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Pesquisador da Embrapa lista melhores práticas agronômicas para a soja

Maquinário para distribuição espacial de plantas e outras tecnologias são elencadas pelo especialista

Obedecer os calendários de zoneamento agrícola de risco climático para a semeadura da soja. Essa é a lição que o produtor precisa incorporar em suas atividades após obedecer o vazio sanitário, de acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, José Salvador Foloni.

Segundo o especialista, ao seguir essa orientação, reduz-se significativamente o risco de perda de produtividade por déficit hídrico. “O agricultor precisa obedecer essa ordem de quantidade de chuva para que ele tenha uma boa reserva hídrica no solo”, explica.

Foloni ressalta que, em muitos casos, com uma pequena quantidade de água armazenada, o sojicultor já opta por plantar pensando em ter tempo para semear uma cultura de segunda safra, como o milho. “Mas assim ele penaliza a soja. Sempre alertamos o produtor: espere que haja uma quantidade satisfatória de chuva para que se tenha a reposição da quantidade de água no perfil do solo e, a partir deste momento, se inicie a instalação da cultura”.

Maquinários calibrados

O pesquisador da Embrapa Soja também ressalta a importância da qualidade do maquinário utilizado. “Assim, o produtor tem uma instalação de cultura bem adequada do ponto de vista de distribuição espacial de plantas”.

Para ele, atentar-se à qualidade de vigor de sementes e qualidade fitossanitária e fisiológica também são ações essenciais. “Esses aspectos são fundamentais para que o agricultor tenha elevadas produtividades e que a lavoura possa expressar altos potenciais produtivos”, salienta.

Dentro das técnicas agronômicas, o pesquisador destaca a questão de manejo de solo no sistema plantio direto, plantabilidade, qualidade de palhada, manejo da fertilidade do solo e de plantas daninhas.

Melhores práticas na lavoura de soja

Para Foloni, entre as tecnologias à disposição dos produtores para a instalação de uma lavoura produtiva estão:

  • Espaçamento entre linhas adequado
  • Escolha da cultivar
  • Qualidade da semente
  • Manejo de adubação
  • Tratamento fitossanitário de sementes

“Muitas vezes o produtor faz um grande investimento em maquinários, que é algo fundamental para ter altas performances operacionais, mas às vezes deixa de investir em uma semente de qualidade ou deixa de fazer uma regulagem adequada de profundidade de semeadura, ou deixa de ter um bom manejo da palhada no sistema plantio direto […]”.

Ao não se atentar a esses quesitos, o pesquisador afirma que o produtor acaba por perder plantabilidade e fica sujeito às falhas de estande. “Boas práticar agronômicas são um conjunto de procedimentos não só de tecnologia do ponto de vista de maquinário, mas procedimentos do dia a dia, que são pequenos detalhes, mas no final das contas, faz toda a diferença na rentabilidade do agricultor”, finaliza Foloni.

Fonte: https://www.canalrural.com.br/