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21 de outubro de 2022

  • USDA eleva produção de soja do Brasil para 148,5 milhões de t

    O escritório brasileiro do USDA elevou de 144 milhões para 148,5 milhões de toneladas a estimativa para a produção de soja no país

    A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília elevou de 144 milhões para 148,5 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de soja no Brasil na temporada 2022/23.

    A nova projeção representa aumento de 17% ante a estimativa para a safra 2021/22, de 126,6 milhões de toneladas.

    A previsão de rendimento foi elevada de 3,39 para 3,47 toneladas por hectare. A

    nova estimativa representa aumento de 12% ante o ciclo anterior, quando uma estiagem causou perdas significativas.

    Área de soja

    A previsão de área plantada foi aumentada de 42,5 milhões para 42,8 milhões de hectares, 4,65% maior do que a de 2021/22.

    A área deve crescer com a expectativa de aumento da demanda e apesar dos maiores custos de produção, disse o USDA.

    Exportações

    Quanto às exportações, a estimativa do USDA foi aumentada de 92 milhões para 95,7 milhões de toneladas no ano comercial 2022/23, ante 77 milhões de toneladas em 2021/22.

    O esmagamento doméstico foi elevado de 49,15 milhões para 50 milhões de toneladas em 2022/23, 3,63% mais do que o estimado para 2021/22.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Pesquisador da Embrapa lista melhores práticas agronômicas para a soja

    Maquinário para distribuição espacial de plantas e outras tecnologias são elencadas pelo especialista

    Obedecer os calendários de zoneamento agrícola de risco climático para a semeadura da soja. Essa é a lição que o produtor precisa incorporar em suas atividades após obedecer o vazio sanitário, de acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, José Salvador Foloni.

    Segundo o especialista, ao seguir essa orientação, reduz-se significativamente o risco de perda de produtividade por déficit hídrico. “O agricultor precisa obedecer essa ordem de quantidade de chuva para que ele tenha uma boa reserva hídrica no solo”, explica.

    Foloni ressalta que, em muitos casos, com uma pequena quantidade de água armazenada, o sojicultor já opta por plantar pensando em ter tempo para semear uma cultura de segunda safra, como o milho. “Mas assim ele penaliza a soja. Sempre alertamos o produtor: espere que haja uma quantidade satisfatória de chuva para que se tenha a reposição da quantidade de água no perfil do solo e, a partir deste momento, se inicie a instalação da cultura”.

    Maquinários calibrados

    O pesquisador da Embrapa Soja também ressalta a importância da qualidade do maquinário utilizado. “Assim, o produtor tem uma instalação de cultura bem adequada do ponto de vista de distribuição espacial de plantas”.

    Para ele, atentar-se à qualidade de vigor de sementes e qualidade fitossanitária e fisiológica também são ações essenciais. “Esses aspectos são fundamentais para que o agricultor tenha elevadas produtividades e que a lavoura possa expressar altos potenciais produtivos”, salienta.

    Dentro das técnicas agronômicas, o pesquisador destaca a questão de manejo de solo no sistema plantio direto, plantabilidade, qualidade de palhada, manejo da fertilidade do solo e de plantas daninhas.

    Melhores práticas na lavoura de soja

    Para Foloni, entre as tecnologias à disposição dos produtores para a instalação de uma lavoura produtiva estão:

    • Espaçamento entre linhas adequado
    • Escolha da cultivar
    • Qualidade da semente
    • Manejo de adubação
    • Tratamento fitossanitário de sementes

    “Muitas vezes o produtor faz um grande investimento em maquinários, que é algo fundamental para ter altas performances operacionais, mas às vezes deixa de investir em uma semente de qualidade ou deixa de fazer uma regulagem adequada de profundidade de semeadura, ou deixa de ter um bom manejo da palhada no sistema plantio direto […]”.

    Ao não se atentar a esses quesitos, o pesquisador afirma que o produtor acaba por perder plantabilidade e fica sujeito às falhas de estande. “Boas práticar agronômicas são um conjunto de procedimentos não só de tecnologia do ponto de vista de maquinário, mas procedimentos do dia a dia, que são pequenos detalhes, mas no final das contas, faz toda a diferença na rentabilidade do agricultor”, finaliza Foloni.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Custo Operacional da pecuária leiteira cai pelo terceiro mês consecutivo

    Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira – considerando-se a “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) – caiu 0,34%

    O Boletim do Leite de outubro, publicado pelo Cepea/Esalq, apontou que, em setembro, o pecuarista precisou de 27,5 litros de leite para a aquisição de uma saca de milho, contra 23,1 litros no mês anterior. Isto evidenciou uma piora no poder de compra do produtor em relação ao período anterior.

    Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira – considerando-se a “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) – caiu 0,34%. Trata-se do terceiro mês consecutivo de baixa.

    Os combustíveis, adubos e defensivos foram os grupos de custos que recuaram e influenciaram a queda no COE no mês. De julho a setembro, o custo acumula retração de 1,17%, mas, em 2022, ainda se verifica avanço, de 3,13%. Ressalta-se, contudo, que a receita (preço do leite pago ao produtor) também caiu nos últimos meses.

    Preço do leite ao produtor cai 

    O preço do leite captado em agosto e pago aos produtores em setembro registrou queda de 14,4% (ou de 51 centavos por litro) frente ao mês anterior, chegando a R$ 3,0476/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea.

    Em relação à média de setembro do ano passado, contudo, observa-se aumento de 19,4%, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/22).

    Essa diferença anual pode diminuir até o final do ano, já que o movimento de baixa deve se intensificar em outubro.

    Derivados lácteos seguem em desvalorização

    O mercado lácteo em setembro manteve a tendência baixista observada em agosto. O menor poder de compra do brasileiro e os elevados patamares de preços dos lácteos vêm desestimulando o consumo desde agosto e sustentando a desvalorização dos derivados.

    Ademais, o aumento das importações e a recuperação da produção nacional têm elevado o volume ofertado, possibilitando crescimento de estoques frente à demanda desaquecida e reforçando o movimento de queda nas cotações.

    Aumento das exportações

    As exportações e importações de produtos lácteos aumentaram em setembro, de acordo com dados da Secex.

    Contudo, a balança comercial registrou seu maior déficit desde janeiro de 2000, quando o Cepea iniciou o monitoramento do mercado internacional de lácteos.

    Em termos de receita, o saldo ficou negativo, registrando US$ 99,6 milhões, aumento de 7,2% em relação ao déficit de agosto e mais que o triplo do registrado em setembro de 2021.

    Em volume, o déficit chegou a 195,4 milhões de litros em equivalente leite, 15% maior que o de agosto/22 e mais que o dobro do verificado no mesmo período do ano passado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/