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3 de novembro de 2022

  • Seca impacta produtividade de soja e milho na safra 2021/22

    Live promovida pela CNA, na terça (1º), divulgou os custos de produção de cereais, fibras e oleaginosas
    A falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento da soja e do milho, principalmente na região Sul e no Mato Grosso do Sul, na safra 2021/2022, de acordo com os resultados dos levantamentos de custos de produção do Projeto Campo Futuro. Os dados da cadeia produtiva de cereais, fibras e oleaginosas (soja, milho, trigo, arroz e feijão) foram apresentados na terça (1º), durante uma live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    Durante o debate, o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, afirmou que as regiões analisadas sofreram influência das condições climáticas, principalmente estiagem no ciclo 2021/2022. “A escalada de preços dos insumos e os conflitos geopolíticos também interferiram na condução das atividades”.

    O pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Mauro Osaki, apresentou os principais resultados do Campo Futuro neste ano. Segundo ele, o Custo Operacional Efetivo (COE) das regiões analisadas para as cinco culturas sofreu alta na safra 2021/2022, se comparado ao ciclo anterior. O fertilizante foi o principal item que pesou no COE.

    Soja – Em relação à soja, Mauro informou que a seca prejudicou o desenvolvimento do grão no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. “A estiagem provocou grandes prejuízos em Tupanciretã (RS), por exemplo, que registrou produtividade de 13 sacas por hectare e margem bruta negativa de R$ 2,4 mil por hectare”, disse.

    Milho – De acordo com os dados apresentados, a seca também prejudicou os resultados do milho verão na região Sul. Os ataques de cigarrinha também foram um fator que impactou a produção. Na primeira temporada, o custo com inseticida aumentou 21%. Segundo o pesquisador, o preço médio do milho aumentou 13% na safra verão 2021/2022, mas a receita bruta média caiu 7% no mesmo período. Essa retração se deve a quebra da produtividade de 20%. O COE ficou 31,1% superior em relação à temporada 2020/2021.

    Trigo – Os resultados dos levantamentos revelam que o preço médio do trigo subiu na safra 2021 frente a anterior, porém esse avanço não foi compatível com o aumento nos custos de produção, a exemplo do COE, que avançou 34%. Dentre as oito regiões pesquisadas, quatro registraram receita bruta superior ao Custo Operacional Total (COT), com destaque para Campos Novos (SC).

    Arroz e Feijão – A falta de chuva reduziu a disponibilidade de água nos reservatórios, afetando negativamente a produtividade do arroz. A produção de feijão da 1ª safra também sofreu com a falta de chuva. Dentre as três propriedades típicas avaliadas para a produção do arroz em Uruguaiana (RS), Camaquã (RS) e Tubarão (SC), as duas fazendas típicas do RS apresentaram as menores margens de lucro, devido ao maior desembolso com fertilizantes.

    O diretor-geral da AgResource Brasil, Rafael Mandarino, também participou da live e falou sobre situações desconhecidas para os mercados agrícolas mundiais, como a grande reinicialização econômica que está em andamento à medida que as pressões inflacionárias europeias/americanas/globais aumentam, além da guerra entre Rússia e Ucrânia e a seca sul-americana, que produzem o maior choque global de fornecimento de grãos desde 1914.

    Para Rafael, a China e os EUA estão numa encruzilhada política e a recessão mundial e dos EUA vem como mais um fator de atenção em meio à luta dos bancos para controlar a inflação.

    Mandarino apresentou ainda um panorama da inflação dos alimentos nos Estados Unidos; consumo global de milho, trigo e soja; exportações de milho da Ucrânia; exportações russas e comercialização global mensal de trigo; vendas externas brasileiras de milho e variação anual da demanda mundial de milho.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Isopor para liberação controlada de fertilizantes

    Um dos benefícios da tecnologia é o baixo custo
    Já pensou em reduzir os impactos ambientais e dar um destino nobre ao isopor, material que leva anos para se degradar na natureza? É o que pretende a pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Instrumentação.

    Os ingredientes para criar um novo revestimento nanométrico, que consiste na formação de uma camada de proteção, utilizando óxido de zircônio, também tem em sua “receita” isopor, amido, óleo de casca de laranja, enxofre e colágeno. Esse revestimento poderá promover a liberação controlada de fertilizantes na agricultura.

    Os fertilizantes de liberação controlada podem ser entendidos como fertilizantes que liberam os nutrientes em sincronia com a necessidade nutricional da planta. Wagner Luiz Polito é o professor orientador da pesquisa. Sobre o novo material ele diz: “a principal vantagem da proposta é aproveitar uma matéria-prima que gera impacto ambiental e que iria para o lixo.  Na nossa pesquisa, usamos um solvente verde (óleo da casca da laranja) para diluí-lo, permitindo que ele seja aproveitado em um revestimento para nutrientes, como se fosse uma capa muito fina que envolve o fertilizante e não prejudica a natureza”.

    Outro benefício da tecnologia, segundo o docente, é o baixo custo em comparação aos revestimentos comerciais disponíveis atualmente.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Mais de 90% da soja dos EUA é geneticamente modificada

    E não é só a soja

    Sementes geneticamente modificadas (GE) foram introduzidas comercialmente nos Estados Unidos para as principais culturas agrícolas em 1996, com taxas de adoção aumentando rapidamente nos anos que se seguiram. Atualmente, mais de 90% do milho, algodão de terras altas e soja dos EUA são produzidos com variedades transgênicas.

     As culturas GM são amplamente classificadas neste produto de dados como tolerantes a herbicidas (HT), resistentes a insetos (Bt) ou variedades empilhadas que são uma combinação de características HT e Bt. Embora outras características GM tenham sido desenvolvidas (como resistência a vírus e fungos, resistência à seca e conteúdo aprimorado de proteína, óleo ou vitamina), as características HT e Bt são as mais comumente usadas na produção agrícola dos EUA. Ainda que as sementes HT também sejam amplamente utilizadas na produção de alfafa, canola e beterraba sacarina, a maioria dos hectares transgênicos são plantados em três grandes culturas: milho, algodão e soja.As culturas tolerantes a herbicidas (HT), que toleram herbicidas potentes (como glifosato, glufosinato e dicamba), oferecem aos agricultores uma ampla variedade de opções para o controle eficaz de ervas daninhas. Com base nos dados da pesquisa do USDA, a porcentagem de hectares de soja domésticos plantados com sementes HT aumentou de 17% em 1997 para 68% em 2001, antes de atingir 94% em 2014.

    Culturas resistentes a insetos , que contêm genes da bactéria do solo Bt (Bacillus thuringiensis) e produzem proteínas inseticidas, estão disponíveis para milho e algodão desde 1996. A área plantada de milho Bt doméstico cresceu de aproximadamente 8% em 1997 para 19% em 2000, antes subindo para 84% em 2022.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/