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1 de abril de 2024

  • Área de soja nos EUA em 2024 será maior do que a prevista

    Relatório divulgado pelo USDA nesta quinta-feira mostra aposta dos produtores norte-americanos. Meio pregão de Chicago refletiu resultados

    A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres (35 milhões de hectares), conforme o relatório de intenção de plantio do Departamento de
    Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na quinta-feira (28). Assim, a previsão indica uma alta de 3% sobre o ano anterior.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares).

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão reduzir ou manter a área de plantio.

    Reflexos no mercado da soja

    Após a divulgação do relatório, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja passou a operar com preços mais baixos para o grão e óleo e mais altos para o farelo no meio-pregão de hoje.

    Com isso, os contratos com vencimento em maio tinham preço de US$ 11,91 1/2 por bushel, baixa de 1,00 centavo de dólar ou 0,08%. A posição julho era cotada a US$ 12,05 por bushel, perda de 1,50 centavo de dólar por bushel ou 0,08%.

    No farelo, maio de 2024 tinha preço de US$ 337,50 por tonelada, baixa de US$ 1,50 por tonelada ou 0,44%. Já a posição maio de 2024 do óleo era cotada a 47,75 centavos de dólar por libra-peso, acréscimo de 0,08 centavo de dólar por libra-peso ou 0,16%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Gado confinado no Brasil come melhor e rende mais, mostra pesquisa

    Estudo realizado por zootecnista da Unesp foi baseado em entrevistas com nutricionistas responsáveis pela alimentação de 6 milhões de cabeças em todo o país

    Uma pesquisa da Unesp em Jaboticabal (SP), feita pelo zootecnista e PhD em nutrição de ruminantes Danilo Millen, mostra que o gado brasileiro confinado está comendo melhor e se tornou mais rentável.

    O estudo, feito entre 2023 e 2024, divulgado agora, baseou-se em entrevistas com 36 nutricionistas, responsáveis pela alimentação de seis milhões de animais de todo o país. Esse número corresponde a 80% dos bois confinados do Brasil.

    Volumosos e concentrados no confinamento

    Em 2009, quando foi divulgado o primeiro estudo sobre o assunto, os volumosos (silagem de milho, cana e capim, principalmente) correspondiam a 28,8% da alimentação do gado confinado. Esse percentual caiu para 15,7% no ano passado. Em contrapartida, cresceu a inclusão de ingredientes concentrados, como grãos de cereais, considerados a principal fonte de energia para bovinos confinados, de 71,2% para 84,3% em 15 anos.

    Entre os grãos mais utilizados na dieta do gado, a pesquisa aponta que o milho foi a primeira opção para 97,2% dos entrevistados, enquanto o sorgo foi a segunda opção para 85,7%.

    “Quanto menor a quantidade de volumoso na dieta, menor o custo operacional para o produtor. Além disso, a tendência é que o animal ganhe mais peso e permaneça menos tempo em confinamento”

    Danilo Millen, pesquisador da Unesp

    Esse dado vem ao encontro de um outro número positivo: o percentual de animais confinados que foram destinados ao abate subiu de 13,3% (39,1 milhões de cabeças), em 2021, para 18,2% (42,3 milhões de cabeças) em 2023, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

    O Brasil tem um rebanho estimado de 202,8 milhões de cabeças bovinas, de acordo com a Abiec, o equivalente a 12,18% do rebanho mundial. O número é 3,3% maior do que o calculado em 2021. O Brasil já é o segundo do mundo na lista de países que mais confinam o gado, atrás apenas dos Estados Unidos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/