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julho 2023

  • Soja: após anos complicados, produtores devem se reerguer, diz Senar-RS

    Redução nos custos de produção agora possibilita aos sojicultores enxergar um cenário mais positivo, acredita superintendente do órgão

    A descapitalização gerada pelas quebras consecutivas na safra de soja colocou muitos agricultores em situação de endividamento, dificultando ainda mais a tomada de decisões para o plantio da nova safra.

    A declaração é do vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Elmar Konrad, em coletiva de imprensa com a Fundação Pró-Sementes para apresentar os resultados do Ensaio de Cultivares em Rede (ECR) da safra de soja 2022/23, nesta última quarta feira (26).

    “A ausência de recursos destinados ao Seguro Rural no Plano Safra deste ano é uma questão que consideramos de extrema importância, principalmente para o estado do Rio Grande do Sul, onde temos enfrentado tantos problemas, afirmou.

    Custos de produção nas alturas

    A conjuntura negativa que se instaurou no setor agrícola no Rio Grande do Sul foi excepcional em relação ao país todo. Essa é a opinião do superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Rio Grande do Sul (Senar-RS), Eduardo Condorelli.

    “Os custos de produção alcançaram patamares históricos, chegando a ser 45% superiores aos valores do ano anterior. E com uma terceira seca nos últimos quatro anos, o que prejudicou ainda mais a produtividade”, explicou.

    Outro aspecto impactante relatado por Condorelli foi a desvalorização dos preços da soja. O produto que era cotado a R$ 200 por saca no porto de Rio Grande, viu seu valor cair para cerca de R$ 130.

    Cenário mais positivo para a soja

    Porém, o superintendente também disse que a estrutura de oferta e demanda continua mantida, e os clientes permanecem ativos.

    “Nos últimos tempos, houve uma redução nos custos de produção, como os preços dos fertilizantes e das sementes diminuindo significativamente. Esses fatores possibilitam aos produtores enxergar um cenário mais positivo para o novo ciclo de investimento e resultados”, afirma.

    De acordo com ele, esse novo ciclo pode apresentar condições razoáveis para os negócios.

    Segundo Condorelli, o setor ainda precisa se recuperar das tempestades enfrentadas. No entanto, a expectativa de custos mais baixos e preços mais atrativos para a soja pode ser um alívio para os produtores que buscam reerguer suas atividades.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja impulsiona crescimento de 50% do mercado de defensivos

    Levantamento da consultoria Kynetec mostra a oleaginosa na posição de principal cultivo da indústria do setor, seguida do milho e da cana-de-açúcar

    Com aumento de 6% na área plantada de soja na safra 2022/23, que ultrapassou 44 milhões de hectares, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os defensivos agrícolas para a cultura movimentaram US$ 11,4 bilhões, alta de 50% ante o ciclo anterior (US$ 7,657 bilhões).

    Os dados são do levantamento FarmTrak, da consultoria Kynetec. A oleaginosa, diz a empresa, segue na posição de principal cultivo da indústria do setor, seguida do milho e da cana-de-açúcar.

    De acordo com o gerente de contas da Kynetec, Lucas Lima Alves, os herbicidas foram os produtos mais demandados:

    • Corresponderam a 35% das vendas ou US$ 4,1 bilhões, elevação de 70%, em dólar, ante a safra 2021-22 (US$ 2,391 bilhões).

    mercado de defensivos para a soja

    “Historicamente, a categoria dos fungicidas vinha liderando o ranking de agroquímicos mais representativos na soja”, informa ele.

    Aumento dos herbicidas

    Os herbicidas tiveram o preço empurrado para cima em virtude do aumento do custo de insumos das moléculas-chave ao manejo da lavoura, inclusive glifosatos, responsáveis por quase 60% das transações do segmento, de acordo com Alves.

    “O FarmTrak constatou que o produtor tem aumentado a utilização de herbicidas específicos, como graminicidas, pré-emergentes. A adoção de produtos para folhas estreitas avançou de 46%, em 2018/19, para 77% em 2022/23”, exemplifica.

    O executivo salienta, também, que a utilização de herbicidas específicos pelo produtor avançou em toda a fronteira agrícola, tendo em vista ervas de difícil controle, como capim-amargoso, milho-tiguera, capim-pé-de-galinha e outras.

    evolução de uso graminicidas

    “Os pré-emergentes residuais também subiram em adoção, para 45%, frente a 34% de 2020/21. Tais produtos auxiliam no controle do banco de sementes, evitando a rebrota de plantas daninhas”, comenta Alves.

    Fungicidas e inseticidas para a soja

    Conforme o FarmTrak Soja 2022/23, os fungicidas ficaram na segunda posição entre os agroquímicos mais aplicados na oleaginosa. Assim, a comercialização totalizou:

    • US$ 3,7 bilhões, 33% do total, contra US$ 2,613 bilhões da safra passada, um crescimento de 43%.

    Terceira categoria do levantamento, a dos inseticidas também tracionou o desempenho do setor:

    • Atingiu 21% do montante ou US$ 2,4 bilhões, frente a US$ 1,721 bilhão do ciclo anterior, salto de 40%.

    Complementam o levantamento da Kynetec – resultante de entrevistas pessoais junto a 3,7 mil sojicultores -, os produtos para tratamento de sementes, nematicidas e outros que, somados, movimentaram cerca de US$ 1,2 bilhão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Medidas integrativas complementares no controle da cigarrinha em produção de milho

    Eliminação do milho tiguera, tratamento de sementes, aplicações de defensivos químicos e biológicos, uso de híbridos de milhos tolerantes ao complexo de enfezamento ajudam a combater a praga, segundo especialista em milho

    A proliferação da cigarrinha (Dalbulus maidis), inseto vetor e disseminador do complexo de enfezamento do milho, pode reduzir a produção de grãos em até 70%, segundo a Embrapa, trazendo prejuízos diversos aos produtores rurais. Atentos ao problema, especialistas e entidades do setor buscam a conscientização dos agricultores para que adotem medidas preventivas de forma integrada, visando controlar a praga. Uma das ações essenciais é a eliminação de plantas de milho voluntário (Tiguera ou guaxo), visando combater o enfezamento.

    Os indicadores de que algo não vai bem com o cultivo são visíveis: plantas mortas, dobrando com o vento e grãos chochos ou malformados, devido ao complexo de enfezamento. O milho tiguera são todos os grãos de milho que acabam ocorrendo, principalmente, nas áreas agrícolas, após a safra do milho e que são perdidos durante o processo de colheita, bem como partes de sabugos com grãos de milho que nascem de forma natural, aleatória, nas áreas agrícolas.

    “Ele acaba servindo de ponte verde entre uma safra e outra, abrigando tanto o inseto quanto os agentes causais das doenças: o enfezamento vermelho, enfezamento amarelo (pálido) e o vírus do raiado fino (vírus da risca). Por isso, ele precisa ser eliminado”, adverte o especialista em cultura do milho da Bayer, Paulo Garollo. “Ao se alimentar de uma planta contaminada com uma das doenças, a cigarrinha pode se infectar e transmitir os três agentes juntos”, completa.

    O maior problema, segundo ele, é que esta praga é resistente. Estudos da Embrapa mostram que em plantas como milheto, a cigarrinha sobrevive por até cinco semanas sem se alimentar, tempo o bastante para aguardar o milho tiguera aparecer e fazer a ponte verde para a próxima safra. “Por isso é importante controlar o milho assim que ele surgir, usando herbicidas graminicidas”, recomenda Garollo.

    Conforme o especialista, é possível prevenir o aparecimento da praga adotando medidas integradas, que precisam começar muito antes da erradicação do milho tiguera. “O produtor deve usar o tratamento de sementes, aplicações de defensivos químicos e biológicos de forma estratégica, uso de híbridos de milhos mais tolerantes ao complexo de enfezamento, ajuste da época de plantio (evitando plantios tardios) e não realizar plantios consecutivos de milho”, cita Garollo.

    Outro ponto importante mencionado pelo especialista é que durante a colheita, o produtor precisa ficar atento à regulagem adequada das máquinas, evitando que caiam muitos grãos no campo, ou mesmo a quebra de espigas, contendo grãos que irão germinar. “Essa germinação pode acontecer até 15 dias depois, por isso é necessário monitorar as áreas após a colheita”, recomenda. E em regiões que passam extensos períodos de estiagem durante o inverno, o milho pode esperar a chuva para crescer, caso de áreas como o Centro-Oeste e Sudeste, em Minas Gerais.

    Tempo determina controle químico da praga
    Herbicidas graminicidas podem ser usados para o controle químico da praga, porém é preciso observar o estádio fenológico do milho tiguera, pois sua ação é efetiva quando aplicada nos primeiros estádios vegetativos da planta (de duas a três folhas). “Quanto mais tarde e mais avançado o crescimento das plantas guaxas, mais difícil será o controle, pois os gastos tendem a aumentar também, tornando o prejuízo maior”, afirma Garollo.

    De acordo com o especialista, tanto graminicidas do grupo químico Ariloxi-Fenoxi Propionatos (FOPs) quanto Oxima Ciclohexanodionas (DIMs) apresentam ótima eficiência no controle da tiguera do milho até o estádio vegetativo de 4 folhas. “Mas se o produtor deixar para controlar o milho tiguera em estádios fenológicos maiores, terá de usar os graminicidas com dosagens maiores, de acordo com o estádio específico no momento da aplicação; provável preferência para os FOPs, que são mais efetivos em nível de campo nas plantas de milho, em relação aos DIMs, por exemplo”, adverte”, adverte.

    Apesar de complexo, o produtor conta com aliados na hora de combater a praga. “Para acompanhar o que está ocorrendo, ele deve procurar a orientação de um engenheiro agrônomo e seguir as regras de aplicação do que for receitado, observando as condições climáticas adequadas, escolha da ponta certa de aplicação, cobertura de gotas, pressão, volume de calda, entre outros detalhes. Assim, adotar medidas em conjunto é essencial para interromper esse ciclo”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: guerra na Europa impacta nos preços

    O mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia

    Na última semana, o mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia.

    A não renovação do acordo por parte da Rússia, que alegou descumprimento de cláusulas por parte do país vizinho, levou a um aumento significativo nos preços externos do cereal. O que consequentemente gera preocupações em relação à disponibilidade do trigo para suprir a demanda mundial.

    De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a interrupção desse acordo bilateral trouxe incertezas ao mercado global de trigo, pois ambos os países são grandes players na exportação do grão.

    Além disso, a região do Mar Negro é uma importante rota de escoamento para os grãos produzidos na região.

    Ou seja, a sua suspensão pode afetar o abastecimento em diversos países que dependem dessas exportações.

    A elevação dos preços externos do trigo reflete também no mercado interno. Segundo dados levantados pelo Cepea, as cotações do cereal tiveram uma expressiva alta, influenciada diretamente pela conjuntura externa. Com isso, o cenário gera preocupações entre os setores alimentícios e agroindustriais no país, que dependem desse importante insumo.

    Brasil afetado?

    No entanto, especialistas ressaltam que, apesar do impacto da suspensão do acordo Rússia-Ucrânia nos preços do trigo, o Brasil não deve enfrentar uma crise de abastecimento.

    Isso se deve ao fato de a Ucrânia não figurar entre as principais origens do trigo importado pelo país.

    Além disso, a produção nacional de trigo tem apresentado crescimento consistente nas últimas safras, o que fortalece a autonomia do Brasil na produção desse grão fundamental.

    Ainda assim, as preocupações em relação à disponibilidade global do trigo persistem, principalmente diante do aumento da demanda em âmbito internacional.

    Outros países importadores podem enfrentar maiores desafios para garantir seus suprimentos, e eventuais problemas na produção de outras nações exportadoras poderiam agravar ainda mais a situação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Boa demanda externa impulsiona preços do arroz brasileiro

    Com a demanda externa aquecida e baixa oferta, cotações do grão registram aumento no mercado nacional; restrições nas exportações da Índia podem impulsionar ainda mais os valores globais

    A procura em alta pelo arroz produzido no Brasil em mercados internacionais tem sido um dos principais fatores impulsionadores dos preços do cereal, de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

    Aliado a isso, a oferta reduzida tem contribuído para a valorização do produto no mercado nacional.

    Mercado internacional de arroz

    Além dos fatores internos, o cenário internacional também tem sua parcela de influência nos preços, de acordo com o Cepea. Com as restrições impostas pela Índia às exportações de arroz, os especialistas preveem que o panorama global pode experimentar um aumento nas cotações.

    Isso se deve ao fato de a Índia ser o maior fornecedor mundial do cereal, e suas limitações podem criar uma demanda ainda maior por parte de outros países, elevando os valores do produto no mercado internacional.

    Nos últimos dias, o indicador Cepea/Irga-RS, que representa a média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, um importante polo produtor de arroz no Brasil, alcançou o patamar de R$ 85 por saca de 50 kg. Esse valor não era observado desde meados de maio deste ano e reflete o momento positivo para os produtores, impulsionado pelas condições favoráveis no mercado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Agricultura familiar do Brasil: qual é o tamanho?

    Se todos os agricultores familiares do Brasil formassem um país, seria o oitavo maior produtor de alimentos do mundo

    agricultura familiar do Brasil, caso se unisse como uma nação, ocuparia a oitava posição no ranking mundial de produtores de alimentos.

    A informação é do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

    O principal objetivo do anuário é destacar o papel do setor na produção agrícola brasileira, com dados embasados em pesquisas conduzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Com aproximadamente 3,9 milhões de propriedades, a agricultura familiar representa 77% do total de estabelecimentos agrícolas no país.

    Em termos de área ocupada, esse setor abrange 23% do território nacional, equivalente a aproximadamente 80,8 milhões de hectares – quase toda a extensão do estado do Mato Grosso.

    As propriedades de agricultura familiar respondem por 23% do valor bruto da produção agropecuária do Brasil e abrangem 67% das ocupações no campo, empregando cerca de 10,1 milhões de trabalhadores.

    região Nordeste concentra a maior parte desses profissionais, com 46,6%, seguida pelo Sudeste (16,5%), Sul (16%), Norte (15,4%) e Centro-Oeste (5,5%).

    Nesse contexto, as famílias têm um papel preponderante, sendo responsáveis tanto pela produção de alimentos quanto pela gestão das propriedades.

    Segundo o levantamento, a agricultura familiar exerce um papel fundamental na economia local, representando cerca de 40% da renda da população economicamente ativa em 90% dos municípios com até 20 mil habitantes, que correspondem a 68% do total do país.

    No dia 28 de junho deste ano, o governo lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024.

    O plano disponibiliza R$ 71,6 bilhões em crédito rural, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), representando um crescimento significativo de 34% em relação à safra anterior e estabelecendo o maior valor já destinado a esse setor em toda a série histórica.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: exportações somam quase 8 milhões de toneladas em julho

    Embarques do grão renderam US$ 3,908 bilhões nos 15 primeiros dias úteis de julho, com média diária de US$ 260,519 milhões

    As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 3,908 bilhões em julho (15 dias úteis), com média diária de US$ 260,519 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 7,956 milhões de toneladas, com média diária de 530,401 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 491,20.

    Na comparação com julho de 2022, houve alta de 15,9% na receita média diária e de 48,4% no volume. O preço caiu 21,9%.

    Produção de soja atual

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra 2022/23 de soja no Brasil seja de 154.566,3 milhões de toneladas.

    A área semeada com soja é de 44.062,6 milhões de hectares, incremento de 6,2% ante ao último ciclo.

    Quanto à produtividade média da oleaginosa em solo nacional, a entidade indica 3.508 kg por hectare (58,4 sacas), aumento de 15,9% em relação a 2021/22.

    Embarques em 2023

    A Conab também fez estimativas para as exportações de soja. Segundo a entidade, no acumulado do ano, o Brasil deve embarcar 95,64 milhões de toneladas, aumento de 21,5% se comparado à safra anterior.

    Quanto ao esmagamento, a entidade aponta que devam ficar em 52,82 milhões de toneladas. O aumento na produção de biodiesel eleva a projeção, antes fixada em 52,29 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Crédito rural: governo faz ajustes em programas

    Ministério da Fazenda divulgou mudanças nas operações de crédito voltadas às atividades da agropecuária e agricultura familiar

    Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (24) mudanças nas operações de crédito voltadas às atividades da agropecuária e agricultura familiar.

    As mudanças atingem o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e Proagro Mais.

    A resolução do Conselho Monetário foi editada pelo Banco Central na última quinta-feira (20), mas foi publicada na edição do Diário Oficial da União de hoje.

    Entre as mudanças divulgadas está a proibição de concessão de crédito do Pronamp para aquisição de máquinas e equipamentos que possam ser financiadas pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota).

    Nesse caso, produtores rurais e cooperativas agrícolas com renda bruta anual de até R$ 45 milhões permanecerão financiando tratores, pulverizadores, semeadeiras, colheitadeiras e equipamentos para beneficiamento agrícola pelo programa instituído pelo Banco Central desde 2002.

    Outra mudança, realizada no Manual de Crédito Rural (MCR) foi o estabelecimento de índices mínimos de nacionalização e potência máxima, nesse caso, 80 cavalos-vapor, para tratores e motocultivadores que venham a ser financiados pelo Pronaf, além da dispensa do Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) para financiamento de motores de embarcações, o que não ocorre para os demais equipamentos financiáveis.

    Também atribui ao Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) os critérios para enquadramento de empreendimento no Proagro e Proagro Mais, que tenham sistema de produção de base agroecológica, ou em transição.

    Na regra anterior, essa atribuição era estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Esses critérios garantem aos empreendimentos que se enquadrem nesse perfil a aplicação da alíquota básica de apenas 2% na participação dos programas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Rio Grande do Sul pede revisão de calendário da soja

    Estado está autorizado a plantar o grão apenas até 8 de janeiro. Decisão do Mapa afeta as 21 unidades da federação que produzem a oleaginosa

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou no dia 11 de julho a portaria que estabelece o calendário de semeadura da soja nos 21 estados produtores.

    As datas buscam seguir o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática. Contudo, algumas regiões estão pedindo a revisão dos novos prazos. É o caso do Rio Grande do Sul, onde o vazio sanitário se estende de 3 de julho a 30 de setembro e a semeadura passa a ser autorizada de 1 de outubro a 8 de janeiro.

    Dessa forma, o período para o plantio da oleaginosa ficou 40 dias menor do que na safra passada. “A cultura da soja safrinha vem tendo produtividades muito boas aqui na minha região com o plantio até final de janeiro. E o nosso zoneamento aqui ficou até 8 de janeiro, o que é absurdo”, diz o produtor Henrique Marasca, de Independência, no noroeste gaúcho.

    Segundo ele, tem anos que chove muito em novembro e dezembro, forçando os produtores a semear após a nova data permitida. “É uma decisão que não dá para entender, que não tem argumento”.

    Revisão do calendário da soja

    A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul já pediu ao Ministério da Agricultura uma revisão do calendário. A solicitação é para que a semeadura siga até 18 de fevereiro e possa viabilizar a safrinha de soja plantada em algumas regiões do estado, assim como outras culturas em sucessão, como o milho.

    “O plantio se realiza não necessariamente em todos os 99 dias estabelecidos, mas em menos dias em função da viabilidade climática e condições de solo. Portanto, em função disso, a Secretaria da Agricultura está solicitando uma revisão nesse sentido após solicitação dos produtores”, conta o chefe de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ricardo Felicetti.

    Outros estados foram afetados

    A definição das datas de vazio sanitário e semeadura são baseadas em estudos feitos pela Embrapa. Na safra passada, conforme o Consórcio Antiferrugem, foram 295 casos de ferrugem-asiática no país, 48,5% a menos do que o registrado no ciclo 2021/22.

    Todos os estados agora contam com 100 dias para o plantio. No entanto, a mudança trouxe impactos para outros produtores, como Mato Grosso, o maior em cultivo e exportação de soja. Por lá, o prazo que ia até 3 de fevereiro passa a ser limitado a até 24 de dezembro.

    O Paraná, por sua vez, poderá plantar somente até 19 de dezembro, redução de 40 dias ante o prazo anterior. Em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, a redução é de oito dias no calendário. Já Goiás ganha dois dias e a Bahia, oito dias. Confira aqui a tabela com os novos prazos para os 21 estados.

    “Há uma urgência nessa definição para organização dos produtores e das empresas para viabilizar a logística, os insumos, dados de plantio e todo o planejamento”, diz Felicetti, da Seapi.

    Já o produtor Henrique Marasca lembra que o novo período afeta até a produção de sementes, que é feita na região, visto que a temperatura mais amena favorece a fabricação do insumo na soja segunda safra.

    “É mais um golpe para a nossa agricultura, que já vem sofrendo consecutivamente com perdas de produtividade, seca e agora muita água no inverno. A gente não precisava de mais essa aí”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produção de soja deve superar 156 milhões de toneladas, diz Abiove

    Estimativas de processamento, exportação e receita advindas da soja foram revistas pela entidade, apontando aumentos em todas as frentes

    A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as projeções para a safra 2023 e as estatísticas mensais do complexo soja até o mês de maio.

    O levantamento mais recente da entidade indica que a produção de soja em grão na atual safra pode chegar a 156,5 milhões de toneladas, aumento de 500 mil toneladas em comparação à projeção do mês passado.

    O crescimento é decorrente da reavaliação positiva da produtividade agrícola realizada pelas empresas associadas à Abiove.

    Números de processamento da soja

    Há também incremento no processamento da oleaginosa, de 53,2 milhões de toneladas observadas na última estimativa para 53,5 milhões no cenário atual, motivado principalmente pela maior demanda de óleo e farelo.

    As projeções de oferta para os coprodutos da soja apresentaram ligeiro aumento. A produção de farelo chega a 41 milhões de toneladas, 300 mil toneladas a mais em relação à avaliação anterior.

    Já o óleo cresce 100 mil toneladas e a produção agora está estimada em 10,8 milhões de toneladas.

    Dados mensais

    A atualização dos dados mensais, de janeiro a maio, contou com um aumento do percentual amostral, estimado agora para 87,1% do mercado brasileiro.

    No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, o esmagamento corrigido por esse percentual cresceu 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os dados de compras de soja apresentaram alta de 10,9% para o mesmo período.

    Exportações do complexo soja

    As projeções da Abiove indicam que o mercado internacional continuará aumentando a demanda por produtos do complexo brasileiro da soja neste ano.

    A exportação do grão cresce de 97 milhões de toneladas aferidas na projeção anterior para 97,5 milhões no atual balanço.

    A comercialização do farelo avança em 100 mil toneladas, de 21,9 milhões de toneladas para 22 milhões. A exportação de óleo de soja também registra variação positiva, de 2,3 milhões de toneladas para 2,4.

    A expectativa de geração de receita com as exportações pela cadeia produtiva da soja neste ano pode superar a marca de US$ 67 bilhões:

    • US$ 53,6 bilhões da soja em grão;
    • US$ 10,6 bilhões do farelo; e
    • US$ 2,9 bilhões do óleo de soja.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/