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10 de março de 2023

  • Fertilizantes: Índice de Poder de Compra tem melhora em fevereiro

    Na composição do índice houve um ligeiro recuo, de 2%, nos preços dos insumos

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de fevereiro fechou em 0,98, ante 0,99 de janeiro e 1,02 em dezembro. O momento é o mais favorável dos últimos 20 meses — quanto menor o indicador, melhor é a relação de troca para o produtor rural — e revela a boa rentabilidade do produtor rural.

    Na composição do índice houve um ligeiro recuo, de 2%, nos preços dos fertilizantes, provocado principalmente pelo nitrogênio. Por outro lado, o preço das commodities continuou com pouca variação e caiu 0.3% em relação ao mês anterior.

    Atualmente, a atenção do mercado está voltada para a safra brasileira de grãos, com uma colheita recorde se aproximando e desafios das influências das mudanças climáticas, como a seca no Sul do Brasil e na Argentina. Além da entrada da demanda mais forte do hemisfério norte (com destaque para a maior movimentação no mercado dos Estados Unidos) que também está no radar do mercado de agronegócios.

    IPCF e Mosaic Fertilizantes

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor relação de troca. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ciclo do fenômeno La Niña chega ao fim; saiba mais

    Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural, fala sobre a mudança climática

    Há três safras, o La Niña atuou no Hemisfério Sul, o que, entre outros problemas, provocou a estiagem no Rio Grande do Sul. Esse fenômeno, contudo, não seguirá ativo no decorrer dos próximos meses, informa Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural.

    Com base em dados do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), departamento mantido pelo governo dos Estados Unidos, Müller cita que o atual ciclo do La Niña chegou ao fim. Agora, há a presença da chamada fase neutra desse fenômeno de interação oceano-atmosfera: o El Niño Oscilação Sul (Enso). Porém, o efeito não é imediato, pois leva-se um tempo para a atmosfera começar a reagir a este sinal de águas superficiais mais quentes no oceano Pacífico Equatorial.

    “Existe a chance do [próximo] verão já começar sob a influência de El Niño” — Arthur Müller

    “As expectativas são que essa neutralidade dure até o fim da primavera 2023”, afirma Müller. “Existe a chance do [próximo] verão já começar sob a influência de El Niño”, informa o meteorologista ao fazer referência à estação que, no Hemisfério Sul, irá de 21 de dezembro deste ano a 20 de março de 2024.

    Dessa forma, a expectativa é de que a próxima safra de verão do Rio Grande do Sul não seja impactada pela estiagem. Com o El Niño, o estado sulista deve contar com o aumento das chuvas.

    Previsão do tempo além do La Niña

    Para além do fator envolvendo o fim do ciclo do La Niña, Arthur Müller destaca a previsão do tempo para os próximos dias. De acordo com ele, as chuvas irão se concentrar, de sábado (11) a terça-feira (14) sobre três pontos espalhados pelo país:

    1. Região Norte como um todo;
    2. Oeste nordestino; e
    3. Norte de Mato Grosso.

    Nessas áreas, a expectativa é de que a chuva tenha volumes de 50 a 120 milímetros. Por outro lado, o interior do Nordeste e o centro-sul do Rio Grande do Sul seguem sem previsão de acumulados até o início da próxima semana. O tempo seguirá quente e úmido nas demais faixas do país.

    Altos acumulados x baixa umidade

    Na relação da previsão do tempo com as atividades rurais, o meteorologista do Canal Rural apresenta — desta vez — dois alertas:

    • Soja

    Os altos acumulados de precipitação para os próximos dias na região Norte e no norte de Mato Grosso podem gerar transtornos durante a colheita da soja. Isso porque solo já se encontra bem úmido devido às chuvas dos últimos dias.

    • Trabalho de campo

    Devido à baixa umidade relativa e ao calor no interior do Nordeste e no sul do Rio Grande do Sul, um cuidado extra com a hidratação se faz necessário no trabalho de campo dessas localidades.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Grupo propõe mudança no calendário do plantio de soja no RS

    Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja vai encaminhar proposta para o governo federal

    No que depender da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, o calendário de plantio da oleaginosa no Rio Grande do Sul sofrerá mudanças. Nesta semana, o colegiado aprovou a ideia de avançar com a proposta de antecipar em 10 dias os períodos de vazio sanitário e de semeadura do grão no estado.

    Atualmente, o vazio sanitário do Rio Grande do Sul vai de 13 de julho a 10 de outubro, com o plantio liberado de 11 de outubro a 18 de fevereiro. Ou seja, a câmara defende a alteração para que o vazio sanitário à cultura seja definido de 3 de julho a 30 de setembro. Consequentemente, a semeadura ficaria liberada de 1º de outubro a 18 de fevereiro.

    A ideia da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja é implementar o novo calendário para a próxima safra, 2023-24. Em apresentação no estande do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS) na Expodireto Cotrijal, evento que ocorre nesta semana no município gaúcho de Não-Me-Toque, o grupo avisou que encaminhará ofício nesse sentido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Presente no encontro que se discutiu o tema, o diretor-geral adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, afirmou que a ideia se dá com base em números e dados de órgãos técnicos.

    “É fundamental para adoção de políticas fitossanitárias, em especial sobre a ferrugem asiática da soja” — Ricardo Felicetti

    “A participação da Câmara — por meio de produtores, entidades representativas, técnicos e integrantes da cadeia produtiva da soja — é fundamental para adoção de políticas fitossanitárias, em especial sobre a ferrugem asiática da soja, uma das maiores ameaças fitossanitárias do Brasil na cultura”, ressalta Ricardo Felicetti, diretor do departamento de defesa vegetal da Seapi.

    Vazio sanitário da soja

    O vazio sanitário foi instituído pelo governo federal como uma das medidas fitossanitárias para o controle da ferrugem da soja, com pelo menos 90 dias sem a cultura e plantas voluntárias no campo. O Mapa também definiu o calendário de semeadura da oleaginosa como ação complementar para racionalização do número de aplicações de fungicidas e redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do agente causal da doença.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/