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novembro 2022

  • Leite chega a R$ 2,2217 em novembro

    Dados indicam para uma certa estabilização do mercado neste fim de ano, com movimentação de valores mais amena em relação aos meses anteriores

    O valor de referência projetado para o leite no Rio Grande do Sul é de R$ 2,2217 em novembro de 2022. A informação, divulgada nesta terça-feira (22/11) pelo Conseleite, indica redução de 2,77% em relação ao valor consolidado do mês de outubro (R$ 2,2849) e considera o levantamento dos primeiros dez dias do mês. Os dados indicam para uma certa estabilização do mercado neste fim de ano, com movimentação de valores mais amena em relação aos meses anteriores.

    Segundo o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, o que o colegiado verificou foi que o ano de 2022 foi totalmente diferente do que a série histórica verificada ao longo dos 15 anos em que as estatísticas são apuradas pela UPF. “Tivemos um momento atípico de elevação dos valores no primeiro semestre e de queda neste segundo em função do cenário econômico. Essa movimentação dificultou muito a situação dos produtores e indústrias”, frisou.

    Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, um dos fatores que agravou a situação em 2022 foi o aumento das importações de lácteos. “Precisamos de políticas de compensação e ações governamentais de estímulo à produção. O fortalecimento do setor lácteo passa por incentivos que nos permitam concorrer de igual para igual com outros mercados”, salientou, alertando para a necessidade de estímulo ao consumo e apoio fiscal à compensação direta ou por meio de insumos.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Condições climáticas foram favoráveis para o trigo

    Colheita vem em bom ritmo e qualidade é satisfatória

    A colheita de trigo no cenário nacional avançou em 73%. Entretanto, o acompanhamento refere-se somente aos estados da região Sul, visto que as demais regiões produtoras do país finalizaram a colheita do trigo, segundo o último boletim disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    No Rio Grande do Sul, as condições climáticas favoreceram a maturação e a colheita, que evoluiu significativamente. As lavouras estão com ótima sanidade e a qualidade do produto colhido está boa.

    No Paraná, com o clima mais quente e com menos chuvas, houve avanço da colheita. A qualidade continua prejudicada pelo excesso de umidade no final do ciclo.

    Em Santa Catarina, o menor volume de precipitações na última semana propiciou um pequeno avanço na colheita. As lavouras colhidas vêm apresentando boas produtividades.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 13 a 19 de novembro de 2022

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Plantio da safra brasileira 2022/23 de soja atinge 76,7%

    Acompanhe a evolução dos principais estados produtores da oleaginosa

    O plantio da safra de soja 2023/23 do Brasil atingiu 76,7% da área total esperada até a última sexta-feira (18). A estimativa parte de levantamento da consultoria Safras & Mercadoparceira do Projeto Soja Brasil. Na semana anterior a semeadura estava em 67,3%. Os trabalhos estão atrasados na comparação com igual período do ano passado (84,2%) e em linha com a média dos últimos cinco anos (77%).

    Confira os estados mais avançados:

    – Mato Grosso: a área já atinge 99%

    – Paraná: o plantio chega a 96%

    – Mato Grosso do Sul: o total plantado ocupa 99%

    – Goiás: o plantio chega a 85%

    – São Paulo: a semeadura é de 80%

    – Minas Gerais: a área atinge 69%

    – Rio Grande do Sul: os trabalhos estão em 30%

    Produção da soja safra 22/23

    A produção brasileira de soja em 2022/23 deverá totalizar 154,53 milhões de toneladas, com elevação de 21,3% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 127,44 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada pela consultoria e, se confirmada, será a maior temporada da história.

    Em 15 de julho, quando foi publicado o relatório anterior, a projeção era de 151,5 milhões de toneladas. A elevação sobre a estimativa anterior é de 2%.

    A Safras indica aumento de 3,7% na área, estimada em 43,74 milhões de hectares. Em 2021/22, o plantio ocupou 42,16 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.038 quilos por hectare (50,6 sacas) para 3.551 quilos (59,1 sacas).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Leite ao produtor segue em desvalorização, aponta Cepea

    Dessa forma, 2022 deve se encerrar com preços em queda para o produtor rural

    Pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que o preço do leite captado em setembro e pago aos produtores em outubro foi de R$ 2,8481/litro na “Média Brasil” líquida. De acordo com a entidade, isso representa recuo de 6,5% frente ao do mês anterior.

    Essa foi a segunda queda consecutiva no campo, mas o valor ainda ficou 15,5% superior ao registrado em outubro do ano passado, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de outubro de 2022). Dessa forma, a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é de que esse movimento de desvalorização persista até o fim do ano, ainda que em menor intensidade.

    Os preços dos derivados lácteos seguiram em queda em outubro, sobretudo devido ao enfraquecimento da demanda. Segundos agentes de mercado consultados pelo Cepea, houve aumento na disponibilidade de matéria-prima no campo, elevando a captação na indústria e reduzindo os custos com a produção de lácteos. Apesar dessa recuperação na oferta de leite, a pressão sobre as cotações vem do consumo retraído na ponta final da cadeia.

    Depois de cinco meses registrando altas consecutivas nos volumes de lácteos importados, em outubro, o total adquirido pelo Brasil recuou 15,4% frente ao mês anterior, com volume somando 172,3 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secex. Ainda assim, é importante destacar que a quantidade internalizada de lácteos em outubro permanece em patamar bastante elevado, estando 80,8% acima da quantidade importada no mesmo mês de 2021.

    Leite x produtor: custo recua pelo 4º mês seguido, informa o Cepea

    O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira recuou ligeiro 0,08% em outubro na “Média Brasil” (que considera as variações nos estados da BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP.), sendo este o quarto mês consecutivo de baixa. Ainda assim, no acumulado de 2022, o COE apresenta aumento de 3,04%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: 6 dicas para a fase final do manejo da lavoura até a colheita

    Agricultor deve seguir passo a passo para garantir que a produção alcance todo o seu potencial

    No Brasil, a expectativa é grande para a colheita de soja. Estimativas recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam um volume de produção em torno de 153,5 milhões de toneladas na safra 2022/23.

    Com cerca de 43,2 milhões de hectares em todo país dedicados à oleaginosa e o plantio autorizado, em muitas áreas, desde 15 de setembro, os agricultores devem estar atentos à fase final de manejo e à colheita.

    Com o intuito de auxiliar neste período, o gerente sênior de Desenvolvimento Técnico de Produto de Soluções para Agricultura da Basf, Sérgio Zambon, preparou algumas orientações.

    Veja 6 dicas

    1. Tecnologia de aplicação: manutenção e regulagem de pulverizadores

    A pulverização é uma das atividades que merecem atenção redobrada. Além das perdas que podem ser causadas pelo amassamento das culturas e má conservação dos equipamentos, é possível ter perdas financeiras e de produto devido às calibrações inadequadas.

    Alguns procedimentos básicos devem ser tomados antes de iniciar a pulverização, como checar as condições climáticas ideais (temperatura entre 20°C-30°C, umidade 70%-90% e velocidade do vento de 3-10 km/h), além de usar água de boa qualidade.

    2. Utilizar mão de obra capacitada para realizar as atividades

    A mão de obra qualificada é um desafio constante para a agricultura. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 12, as máquinas e os demais equipamentos precisam ser operados por profissionais devidamente habilitados, e esse tipo de capacitação é fornecida pelo empregador.

    “O ideal é que produtores rurais ofereçam cursos técnicos profissionalizantes aos funcionários”, afirma Zambon, também destacando a importância da utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. Os cursos geralmente disponibilizam as bases teóricas e práticas necessárias para que os trabalhadores consigam exercer sua devida função em segurança e garantindo a produtividade para o negócio.

    3. Seletividade de produtos para o cultivo da soja

    Existem dois tipos de seletividade: a ecológica, na qual se utiliza os produtos químicos de forma que não atinjam diretamente os inimigos naturais, baseando-se nas diferenças ecológicas e comportamentais entre ele e a praga. E a seletividade fisiológica, que é voltada às diferenças fisiológicas entre pragas, predadores e parasitoides.

    A seletividade pode ser referente à dose utilizada ou ao modo de ação. E não menos importante é a seletividade dos produtos aplicados às plantas, optando pela escolha de insumos com formulações menos agressivas e que não provoquem injúrias às plantas. “É importante atentar-se a esse fator para pedir à equipe técnica responsável para verificar a seletividade dos produtos utilizados na lavoura”, garante o gerente.

    4. Ficar de olho no clima

    O manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima antes e durante a proteção das plantas. Evite realizar pulverizações horas antes da ocorrência de chuva, ou na presença de orvalho.

    Ventos fortes também prejudicam o resultado final da pulverização, podendo deslocar as gotas para fora do alvo a ser atingido. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC e a umidade relativa do ar acima de 60%.

    5. Planejar a colheita da soja

    A má regulagem das colheitadeiras pode aumentar as perdas, fazendo crescer o número de plantas voluntárias e reduzir a margem de lucro do produtor. Por isso, é necessário se programar e fazer manutenções periodicamente, ficar atento à velocidade de operação, fazer o acompanhamento de eventuais perdas para entender o progresso do trabalho e, novamente, investir em capacitação de mão de obra para operar o maquinário.

    6. Programar o transporte e armazenamento dos grãos

    O armazenamento e transporte de grãos devem aparecer na lista de prioridades de todos os agricultores e cooperativas. Além do aspecto financeiro, também está em jogo a qualidade nutritiva do produto. É necessário, nessa fase, tomar cuidados com a umidade dos grãos, a limpeza, controlar pragas, fazer transporte em caminhões adequados e utilizar galpões lonados ou silos para armazenar a carga.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Milho e soja seguram superávit da balança comercial

    É o que aponta o Indicador de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

    As exportações de milho e soja ajudaram a sustentar o superávit da balança comercial brasileira de janeiro a outubro, apesar do aprofundamento do déficit nas vendas de não commodities, segundo os dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta segunda-feira (21) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O superávit da balança comercial acumulado de janeiro a outubro deste ano somou US$ 51,3 bilhões. De janeiro a outubro do ano passado, o saldo era positivo em US$ 58,5 bilhões.

    A redução do superávit é explicada pelo aumento no déficit do saldo das não commodities, que passou de US$ 89,7 bilhões de janeiro a outubro de 2021 para US$ 113,7 bilhões de janeiro a outubro de 2022. O saldo comercial das commodities no período cresceu de US$ 148,2 bilhões para US$ 165,1 bilhões.

    “Destaca-se o aumento no volume exportado para a China, embora ainda seja cedo para afirmar que se inaugura uma fase de expansão das exportações em termos de volume. Para a Argentina, o comércio bilateral do setor de veículos, componentes e peças assegura o aumento das exportações brasileiras, o que é explicado pelos canais de um comércio intra-firma, menos suscetível às restrições cambiais”, aponta a FGV, em nota.

    “Destaca-se a contribuição das vendas de milho, variação em valor de 440% e em volume de 300%” — FGV

    No mês de outubro, a balança comercial teve um superávit de US$ 3,9 bilhões. As exportações cresceram 20,8% em valor, com aumento de 13,5% no volume e de 5,9% nos preços, repetindo o comportamento similar ao de setembro. As importações subiram 13,8% em valor, diante de uma alta de 8,8% nos preços e de 4,4% no volume.

    “Na comparação interanual mensal, a variação dos preços e dos volumes das commodities (exportadas) superou o das não commodities. Observa-se que a variação no volume exportado das não commodities foi superior ao das commodities entre março e agosto, e, a partir de setembro, o resultado se inverteu. Destaca-se a contribuição das vendas de milho, variação em valor de 440% e em volume de 300%. O milho foi o segundo principal produto exportado pelo setor de agropecuária, com uma participação na pauta de 33%, após a soja em grão, com participação de 44%”, relatou a FGV.

    Além de milho e soja

    De janeiro a outubro, a indústria aumentou em 13,2% o volume de importações de bens de capital e em 4,2% a de bens intermediários. A agropecuária elevou suas compras de bens de capital em 58,9% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as compras em volume de bens intermediários caíram 5,1%, devido à redução nas compras de fertilizantes.

    “Os índices de volume mostram que, no ano até outubro, o setor da agropecuária investiu relativamente mais do que a indústria nas compras de bens de capital. A rentabilidade obtida com a melhora nos preços exportados e perspectivas de boas safras para o ano de 2023 explicariam o aumento dessas compras”, justificou o relatório do Icomex.

    Parceiros comerciais

    O Brasil obteve um saldo de US$ 39 bilhões no comércio com a Ásia de janeiro a outubro, sendo que a China contribuiu com US$ 25,4 bilhões. Os US$ 13,6 bilhões restantes de superávit com os demais países asiáticos foi superior ao saldo do comércio com a América do Sul (US$ 11,7 bilhões) e com a União Europeia (US$ 6,3 bilhões).

    Os Estados Unidos, segundo principal parceiro comercial do Brasil, explicam o déficit de US$ 11,7 bilhões no comércio brasileiro com a América do Norte. O saldo com os Estados Unidos foi negativo em US$ 12,8 bilhões. O segundo maior déficit por regiões blocos foi com a União Econômica Euroasiática (Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão), de US$ 5,6 bilhões, diante de uma contribuição da Rússia de -US$ 5,1 bilhões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RTC/CCGL e Tarvos lançam projeto inovador no monitoramento de pragas

    13 cooperativas participarão do monitoramento na safra de 2022/2023
    Durante o mês de outubro, a Rede Técnica Cooperativa (RTC) e a CCGL, em parceria com a Tarvos S.A., deram início à implantação de um sistema inédito no Brasil em termos de cooperativismo e tecnologia. O projeto contemplará o uso coordenado em larga escala da tecnologia de monitoramento automatizado de lepidópteros (insetos extremamente prejudiciais para a cultura da soja).
    Conforme a CCO da Tarvos, Carolina Suffi, o sistema de monitoramento automatizado de pragas fornece indicações, de maneira constante, da ocorrência de pragas na lavoura. – A precisão fornecida pelos dados coletados diretamente do campo pelas armadilhas eletrônicas aumenta exponencialmente a qualidade e a viabilidade da sua tomada de decisão – destacou Carolina.
    Conforme o Pesquisador da CCGL e especialista em entomologia, Glauber Renato Stürmer, a parceria começou na safra 21/22, quando foi validada com sucesso a acuracidade e assertividade da solução em áreas experimentais. – Nesta safra de verão, o objetivo é alertar os técnicos e cooperados, com antecipação e informes regionais, da chegada e movimentação de adultos das principais lagartas ocorrentes em soja (Spodoptera frugiperda, S. cosmioides, S. eridania, Chrysodeixis includens e H. armígera) visando à adoção das melhores práticas no controle destas pragas – explicou Glauber.
    “Identificar o momento de chegada da maior população de mariposas pode gerar alertas para o monitoramento das lavouras e início de manejo, pois após alguns dias da detecção do adulto, inicia-se a ocorrência de lagartas, que estão mais suscetíveis às técnicas de manejo e com baixo potencial de ocasionar danos a cultura de soja”, completou Glauber.
    Além da CCGL, outras 12 cooperativas do Rio Grande do Sul terão monitoramento na safra de 2022/2023, com 21 equipamentos de monitoramento: Cotripal, Cotrijuc, Cotrisul, Cotrisel, Cotrisal, Coopermil, Coopatrigo, Coasa, Cotriel, Cotrirosa, Cotribá e Cotrijal. Os dados coletados ficarão disponíveis no aplicativo da SmartCoop, bem como outros monitoramentos, como da cigarrinha no milho, ferrugem e previsão do tempo, entre outros.

     

    Fonte: ASCOM CCGL

  • Qual deve ser a população de sua lavoura de soja?

    A população ideal de soja varia com uma série de fatores. Alguns desses fatores são intrínsecos da natureza, e outros os produtores podem manipular
    Quando todos os fatores estão corretos em relação ao seu solo, condições climáticas, qualidade das sementes e pressão das plantas daninhas, você conseguirá altas produtividades.

    Considere os seguintes fatores ao definir a sua população de plantio:

    1. Avalie a pressão das plantas daninhas por talhão. A pressão das plantas daninhas é o primeiro aspecto para se definir as populações de plantio de soja, dado o desafio que muitos produtores têm hoje com a resistência a herbicidas. Altas populações e cobertura rápida de dossel são uma parte crucial e eficaz do seu gerenciamento de plantas daninhas nesses cenários, quando os desafios com as invasoras são muito grandes.

    2. Considere os tipos de solo e a fertilidade. Áreas altamente produtivas são onde você geralmente pode reduzir as populações. A maior fertilidade e a umidade adequada do solo promoverão mais crescimento e altura nas plantas de soja, bem como mais galhos para compensar menos plantas. Nos campos ou partes de campos que estão produzindo soja mais baixa, o sojicultor precisa de populações mais altas para fechar ao dossel rapidamente.

    Este é mais um motivo para se adotar populações de soja de taxa variável.

    3. Conheça a qualidade e a genética da sua semente. À medida que estamos plantando soja cada vez mais cedo, antes das chuvas se firmarem, o vigor da semente se torna mais importante.

    4. Considere adotar TSI. Sempre que você considerar reduzir a população de plantio, certifique que de você adote um tratamento de sementes. Queremos garantir a porcentagem de emergência de plantas, então temos que proteger essa semente de insetos, doenças e outros estresses potenciais.

    5. Garanta boa plantabilidade. O uso do equipamento é importante. Se esforce para alcançar a colocação mais uniforme das sementes, analisando fatores como a qualidade do leito de sementes, plantando com umidade e a uma profundidade uniforme.

    Estudos indicam uma perda de rendimento de cerca de 6% devido à falta de uniformidade espacial das plantas. Ainda, emergência desuniforme em geral leva a uma perda de rendimento de cerca de 8%.

    Lembre-se que populações de plantas mais altas não compensam a perda de rendimento devido à má plantabilidade.

    6. Considere o entrelinhamento adotado. Maiores espaçamentos entre linhas concentram maior número de plantas por fileira. Assim, quando há uma planta faltando, a próxima planta a preencher a lacuna está próxima em maiores entrelinhamentos do que quando se opta por entrelinhamentos estreitos, onde a distribuição espacial das plantas é mais uniforme.

    7. Considere se você será capaz de regular a plataforma da colheitadeira bem próxima da superfície do solo para coletar as vagens mais baixas quando se tem menores populações. Populações maiores permitem regulagem da plataforma mais alta, o que pode ser desejável especialmente quando você tiver pedras aflorando no solo.

    8.Quando o ano é muito ensolarado, populações mais altas são desejáveis, mas em anos com muita nebulosidade durante o período luminoso do dia, o ideal é reduzir ligeiramente à população de plantas. Como não se sabe com antecedência como o ano transcorrerá em geral, os recordistas de produtividade de soja plantam seus talhões participando dos concursos de produtividade com diferentes populações.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Agricultura 4.0: automação e tecnologia elevam produtividade de grãos

    Expectativas para a safra 2022/23 são altas
    São boas as perspectivas para a safra de grãos 2022/23. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), espera-se em todo o Brasil a colheita de 313 milhões de toneladas de grãos – aumento de 15,5% em relação ao último ciclo, ou quase 42 milhões de toneladas a mais. O crescimento está amparado na estimada elevação na área plantada da soja. De acordo com a Companhia, cerca de 43,2 milhões de hectares em todo País devem ser destinados para a semeadura da oleaginosa, com produtividade esperada em 3.551 kg/ha. Para o milho, a expectativa é que a produção total seja de 126,4 milhões de toneladas. Já entre as culturas de inverno, o destaque é a safra recorde de trigo: a Conab prevê que os agricultores colham 9,5 milhões de toneladas do grão nesta safra, valor 23,7% maior que o ciclo anterior.

    Os números animam e colocam em evidência aquela que é o braço-direito dos produtores que trabalham com grandes volumes: a tecnologia. “É, e sempre será uma constante, o uso de tecnologia e automação na produção rural brasileira. Os produtores estão sempre adquirindo novas tecnologias na busca pela otimização de suas máquinas e operações, e a consequente maior economia de insumos e aumento de produtividade”, analisa Gustavo Chavaglia, integrante da Comissão Técnica de Cana de Açúcar e Energia Renovável da FAESP e produtor de soja.

    Esta percepção é compartilhada pelo coordenador da Comissão Técnica de Grãos da FAESP, Márcio Antônio Vassoler. “A agricultura está em um processo de modernização nas últimas décadas. O aumento da eficiência de processos e um controle maior de atividades são os objetivos. Por isso, o conceito de agricultura 4.0 tem sido bastante discutido no campo. Tratores, semeadoras, pulverizadores e colheitadeiras vêm sendo automatizados. A avaliação de lavouras por meio de drones e softwares de gestão de recursos humanos também”, afirma.

    Sabendo que a tecnologia é fundamental para o aumento da produtividade, vale a pena analisar como a automação é utilizada nas diferentes culturas de grãos. Os caminhos são muitos, explicam os especialistas. É possível encontrar recursos automatizados em diversas etapas da plantação, desde antes do plantio, passando pelo cultivo, colheita e chegando à armazenagem. “Hoje em dia podemos automatizar vários processos dentro do manejo de grãos na fazenda. Desde o plantio até a colheita, temos opções de acompanhamento em tempo real de todas as etapas, graças as tecnologias de GPS e a melhora na qualidade do sinal 3G e 4G”, observa Alexandre Volpon, coordenador adjunto da Comissão Técnica de Grãos da FAESP. Dessa forma, diz ele, é possível acompanhar o rendimento das máquinas, quantos hectares já foram plantados, o gasto de semente e de combustível em tempo real e se houve alguma falha no plantio.

    Inovação do plantio à colheita

    Evitar desperdícios, utilizar recursos de forma mais eficiente e garantir uma alta produtividade do solo e de insumos são os principais objetivos do uso de tecnologias de automação no campo. No caso dos grãos, áreas de cultivo extensas ensejam ainda mais a aplicação de tecnologias de controle da produção, que também evitam a ocorrência de falhas nas lavouras, excesso ou desperdício de insumos.

    O trabalho das máquinas começa antes do plantio. “Desde a preparação do solo, sistemas de GPS contribuem para otimizar o uso de máquinas e equipamentos, mas principalmente na economia de combustíveis e aplicações com doses certeiras podendo ser variáveis a depender da necessidade pontual de correção do solo”, explica Chavaglia. Na etapa de plantio, equipamentos podem fazer a distribuição de sementes com sensores em cada linha de plantio, garantindo o bom aproveitamento do solo e dos materiais.

    O manejo durante o crescimento das plantas também está marcado pela automação. “Em pulverizações de defensivos e adubos foliares, novamente podemos usar sensores, que possibilitam o uso correto na área de aplicação com o chamado corte de seção, evitando desperdícios e remonte de produtos”, conta ele. Segundo Volpon, equipamentos que dirigem em piloto automático ajudam ainda mais a produtividade nessas primeiras etapas de produção. “Tratores com sistema de piloto automático já fazem a condução dessas máquinas em cada etapa, eliminando a interferência humana e os possíveis erros que isso pode trazer, e com precisão de poucos centímetros”, explica. Mas para tanto é preciso que o software operacional esteja muito bem alinhado ao projeto da área.

    A colheita automatizada, por sua vez, já pode ser considerada uma “velha conhecida” – sobretudo entre os produtores de soja. “Na colheita, máquinas atuais, com telas computadorizadas e sensores direcionados, trazem leitura da produção no momento da colheita, como umidade do grão e desperdícios na limpeza. Estas máquinas possuem diversos sistemas de automação e geração de informações tanto da máquina – como panes – como da cultura que está sendo colhida”, explica Chavaglia.

    A tecnologia também agrega valor à produção no pós-colheita. Volpon explica que, de posse dos dados apurados pelo maquinário ao longo de uma safra, é possível obter informações valiosas sobre a produção e preparar melhor as próximas. “Temos a possibilidade de enxergar a produtividade em cada talhão e cruzar essas informações para ter uma análise completa de todas as operações. Essas informações são essenciais para que o produtor possa analisar cada metro quadrado de sua propriedade, otimizando ao máximo o uso de insumos e trazendo ao mesmo tempo economia e aumento da produtividade. Assim, o produtor pode ser mais eficiente, tornando seu negócio mais sustentável e lucrativo”, observa.

    Últimas tecnologias e dicas para produtores

    Os principais equipamentos disponíveis hoje no mercado são sensores, que leem em tempo real tudo que acontece em cada operação – por exemplo os fluxômetros que contam as sementes nas semeadoras e com o uso de GPS georreferenciam essas informações. Outro exemplo do uso da tecnologia está na pulverização de defensivos, na qual sensores detectam a existência de ervas daninhas e decidem onde se deve ou não aplicar cada produto, trazendo ganho econômico e ambiental, com a racionalização do uso dos insumos.

    O drone – ou vant, sigla para veículo aéreo não tripulado – é outra categoria de equipamento que vem sendo cada vez mais utilizada dentro das propriedades. Eles fazem a leitura de níveis de massa verde ou mapeiam as ervas daninhas, trazendo a possibilidade de uso eficiente de fertilizantes e defensivos.

    “Além desses equipamentos, os softwares são também partes importantes nesse processo, pois são eles que analisam e processam todas essas informações, entregando dados mais concisos e precisos, para que o produtor possa usar em suas tomadas de decisão. Hoje em dia, o produtor tem à sua disposição uma vasta opção de softwares de gestão agrícola, auxiliando no controle de estoques de defensivos, fertilizantes e outros insumos, além de controle financeiro e contas a pagar”, completa Volpon.

    As vantagens de se mergulhar a fundo nesse admirável mundo novo da tecnologia são muitas, mas também é preciso cautela. “O produtor deve tomar cuidado e planejar muito bem quando for pensar em automatizar suas operações, pois nem todos equipamentos e softwares são compatíveis entre si, o que pode ser um problema na hora da execução de seus projetos”, diz Volpon. Já Chavaglia alerta para a equação entre custo de aquisição de uma nova tecnologia e resultados obtidos por ela no campo. “Muitas das tecnologias voltadas ao campo já estão consolidadas, porém muito ainda há por vir e o produtor tem que estar atento para acompanhar a evolução, além de ter cautela na aquisição, pois os custos de implementação destas tecnologias têm de seguir um compasso entre o ganho trazido e custo de implementação”, diz. Ou seja, antes de comprar uma nova tecnologia é preciso analisar financeiramente a aquisição de modo que o investimento seja sustentável, lembrando que, além de oferecer benefícios, a automação exige treinamento da força de trabalho, constantes inovações e manutenções.

    Este é, no entanto, um caminho sem volta. “O futuro das propriedades agrícolas certamente será a automação total de todas as etapas, com tratores e colheitadeiras que não mais necessitarão de condutores para operá-las, trazendo assim mais rendimento operacional e menor risco de falhas humanas. Hoje em dia já temos vários protótipos que fazem isso, e sua chegada ao mercado em escala comercial é questão de poucos anos”, antecipa Volpon.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Plantio da soja 22/23 atinge 30% da área no Rio Grande do Sul

    Área destinada à oleaginosa é estimada em 6.568.607 hectares pelo Emater

    O plantio da soja atinge 30% da área no Rio Grande do Sul, de acordo com o boletim semanal do Emater/RS. Na semana passada, eram 17%. Em igual período do ano passado, 49%. A média para os últimos cinco anos é de 46%.

    A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha (52,1 sacas). A semeadura da soja seguiu em ritmo acelerado até o dia 8, quando a umidade do solo se tornou abaixo da ideal.

    Mesmo assim, vários agricultores deram prosseguimento ao plantio até o dia 10, baseados na previsão de novas precipitações, que garantiriam umidade suficiente para a germinação e emergência das plantas.

    As lavouras estão, em maior parte, com as sementes em germinação um pouco mais lenta do que o habitual devido às baixas temperaturas noturnas e à rápida diminuição da umidade nos solos. As lavouras emergidas apresentam plantas ainda de estatura baixa e folhas pequenas, mas sem sintomas de danos ou ataque de pragas e doenças.

    A ocorrência de chuvas entre os dias 12 e 13 e a reposição de umidade deverão acelerar e uniformizar o estabelecimento inicial, um dos fatores principais na definição do potencial produtivo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/