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26 de outubro de 2022

  • La Niña e custos mais altos apertam margens do produtor

    Três tendências que apontam projeções altistas para o mercado de soja e milho

    As incertezas quanto ao resultado da safra de soja e milho nos Estados Unidos, o terceiro ano consecutivo de La Niña nas lavouras da Argentina e no sul do Brasil, além do aumento de custos provocado pela valorização do dólar, dão a tônica do mercado de grãos na temporada de 2022/2023, de acordo com a head de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint Global Markets, Thais Italiani.

     “A incerteza do tamanho da oferta dos EUA tende a deixar o balanço ainda mais apertado. Conforme a colheita avança a produtividade vem se mostrando menor, e isso deve ter um impacto no balanço global de soja e milho”, observa a especialista.Segundo ela, a safra dos EUA já acumula três safras num cenário mais apertado do que o previsto anteriormente. “O milho deve registrar um déficit esse ano. “Isso, na nossa leitura, são pontos que podem deixar ainda mais apertado o balanço mundial do milho”, acrescenta a especialista da empresa especializada em inteligência de mercado, consultoria, gestão de risco e soluções de hedge para commodities agrícolas e de energia.

    Risco La Niña na América do Sul

    No ciclo de 2022/2023, ocorre o terceiro ciclo consecutivo de La Niña, o que deve trazer mais impactos à produção. “Esse é outro fator que aponta para uma tendência altista devido ao risco climático (prêmio climático). O fenômeno está muito forte na Argentina e um pouco menos no sul do Brasil. Esse é o risco que vemos para produção de soja e milho na América do Sul.

    Impactos da valorização do dólar no custo da produção

    Em relação à alta do dólar, a especialista observa que, a princípio, esse é um fator altista, pois aumenta a inflação e traz maior custo de produção para a safra. A valorização da moeda americana gerou alta nos custos, reduzindo a margem de ganho dos produtores.

    “O preço subiu, a remuneração está alta, porém o custo de produção está mais alto e subiram na mesma intensidade ou talvez até mais. Então, as margens dos produtores ficaram apertadas”, destaca Italiani. “Dado esse cenário de mais alta para commodities, a tendência é de um movimento altista nos próximos meses para soja e milho”, afirma.

    Para a head de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint Global Markets, é o momento de colocar em prática gestão de ricos e estratégias de hedge para proteger contra flutuações desfavoráveis e preparar o negócio para os movimentos globais de oscilação de câmbio, preço e mudanças de oferta e demanda. “O câmbio também é imprescindível para completar o ciclo de gestão de risco integral em um mercado global como o de commodities. A fixação de câmbio, junto com a commodity, de maneira unificada e integrada, também é um instrumento para facilitar o controle e gerenciamento da sua posição”, afirma.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Conab estima perda em áreas de trigo

    Chuvas ocorridas no ponto de colheita diminuíram a qualidade dos grãos

    Progresso: 35.6% Colhido; 0.5% Desenvolvimento Vegetativo; 5.3% Floração; 28.5% Enchimento de Grãos; 30% Maturação;

    Semana Anterior: 30.6% Colhido; 1.4% Desenvolvimento Vegetativo; 11.6% Floração; 31.7% Enchimento de Grãos; 24.8% Maturação;

    Conforme indicado pelo último monitoramento semanal das condições das lavouras, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), algumas lavouras apresentam perdas em decorrência das chuvas ocorridas nas últimas semanas.

    No Rio Grande do Sul, na região do Alto Uruguai, a colheita ocorre lentamente. Nas Missões e Itaqui-São Borja, a operação está adiantada e mais intensa. As lavouras colhidas estão com boas produtividades. No Planalto Superior e parte do Planalto Médio, as chuvas ocorridas propiciaram o desenvolvimento da giberela nas lavouras em florescimento e início do enchimento de grãos.

    No Paraná, as áreas colhidas apresentam produtividade abaixo do esperado. As chuvas ocorridas no ponto de colheita diminuíram o PH do grão e sua qualidade. Estima-se que 12% das áreas cultivadas estejam em situação ruim. As lavouras em melhores condições são as mais tardias.

    Em Santa Catarina, a colheita avança, porém as chuvas frequentes favorecem as doenças fúngicas de final de ciclo. São registradas perdas qualitativas e quantitativas em algumas lavouras, principalmente as que se encontram em floração.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 16 a 22 de outubro de 2022

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Falta de umidade no solo limitou avanço do plantio da soja

    Contudo, chuvas avançam e favorecem a retomada do ritmo

    Progresso: 56.8% Emergência; 43.2% Desenvolvimento Vegetativo

    Semana Anterior: 55.8% Emergência; 44.2% Desenvolvimento Vegetativo

    De acordo com o último monitoramento semanal das condições das lavouras, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 22 de Outubro algumas lavouras do país tiveram problemas em relação à falta de umidade no solo. Contudo, as chuvas avançaram em algumas regiões permitindo a retomada da semeadura.

    No MT, o plantio avança rapidamente, com 63,9% semeado. Porém, no Sudeste e Leste algumas propriedades paralisaram os trabalhos devido a falta de umidade no solo. Em GO, a redução das precipitações causou uma diminuição da intensidade do plantio. Em MS, a diminuição das chuvas permitiu uma maior evolução do plantio e melhoria no desenvolvimento.

    Em TO, algumas áreas foram semeadas em Caseara e Alvorada. Em SP, a redução das chuvas permitiu um avanço no plantio. No RS, os agricultores seguem com cautela o plantio, devido ao receio de nova influência do La Niña. No PR, a continuidade do tempo úmido e frio causou leve piora na situação de algumas lavouras, porém a maioria apresenta bom desenvolvimento.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 16 a 22 de outubro de 2022

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/