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novembro 2022

  • Cevada e aveia têm novo zoneamento agrícola de risco climático

    O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e identificar a melhor época para plantar

    Foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (17) as portarias, de 357 a 375, de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para o cultivo da cevada e da aveia em sistema de produção sequeiro e irrigado.

    O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

    O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

    A produção de cevada (Hordeum vulgare L.) com finalidade cervejeira é influenciada pelo clima, pelas características genéticas da cultivar e pelas práticas de manejo de cultivos adotadas.

    As aveias (Avena spp.) são plantas de clima temperado, que podem ser cultivadas em diferentes condições climáticas e para diversos fins, como a produção de grãos para alimentação humana e animal, forragem e cobertura do solo, além de servir como adubação verde e como inibidora da infestação de invasoras (alelopatia).

    Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

    Acesso aos indicativos de Zarc

    Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Safra 22/23 de soja registra primeiros casos de ferrugem asiática

    Temporada passada teve 48,8% de aumento de casos em relação ao ciclo 20/21. Pesquisador da Embrapa fala dos desafios da praga e dá dicas de controle

    O plantio da soja na safra 2022/23 está avançado nos principais estados produtores do grão, dentro da média histórica das últimas cinco temporadas. Em Mato Grosso, por exemplo, a semeadura ultrapassa 95% da área, conforme levantamento da última sexta-feira (11) do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). E a ferrugem asiática, principal doença da cultura, já começa a dar as caras.

    No entanto, não é no líder de produção da oleaginosa que os primeiros registros do fungo começaram a aparecer. De acordo com o Consórcio Antiferrugem, dois casos, ambos em soja voluntária, foram reportados no Rio Grande do Sul. O primeiro deles em Pantano Grande, no centro do estado, e o segundo em Passo Fundo, no centro-norte gaúcho.

    Na safra 2020/21, os dois municípios foram responsáveis pela produção de 112,080 toneladas da oleaginosa, conforme o último balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Já a presença de esporos de ferrugem foi identificada, por enquanto, em cinco localidades do Paraná: Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Primeiro de Maio, Sertanópolis e Ubiratã. Juntos, produziram 494,436 toneladas de soja no ciclo retrasado.

    Desta forma, pelo estádio inicial da cultura, ainda não há reportes de casos oficiais em lavouras comerciais. Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Rafael Soares, as ocorrências de esporos apareceram um pouco mais cedo este ano, mas ainda não foram encontrados em plantas, apenas no ar. “Em muitos locais as plantas ainda estão pequenas. Já tivemos anos em que, nesta época do ano, já havia detecção nelas também, o que ainda não ocorreu nesta safra”, destaca.

    Perspectivas para a safra 22/23

    Na safra 21/22, o Consórcio Antiferrugem registrou 573 casos da doença, a maioria em Mato Grosso, com 262 reportes, seguido por Rondônia, com 108. Assim, os números gerais de aparecimento do fungo na temporada passada são 48,8% maiores do que no ciclo 20/21, que computou 385.

    Desta forma, com mais um novo recorde em área plantada de soja – estimada em 43,2 milhões de hectares pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – o produtor pode ficar apreensivo com uma nova disparada nos números. No entanto, isso não necessariamente acontecerá, diz Soares.

    “O que dita a quantidade de ocorrências, geralmente, é o clima. Evidente que quanto mais plantas de soja, mais chances há de aparecer a doença. Contudo, se o clima for semelhante ao dos anos anteriores, como na região Sul em que o tempo foi mais seco e tivemos menos casos, sendo que a maior parte da ferrugem apareceu na região central do Brasil, este ano podemos ter uma repetição, ainda mais porque teremos predominância de La Niña”, considera.

    Esse fenômeno traz à tona um ditado conhecido entre pesquisadores: quando o clima favorece a soja, também beneficia a ferrugem. “Quando chove de forma regular, a tendência é produzir mais o grão, mas também demanda mais cuidados para controlar a doença. Como tivemos uma grande seca no Sul na safra passada, a ferrugem não veio com tanta força por lá”.

    Produtor tem controlado a ferrugem?

    Apesar do aumento de reportes de ferrugem entre as safras 20/21 e 21/22, é possível notar um grande avanço no controle da doença em relação às temporadas que mais tiveram registros. Em 2008/09 houve o maior pico de casos até hoje, com 2.884, ou seja, 403% a mais do que na última temporada finalizada.

    Tal redução no índice é um sinal claro de que o agricultor de soja aprendeu a controlar o surgimento e os impactos do fungo, ainda que a sua existência pareça inevitável. “O produtor já conhece bem a doença, embora ela seja imprevisível pela questão climática. O sojicultor tem feito as aplicações de fungicida e semeado cedo, o que ajuda a ‘escapar’ da ferrugem, sendo uma das maneiras mais eficientes no manejo da doença”, afirma o pesquisador.

    Desafios na lavoura

    O aumento da resistência aos fungicidas, porém, segue como um problema. Soares enfatiza que o fator advém da própria natureza e a tendência é permanecer. “Entretanto, estamos tentando manejar  e o lançamento de novas moléculas pelas empresas tem ajudado nisso. O uso de cultivares resistentes é outro aliado e este é um desafio para a pesquisa, para os desenvolvedores de cultivares, que começam a lançar uma quantidade maior de materiais que tenham o gene de resistência ao fungo”.

    Do outro lado, segundo o pesquisador da Embrapa Soja, os obstáculos aos produtores se referem à tecnologia de aplicação de fungicidas e escolha dos produtos a serem utilizados. “É evidente que cada produtor tem de se adaptar ao que tem disponível em sua propriedade, em sua região, mas é importante que busque o máximo possível de ferramentas para controlar a doença”, exemplifica.

    Aplicações de fungicidas para controle da ferrugem

    Em todas as safras computadas pelo Consórcio Antiferrugem (2004/05 a 2021/22), o maior número de casos de ferrugem asiática ocorre no estádio R5 da soja, que é a fase de enchimento das sementes. Soares destaca que esse dado comprova que o  aparecimento da doença se dá em fase mais tardia.

    “Por isso, é importante que as aplicações de fungicidas sejam preventivas, mas não de forma exageradamente precoce. Muitos agricultores costumam fazer as aplicações logo no estádio vegetativo, mas os próprios dados do Consórcio mostram que ocorrência de ferrugem em V3 ou R1, R2 são exceções”, especifica o pesquisador.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita do trigo avança no RS e estado deve confirmar safra recorde

    A chuva atrapalhou o começo da semeadura, mas o clima seco fez o trigo se desenvolver bem e sem incidência significativa de doenças

    colheita do trigo avança aos poucos pelo Rio Grande do Sul.

    Muitas lavouras ainda não alcançaram a maturação devido a semeadura mais tardia.

    Mas as primeiras regiões que já colhem têm observado resultados acima do esperado.

    Um dos principais fatores que colaboraram foi o clima. Nem as geadas tardias impactaram o trigo.

    Com isso, a Emater-RS elevou a produtividade inicial em mais de 400 kg/ha e a safra total deve ser 32% maior do que no ciclo passado.

    A chuva atrapalhou o começo da semeadura, mas depois o clima mais seco fez a cultura se desenvolver bem e sem incidência significativa de doenças.

    Produção de trigo

    A produção deve atingir 4,6 milhões de toneladas no Rio Grande Sul.

    O estado plantou a maior área dos últimos 42 anos, com um 1,4 milhão de hectares.

    A Emater aponta que a produtividade esperada, de 3,210 quilos por hectare, já é superada em algumas regiões, onde colhem próximo a 4 mil quilos por hectare.

    Enquanto os trabalhos seguem no campo, agora a preocupação do produtor está nos preços.

    O mercado muda constantemente em virtude do conflito entre Rússia e Ucrânia, que são grandes produtores do cereal.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo gaúcho começa a executar o programa ‘SOS Estiagem’

    Poderão sacar o benefício de R$ 1 mil, em parcela única, 67.456 agricultores familiares do Rio Grande do Sul

    O governo do Rio Grande do Sul começa a executar o programa “SOS Estiagem” para o segundo grupo de beneficiários a partir desta quarta-feira (16). Poderão sacar o benefício de R$ 1 mil, em parcela única, 67.456 agricultores familiares, em qualquer agência do Banrisul.

    Para resgatar o valor, o agricultor familiar terá que observar um escalonamento, por ordem alfabética, e com datas estabelecidas (veja abaixo). Importante destacar que o beneficiário deverá comparecer nas agências da instituição bancária apenas a partir da data indicada, conforme a respectiva letra inicial do primeiro nome.

    A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que coordena essa política de crédito emergencial, ressalta que o repasse do apoio financeiro é destinado apenas àquelas famílias que possuírem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa em 1º de fevereiro de 2022 e renda bruta anual de até R$ 100 mil e que residirem em município com decreto de situação de emergência ou de calamidade pública homologado pelo estado, decorrente da estiagem, de dezembro de 2021 a 31 de março de 2022.

    Para saber se está apto a receber o auxílio, o público-alvo deverá fazer a consulta no site com o número de CPF.

    Calendário do SOS Estiagem

    Veja, a seguir, o calendário de pagamento conforme a letra inicial do primeiro nome do agricultor familiar cadastrado:

    • 16 de novembro

    Letras A e B.

    • 17 de novembro

    Letras C e D.

    • 18 de novembro

    Letras E, F e G.

    • 21 de novembro

    Letras H, I e J.

    • 22 de novembro

    Letras K, L e M.

    • 23 de novembro

    Letras N, O, P e Q.

    • 24 de novembro

    Letras R, S, T e U.

    • 25 de novembro

    Letras V, W, X, Y e Z.

    Como sacar o valor?

    Para sacar o auxílio do SOS Estiagem, o beneficiário deverá se dirigir até uma agência do Banrisul, conforme o cronograma indicado pela letra do nome. Na agência deverá apresentar documento de identificação com foto e o número do CPF. O saque não precisa ser realizado no município de origem. Os beneficiários terão o prazo de até 80 dias para sacar o recurso. Transcorrido esse prazo sem a realização do saque, os valores remanescentes retornarão ao Estado.

    O auxílio de R$ 1 mil será pago a apenas um indivíduo do mesmo núcleo familiar. O valor deverá destinar-se, preferencialmente, para a aquisição de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade, para sementes e insumos agrícolas e para alimentação animal.

    Primeiro grupo de beneficiários

    Até 9 de novembro, 85% dos 12.978 beneficiários do primeiro grupo (assentados da Reforma Agrária, quilombolas, indígenas e ribeirinhos residentes no meio rural) realizaram o resgate do valor.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtividade do trigo está abaixo do esperado

    Chuvas no momento errado e a falta dela foi o principal motivo

    Progresso: 40% Colhido; 3.1% Floração; 24.8% Enchimento de Grãos; 32.2% Maturação.

    Semana Anterior: 35.6% Colhido; 0.5% Desenvolvimento Vegetativo; 5.3% Floração; 28.5% Enchimento de Grãos; 30% Maturação.

    Segundo o último boletim disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita no cenário nacional avança em 40%. Entretanto, o acompanhamento refere-se somente aos estados do sul. Visto que as demais regiões produtoras do pais, finalizaram a colheita do trigo.

    No Rio Grande do Sul, a colheita avança, com boa produtividade e a qualidade dos grãos. Na Metade-Sul e no Planalto-Superior, a maioria das lavouras está entre floração e enchimento de grãos. No Paraná, apesar de 65% das áreas cultivadas estarem colhidas, as chuvas atrasam o ritmo da colheita. A produtividade está abaixo do esperado devido à restrição hídrica sofrida no início do ciclo, principalmente no Norte e Centro-Oeste do estado, e o excesso de chuvas na maturação, no Sul.

    Em Santa Catarina, a colheita foi iniciada, mas está a um patamar 28.4% atrasado em relação ao ano anterior. As lavouras em campo estão predominantemente, em fase de enchimento de grãos e maturação.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 23 a 29 de outubro de 2022

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Semeadura da soja é favorecida pelo clima

    Plantio se aproxima dos 50% no cenário nacional

    Progresso: 66.6% Emergência; 33.4% Desenvolvimento Vegetativo

    Semana Anterior: 56.8% Emergência; 43.2% Desenvolvimento Vegetativo

    Conforme indicado pelo último boletim de monitoramento das lavouras no país, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio da soja se aproxima dos 50% no cenário nacional. Contudo, o ritmo vem  6% mais lento do que o ano passado. As regiões mais atrasadas são observadas no Paraná e Tocantins.

    Em Mato Grosso, o plantio ultrapassa os 10 milhões de ha. Apesar das chuvas irregulares, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em Mato Grosso do Sul, o tempo seco e quente favoreceram a realização de tratos culturais e a semeadura, que alcançou 73% da área. No Rio Grande do Sul, o plantio está lento e atrasado em relação à safra anterior, observando-se uma preferência pela semeadura mais tardia. No Paraná, a diminuição das chuvas e os dias de sol favoreceram o desenvolvimento das lavouras e o avanço na semeadura.

    Em Minas Gerais, as lavouras apresentam desuniformidade no estande inicial devido à restrição hídrica. O plantio alcança 27% da área, inferior aos 40% registrados na última safra.  Em São Paulo, a redução das precipitações permitiu o avanço da semeadura.

    Na Bahia, a semeadura segue em ritmo normal. No Tocantins, a boa distribuição das chuvas favoreceu a semeadura em quase todo o estado. Maranhão e Piauí iniciaram o plantio.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 23 a 29 de outubro de 2022

    PROGRESSO DA SEMEADURA

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Plantio de milho está avançando em bom ritmo

    A expectativa é de um avanço ainda maior após a regularização das chuvas

    Progresso: 24.3% Emergência; 74.1% Desenvolvimento Vegetativo; 1.6% Floração.

    Semana Anterior: 24.4% Emergência; 76.0% Desenvolvimento Vegetativo; 1.7% Floração.

    No último boletim de acompanhamento das lavouras realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio do milho no Brasil avança com um bom ritmo no centro-sul, seguindo um padrão semelhante à safra anterior. A expectativa é de que o plantio se inicie nas próximas semanas no MAPIBA.

    No Rio Grande do Sul, as chuvas beneficiaram as lavouras implantadas, com algumas áreas iniciando o pendoamento. No Paraná, a redução das chuvas favoreceu o plantio, que ganhou ritmo nesta semana. Em Santa Catarina, grande parte das lavouras recebeu a primeira aplicação de ureia, porém as baixas temperaturas atrasaram a emergência e o desenvolvimento das lavouras.

    Em Minas Gerais, o plantio evolui lentamente devido à irregularidade das precipitações. As lavouras do Sul apresentam ótimo desenvolvimento, enquanto que as do Triângulo começam a apresentar efeitos do déficit hídrico.

    No MAPIBA, a semeadura está lenta devido à irregularidade das chuvas, porém a formação de um corredor de umidade deve favorecer o plantio nos próximos dias.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 23 a 29 de outubro de 2022

    PROGRESSO DA SEMEADURA

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Seca impacta produtividade de soja e milho na safra 2021/22

    Live promovida pela CNA, na terça (1º), divulgou os custos de produção de cereais, fibras e oleaginosas
    A falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento da soja e do milho, principalmente na região Sul e no Mato Grosso do Sul, na safra 2021/2022, de acordo com os resultados dos levantamentos de custos de produção do Projeto Campo Futuro. Os dados da cadeia produtiva de cereais, fibras e oleaginosas (soja, milho, trigo, arroz e feijão) foram apresentados na terça (1º), durante uma live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    Durante o debate, o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, afirmou que as regiões analisadas sofreram influência das condições climáticas, principalmente estiagem no ciclo 2021/2022. “A escalada de preços dos insumos e os conflitos geopolíticos também interferiram na condução das atividades”.

    O pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Mauro Osaki, apresentou os principais resultados do Campo Futuro neste ano. Segundo ele, o Custo Operacional Efetivo (COE) das regiões analisadas para as cinco culturas sofreu alta na safra 2021/2022, se comparado ao ciclo anterior. O fertilizante foi o principal item que pesou no COE.

    Soja – Em relação à soja, Mauro informou que a seca prejudicou o desenvolvimento do grão no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. “A estiagem provocou grandes prejuízos em Tupanciretã (RS), por exemplo, que registrou produtividade de 13 sacas por hectare e margem bruta negativa de R$ 2,4 mil por hectare”, disse.

    Milho – De acordo com os dados apresentados, a seca também prejudicou os resultados do milho verão na região Sul. Os ataques de cigarrinha também foram um fator que impactou a produção. Na primeira temporada, o custo com inseticida aumentou 21%. Segundo o pesquisador, o preço médio do milho aumentou 13% na safra verão 2021/2022, mas a receita bruta média caiu 7% no mesmo período. Essa retração se deve a quebra da produtividade de 20%. O COE ficou 31,1% superior em relação à temporada 2020/2021.

    Trigo – Os resultados dos levantamentos revelam que o preço médio do trigo subiu na safra 2021 frente a anterior, porém esse avanço não foi compatível com o aumento nos custos de produção, a exemplo do COE, que avançou 34%. Dentre as oito regiões pesquisadas, quatro registraram receita bruta superior ao Custo Operacional Total (COT), com destaque para Campos Novos (SC).

    Arroz e Feijão – A falta de chuva reduziu a disponibilidade de água nos reservatórios, afetando negativamente a produtividade do arroz. A produção de feijão da 1ª safra também sofreu com a falta de chuva. Dentre as três propriedades típicas avaliadas para a produção do arroz em Uruguaiana (RS), Camaquã (RS) e Tubarão (SC), as duas fazendas típicas do RS apresentaram as menores margens de lucro, devido ao maior desembolso com fertilizantes.

    O diretor-geral da AgResource Brasil, Rafael Mandarino, também participou da live e falou sobre situações desconhecidas para os mercados agrícolas mundiais, como a grande reinicialização econômica que está em andamento à medida que as pressões inflacionárias europeias/americanas/globais aumentam, além da guerra entre Rússia e Ucrânia e a seca sul-americana, que produzem o maior choque global de fornecimento de grãos desde 1914.

    Para Rafael, a China e os EUA estão numa encruzilhada política e a recessão mundial e dos EUA vem como mais um fator de atenção em meio à luta dos bancos para controlar a inflação.

    Mandarino apresentou ainda um panorama da inflação dos alimentos nos Estados Unidos; consumo global de milho, trigo e soja; exportações de milho da Ucrânia; exportações russas e comercialização global mensal de trigo; vendas externas brasileiras de milho e variação anual da demanda mundial de milho.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Isopor para liberação controlada de fertilizantes

    Um dos benefícios da tecnologia é o baixo custo
    Já pensou em reduzir os impactos ambientais e dar um destino nobre ao isopor, material que leva anos para se degradar na natureza? É o que pretende a pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Instrumentação.

    Os ingredientes para criar um novo revestimento nanométrico, que consiste na formação de uma camada de proteção, utilizando óxido de zircônio, também tem em sua “receita” isopor, amido, óleo de casca de laranja, enxofre e colágeno. Esse revestimento poderá promover a liberação controlada de fertilizantes na agricultura.

    Os fertilizantes de liberação controlada podem ser entendidos como fertilizantes que liberam os nutrientes em sincronia com a necessidade nutricional da planta. Wagner Luiz Polito é o professor orientador da pesquisa. Sobre o novo material ele diz: “a principal vantagem da proposta é aproveitar uma matéria-prima que gera impacto ambiental e que iria para o lixo.  Na nossa pesquisa, usamos um solvente verde (óleo da casca da laranja) para diluí-lo, permitindo que ele seja aproveitado em um revestimento para nutrientes, como se fosse uma capa muito fina que envolve o fertilizante e não prejudica a natureza”.

    Outro benefício da tecnologia, segundo o docente, é o baixo custo em comparação aos revestimentos comerciais disponíveis atualmente.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Mais de 90% da soja dos EUA é geneticamente modificada

    E não é só a soja

    Sementes geneticamente modificadas (GE) foram introduzidas comercialmente nos Estados Unidos para as principais culturas agrícolas em 1996, com taxas de adoção aumentando rapidamente nos anos que se seguiram. Atualmente, mais de 90% do milho, algodão de terras altas e soja dos EUA são produzidos com variedades transgênicas.

     As culturas GM são amplamente classificadas neste produto de dados como tolerantes a herbicidas (HT), resistentes a insetos (Bt) ou variedades empilhadas que são uma combinação de características HT e Bt. Embora outras características GM tenham sido desenvolvidas (como resistência a vírus e fungos, resistência à seca e conteúdo aprimorado de proteína, óleo ou vitamina), as características HT e Bt são as mais comumente usadas na produção agrícola dos EUA. Ainda que as sementes HT também sejam amplamente utilizadas na produção de alfafa, canola e beterraba sacarina, a maioria dos hectares transgênicos são plantados em três grandes culturas: milho, algodão e soja.As culturas tolerantes a herbicidas (HT), que toleram herbicidas potentes (como glifosato, glufosinato e dicamba), oferecem aos agricultores uma ampla variedade de opções para o controle eficaz de ervas daninhas. Com base nos dados da pesquisa do USDA, a porcentagem de hectares de soja domésticos plantados com sementes HT aumentou de 17% em 1997 para 68% em 2001, antes de atingir 94% em 2014.

    Culturas resistentes a insetos , que contêm genes da bactéria do solo Bt (Bacillus thuringiensis) e produzem proteínas inseticidas, estão disponíveis para milho e algodão desde 1996. A área plantada de milho Bt doméstico cresceu de aproximadamente 8% em 1997 para 19% em 2000, antes subindo para 84% em 2022.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/