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abril 2024

  • USDA aponta aumento da área de soja nos EUA e pressiona preços

    A comercialização da soja brasileira avançou ao longo da última semana, mas ainda abaixo da média histórica

    O cenário fundamental baixista para os preços da soja em termos globais ganhou mais um fator de pressão sobre os preços.

    No dia 28, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizou que a área com soja em 2024 deverá aumentar. O número superou a expectativa do mercado e determinou perdas em Chicago e no Brasil.

    A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres, conforme o relatório de intenção de plantio do USDA. A previsão indica uma elevação de 3% sobre o ano anterior.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres.

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão elevar ou manter o plantio.

    Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição de 1º de março, totalizaram 1,85 bilhão de bushels. O volume estocado subiu 9% na comparação com igual período de 2023.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, de 1,83 bilhão de bushels. Do total, 933 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com alta de 24% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 912 milhões de bushels, com baixa de 3%.

    Comercialização

    A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 41,4% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 5 de abril. No relatório anterior, com dados de 6 de março, o número era de 36,6%.

    Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 44,3% e a média de cinco anos para o período é de 58,1%. Levando-se em conta uma safra estimada em 148,6 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 61,571 milhões de toneladas.

    Safra 2024/25

    Levando-se em conta uma safra mínima hipotética de 148,6 milhões de toneladas, Safras projeta uma comercialização antecipada de 3,1%.

    Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 4,2% e a média para o período é de 12,4%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil deve embarcar mais de 10 milhões de t de soja em abril, diz Anec

    Na acumulado do ano, os embarques brasileiros de soja são estimados em 36,071 milhões de toneladas, afirma a entidade

    As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar em 10,654 milhões de toneladas em abril de 2024, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Em abril do ano passado, as exportações ficaram em 14,046 milhões de toneladas.
    Na semana entre 24 e 30 de março, o Brasil embarcou 3,446 milhões de toneladas. Para a semana entre 31 de março e 6 de abril, estão previstos embarques de 4,043 milhões de toneladas. No acumulado do ano, os embarques de soja são estimados em 36,071 milhões de toneladas.
    Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 2,308 milhões de toneladas em abril. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,742 milhão de toneladas.

    Na semana entre 24 e 30 de março, o Brasil embarcou 463,146 mil toneladas. Para a semana entre 31 de março e 6 de abril, estão previstos embarques de 674,268 mil toneladas. No acumulado do ano, os embarques de farelo de soja são estimados em 7,256 milhões de toneladas.

    Brasil deve embarcar 25 mil toneladas de milho em abril

    As exportações brasileiras de milho deverão atingir um volume de até 25 mil toneladas em abril de 2024. Em abril do ano passado, o Brasil havia exportado 166,552 mil toneladas do cereal.

    No acumulado do ano, os embarques de milho são estimados em 4,319 milhões de toneladas.

    Na semana entre 23 e 30 de março não foram registrados embarques de milho. Para a semana entre 31 de março e 6 de abril, estão projetados embarques de 27,004 mil toneladas do cereal.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • EUA: 56% da safra de trigo de inverno tem condição boa ou excelente

    No mesmo período de 2023, a parcela era de 28%, de acordo com o USDA

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 56% da safra de trigo de inverno do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo (31).

    Na data correspondente de 2023, essa parcela era de 28%, disse o USDA em seu primeiro relatório semanal de acompanhamento de safra do ano, divulgado na tarde desta segunda-feira (1º).

    O USDA informou também que 4% da safra tinha perfilhado, em comparação a 5% um ano antes e 2% na média dos cinco anos anteriores. Quanto à safra de primavera, o plantio estava em 1%, em linha coma média de cinco anos.

    Milho e algodão

    Segundo o órgão americano, o plantio de milho estava em 2%, mesmo percentual em em igual período do ano passado, contra 1% na média de cinco anos.

    O relatório mostrou também que produtores de algodão tinham semeado 3% da área total prevista até o último domingo, em comparação a 3% um ano antes e 4% na média dos cinco anos anteriores.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Calor extremo faz vaca perder mais de 30% de leite; e pesquisa quer mudar isso

    O programa tem avaliado a resistência dos animais ao calor para selecionar indivíduos que melhor suportem as altas temperaturas

    Situações de muito calor afetam negativamente a produção de leite.

    Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) tem se preocupado com a tolerância dos bovinos às condições do clima.

    Por isso, os valores genômicos dos touros da raça foram preditos em função do Índice de Temperatura e Umidade (ITU), que reúne numa única variável as condições de temperatura e umidade relativa do ar.

    Isso significa que animais mais resistentes ao calor são classificados com maior valor genômico para essa característica. Um ITU entre 80 e 89, por exemplo, pode provocar estresse-térmico severo no animal. Para que isso ocorra basta que a temperatura fique acima de 32°C e a umidade relativa do ar esteja em 95%.

    Impulsionado pelas mudanças climáticas e o El Niño, dias de calor intenso têm sido comuns em todas as regiões do Brasil, principalmente na região Centro-Sul, onde se concentra a maior produção de leite no país.

    Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou em 2023 nove ondas de calor e, no dia 19 de novembro, os termômetros da cidade mineira de Araçuaí marcaram a maior temperatura já verificada no Brasil: 48,44°C.

    Nessas condições, bastaria 10% de umidade relativa do ar para que uma vaca estivesse submetida ao estresse térmico severo, ocasionando redução na produção, em problemas reprodutivos e até na morte do animal.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite (MG), Marcos Vinícius G. B. Silva, o país perde todos os anos cerca de 30% da produção devido às altas temperaturas. Isso torna a cadeia produtiva do leite vulnerável aos eventos provocados pelas mudanças climáticas.

    “A solução para o produtor é desenvolver rebanhos mais resistentes ao estresse-térmico e é isso que o programa de melhoramento do Girolando tem buscado oferecer por meio das avaliações genéticas e genômicas no teste de progênie da raça”, diz o pesquisador.

    Silva explica que há raças mais tolerantes aos efeitos do clima.

    “O gir leiteiro, que compõe a raça sintética girolando, é bastante resistente ao calor se comparada à raça holandesa, que também forma o girolando. O resultado do cruzamento das duas raças é um animal resistente e produtivo”, explica.

    Dentro de uma mesma raça há indivíduos mais resistentes que outros.

    Ao longo dos anos, a Embrapa reuniu uma boa base fenotípica de animais resistentes, identificando essa característica dentro do genótipo do indivíduo.

    A partir daí, criou-se o PTA (medida de mérito genético do touro) para o estresse térmico, que irá resultar em vacas mais resistentes.

    A pesquisa que desenvolveu esse PTA analisou 650 mil controles leiteiros. Foram colhidos os dados no momento da ordenha, identificando a produção da vaca, além do ITU, obtido por meio de estações meteorológicas nos locais onde as propriedades estão localizadas.

    “Utilizamos uma metodologia estatística que relaciona esses dados com os genótipos de cada uma das vacas, obtendo o potencial genético do animal”, explica Silva ao contar que esse tipo de abordagem revela as diferenças genéticas na resposta dos animais diante das diferentes combinações de temperatura e umidade do ar ao longo do período avaliado.

    A classificação dos animais em relação ao calor

    Os touros foram classificados conforme categorias de sensibilidade ambiental, que representam o desempenho médio esperado para as filhas de cada touro nas diferentes combinações de temperatura e umidade do ar:

    • Sensível +: touros cujas filhas reduzem a produção de leite em ambientes mais
      quentes e, ou, mais úmidos.
    • Sensível – (menos): touros cujas filhas aumentam a produção em ambientes mais
      quentes e, ou, mais úmidos.
    • Robusto: touros cujas filhas mantém produções estáveis, independente da
      combinação de temperatura e umidade.

    Silva explica que quando o animal está dentro de uma faixa de ITU considerada adequada, ele terá condições de expressar seu potencial genético, porém, outras condições limitantes, como nutrição, manejo e sanidade, por exemplo, devem estar em níveis adequados.

    também pesquisador da Embrapa, João Claudio do Carmo Panetto, explica que a classificação dos touros conforme sua tolerância ao estresse térmico servirá como uma ferramenta auxiliar na seleção dos animais possibilitando o uso de um genótipo mais adequado ao clima das diferentes regiões do Brasil. “Dessa forma, cada criador vai poder direcionar os acasalamentos, visando obter uma progênie mais tolerante ao estresse térmico, reduzindo as perdas produtivas devidas aos fatores climáticos”, diz Panetto.

    Sumário relaciona progênie tolerante ao estresse térmico

    Desde 2022, o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando apresenta o PTA de touros com característica para tolerância ao estresse térmico. Naquele ano, o sumário do teste de progênie da raça já anunciava 405 touros com essa característica.

    Em 2023, o número subiu para 491 e neste ano serão 549. Esses animais compõe o Índice de Eficiência Tropical, que além da tolerância ao estresse térmico, apresenta características relativas à produção e reprodução. Silva anuncia que, em breve, será incluída neste índice a característica de resistência a ectoparasitas (carrapatos).

    O Sumário traz ainda PTA’s para outras 32 outras características individuais como volume de gordura, proteína, casco, temperamento etc. As características são reunidas em nove índices, apresentando um conjunto de características. Além do Índice de Eficiência Tropical, abarca:

    • Índice de Longevidade do Girolando;
    • Índice de Produção e Persistência na Lactação do Girolando;
    • Índice de Facilidade de Parto do Girolando;
    • Índice de Reprodução do Girolando;
    • Índice de Qualidade do Leite do Girolando;
    • Composto de Produção de Leite e Fertilidade do Girolando;
    • Compostos de Sistema Mamário, de Sistema Locomotor, de Garupa e de Força Leiteira do Girolando

    O PMGG teve início em 1997. Até o ano passado, foram lançados 16 sumários. O Programa conta com 1891 rebanhos colaboradores. Os estudos para incluir a tolerância ao estresse térmico começaram em 2021. “A questão climática é, por si, um marketing natural para venda de sêmen”, diz Silva. Segundo ele, procura pelo sêmen de touros provados para a tolerância ao estresse térmico é grande.

    O pesquisador diz que esse tipo de seleção genômica pode ser extrapolada para outras raças. “Já estamos desenvolvendo estudos para incluir a essa característica no sumário de touros da raça Jersey”, conclui Silva.

    ITU e conforto térmico

    Utilizado em diversas áreas, o ITU combina em uma única variável os valores de
    temperatura e de umidade relativa do ar. Quanto maior o índice, maior será o desconforto térmico de um indivíduo. Na pecuária de leite, o ITU mede o bem-estar dos bovinos em relação ao clima.

    Segundo a pesquisadora da Embrapa Maria de Fátima Ávila Pires, que trabalha com bem-estar animal há cerca de 30 anos, índices abaixo de 72 são considerados confortáveis para a vaca; mas ela ressalta que animais de alta produção já podem ser afetados com índice de 68.

    De 72 a 79, o ITU é ameno; de 80 a 89 passa a interferir negativamente no conforto térmico da vaca. Acima de 90, o índice é considerado severo e pode levar o animal à morte. A vaca modifica seu comportamento quando está sob estresse térmico. A pesquisadora alerta que o produtor deve observar os seguintes sinais:

    • Aumento da frequência respiratória: respiração ofegante pode indicar que o
      animal está tentando dissipar calor;
    • Produção de suor: As vacas podem suar mais quando estão desconfortáveis ​​com o calor;
    • Procurando sombra: sob estresse térmico, vacas podem buscar áreas sombreadas ou mais frescas para se abrigarem do sol;
    • Redução no consumo de alimentos: em condições de calor extremo, as vacas podem reduzir a ingestão de alimentos;
    • Mudanças no Comportamento Reprodutivo: O estresse térmico pode afetar o cio
      e a taxa de concepção das vacas.

    “Em regiões com altas temperaturas e umidade do ar, o produtor deve adotar medidas para proporcionar um ambiente adequado e confortável para o rebanho, como oferecer sombra, ventilação adequada, água fresca e aspersão de água”, ensina a pesquisadora.

    Mudanças climáticas

    O ano de 2023 foi o mais quente dos últimos 174 anos de medições meteorológicas. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a média global chegou a 1,45°C acima dos níveis pré-industriais. Esse valor está bem próximo de 1,5°C, estabelecido como limite em 2015, no Acordo de Paris e só deveria ser atingido em 2030.

    No Brasil, dados do Inmet revelam que, dos 12 meses de 2023, nove tiveram médias mensais acima da média histórica, com destaque para setembro, com 1,6°C acima.

    Ao longo do ano passado, o País enfrentou nove episódios de onda de calor. Eduardo Assad, ex-pesquisador da Embrapa e um dos pioneiros nos estudos agroclimáticos no Brasil, diretor da empresa de consultoria Fauna, fez um balanço da agenda climática em 2023. Segundo o relatório, a amplitude média dessas ondas de calor foi superior a 4°C acima da média das máximas.

    Para o pesquisador da Embrapa Ricardo Guimarães Andrade a causa das altas temperaturas de 2023 é o fenômeno El Niño, aliado à crise climática. O fenômeno, que em 2030 provoca o aquecimento das águas no Oceano Pacífico, se estabeleceu em meados de 2023 e atingiu o ápice em dezembro.

    Andrade explica que naquele mês, as águas do Pacífico atingiram 2°C acima da média histórica. “É um El Niño forte, mas não podemos classificá-lo de ‘Super El Niño’, quando o aquecimento supera os 2,5°C acima da média histórica”, diz. O último Super El Niño ocorreu em 2016.

    De acordo com o pesquisador, o prognóstico climático indica que o El Niño deve permanecer até junho. “Há uma probabilidade de 50% para que se estabeleça a condição de neutralidade, entre menos 0,5°C e mais 0,5°C.” Até lá, a temperatura e a precipitação tendem a ficar entre a média e acima da média na região centro-sul do país.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Participação da China nas exportações brasileiras de soja segue acima de 70%

    Proporção aumentou em comparação com anos anteriores

    O destino da soja brasileira continua sendo objeto de análise e discussão entre especialistas. A concentração das vendas para a China, por um lado, é vital para a economia brasileira como um importante parceiro comercial, mas, por outro lado, preocupa devido à dependência excessiva desse mercado. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a participação do gigante asiático nas exportações da oleaginosa brasileira permanece sólida.

    No quadro “Agroexport”, o tema ganhou destaque com Giovani Ferreira, que abordou a necessidade do Brasil pela demanda chinesa em produtos-chave, com a soja em evidência. A discussão girou em torno da percepção de que a demanda chinesa estaria diminuindo e que o país estaria se voltando para aumentar sua produção interna, reduzindo a dependência das importações de soja brasileira.

    No entanto, os dados mostram uma realidade diferente. Apesar do desejo de todos os países em fortalecer suas produções internas, a China continua sendo um grande comprador da soja brasileira. Em análise dos últimos cinco anos, com foco nos meses de janeiro e fevereiro, observou-se que, em 2024, o Brasil exportou 9,46 milhões de toneladas de soja, com impressionantes 73% destinados à China. Essa participação chinesa nas exportações de soja brasileira aumentou em comparação com anos anteriores, demonstrando uma continuidade no interesse do país asiático pelo produto brasileiro.

    Essa dependência, porém, não é recente. Desde 2010, a China tem aumentado sua participação nas exportações de soja do Brasil, passando de 65% para uma média de 70,1% nos últimos cinco anos. Embora seja um risco concentrar tanto as exportações em um único mercado, a presença contínua da China como grande compradora é fundamental para a expansão e investimentos no setor de soja brasileiro, contribuindo para a consolidação do país como o maior produtor e exportador global desse importante grão.

    Portanto, enquanto a diversificação de mercados permanece como um objetivo importante, a presença da China como principal comprador continua sendo um fator-chave para o crescimento e desenvolvimento do setor de soja no Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Área de soja nos EUA em 2024 será maior do que a prevista

    Relatório divulgado pelo USDA nesta quinta-feira mostra aposta dos produtores norte-americanos. Meio pregão de Chicago refletiu resultados

    A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres (35 milhões de hectares), conforme o relatório de intenção de plantio do Departamento de
    Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na quinta-feira (28). Assim, a previsão indica uma alta de 3% sobre o ano anterior.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares).

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão reduzir ou manter a área de plantio.

    Reflexos no mercado da soja

    Após a divulgação do relatório, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja passou a operar com preços mais baixos para o grão e óleo e mais altos para o farelo no meio-pregão de hoje.

    Com isso, os contratos com vencimento em maio tinham preço de US$ 11,91 1/2 por bushel, baixa de 1,00 centavo de dólar ou 0,08%. A posição julho era cotada a US$ 12,05 por bushel, perda de 1,50 centavo de dólar por bushel ou 0,08%.

    No farelo, maio de 2024 tinha preço de US$ 337,50 por tonelada, baixa de US$ 1,50 por tonelada ou 0,44%. Já a posição maio de 2024 do óleo era cotada a 47,75 centavos de dólar por libra-peso, acréscimo de 0,08 centavo de dólar por libra-peso ou 0,16%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Gado confinado no Brasil come melhor e rende mais, mostra pesquisa

    Estudo realizado por zootecnista da Unesp foi baseado em entrevistas com nutricionistas responsáveis pela alimentação de 6 milhões de cabeças em todo o país

    Uma pesquisa da Unesp em Jaboticabal (SP), feita pelo zootecnista e PhD em nutrição de ruminantes Danilo Millen, mostra que o gado brasileiro confinado está comendo melhor e se tornou mais rentável.

    O estudo, feito entre 2023 e 2024, divulgado agora, baseou-se em entrevistas com 36 nutricionistas, responsáveis pela alimentação de seis milhões de animais de todo o país. Esse número corresponde a 80% dos bois confinados do Brasil.

    Volumosos e concentrados no confinamento

    Em 2009, quando foi divulgado o primeiro estudo sobre o assunto, os volumosos (silagem de milho, cana e capim, principalmente) correspondiam a 28,8% da alimentação do gado confinado. Esse percentual caiu para 15,7% no ano passado. Em contrapartida, cresceu a inclusão de ingredientes concentrados, como grãos de cereais, considerados a principal fonte de energia para bovinos confinados, de 71,2% para 84,3% em 15 anos.

    Entre os grãos mais utilizados na dieta do gado, a pesquisa aponta que o milho foi a primeira opção para 97,2% dos entrevistados, enquanto o sorgo foi a segunda opção para 85,7%.

    “Quanto menor a quantidade de volumoso na dieta, menor o custo operacional para o produtor. Além disso, a tendência é que o animal ganhe mais peso e permaneça menos tempo em confinamento”

    Danilo Millen, pesquisador da Unesp

    Esse dado vem ao encontro de um outro número positivo: o percentual de animais confinados que foram destinados ao abate subiu de 13,3% (39,1 milhões de cabeças), em 2021, para 18,2% (42,3 milhões de cabeças) em 2023, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

    O Brasil tem um rebanho estimado de 202,8 milhões de cabeças bovinas, de acordo com a Abiec, o equivalente a 12,18% do rebanho mundial. O número é 3,3% maior do que o calculado em 2021. O Brasil já é o segundo do mundo na lista de países que mais confinam o gado, atrás apenas dos Estados Unidos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/