plantio de milho, arroz e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Agronegócio brasileiro bate recorde de geração de empregos em 2023, diz Cepea

    O setor atingiu a marca de 28,34 milhões de pessoas ocupadas, o que representa um crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior

    Em 2023, o agronegócio brasileiro alcançou um marco histórico no mercado de trabalho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    O setor registrou um recorde de 28,34 milhões de pessoas empregadas, marcando um aumento de 1,2% em comparação com o ano anterior (aproximadamente 341 mil pessoas).

    Esse registro representa um recorde na série histórica iniciada em 2012, com o setor respondendo por 26,8% do total de ocupações do país.

    De acordo com o levantamento, o aumento da população ocupada no agronegócio em 2023 foi impulsionado principalmente pelos setores de agrosserviços, que registrou um crescimento de 8,4%, e de insumos, com uma elevação de 5,1%.

    Esses avanços refletem o excepcional desempenho da produção dentro da porteira, estimulando os segmentos a montante e a jusante no agronegócio.

    No entanto, houve uma queda de 5% na população ocupada na agropecuária, atribuída a retrações em diversas atividades, como horticultura, cafeicultura, cereais, bovinocultura, cultivo de laranjas, produção florestal, entre outras.

    No segmento agroindustrial, a população ocupada permaneceu relativamente estável, com avanços nas agroindústrias pecuárias e recuos nas agroindústrias agrícolas.

    Crescimento com formalização e qualificação

    Outro destaque do estudo é a formalização do mercado de trabalho no agronegócio. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 6%.

    Quanto à escolaridade, houve um aumento na proporção de trabalhadores com ensino médio e superior, completo e incompleto, desde 2012. Destaca-se um crescimento de 4,4% para os trabalhadores com ensino médio e de 7,5% para os com ensino superior, enquanto houve uma queda de 0,7% para os sem instrução e de 3,5% para os com ensino fundamental.

    Tanto a participação masculina quanto a feminina aumentaram em 1,2%, representando um acréscimo de 210,87 mil trabalhadores e 130,60 trabalhadoras, respectivamente. A taxa de participação feminina no agronegócio permaneceu praticamente inalterada em relação ao ano anterior.

    A pesquisa conduzida pelo Cepea se baseia nos microdados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua versão trimestral (PNAD-C), do IBGE.

    Utilizando metodologias próprias para identificar as atividades relacionadas ao agronegócio, o Cepea realiza uma análise aprofundada desses dados.

    Segundo o Cepea, em 2023, eles implementaram mudanças metodológicas significativas que afetaram toda a série histórica da pesquisa.

    Entre essas mudanças, destaca-se a inclusão na análise da população ocupada (PO) daqueles indivíduos que se dedicam exclusivamente à produção para consumo próprio.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/