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20 de outubro de 2022

  • MUDA TUDO: El Niño pode voltar em 2023?

    Há risco elevado de desenvolvimento de El Niño como provável após meados de 2023
    Aumentou em 75% a chance de que o La Niña continue presente durante os próximos meses de dezembro de 2022 e em janeiro e fevereiro 2023. No entanto, após o fim do fenômeno climático e algum período de neutralidade, começam a surgir chances da volta do El Niño.

    A previsão veio do Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade para (IRI, na sigla em inglês), da Universidade de Columbia. De acordo com a meteorologista Cindy Fernández, do Servicio Meteorológico Nacional (SMN) argentino, “quando chegar o verão, o que se observa nas previsões é que [La Niña] tenderá a enfraquecer, pelo que começarão a atuar outros fatores que irão contribuir ou inibir seus efeitos”.

    Outra agência que já projeta o El Niño no longo prazo é a Climate Impact Company, que prevê esse fenômeno climático se formando no final de 2023. “No início do próximo ano, desaparecerá o padrão SSTA muito quente, reforçado pelo dipolo negativo do Oceano Índico (-IOD) no extremo leste do Oceano Índico equatorial”, apontam os meterologistas.

    De acordo com eles, no momento, as “águas super-quentes ao norte e noroeste da Austrália estão alimentando a convecção, que inclui correntes de ar ascendentes. Esse ar ascendente é substituído por ventos alísios aprimorados do leste. Essa troca levanta água fria no centro/leste equatorial do Oceano Pacífico para manter o La Niña. No entanto, esse acelerador ENSO enfraquece e desaparece nos meses de Fevereiro e Março do próximo ano. Consequentemente, o La Niña também deve acabar”.

    “O que se segue? Um risco de 2 em 3 de desenvolvimento de El Niño como provável após meados de 2023. Conclusão: Uma vez que o SSTA super quente no extremo leste equatorial do Oceano Índico/oeste do Oceano Pacífico recue, o mecanismo que impulsiona o La Nina deve diminuir. O catalisador para essa mudança é a dissipação do padrão -IOD em janeiro. O ENSO tem caráter natural para oscilar de uma fase para a fase oposta e esse caráter deve estar em vigor para o final de 2023”, concluem os meteorologistas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Brasil e Alemanha estreitam relação pela soja convencional

    Instituto Soja Livre e VLOG, da Alemanha, devem cooperar entre si para levar informações ao mercado europeu
    A soja convencional brasileira é transformada em ração e alimenta animais que estão na mesa de milhares de europeus. O continente é o principal mercado de soja não-geneticamente modificada, pois seus habitantes exigem que os alimentos sejam altamente sustentáveis. Neste sentido, a troca de informações que reflitam a real demanda externa dos produtos oriundos da soja não-transgênica é relevante para ambos os lados, conseguindo desta forma melhor estabilidade do mercado.

    De acordo com o Instituto Soja Livre, a agricultura brasileira é sustentável e, especificamente a soja convencional, segue os critérios da legislação brasileira e também dos clientes internacionais. Entretanto, para melhorar a comunicação da forma de produzir no Brasil, o Instituto Soja Livre se reuniu nesta sexta (14) com Michael Suedbeck, membro do Conselho da Associação Alemã do Setor de Produção e Varejo de Alimentos Não-Transgênicos (VLOG).

    “Queremos consolidar o canal de comunicação entre Brasil e Europa com informações precisas e desfazer alguns enganos propagados no exterior”, diz César Borges, presidente do Instituto Soja Livre. O diretor de Relações Internacionais do ISL, Endrigo Dalcin: “os agricultores brasileiros produzem com sustentabilidade e queremos estreitar a cooperação entre estes dois elos”.

    Michael Suedback explica que a VLOG é a entidade responsável pela rotulagem dos alimentos que são produzidos livres de transgenia na Alemanha. São selos para alimentos humanos e ração animal.

    “É importante que o Brasil esteja presente na Europa, como em eventos que estamos programando, para desfazer informações errôneas que são despejadas na população em geral. E também para a cadeia produtiva que está na Alemanha, desde o produtor de ração até o consumidor final, passando pelos frigoríficos, abatedouros e supermercados”, explica Suedback.

    O consultor Fernando Naufall avalia como positiva a aproximação entre as associações brasileira Instituto Soja Livre e a alemã VLOG. “Saímos otimistas pela rica troca de informações e para uma série de reuniões e eventos que levarão a um caminho aberto para os agricultores brasileiros”, diz. Já Johnny Drescher, consultor que mora na Europa há mais de uma década, esclarece que não há mais cadeia que não tenha rastreabilidade e, por isso, é tão importante a informação correta sobre o mercado brasileiro de soja não-transgênica.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Temperatura do solo pode prever pragas nas culturas

    Maior sucesso no inverno pode expandir as áreas onde a praga pode viver

    Um novo estudo da North Carolina State University mostra que a temperatura do solo pode ser usada para monitorar e prever efetivamente a propagação da lagarta do milho ( Helicoverpa zea ), uma importante praga que devasta milho, algodão, soja, pimentão, tomate e outras hortaliças. A capacidade de monitorar melhor a praga e fazer previsões sobre onde ela aparecerá pode ajudar os agricultores a controlar a praga de forma mais eficaz, o que reduziria os impactos financeiros e ambientais do uso de pesticidas.

    Os pesquisadores combinaram dados históricos de temperatura do solo com dados de monitoramento de longo prazo da lagarta do milho e informações sobre como a praga sobrevive a condições frias em um ambiente de laboratório para entender melhor o ″sucesso do inverno″ ou quão bem a praga pode sobreviver no subsolo durante os meses mais frios do inverno.

    Maior sucesso no inverno pode expandir as áreas onde a praga pode viver e prosperar, dizem os pesquisadores, pois a praga pode migrar por longas distâncias. Geralmente, um maior sucesso de hibernação em latitudes mais ao norte aumenta o potencial de danos às culturas por essa praga mais ao norte. As mudanças climáticas também afetam o sucesso do inverno. “À medida que o clima muda, as zonas de hibernação provavelmente se deslocarão para o norte”, disse Anders Huseth, professor assistente de entomologia da NC State e outro autor co-correspondente do artigo.

    ″Agora gostaríamos de apresentar uma ferramenta de previsão melhor para essa praga, juntamente com um modelo de previsão de risco, para fornecer aos produtores melhores informações sobre a disseminação da praga. O sucesso aqui poderia reduzir os custos para os agricultores e os pesticidas no meio ambiente”, conclui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/