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abril 2023

  • Produção de arroz do RS será de 7,1 milhões de toneladas

    A safra atual de arroz foi impactada pela diminuição da área semeada em 12% e pela estiagem, que causou a perda de 15.120 hectares

    Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do Brasil, projeta uma redução de 7,8% na produção do cereal na safra 2022/2023 em comparação com a safra passada, segundo a estimativa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

    A estimativa do Irga para a safra 2022/2023 é que a produção gaúcha será de 7,1 milhões de toneladas de arroz.

    A safra atual foi impactada pela diminuição da área semeada em 12% e pela estiagem, que causou a perda de 15.120 hectares, concentrando mais de 85% das perdas na Fronteira Oeste.

    Pela terceira vez consecutiva, o fenômeno climático La Niña também influenciou a safra, reduzindo a frequência e o volume das precipitações no Rio Grande do Sul.

    As regiões orizícolas Central, Campanha e Fronteira Oeste foram as mais atingidas, sendo a Fronteira Oeste a mais castigada.

    De setembro a março, as precipitações e a umidade relativa do ar foram abaixo da média, e a radiação solar e a temperatura ficaram acima da média no Estado. Esses fatores resultaram em evaporação bem acima da média nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, principalmente.

    Apesar dos desafios enfrentados pela safra atual, há regiões com altas produtividades, minimizando os problemas climáticos.

    A semeadura na época recomendada, o aumento de área em rotação/sucessão de culturas e o uso de cultivares de alto potencial produtivo, com destaque para IRGA 424 RI semeada em 54% da área orizícola do Estado, estão garantindo uma produção suficiente para abastecer o mercado interno.

    presidente do Irga, Rodrigo Machado, destaca que os elevados índices alcançados de produtividade estão mantendo abastecido o mercado consumidor, apesar da redução de área plantada e dos efeitos da estiagem. Ele afirma que esses índices refletem a qualificação e evolução da lavoura gaúcha, fruto do trabalho dos produtores e da pesquisa e extensão desenvolvida pelo Irga que ano após ano garantem arroz no prato do brasileiro.

    conselheiro Fernando Osório, integrante da Comissão de Mercado do Irga, afasta a possibilidade de ocorrer desabastecimento, mesmo com a redução de produção estimada pelo instituto. Ele comenta que a produção está próxima ao consumo, e a projeção de exportação e importação é equivalente, logo o estoque de passagem está normal, semelhante ao da safra anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de soja no RS atinge 70% da área. Emater estima produtividade

    Trabalhos de retirada do grão do solo seguem mais adiantados no noroeste do estado e mais atrasados no sudeste gaúcho

    A colheita da soja atinge 70% da área no Rio Grande do Sul, de acordo com o boletim semanal da Emater-RS. Na semana passada, eram 54%. Em igual período do ano passado, 67%. A média para os últimos cinco anos é de 84%.

    O tempo seco e frio, predominante no período, contribuiu para a finalização do ciclo e propiciou condições ambientais favoráveis para a aceleração dos trabalhos.

    Em termos regionais, a operação está mais adiantada a noroeste do estado, onde já ultrapassa 85% da área e menos a sudeste, onde não alcança 50% das lavouras.

    Produtividade, área e produção de soja

    A produtividade permanece variável, em médias regionais, é pouco superior a 1.000 kg/ha na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa e aproximadamente 3.400 kg/ha na de Caxias do Sul.

    A projeção estadual de produtividade permanece em 2.175 kg/ha (36,2 sacas), mas uma nova projeção será finalizada na próximo sábado (29), devendo apontar ainda pequena redução. A área cultivada de soja no estado é de 6.513.891 hectares.

    Quanto à produção gaúcha, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima em 14,5 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Cargill tem crescimento de 22% na receita no Brasil em 2022

    Resultado foi puxado por aumento de volume, principalmente na exportação de milho e no esmagamento de soja, em um cenário de preços internacionais altos e real “competitivo”

    A Cargill no Brasil encerrou 2022 com receita operacional líquida de R$ 125,8 bilhões, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Em entrevista, o presidente da empresa no país, Paulo Sousa, disse que a receita foi puxada por crescimento de volume, principalmente na exportação de milho e no esmagamento de soja, em um cenário de preços internacionais altos de soja, farelo, óleo e milho e real “bem competitivo”, ajudando o país a colocar seus produtos no mercado internacional.

    “Alinhando esse volume alto com valores altos gerou-se um crescimento considerável do faturamento líquido no ano que passou”, disse o executivo. O lucro líquido no ano passado, no entanto, registrou queda de cerca de 33%, atingindo R$ 1,2 bilhão, ante R$ 1,8 bilhão em 2021.

    Conforme Sousa, apesar do aumento da receita, o lucro no período foi afetado pelo incremento de custos de produção e de logística, com as maiores pressões vindo de energia e fretes.

    “Os fretes no ano passado, principalmente no primeiro semestre, estiveram muito altos, durante a safra de soja. Isso acabou trazendo custos de execução bem acima do esperado.” Para 2023, a expectativa é positiva para a empresa no país, segundo Sousa. “Nós viemos de uma safra de soja recorde. Em termos de volume é muito promissora, e em um cenário de preço ainda bom”, afirmou o executivo.

    Segunda safra de milho

    Para a segunda safra de milho, ainda em desenvolvimento, a perspectiva também é de colheita recorde neste ano. “Na parte de produção, é tudo muito positivo e deve levar a um cenário de abastecimento doméstico tranquilo e estoques de passagem no fim deste ano confortáveis, e isso vai ajudar a combater a inflação. E, como produtor teve um rendimento muito bom, a lucratividade ainda está em níveis confortáveis.”

    Segundo Sousa, a empresa espera operação logística “dentro de uma previsibilidade maior” em 2023. “Até mesmo porque a demanda está mais tranquila do que no ano passado. Os mercados perceberam que o Brasil tem esse volume disponível. Então não está tendo, como foi no ano passado, aquela correria para comprar rápido, colocar navio na fila, o que acaba aumentando os custos do sistema”, disse. “Este ano, para o Brasil, tem de ser uma safra de eficiência.”

    Questionado se a Cargill prevê exportar mais soja e milho a partir do Brasil neste ano, Sousa disse que isso dependerá muito do ritmo da procura. “O principal ponto de interrogação é a demanda chinesa, que está um pouco abaixo da expectativa”, disse.

    “O Brasil vai ter volume tanto de soja quanto de milho para oferecer. Agora vamos ver qual o tamanho do apetite da demanda chinesa para saber se pode vir a ser um volume recorde.”

    Milho para a China

    Segundo Sousa, a China já se tornou um comprador relevante do milho brasileiro após a aprovação do novo protocolo de exportação em 2022. “O primeiro ano foi ano passado, mas na China não tem pequena escala. Ela chega e já é relevante, e é ótimo para o agronegócio brasileiro ter uma demanda como a China no nosso portfólio. Começou bem”, disse.

    Para este ano, o país asiático já tem compras feitas no Brasil, segundo o executivo. Sousa reforça a expectativa de que o Brasil seja pela primeira vez o maior exportador de milho do mundo, assumindo, ainda que temporariamente, o lugar dos Estados Unidos.

    “Pode ser que no ano que vem os EUA retomem (o posto de maior exportador), mas acreditamos que no médio e longo prazo o Brasil venha a assumir essa posição com a mesma clareza que nós temos com soja, açúcar, café e outros produtos.”

    Exportações da Cargill

    A empresa superou a marca dos 41 milhões de toneladas movimentadas em 2022 no Brasil, aumento de 15% em relação ao ano anterior. “O processamento doméstico (de soja) veio bem aquecido, então priorizamos também o esmagamento local. Houve a redução da exportação de soja em algumas regiões específicas que sofreram mais com a seca no ano passado. Não foi algo que nos atrapalhasse sobremaneira”, disse Sousa, ressaltando que o programa de exportação de milho foi positivo em 2022, conforme o esperado em virtude do tamanho da safra.

    Para este ano, por causa da melhora na oferta esperada de soja e milho, a perspectiva é superar a movimentação do ano passado. “Trabalhamos com a expectativa de bater esse número de volume”, concluiu.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estimativa de exportação de soja é reduzida pela Anec em abril

    Associação também fez projeções para os embarques dos subprodutos da oleaginosa, bem como para os envios de trigo e milho

    A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu sua projeção de embarques de soja em abril em 9,3%. Assim, são apontadas 13,736 milhões de toneladas, ante 15,152 milhões de toneladas estimadas na semana passada.

    Em março, o país enviou ao exterior 14,421 milhões de toneladas de soja, segundo a entidade. A Anec também cortou previsões de exportações de farelo de soja e de trigo e elevou a de milho.

    No caso do farelo, a expectativa agora é de que seja enviado ao mercado externo em abril 1,856 milhão de toneladas, abaixo dos 2,043 milhões de toneladas projetados há uma semana. No mês passado, o volume do derivado exportado foi de 1,795 milhão de toneladas.

    Exportação de milho e trigo

    Quanto ao milho, a associação voltou a projetar embarques de 207,1 mil toneladas neste mês, mesmo volume esperado há 14 dias. Na semana passada, a entidade havia cortado sua projeção para 186,6 mil toneladas. Em março, o Brasil exportou 780,9 mil toneladas de milho.

    Em relação ao trigo, a estimativa atualizada para abril é de 207,6 mil toneladas exportadas, contra 237,6 mil toneladas previstas na última passada. No mês passado, o País embarcou para o exterior 603,1 mil toneladas de trigo.

    Na semana de 16 a 22 de abril, o Brasil exportou 3,251 milhões de toneladas de soja, 388,8 mil toneladas de farelo de soja, 46,2 mil toneladas de milho e 6,4 mil toneladas de trigo.

    Para a semana de 23 a 29 de abril, a Anec prevê embarques de 3,911 milhões de toneladas de soja e 685,3 mil toneladas de farelo. Não são esperados embarques de milho nem de trigo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Excesso de chuva em regiões produtoras deve afetar qualidade dos grãos

    Preparos para a semeadura da segunda safra também podem ser prejudicados, principalmente no Norte e Nordeste, alerta meteorologista

    Em Mato Grosso, São Paulo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Goiás a colheita da soja já foi finalizada com boa produtividade. Contudo, no Rio Grande do Sul, as máquinas retiraram, por enquanto, 54% da área plantada com a oleaginosa, conforme a Safras & Mercado.

    Em solo gaúcho, observa-se grande desuniformidade entre as lavouras em relação ao rendimento de sacas devido à má distribuição das chuvas, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.

    O estado deve produzir cerca de 14,5 milhões de toneladas de soja em 2022/23, segundo o 7º Levantamento de Safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número é significativamente menor do que o potencial produtivo do estado, que gira entre 20 e 22 milhões de toneladas.

    Região mais prejudicada

    A região oeste do Rio Grande do Sul foi a mais prejudicada ao longo da safra de soja. “As chuvas com acumulados de 50 mm nos próximos dias devem se concentrar na porção nordeste do estado gaúcho. No restante, tempo mais estável. Com isso os trabalhos em campo não devem sofrer transtornos, acelerando a colheita na região”, destaca Müller.

    Já no Paraná, o clima mais seco permitiu um bom avanço da colheita nos últimos dias, deixando os trabalhos virtualmente finalizados. Os resultados obtidos estão superiores às estimativas iniciais. Agora, a produção no estado deve girar em torno de 22,3 milhões de toneladas.

    “Porém, volta a chover no estado paranaense, principalmente na região oeste. Por lá, os volumes podem chegar a 100 mm, gerando transtornos nas operações em campo nesta reta final de colheita ou nos preparos para uma segunda safra”, salienta o meteorologista.

    Chuva no Matopiba e outras regiões

    Na Bahia, a colheita está quase finalizada e as produtividades se mostram acima do esperado. “O tempo firme dos próximos dias deve contribuir para finalização dos trabalhos”, aponta Müller.

    Já em Minas Gerais, 99% da área de soja foi colhida. “O maior volume de chuva (60 mm) nos próximos dias fica concentrado na região nordeste do estado mineiro. Na porção oeste, acumulados de até 25 mm são esperados, o que não deve atrapalhar a
    finalização da colheita na região ou os preparos para o plantio de segunda safra”.

    No Maranhão, por sua vez, a evolução da colheita está apontada em 98% da área. O estado também conta com índices de rendimento médio de sacas acima do inicialmente estimado.

    “Na porção Centro-Sul, o acumulado de chuva esperado fica na casa dos 30 mm, o que não deve prejudicar as operações em campo. Porém, na faixa norte, os volumes podem chegar a 110 mm. Assim, transtornos no campo e impacto na qualidade do grão podem ser sentidos”, avalia Müller.

    Região Norte e Nordeste

    As lavouras de soja se desenvolveram em boas condições em quase todas as regiões produtoras do Piauí. A área colhida está em 97%, confirmando boas produtividades. “Na porção Centro-Sul do estado, acumulado de chuva esperado fica na casa dos 35 mm. Porém, na faixa norte, os volumes podem chegar a 90 mm, que podem gerar transtornos nas operações em campo”.

    Já no Pará, restam algumas áreas a serem colhidas no oeste e sudoeste do estado. “As chuvas constantes no Polo de Paragominas afetam um pouco a qualidade dos grãos”, alerta.

    De acordo com o meteorologista, deve continuar chovendo na faixa centro-norte paraense, com volumes que podem chegar a 170 mm no decorrer dos próximos dias. “Esse excesso vai gerar transtornos no campo nessa reta final de colheita”, conclui o meteorologista.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: biológicos no manejo de pragas traz incremento de até 8 sacas

    Especialistas detalham manejo integrado que trouxe controle de até 50% nos ataques de mancha alvo e cercosporiose

    Aumento de produtividade de soja, redução de pragas e nematoides e maior controle de doenças na cultura. Esse é o diagnóstico de pesquisas feitas pela Fundação MT com o uso de produtos biológicos durante a safra 2022/23.

    O trabalho foi conduzido no Centro de Aprendizagem e Difusão, em Sapezal-MT (CAD Oeste), com a semeadura da soja em 19 de outubro do ano passado.

    De acordo com o fitopatologista e pesquisador da entidade, João Paulo Ascari, mancha alvo e cercospora foram as doenças mais presentes, além de baixa pressão de lagartas e percevejos, e média a alta pressão de mosca-branca.

    Entre os nematoides, houve presença de nematoide de cisto (Heterodera glycines), das galhas (Meloidogyne spp.), das lesões radiculares (Pratylechus spp.) e o espiralado (Helicotylenchus spp.).

    Tratamento de sementes e de folhas

    No padrão de manejo integrado, onde foi realizado o tratamento de sementes e aplicações foliares com produtos químicos, além do uso de biocontroladores, o pesquisador detalha os resultados:

    • Redução de até 40% na população de nematoides e de 30% na população de pragas com relação ao tratamento testemunha (apenas com inoculante biológico e sem manejo desses problemas)
    • Em relação às doenças, o controle foi de até 50%, considerando a mancha alvo e cercosporiose como as principais

    “No caso dos nematoides, mesmo utilizando cultivar sensível, houve redução da população e nos tratamentos sem bioinsumos houve multiplicação dos parasitas”, completa o especialista.

    Aumento de produtividade de soja

    Consequentemente, a resposta em produtividade também foi satisfatória com a adoção dos produtos sustentáveis e, de modo geral, o incremento chegou a até 8 sacas de soja por hectare.

    “Esse era o nosso objetivo, mostrar que o uso de biocontroladores é uma forma de alcançar mais sustentabilidade, incrementando o manejo já praticado e obtendo resultados em produtividade satisfatórios ao produtor e com menor impacto ao meio ambiente”, pontua João Ascari.

    O Projeto Biológicos segue acontecendo na safra de algodão, e a proposta é que os tratamentos sejam repetidos por mais três safras (soja e algodão) para verificar a consistência dos dados, e com espaço para novas empresas parceiras.

    Nesta edição, participaram a Biocontrol e a Lallemand com o posicionamento de seus produtos bionematicidas, bioinseticidas e biofungicidas em dois tratamentos, o biológico e o integrado.

    Ensaio protetores

    Também conduzido em Sapezal na cultura da soja, este ensaio utiliza indutores de resistência, além de três diferentes biofungicidas e ainda fungicidas sítio-específicos.

    O papel dos indutores é auxiliar a planta a ter um sistema de defesa mais ativo e capaz de se defender dos patógenos mais rapidamente. Já os biofungicidas têm a responsabilidade de reduzirem e até impedirem o desenvolvimento das ameaças, e ainda podem atuar na indução de resistência das plantas.

    Doença presente na soja o ano inteiro

    A pressão de mancha alvo é considerada alta na região, além disso, o inóculo da doença está presente o ano inteiro devido as culturas de soja e algodão multiplicarem o patógeno.

    João Ascari explica que o ensaio é um pontapé para essa complexidade que vem surgindo no controle não só de mancha alvo, mas de cercospora também, e procura entender que outras alternativas são viáveis além dos multissítios, que ainda são fundamentais no controle, como alcançar mais produtividade e manejo anti-resistência a fungicidas.

    A cultivar utilizada é representativa na região do estudo e sensível às principais manchas foliares. Com o uso das ferramentas biológicas, o controle das doenças chegou a cerca de 30% em relação à testemunha sem fungicidas.

    Já o incremento em produtividade foi de até cinco sacas por hectare. “Os resultados para soja foram muito bons, chamou a atenção a forma como os biológicos e indutores têm contribuído no controle de doenças. Vamos investir mais energia nesse ensaio, replicando em outros CAD’s para comprovar o efeito também regional”, detalha o profissional.

    Uso racional de químicos

    A entomologista e pesquisadora da Fundação MT, Lucia Vivan, ressalta que para o controle de pragas nem sempre há aumento de produtividade, mas que é possível observar o uso mais racional de produtos químicos, redução de surtos de população e controle por períodos maiores se comparado ao controle químico.

    “Para o uso de produtos biológicos é importante que o produtor faça o monitoramento constante da sua área, identifique as primeiras infestações e acompanhe a flutuação populacional da praga. O manejo integrado com químico e biológico tem mostrado bons resultados em diferentes culturas”, completa.

    De 25 a 28 de abril este tema estará em evidência no XXIII Encontro Técnico Soja, evento tradicional da Fundação MT que acontece em Cuiabá, mas também com transmissão online.

    No dia 27, pesquisadores estarão reunidos no talk show “Aplicabilidade do uso de biológicos no sistema de produção”, onde vão trazer discussões sobre controle biológico e sustentabilidade e mostrar resultados de pesquisas em entomologia, fitopatologia e nematologia.

    Um dos estudos se refere ao Projeto Biológicos, que há quatro anos é realizado nas culturas de soja e algodão, e o Ensaio Protetores, iniciado mais recentemente nas mesmas culturas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Novo Zarc Soja será mais abrangente. Saiba o que muda

    Detalhes do Zoneamento Agrícola de Risco Climático serão apresentados nesta quarta-feira (26), no aniversário de 50 anos da Embrapa

    O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja, em 2023, estará pautado em uma metodologia baseada em parâmetros mais abrangentes quanto à caracterização de classes de água disponível no solo.

    A novidade será apresentada na comemoração de aniversário dos 50 anos da Embrapa, na próxima quarta-feira (26). “Esperamos que essa atualização na metodologia do Zarc aumente a qualidade das informações disponíveis para subsidiar a gestão de riscos e o planejamento da produção de soja”, destaca pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja.

    Os novos parâmetros e fatores de risco foram ajustados e considerados, associando questões hídricas e térmicas. A publicação das portarias que atualizam o zoneamento para a cultura da soja no Brasil será feita, em breve, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Zarc com mais classes de água

    Desde 1996, o Zarc Soja vem utilizando uma classificação com três tipos de solo, estabelecidos basicamente pelo teor de argila, para estimar a água disponível. A partir de 2023, a nova metodologia passará a adotar seis classes de água disponível (AD), definidas com base na composição textural dos solos.

    Portanto, a estimativa será customizada para o solo de cada área de produção a partir dos teores de silte, areia e argila, através do uso de uma equação, definida pela Embrapa Solo (função de pedotransferência), e ajustada para os distintos solos brasileiros.

    “Essas mudanças no Zarc ampliarão o escopo de avaliação da realidade dos sistemas produtivos brasileiros, melhor expressando os riscos associados à produção de soja”, explica Farias.

    “Nosso objetivo é minimizar os riscos e possibilitar maior estabilidade da produção e de renda para o sojicultor, o que é estratégico para a manutenção da capacidade produtiva brasileira”, explica o pesquisador.

    Diferença no manejo do solo

    O pesquisador afirma que o Zarc Soja – 06 ADs, que contempla seis classes de água disponível no solo, foi estruturado também para incorporar – nas próximas atualizações – o efeito de diferentes níveis de manejo do solo.

    Essa estratégia vem sendo mensurada pela Rede Zarc de Pesquisa da Embrapa. A nova metodologia já atende as Portarias que definem os períodos de vazio sanitário e de calendarização da soja, estabelecidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária/ Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA/Mapa), bem como baseia-se na Instrução Normativa da SPA/Mapa nº1, de 21 de junho de 2022.

    Atualizações ao longo dos anos

    O Zarc Soja teve, ao longo dos anos, ajustes pontuais para atender às necessidades de informação e de conhecimento para a gestão de riscos e possibilitar a redução das perdas pelo clima.

    No entanto, Farias explica que, mais recentemente fez-se necessário aperfeiçoar o atual sistema de quantificação dos riscos. “Precisamos acompanhar as inovações tecnológicas, o novo arcabouço técnico-científico disponível e as recentes mudanças nos cenários agrícolas e socioeconômico do Brasil e do mundo”.

    Desta forma, o zoneamento agrícola busca reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permitir ao produtor identificar a melhor época para semear, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

    O Zarc Soja define as áreas com maior ou menor frequência de ocorrência de déficit hídrico durante a fase mais crítica da cultura da soja (floração e enchimento de grãos), em função das diferentes épocas de semeadura, da disponibilidade hídrica de cada região, do consumo de água nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, da capacidade de água disponível no solo e do ciclo da cultivar utilizada.

    Além disso, o pesquisador da Embrapa Soja afirma que o zoneamento agrícola auxilia em outros pontos:

    • Avaliação de espécies de cultivo e os ciclos mais viáveis para cada município e sistema de produção;
    • Adequação das cultivares de alto potencial produtivo ou mais rústicas e resilientes;
    • Adoção de práticas de manejo adequadas;
    • Viabilidade da segunda safra
    • Época de menor risco para a semeadura e produção

    Zarc e mudanças climáticas

    As perdas ocasionadas pelas ocorrências de estiagens são um dos principais desafios para a produção de grãos, a exemplo das perdas de soja por seca, principalmente no Sul do país.

    Somada a isso, há evidências científicas sobre anomalias na temperatura e nos padrões de precipitação, com consequências diretas sobre a produção de grãos.

    “Face a isso, o Zarc se apresenta como ferramenta imprescindível para melhor subsidiar o processo decisório no campo, orientar as ações de planejamento do uso da terra e buscar maior eficiência das políticas e dos programas públicos de auxílio e fomento ao setor agrícola”, conclui Farias.

    Atualmente, o zoneamento é utilizado pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Seguro Rural (PSR) em mais de 40 culturas. O acesso à ferramenta pode ser feito no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital, que está disponível nas lojas de aplicativos iOS e Android.

    Os resultados do Zarc também poderão ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos” e nas portarias de zoneamento agrícola por estado.

    Lançamentos da Embrapa Soja

    Além da apresentação do Zarc Soja – 06ADs, a Embrapa Soja participa da comemoração de aniversário de 50 anos da Embrapa com três destaque na safra de soja 2022/23.

    Estão sendo apresentadas uma soja convencional (BRSMG 534) e duas com a tecnologia Xtend® (BRS 2560XTD e BRS 2562XTD), que combinam a alta produtividade com tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba.

    As novas cultivares são indicadas para várias regiões brasileiras e apresentam caraterísticas para adoção em diferentes sistemas de produção.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja e arroz entram no Sistema de Classificação de Terras para Irrigação

    Sistema é capaz de avaliar a aptidão e o potencial das terras para o desenvolvimento de culturas sob diferentes tecnologias de irrigação

    A Embrapa lançou recentemente a terceira versão do Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI), agora disponível em todas as regiões do Brasil e capaz de fornecer informações sobre 16 culturas agrícolas, incluindo a soja e o arroz.

    Além disso, o SiBCTI é capaz de avaliar a aptidão e o potencial das terras para o desenvolvimento de culturas sob diferentes tecnologias de irrigação.

    pesquisador da Embrapa, Fernando Cezar do Amaral, explica que o SiBCTI pode indicar a viabilidade técnica e econômica de diferentes sistemas de irrigação em determinadas regiões, com base nas características do solo e do sistema de irrigação.

    Por exemplo, para a cultura do arroz, Amaral aponta a inviabilidade econômica da irrigação localizada em solos com baixa condutividade hidráulica no horizonte superficial, devido à grande quantidade de tubos gotejadores necessários. Em contraste, a irrigação por aspersão utilizando pivôs de irrigação pode ser mais lucrativa em certas regiões.

    Para a cultura da soja, a irrigação pode trazer maior segurança de retorno econômico, ao mesmo tempo em que facilita os tratos culturais e permite o uso de variedades precoces para antecipar os plantios de milho e soja, abrindo a possibilidade de um terceiro cultivo.

    Os pesquisadores que desenvolveram o SiBCTI afirmam que seu uso adequado pode evitar que terras inadequadas para irrigação sejam incluídas no processo produtivo, minimizando o impacto ambiental e a perda de recursos financeiros.

    Além disso, a ferramenta possibilita o uso racional da água nos processos de irrigação e previne a salinização dos solos manejados.

    O SiBCTI pode servir como base para projetos de irrigação e colaborar com a execução de políticas públicas, em especial para a implementação da Política Nacional de Irrigação, conduzida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que tem como principal diretriz a indução à eficiência no uso de recursos hídricos para o setor agropecuário.

    O sistema está disponível à sociedade por meio de um software.

    Semiárido motivou a tecnologia

    A primeira versão do SiBCTI era específica para o Semiárido e foi lançada em 2005, fruto da cooperação entre Embrapa e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e com apoio de diversas instituições e profissionais das áreas de pedologia e irrigação.

    Entretanto, a segunda versão, entregue à sociedade em 2012 e ainda voltada apenas ao Semiárido, trazia atualizações e ampliações no banco de dados e novas funcionalidades relacionadas a potencial e limitações dos elementos solo, água e cultura vegetal, com avanços na estrutura de tecnologia da informação, o que permitiu o acesso às informações em ambiente web.

    A partir de 2016, contando com o apoio e financiamento do Ministério da Agricultura e Pecuária, um grupo de trabalho liderado pela Embrapa Solos (RJ) deu início à formulação da versão nacional do SiBCTI, para abarcar todas as regiões brasileiras e ampliar o número de culturas, inserindo café, arroz e soja no rol que já contava com acerola, banana, cana-de-açúcar, capim-elefante, cebola, coco, feijão, goiaba, manga, melancia, melão, milho e uva.

    A terceira versão completa foi disponibilizada em abril deste ano.

    Café, arroz e soja na versão nacional

    A validação para a introdução das culturas café, arroz e soja no SiBCTI foi realizada por meio de campanhas de campo lideradas por pesquisadores da Embrapa Solos (RJ). A observação e o estudo da realidade dos manejos permitiram o fino ajuste das diversas variáveis de solo, água, sistemas de irrigação e especificidades de cada cultura vegetal que compõem o banco de dados do sistema.

    “Quando fomos procurados por técnicos do Ministério da Agricultura para aprofundar e ampliar o sistema, nós sugerimos três culturas: café, soja e arroz, que estão entre as mais cultivadas fora do Semiárido. Somente no Rio Grande do Sul, o arroz tem mais de um milhão de hectares irrigados, e grande abrangência também em Santa Catarina. A soja, apesar de não ter uma área irrigada tão grande, é a principal cultura brasileira. E o café irrigado está crescendo muito no País. Durante nossa campanha pelo Cerrado Mineiro, observamos que as lavouras de café onde era utilizado o pacote tecnológico com irrigação e colheita mecanizada eram muito rentáveis, enquanto as tradicionais vinham registrando prejuízos”, explica Fernando Amaral.

    Utilização do sistema

    O SiBCTI é um sistema especialista de tomada de decisão cujo elemento principal é a informação. Seu objetivo é armazenar e tratar os dados fornecidos pelo próprio usuário do software do sistema para entregar a classificação automática da terra para fins de irrigação. Bastam alguns cliques de escolha de campos e a inserção de dados de entrada.

    Estando sem pendências e sem valores anormais, o programa cruza todos os dados relacionados aos diferentes planos de informação (solo x cultura vegetal x qualidade e custo da água x sistema de irrigação) e apresenta a classificação final indicada para aquela situação apresentada pelo usuário.

    As informações solicitadas são 18 parâmetros relacionados ao solo, como profundidade, quantidade de cálcio e magnésio, pH do solo medido em água, capacidade de água disponível, condutividade elétrica, mineralogia da argila, posição na paisagem, topografia, condutividade hidráulica, velocidade de infiltração básica, pedregosidade e rochosidade; além de parâmetros relativos à qualidade e ao custo de captação da água para irrigação, relação ou razão de adsorção de sódio, distância da captação d’água e presença de boro, ferro e cloreto.

    “Um dos planos de informação inclui ainda as variáveis relacionadas às características das plantas de cada uma das 16 variedades habilitadas no sistema. A classificação é feita analisando as limitações do ambiente, especificamente a cada cultura vegetal e a cada sistema de irrigação. A metodologia conta ainda com uma classificação generalizada, que se aplica bem aos estudos de pré-viabilidade e a levantamentos de solo, de menor escala ou mais generalizados”, acrescenta Amaral.

    Para facilitar a operação do sistema foram elaborados um manual de métodos dos parâmetros exigidos pelo sistema e um documento que detalha os valores e intervalos de todos os parâmetros solicitados pelo software por cultura agrícola e método de irrigação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo prorroga nota fiscal eletrônica para produtor rural

    O prazo anterior para que produtores com faturamento bruto anual inferior a R$ 200 mil adotassem a nota fiscal eletrônica era 1º de julho

    Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogou para o dia 1º de maio de 2024 a obrigatoriedade da emissão da nota fiscal eletrônica (NFP-e) por pequenos produtores rurais em todo o país. A medida foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (19).

    O Confaz atendeu um pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), das federações estaduais de agricultura e da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

    O prazo anterior para que produtores com faturamento bruto anual inferior a R$ 200 mil adotassem a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) para comercializar seus produtos era a partir do dia 1º de julho deste ano.

    Em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, afirmou que os pequenos produtores não estariam preparados para atender o prazo, mesmo diante do aumento do uso de ferramentas tecnológicas.

    De acordo com Conchon, apenas 28% dos estabelecimentos rurais no Brasil possuem acesso à internet e desses, 12,1% receberam assistência técnica ou informações online.

    “Ainda existe uma falha de conectividade, principalmente nas regiões Norte e Nordeste”, informou.

    Ele explicou ainda que, mesmo com a possibilidade de emissão da nota em modo offline, muitos produtores se deparam com dificuldades operacionais no aplicativo.

    Durante a audiência, representantes da Receita Federal, do Confaz, da OCB, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Secretaria da Fazenda de Santa Catarina estiveram presentes.

    A prorrogação da obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica trará mais tempo para que os pequenos produtores rurais possam se adaptar à nova medida tecnológica.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita da soja atinge 91,1%. Confira desempenho de cada estado

    Após atrasos no decorrer de todo o ciclo, os produtores finalmente conseguiram acelerar os trabalhos de retirada da oleaginosa do solo

    A colheita da safra de soja 2022/23 do Brasil está em 91,1% da área total esperada. A estimativa parte de levantamento da última quinta-feira (20) da consultoria Safras & Mercado.

    Na semana anterior o índice era apontado em 86%. Em igual período do ano passado, os trabalhos atingiam 91,4%. A média dos últimos cinco anos é de 91,7%.

    Assim, após atrasos no decorrer de todo o ciclo, os produtores finalmente conseguiram acelerar os trabalhos de retirada da oleaginosa do solo, contando com a ajuda de tempo mais firme em grande parte do país.

    Veja a evolução atual dos principais estados produtores na colheita da soja:

    • Rio Grande do Sul – 54%
    • Paraná – 99%
    • Santa Catarina – 70%
    • Mato Grosso – 100%
    • Mato Grosso do Sul – 100%
    • Goiás – 100%
    • São Paulo – 99%
    • Minas Gerais – 99%
    • Bahia – 95%
    • Maranhão – 98%
    • Piauí – 97%
    • Tocantins – 100%
    • Outros – 73%

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/