Monthly Archives

fevereiro 2024

  • Cientistas usam sinais vibratórios para manejar pragas nas lavouras

    Equipamento eletrônico reproduz vibrações que percevejos usam para se comunicar e é capaz de interferir evitando a reprodução da praga

    O uso de sinais vibratórios é a nova arma da ciência para ajudar no controle de pragas agrícolas, como os percevejos, popularmente conhecidos como marias-fedidas e agrupados em, aproximadamente, 900 gêneros e 5 mil espécies.

    A tecnologia desenvolvida digitaliza esses sinais que os insetos usam para se comunicar e os reproduz artificialmente a fim de atraí-los ou afastá-los.

    Para chegar a esse resultado, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) – em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) – desenvolveu um dispositivo e um método para armazenamento, geração e reprodução desses sinais vibratórios.

    Esse é um dos primeiros estudos no mundo visando a aplicação dos conhecimentos de comunicação vibracional para o manejo de percevejos na agricultura. A patente da tecnologia foi depositada em dezembro, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

    Como funciona?

    “O método consiste em digitalizar os sinais vibracionais emitidos pelos insetos e reproduzi-los, de maneira contínua e repetidamente, para interferir no comportamento deles, a fim de, por exemplo, atraí-los ou afastá-los”, detalha o pesquisador Raúl Alberto Laumann, membro da equipe do Laboratório de Semioquímicos.

    Assim, é possível fazer a manipulação comportamental e o controle de insetos-praga em áreas de plantio pela redução da densidade populacional.

    Além disso, a tecnologia permite que os sinais sejam reproduzidos em diferentes superfícies, como o caule e as folhas das plantas, ou outros substratos sólidos, o que possibilita sua aplicação sob condições diversas, atendendo a diferentes particularidades de controle.

    “Embora a invenção do dispositivo e do método tenha sido motivada pela necessidade de manejo de percevejos, a tecnologia pode ser aplicada a uma vasta variedade de insetos”, assinala o pesquisador.

    Comunicação entre percevejos

    Nos percevejos, os sinais vibratórios atuam na troca de informação entre os indivíduos quando eles se encontram a distâncias moderadas (1 a 2 metros) ou curtas (poucos centímetros ou contatos físicos).

    “Por meio desses sinais vibratórios, eles recebem e enviam informação a respeito do sexo do inseto que está ‘cantando’, receptividade para a cópula e distribuição espacial”, conta o cientista.

    Estudos do processo de comunicação dos percevejos indicam que a comunicação entre eles se dá por meio de vibrações entre 60 e 130 hertz (Hz), produzidas pelo abdômen do inseto, as quais são transferidas para os tecidos da planta por suas patas, nas quais também se encontram os receptores sensoriais dos sinais vibratórios.

    Desse modo, a utilização dessas vibrações pode ser uma alternativa ou complemento ao uso de feromônios para serem incorporados em armadilhas de monitoramento. Os feromônios são sinais químicos que também fazer parte do sistema de comunicação dos insetos.

    “Adicionalmente, sinais vibratórios com efeito repelente ou que interferem na comunicação têm potencial para o manejo dessas pragas agrícolas, num sistema similar ao da confusão sexual com interrupção do acasalamento, sem o uso de substâncias químicas”, completa.

    Alternativa ao uso de produtos químicos

    Atualmente, os percevejos são pragas primárias das principais culturas de grãos no Brasil, sendo que nos últimos anos sua incidência tem se estendido a outras culturas, com relatos de ataques severos em algodão, hortaliças e mamona, entre outras.

    Os métodos de controle mais comuns baseiam-se na utilização de inseticidas sintéticos, que estão relacionados a riscos e efeitos negativos ao meio ambiente e à saúde humana.

    “Mas o uso excessivo de agrotóxicos torna os sistemas agrícolas instáveis em decorrência da eliminação conjunta de inimigos naturais e da indução ao aumento de resistência dos insetos-praga. Isso gera condições que favorecem a ação dos insetos herbívoros e, por conseguinte, a ocorrência de ataques mais severos e com dano de maior intensidade às culturas”, alerta Laumann.

    Assim, a possibilidade de interferir na comunicação e no comportamento sexual dos insetos e, consequentemente, no seu sucesso reprodutivo, é uma das estratégias com grande potencial para o manejo eficiente de suas populações, sem o uso de agrotóxicos.

    “Várias etapas do comportamento reprodutivo de percevejos envolvem troca de informações. Os tipos de sinais mais conhecidos e estudados nesse grupo de insetos são os feromônios, mas os percevejos também trocam informações usando os sinais vibratórios”, destaca Laumann.

    Para o pesquisador, já se observa uma crescente demanda por soluções que produzam, nas próximas décadas, alimentos, fibras e outros materiais derivados da agricultura com baixos níveis de impacto ao meio ambiente, principalmente nas áreas de preservação e mananciais.

    A aplicação de práticas sustentáveis na agricultura mostra-se prioritária para atingir essa meta. É nesse contexto que o controle biológico e a manipulação comportamental de insetos se apresentam com grande potencial para uso no manejo de pragas, pois permitem minimizar o uso de agrotóxicos.

    “Embora já existam práticas de controle biológico, ainda não há tecnologia de manipulação comportamental de insetos direcionada às principais pragas agrícolas que mantenha os índices de qualidade de vida e preservação ambiental, bem como os principais grãos livres de resíduos químicos”, afirma Laumann.

    Pode ser associada a feromônios

    “Um dos objetivos iniciais do desenvolvimento desse sistema foi a possibilidade de usá-lo para reproduzir sinais vibratórios de percevejos nas armadilhas de monitoramento populacional contendo o feromônio sexual, visando incrementar a eficiência de captura e a precisão das estimativas de densidade populacional. Assim, a ferramenta se tornaria mais precisa e útil para os produtores”, assinala Laumann.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Cultivar de capim mostra bom desempenho ao anteceder a soja

    O controle do capim BRS Zuri com uso de herbicidas antes do plantio da soja é uma estratégia de manejo eficiente e segura para os produtores

    Estudo realizado pela Embrapa Agropecuária Oeste (MS) mostrou que o uso da cultivar de capim BRS Zuri antecedendo a soja é viável e pode trazer bons resultados em sistemas de integração-lavoura-pecuária (ILP).

    Isso é possível adotando-se uma estratégia de manejo adequada. Essa cultivar é conhecida pela elevada produção de forragem, alto valor nutritivo, resistência à cigarrinha-das-pastagens e à mancha das folhas, o que a torna interessante para a alimentação do gado. Por outro lado, essa forrageira necessita de manejo especial para que ela não permaneça no campo na hora de plantar a soja.

    “As cultivares mais vigorosas, como os capins BRS Zuri, Mombaça e Miyagui, têm sido deixadas de lado pelo fato de serem mais tolerantes ao herbicida glifosato, por formarem touceiras e devido ao porte elevado, que dificulta um pouco o plantio da cultura em sucessão”, completa o pesquisador da Embrapa Luís Armando Zago Machado.

    Ele salienta que esses capins são os mais produtivos, em condição de pastejo, capazes de produzir 40 arrobas de carcaça por hectare, por ano, quando em sistemas de integração lavoura-pecuária.

    “Esse potencial de produção do capim BRS Zuri foi o que motivou estudar seu controle com herbicidas, já que, nos sistemas integrados, a pecuária necessita ser muito lucrativa para justificar sua rotação com culturas anuais”, declara Machado.

    Quando o capim BRS Zuri foi avaliado nos ensaios de valor de cultivo e uso, ele foi mais produtivo que os capins Tanzânia e Mombaça, além de apresentar melhor valor nutricional que esse último.

    Ao ser avaliado em sistemas integrados, foi obtida produtividade de 20% a 40% maior que a braquiária. “Porém, os P. maximum são mais exigentes em adubação, para que expressem todo seu potencial de produção, por isso eles vão tão bem nos sistemas integração lavoura-pecuária”, alerta Zago.

    Resultados obtidos com a dessecação do capim BRS Zuri

    O uso de cultivares de P. maximum de porte alto como a BRS Zuri nos sistemas integrados é bem-sucedido quando as plantas são rebaixadas. Esse trabalho comprovou que o sucesso do controle químico consiste na aplicação de duas doses de herbicida sistêmico ou a primeira com sistêmico e a segunda de contato, antes do plantio da soja. A primeira aplicação deve ser realizada com 12 a 14 dias antes do plantio da soja.

    A segunda aplicação pode ser feita de quatro a dez dias após a primeira, dependendo da dose e do produto aplicado. Essas duas aplicações foram eficientes para a dessecação do capim. Foram utilizados os herbicidas sistêmicos (glyphosate ou haloxyfop) ou de contato (glufosinato) e ambos apresentaram resultados positivos.

    O estudo comprovou que o controle do capim BRS Zuri com uso de herbicidas antes do plantio da soja é uma estratégia de manejo eficiente e que pode ser usada com segurança pelos produtores. “Com essa informação, é possível realizar o controle e diminuir o intervalo para posterior semeadura da soja”, diz Zago.

    O capim BRS Zuri é mais uma espécie a ser empregada nos sistemas de integração lavoura-pecuária, possibilitando a diversificação das forrageiras, principalmente, com as do gênero Brachiaria, que são bastante cultivadas e apresentam características muito interessantes, segundo os pesquisadores.

    Eles recomendam manter alguns talhões com Brachiaria, já que elas são menos estacionais, ou seja, a redução na produção de forragem durante a seca é menor em Brachiaria, em relação a Panicum.

    Outro aspecto a ser considerado no estabelecimento do capim BRS Zuri em sucessão à soja é o percevejo barriga-verde, que é uma praga secundária da soja, mas pode inviabilizar o estabelecimento desse capim. Nesse caso, está sendo avaliado em outro projeto o controle dessa praga.

    Observou-se que a pulverização de inseticida é pouco eficiente, já que a planta fica abrigada sob a palha da soja. Os melhores resultados têm sido obtidos com o tratamento das sementes da forrageira.

    Zago acrescenta que, no sistema ILP, o capim desempenha um papel fundamental na rotação de culturas e estruturando o solo, que pode contribuir para intensificar e gerar melhorias no ambiente de produção e, consequentemente, promover o aumento de produtividade nas lavouras de soja de forma sustentável.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preços do trigo no Brasil estão abaixo da paridade de importação

    O mercado doméstico de trigo segue com reportes pontuais de negócios e preços mantidos por volta de R$ 1.200 a tonelada

    mercado doméstico de trigo segue com reportes pontuais de negócios e preços mantidos por volta de R$ 1.200 a tonelada nas regiões de produção.

    Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, as cotações parecem ter encontrado um ponto de suporte para este momento em que os moinhos estão abastecidos e muitos produtores precisam ir ao mercado para liberar espaço em seus armazéns.

    Diante desse cenário, mesmo com um quadro apertado e com necessidade de aquisições internacionais para atender a moagem dos principais estados produtores do sul do país, os preços domésticos estão abaixo da paridade de importação em relação ao cereal argentino.

    Nesta quarta-feira, essa paridade seria de R$ 1.265/tonelada e de R$ 1.290/tonelada no interior gaúcho e paranaense, respectivamente.

    Destaque para os line-ups de importação/cabotagem registros de desembarques realizados e/ou programados nos portos brasileiros que apontam para um acumulado de 2,046 milhões de toneladas na temporada 2023/24 (de agosto/23 até fevereiro/24). O último mês de janeiro, com 666,7 mil toneladas, foi o de maior ingresso até o momento.

    A grande novidade é a forte presença gaúcha nas aquisições internacionais, com desembarques no porto de Rio Grande totalizando 363,7 mil toneladas (18% do total). Os fortes danos causados no estado pelo excesso de chuva abrem a necessidade de um grande volume de importação para atender à necessidade de moagem local. Importante lembrar, contudo, que o porto de Rio Grande também foi o local de saída de mais de 2,0 milhões de toneladas de trigo ao exterior (feed wheat).

    Trigo em Chicago

    Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos.

    O mercado repercutiu os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a oferta e demanda do cereal no mundo. A maior competição no mercado exportador pressionou as cotações.

    A Rússia deve produzir 91 milhões de toneladas e exportar 51 milhões, os mesmos números de janeiro. A Ucrânia deve produzir 23,4 milhões e exportar 15 milhões de toneladas. No mês passado, o USDA esperava as exportações em 14 milhões de toneladas.

    A safra 2023/24 do cereal na Argentina foi projetada em 15,5 milhões de toneladas, contra 15 milhões em janeiro. As exportações do país foram elevadas de 10 para 10,5 milhões de toneladas.

    No Canadá, a projeção da safra 2023/24 foi mantida em 31,95 milhões de toneladas. A projeção da safra australiana do cereal ficou em 25,5 milhões de toneladas. Na União Europeia e no Reino Unido, a safra 22/23 está projetada em 134 milhões de toneladas.

    No fechamento, os contratos com entrega em março eram cotados a US$ 5,88 1/2 por bushel, baixa de 13,50 centavos de dólar, ou 2,24%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2024 eram negociados a US$ 5,94 por bushel, recuo de 14,00 centavos, ou 2,3%, em relação ao fechamento anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Milho: USDA aponta redução na estimativa da safra brasileira

    Volume divulgado nesta quinta-feira pelo órgão do governo americano ficou 3 milhões de toneladas abaixo da projeção feita em janeiro

    O relatório de fevereiro de oferta e demanda mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) apontou uma redução na estimativa da safra brasileira de milha. O levantamento divulgado nesta quinta-feira (8) indicou uma produção de 124 milhões de toneladas para a temporada 2023/24, contra 127 milhões de toneladas no relatório anterior, divulgado em janeiro.

    O USDA projetou a safra global de milho para o atual ciclo em 1,232 bilhão de toneladas, abaixo das 1,235 bilhão de toneladas indicadas em janeiro. O órgão estimou estoques finais da safra mundial em 322,06 milhões de toneladas, abaixo das 325,22 milhões de toneladas indicadas no mês passado e das 324 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

    A safra dos Estados Unidos em 2023/24 foi indicada em 389,69 milhões de toneladas, sem alterações ante janeiro. Já a produção da Argentina deve atingir, de acordo com o órgão do governo americano, 55 milhões de toneladas, sem alterações.

    A China, por sua vez, teve a estimativa de produção para 2023/24 mantida em 288,84 milhões de toneladas.

    A projeção para a Ucrânia foi mantida em 30,5 milhões de toneladas na atual temporada. A África do Sul teve a safra indicada em 16,8 milhões de toneladas, sem mudanças.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Lavouras de soja sofrem com falta de chuvas no RS, diz Emater

    A estimativa é de que a área de soja no estado some 6,74 milhões de hectares, com perspectiva de produtividade de 3,3 mil quilos por hectare

    Com 23% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul na fase de enchimento de grãos, as chuvas, localizadas e desuniformes, associadas a elevadas temperaturas, trazem consequências negativas para o balanço hídrico da cultura e criam disparidades nas condições das lavouras.

    Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS, divulgado nesta quinta-feira (8), regiões como o Noroeste enfrentam sinais de estresse hídrico devido à falta de chuva, o que pode prejudicar a produtividade.

    As plantas estão apresentando sintomas de murchamento, com queimaduras nas folhas devido à exposição ao sol.

    Em algumas áreas mais afetadas pela falta de água, observa-se o início do processo de queda das folhas mais baixas, que estão amareladas e senescentes.

    Entretanto, nas áreas que receberam chuvas em volumes mais significativos ou intermediários, a situação das lavouras de soja é satisfatória, com as plantas emitindo brotações, com estatura em conformidade com a fase fenológica em que se encontram, o que sugere resultados produtivos alinhados às projeções estabelecidas inicialmente.

    Quanto ao controle fitossanitário, o foco principal está na prevenção da ferrugem.

    As chuvas intensas no início do ciclo da cultura favoreceram o desenvolvimento da doença, mas mesmo com a baixa umidade nas últimas semanas, o monitoramento e aplicação do protocolo de controle preventivo continuam sendo realizados.

    A estimativa é de que a área de soja no estado some 6,74 milhões de hectares, com perspectiva de produtividade de 3,3 mil quilos por hectare.
    Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Retorno do La Niña deve aumentar proliferação de nematoides na soja

    Previsão de estiagem no Centro-Oeste e tempo mais frio e seco no Sul e Sudeste favorece ataque do parasita. Empresa estende uso de produto que deve ajudar o produtor no combate

    O estresse térmico que afetou grandes regiões produtoras de soja nesta safra 2023/24, como Mato Grosso, Goiás e o norte do Paraná pode ter contibuído para a intensificação do surgimento de nematoides.

    Isso porque esse cenário é o ideal para a proliferação desses vermes microscópicos que afetam o solo do país de Norte a Sul.

    De acordo com pesquisa realizada pela Syngenta em parceria com a consultoria Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), o prejuízo econômico do ataque de nematoides nas plantas da cultura geram prejuízos de R$ 27,7 bilhões ao país. Com isso, a cada dez safras de soja, uma é perdida pelo organismo parasita.

    La Niña intensifica proliferação de nematoides

    Após a influência do fenômeno El Niño, para o segundo semestre está prevista a volta do La Niña. Assim, as projeções indicam a possibilidade de estiagem no Centro-Oeste, enquanto o Sul e Sudeste enfrentarão um período caracterizado por temperaturas mais frias e secas intensas.

    O gerente de marketing estratégico de inseticidas da Bayer para América Latina, Guilherme Hungueria, lembra que esse cenário é favorável ao aumento da incidência de nematoides, praga que reduz a produtividade das culturas em até 50%.

    Nematicida com novo uso

    Diante desse cenário, a empresa apresenta uma nova indicação de uso para o seu nematicida Verango Prime. Agora, além de ser ser aplicado em sulco e na semente, que é o uso convencional, também pode ser utilizado em barra.

    “Com isso, o agricultor pode usar o equipamento que ele já tem para aplicar o produto. É mais prático, reduz custos e dá mais eficiência ao manejo”, diz Hungueria, que completa dizendo se tratar do único nematicida químico que permite ao agricultor fazer esse tipo de uso.

    O gerente ainda conta que o produto pode ser aplicado no seco. Assim, fica sobre o solo e, quando a chuva acontece, é ativado. Desta forma, o Verango passa a fazer efeito com as primeiras precipitações, ou seja, a partir do momento em que o agricultor resolveu começar a semear.

    Segundo ele, além do defensivo, também é recomendável a implementação do manejo integrado de pragas, envolvendo rotação de culturas, uso de variedades resistentes e práticas sustentáveis.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Abiove estima produção de soja acima de 155 milhões de toneladas

    Entidade ainda manteve os números para o processamento do grão por conta da demanda pelo farelo e óleo

    A produção de soja da safra 2023/24 deve atingir 156,1 milhões de toneladas, estima a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) em novo relatório. O número está consideravelmente acima do projetado pelas principais consultorias privadas do país.

    No documento anterior, do final de dezembro, a entidade apontada a colheita em 160,3 milhões de toneladas. As projeções para o atual ciclo foram ajustadas em razão dos impactos climáticos no campo.

    A produtividade atual da soja é indicada pela Asssociação em 3.455 kg/ha (57,5 sacas), contra 3.575 kg/ha (59,5 sacas) da anterior, mesmo com o aumento da área plantada, de 44,1 milhões/ha em 2023 para 45,2 neste ano.

    Processamento da soja

    A estimativa para o processamento do grão foi mantida em 54,5 milhões/t pela entidade em função da demanda pelo farelo e óleo, esta última impulsionada pela mistura obrigatória de biodiesel.As projeções de produção dos coprodutos da oleaginosa seguem bem alinhadas: 41,7 milhões/t para o farelo e 10,9 para o óleo.

    As exportações também foram reavaliadas:

    • Soja em grão cai para 98,1 milhões/t contra 99,3 do levantamento anterior, por conta principalmente da menor oferta do grão;
    • Farelo tem uma pequena variação: 21,6 milhões/t contra 21,7 da projeção de dezembro; e
    • Óleo de soja mantido em, 1,45 milhão/t.

    A estimativa é de que essas exportações do complexo soja gerem US$ 56,6 bilhões em divisas neste ano.

    Safra passada

    Dados compilados de janeiro a dezembro de 2023 indicam que a produção de soja em grão deve fechar em 158,7 milhões/t, com o processamento em 53,7 milhões/t. A produção do farelo deve chegar a 41,1 milhões/t e a do óleo a 10,8 milhões/t.

    Os volumes de exportação impressionam:

    • Soja em grão: 101,9 milhões/t;
    • Farelo de soja: 22,6 milhões/t; e
    • Óleo de soja: 2,3 milhões/t.

    A expectativa de receita proveniente dessas exportações é de US$ 67,3 bilhões. Assim, tende a ser 16,3% maior do que a estimada para a atual temporada.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preços do arroz encerram janeiro em queda

    No Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, as cotações do arroz continuam em queda, influenciadas pela iminência da colheita

    mercado do arroz encerrou o mês de janeiro com calmaria nos negócios e mantendo o ritmo de queda nos preços.

    No Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, as cotações continuam enfraquecidas, influenciadas pela iminência da colheita, tendência de aumento das importações e a resistência da indústria em repassar custos, devido à pressão do varejo, enumera o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

    Diante dos patamares de preços atuais, evidenciam-se as dificuldades em repassar os custos reais aos setores de atacado e varejo, que já enfrentam uma redução nas vendas nos últimos meses.

    Adicionalmente, os produtores estão ofertando os poucos lotes remanescentes, com o objetivo de liquidar estoques e liberar espaço para a chegada da nova safra, completa o analista.

    A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 31 de janeiro cotada a R$ 123,52, apresentando um recuo de 3,58% em relação à semana anterior.

    Em comparação ao mesmo período de dezembro, havia uma queda de 1,85%. E um aumento de 35,11% quando comparado ao mesmo período de 2023.

    Arroz na China

    No cenário internacional, destaque para a produção de arroz beneficiado da China, que deve atingir 144,6 milhões de toneladas no ano comercial 2023/2024 (início em julho de 2023), ante 145,946 milhões de toneladas no período anterior.

    As informações são do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A área colhida deve diminuir de 29,45 milhões de hectares para 28,94 milhões de hectares.

    As exportações deverão ficar em 2 milhões de toneladas em 2023/24, ante as 1,736 milhão de toneladas em 2022/23. O consumo doméstico foi previsto em 149,9 milhões de toneladas para 2023/24, ante 154,994 milhões de toneladas na temporada anterior.

    As importações devem somar 2 milhões de toneladas, ante 4,384 milhões de toneladas em 2022/23.

    Os estoques finais devem ficar em 101,3 milhões de toneladas em 2023/24, ante 106,6 milhões de toneladas em 2022/23.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Manejo do solo e zoneamento são ferramentas para reduzir riscos climáticos

    Safra tem sido desafiadora para parte dos agricultores devido às altas temperaturas associadas ao menor volume de chuva em momentos cruciais para o desenvolvimento das lavouras

    A safra 2023/2024 tem sido desafiadora para a maior parte dos agricultores mato-grossense devido às altas temperaturas associadas ao menor volume de chuva em momentos cruciais para o desenvolvimento das lavouras.

    Em condições como esta, que tendem a ser mais frequentes, o manejo de excelência do solo e o uso de informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) são fundamentais para reduzir os riscos de perdas.

    Conforme dados do primeiro Boletim Agrometeorológico desta safra, publicado pela Embrapa Agrossilvipastoril em novembro, a precipitação acumulada em praticamente todo estado de Mato Grosso ficou abaixo das médias esperadas para o período.

    A irregularidade das chuvas causou problemas em muitas lavouras e, em alguns casos, levou à necessidade de replantio.

    Dados da estação meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, registraram o menor volume de chuvas entre agosto e novembro dos últimos cinco anos.

    O período ainda foi marcado por recordes históricos de temperaturas médias.

    “Essas altas temperaturas trazem uma situação bastante desafiadora para o sistema produtivo, pois as culturas precisam de mais água no solo para atender a demanda evapotranspirativa”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Cornélio Zolin.

    De acordo com Zolin, para reduzir os riscos de perda de produtividade em condições adversas como estas, o produtor deve fazer um trabalho constante de manejo de excelência do solo.

    “O produtor precisa buscar cada vez mais melhorar a cobertura desse solo, revolver o mínimo possível, fazer rotação, fazer integração, usar diferentes tipos de culturas e consórcios, para que ele possa melhorar o perfil do solo e diminuir a compactação. Tem que possibilitar que a planta desenvolva ao máximo o seu sistema radicular para que ela possa explorar regiões mais profundas do solo e assim ser mais resiliente frente a condições climáticas adversas como essas que estamos enfrentando no ano agrícola 2023/2024”, orienta o pesquisador.

    A Embrapa Agrossilvipastoril vem trabalhando com opções de consórcios forrageiros que atendem a essas demandas, seja em sistemas de plantio direto ou em sistemas de integração lavoura-pecuária.

    Há opções de consórcios que visam a descompactação do solo, a ciclagem de nutrientes, o aumento de matéria orgânica ou mesmo a mitigação de nematoides.

    Zarc

    Outra ferramenta importante para reduzir riscos de perdas causadas pelas adversidades do clima é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. O estudo orienta a janela ideal de semeadura de cada cultura, em cada município brasileiro, conforme o ciclo produtivo e o tipo de solo.

    “Junto a isso, melhorias em relação aos níveis de manejo também serão incorporados no zoneamento. E tudo isso forma um conjunto de ferramentas que orienta o processo produtivo de modo que o produtor possa reduzir ao máximo os riscos que são provenientes dessas condições adversas”, afirma o pesquisador Cornélio Zolin.

    O Zarc define as janelas de semeadura conforme diferentes níveis de risco, com 20, 30 e 40% de chances de perda. Essa ferramenta também orienta instituições financeiras em relação ao financiamento de safra e ao seguro agrícola.

    O zoneamento de cada cultura pode ser conferido no aplicativo Plantio Certo, disponível para download gratuito para dispositivos móveis com sistema Android ou iOS.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Área tratada com defensivos agrícolas cresce 3,7% na safra atual, diz pesquisa

     Aumento é atribuído à expansão da área cultivada de soja, atrelada às condições climáticas mais favoráveis no Sul do Brasil

    A área tratada com defensivos agrícolas no Brasil deve crescer 3,7% na safra 23/24 em comparação com a safra anterior, segundo pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) à Kynetec Brasil.

    O aumento é atribuído à expansão da área cultivada de soja, atrelada às condições climáticas mais favoráveis no Sul do País durante a safra, que favoreceram a proliferação de pragas.

    Volume e tipos de defensivos

    O volume total de defensivos agrícolas utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas no segundo semestre de 2023 (H2) foi de 811 mil toneladas.

    Desse total, 49% referem-se a herbicidas, 24% a fungicidas, 18% a inseticidas, 1% a tratamento de sementes e 8% a outros.

    Projeção por cultura

    A projeção indica um aumento de 26,1% na área controlada com nematoides na cultura da soja e de 8,8% com percevejos.

    A cultura de soja representa 55% do total da área e deverá ter um crescimento de 6,5% na safra 23/24.

    O uso de fungicidas premium na soja apresentou aumento de 7,9%, enquanto o de fungicidas protetores 32%, ambos em uma área cultivada de 45 milhões de hectares, refletindo uma expansão de 4% em relação à safra passada (22/23).

    Influência do clima

    Em algumas regiões do país, como o Rio Grande do Sul, foram registradas chuvas acima da média, o que elevou a pressão de doenças fúngicas.

    Já no Centro-Oeste, com chuvas abaixo do esperado, o déficit hídrico viabilizou a infestação de pragas.

    “De diferentes formas, os problemas climáticos geram incertezas e aumentam a incidência de doenças que demandam o uso de defensivos para que o agricultor garanta uma boa produtividade”, enfatiza o presidente do Sindiveg, Julio Borges.

    Investimento em insumos

    O investimento médio do produtor rural com insumos deve voltar aos níveis de antes da pandemia, com os preços dos principais produtos em queda, em especial os herbicidas não seletivos. Nas safras anteriores, o custo de insumos sofreu interferências da pandemia, com aumento nos custos de fretes, disponibilidade de contêiners e matérias-primas e custos de importações.

    “As tecnologias para proteção de cultivo são fortes aliadas para garantir a produtividade, auxiliando os agricultores na expansão segura de seus negócios e contribuindo para a entrega de alimentos cada vez mais seguros”, conclui Borges.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/