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19 de abril de 2024

  • Boi magro: momento favorece compra para confinamento

    O milho e o farelo de soja estão em patamares inferiores aos registrados em anos recentes

    Pesquisas do Cepea apontam que a atual relação entre os preços do boi magro e os ajustes do contrato julho/24 negociado na B3 (distante três meses, período de um ciclo de confinamento) sinaliza um bom momento para as compras de novos lotes dessa categoria de animal.
    Ao contrário do que acontecia até o início desta década, desde 2022, levantamento do Cepea mostra que os valores do boi magro têm caído de março a maio, justificados pela demanda relativamente baixa de agentes que ainda não concluíram o planejamento das operações do segundo semestre.

    Ressalta-se que o boi magro representa cerca de 60% do custo de produção de confinamento.

    Os outros insumos de impacto nos custos são os da alimentação. O milho e o farelo de soja, tradicionais balizadores da cotação de alternativas para a dieta, estão em patamares inferiores aos registrados em anos recentes.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fim do El Niño abre caminho para La Niña; veja previsão do Inmet

    A previsão indica que os efeitos do La Niña no Brasil podem ser sentidos já a partir de junho, julho e agosto, ou seja, durante o inverno

    El Niño, fenômeno climático caracterizada pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, está chegando ao fim e se aproximando da neutralidade climática, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    Desde o início de abril, houve um resfriamento considerável das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs), atingindo valores próximos a 0,5ºC acima da média nos últimos cinco dias, na região de referência conhecida como Niño 3.4.

    Entre fevereiro e março deste ano, as TSMs já apresentavam um declínio gradual, passando de 1,5°C para 1,2°C acima da média.

    A neutralidade climática deve prevalecer até meados de junho, de acordo com os modelos climáticos analisados pelo Inmet.

    La Niña em formação para o segundo semestre

    Enquanto o El Niño se dissipa, áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, já apresentam temperaturas mais baixas que o normal, sinalizando a possível formação do La Niña no segundo semestre, conforme boletim do Inmet.

    O La Niña é caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície das águas no Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.

    A previsão indica que seus efeitos no Brasil podem ser sentidos já a partir de junho, julho e agosto, ou seja, durante o inverno.

    Impactos no Brasil

    A intensidade da La Niña ainda é incerta, mas seus impactos no Brasil geralmente incluem:

    • Aumento das chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste.
    • Chuvas irregulares e risco de seca ou estiagem na Região Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste, principalmente durante a primavera e o verão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RS proíbe benefício fiscal para empresas que usam leite ou queijo importados

    54% do leite integral em pó adquirido no Rio Grande do Sul nos últimos 12 meses teve origem em outros países

    A partir de 2025, empresas do Rio Grande do Sul que utilizarem leite em pó ou queijo importados em seu processo industrial perderão o acesso ao benefício fiscal do crédito presumido.

    A medida (Decreto 57.571/2024), que visa proteger os produtores locais da concorrência desleal com produtos estrangeiros, principalmente aqueles provenientes do Mercosul, foi assinada pelo governador em exercício Gabriel Souza, nesta quinta-feira (18).

    “Agora, nos tornamos o Estado brasileiro que mais protege o produtor, condicionando o acesso ao benefício do crédito presumido por empresas de produtos lácteos ao fato de não importarem esses materiais de outros países”, diz o governador.

    O governador em exercício, Gabriel Souza, destacou que o Rio Grande do Sul já praticava medidas protecionistas, com alíquotas de 12% para o leite em pó importado e 17% para a mussarela.

    A nova iniciativa atende a um antigo pedido do setor leiteiro gaúcho.

    Dados do Radar do Mercado Gaúcho, da Receita Estadual, revelam que 54% do leite integral em pó adquirido no Rio Grande do Sul nos últimos 12 meses (entre março de 2023 e fevereiro de 2024) teve origem em outros países.

    Em 2023, o valor dos créditos fiscais presumidos utilizados pelas empresas do setor ultrapassou R$ 230 milhões.

    “Acreditamos que essa medida vai ter um impacto positivo na cadeia leiteira gaúcha, incentivando o uso de produtos locais e fortalecendo a nossa economia”, disse o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Pereira. “Não deve haver impacto significativo na arrecadação, pois as empresas provavelmente buscarão alternativas para manter o acesso aos benefícios fiscais, o que deve levar ao aumento na compra de produtos gaúchos.”

    O decreto entra em vigor no próximo ano, em razão do princípio da noventena ou da anterioridade fiscal, que impede a aplicação imediata de novas regras fiscais.

    Setor do leite em crise

    O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, lamentou que o decreto não possa entrar em vigor imediatamente devido a questões legais.

    Ele ressaltou os investimentos feitos pelos produtores na qualidade do produto e a necessidade de medidas para garantir a competitividade com os produtos importados.

    “O produtor se adaptou, investiu em sanidade e qualidade, mas falta competitividade com o produto importado”, disse Tang. “Esperamos que o governo federal também tome medidas para proteger os produtores de leite. Somos uma cadeia que perdeu mais de 50% dos seus produtores no Rio Grande do Sul nos últimos anos. É urgente que outras medidas como essa sejam implementadas”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/