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setembro 2023

  • Exportação de soja não deve chegar a 100 milhões de toneladas em 2024, prevê Safras

    Quadro de oferta e demanda da consultoria também faz projeções para as taxas de esmagamento e consumo interno de soja

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima dos 98 milhões indicados para 2023.

    A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado pela consultoria Safras & Mercado, mostrando estimativa de aumento de 1% entre uma temporada e outra.

    Para a empresa, a taxa de esmagamento do grão será 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53 milhões de toneladas em 2023, uma elevação de 4% entre uma temporada e outra.

    Já a importação do grão é indicada em 110 mil toneladas em 2024, contra 130 mil toneladas em 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 6%, passando para 168,871 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 157,7 milhões de toneladas, crescendo 2% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão subir 103%, passando de 5,507 milhões para 11,171 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    A produção de farelo de soja será de 42,3 milhões de toneladas em 2024, subindo 4% em relação a 2023, na projeção da consultoria.

    As exportações deverão cair 2% para 21,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 20 milhões, aumentando 8%. Os estoques deverão subir 36% para 3,03 milhões de toneladas.

    Já a produção de óleo de soja deverá aumentar 3% para 11,1 milhões de toneladas. O Brasil deve exportar 2,05 milhões de toneladas, queda de 9%.

    O consumo interno deve subir 5% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 13% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 13% para 615 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Conheça o segredo dos solos campeões em produtividade de soja no Brasil

    Estudo analisou as seis áreas campeãs do Desafio de Máxima Produtividade de Soja para mostrar o que os produtores fizeram de melhor

    A 15ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), realizada em 29 de junho deste ano, reconheceu seis campeãs. Ao todo, uma propriedade de cada região brasileira, além de uma em regime irrigado, foram consagradas.

    Para identificar os micro-organismos e indicadores microbiológicos que ajudam a explicar o desempenho das vencedoras, a startup Biome4all se uniu ao Cesb. Assim, analisou as áreas auditadas e, também, as com menor produção para comparar os contrastes de maior e menor rendimento.

    “Para chegar aos resultados, utilizamos avançadas tecnologias para fazer o sequenciamento genético das amostras de solo coletadas e, em seguida, processamos e calibramos os dados obtidos, comparando com as informações do nosso vasto banco de dados do sistema de soja no Brasil. Esse processo garante uma análise baseada em ciência e tecnologia, que contribui para a tomada de decisão dos produtores”, destaca a engenheira agrônoma e líder de produto da empresa, Camilla Castellar.

    A presença de cada um dos grupos de micro-organismos avaliados foi definida por meio de um índice criado pela Biome4all, que vai de 0 a 100, considerando o banco de referência. Para não haver distorções, o banco de referência usado é relativo a cada sistema de cultivo e região em que a amostra foi coletada.

    “No Cesb, nós sempre incentivamos e divulgamos a importância da qualidade física e química dos solos para que as áreas de cultivo entregassem a cada safra produtividades maiores. Nos últimos anos, temos visto um movimento tanto das empresas do setor, quanto dos próprios produtores, no sentido de dar mais atenção, também, ao incremento e manutenção da microbiologia do solo”, afirma a coordenadora técnica e de Pesquisa do Comitê, Lorena Moura.

    Segundo ela, quando as áreas campeãs de produtividade de soja são apresentadas, faltavam análises que comprovassem a qualidade biológica destes solos. “A parceria com a Biome4all nos auxiliou, neste último Desafio, a explicar as altas produtividades atingidas por estas áreas”, conclui.

    Confira abaixo o detalhamento dos resultados de cada uma das propriedades campeãs*.

    Região Sudeste

    A produção vencedora da região Sudeste, de Nepomuceno (MG), foi também campeã Nacional do Desafio Cesb e registrou a maior produtividade entre os competidores, com 134,46 sacas/ha. A área se destacou por apresentar maior frequência de três grupos de micro-organismos que podem executar funções que ajudam na produção de soja:

    • Produção de ACC-deaminase, que proporciona maior tolerância ao estresse;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, que contribuem com a fertilidade do solo

    A área de menor produtividade da propriedade apresentou 85,84 sacas/ha, uma diferença de 48,62 sacas/ha. A comparação entre as duas revelou que, na área com menor produção, a frequência de micro-organismos patogênicos foi muito maior, com destaque para o gênero Fusarium, cujas espécies, como o Fusarium solani, podem causar uma doença radicular que afeta bastante a soja.

    “Com essa informação, o produtor pode traçar estratégias de manejo que ajudem a reduzir as condições favoráveis para esses micro-organismos, além de investir em produtos biológicos que possam fortalecer seu controle”, destaca Camilla.

    Região Sul

    O campeão da região Sul, localizado em Clevelândia (PR), que apresentou uma produtividade de 132,83 sacas/ha, também revelou alta frequência de nove grupos que favorecem a produtividade de soja:

    • Produção de ACC-deaminase;
    • Produção de compostos voláteis;
    • Amenização de metais pesados e degradação de agroquímicos, que proporcionam tolerância ao estresse;
    • Controle de bactérias fitopatogênicas;
    • Controle de insetos-praga, o que representa alto controle biológico;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, contribuindo para a fertilidade do solo

    Na comparação com a área de menor produtividade, a diferença foi de 62,83 sacas/ha. Entre os principais contrastes observados na comparação entre as duas estão o controle de fungos e nematóides fitopatogênicos.

    A partir dessa informação, percebe-se que a área de menor produtividade pode ser tratada com foco na melhoria do controle biológico do solo.

    Centro-Oeste

    Na região Centro-Oeste, a maior produtividade foi encontrada em Itiquira (MT) e atingiu a marca de 106,01 sacas/ha. Nesta área, foram identificadas características importantes para a produtividade:

    • Produção de ACC-deaminase (maior tolerância ao estresse);
    • Disponibilidade de fósforo, enxofre e Zn, Mn, Mg, Cu e Ca (maior fertilidade do solo);
    • Controle de bactérias fitopatogênicas e de insetos-praga

    Quando comparada à área com menor produtividade, a diferença foi de 28,81 sacas/ha. Além dos diferenciais já mencionados, a análise ainda revelou alto índice de biodiversidade de fungos na área campeã, o que indica maior quantidade de espécies e equilíbrio.

    “Essas informações podem nortear decisões de manejo para melhorar a área de menor produtividade, como a escolha de produtos biológicos. Adotar práticas que visem o aumento de matéria orgânica no solo é uma estratégia que pode ser interessante para melhorar a biodiversidade de fungos do solo”, destaca Camilla.

    Região Nordeste

    A área campeã da região Nordeste, em Riachão das Neves (BA) registrou a produtividade de 119,71 sacas/ha e se destacou em três grupos de micro-organismos que podem executar funções que contribuem para a produtividade de soja:

    • Produção de ACC-deaminase, que proporciona maior tolerância ao estresse;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, que contribuem com a fertilidade do solo

    Já o talhão de menor produtividade demonstrou um rendimento de 95 sacas/ha de soja, ou seja, uma diferença de 24,71 sacas/ha em relação ao campeão.

    De acordo com a especialista da Biome4all, a propriedade apresentou um bom nível de produtividade, de modo geral, mas o trecho campeão também mostrou menores índices de grupos de micro-organismos que podem executar funções desfavoráveis quando em alta frequência, como produção de gás carbônico e oxidação do ferro.

    Região Norte

    A produção vencedora na região Norte é do município de Mateiro (TO) e apresentou produtividade de 108,6 sacas/ha. Na área auditada foi identificada uma alta frequência de três grupos que favorecem a produtividade:

    • Produção de ACC-deaminase, que proporciona maior tolerância ao estresse;
    • Disponibilidade de fósforo e enxofre, que contribuem com a fertilidade do solo

    A área da propriedade com menor produtividade apresentou 82 sacas/ha, o que significa uma diferença de 29,75 sacas/ha. Comparando a microbiologia das duas, as principais diferenças encontradas foram a produção de ácido abscísico e o controle de fungos fitopatogênicos.

    Além de maior atividade metabólica, a área campeã também demonstrou maior ocorrência de micro-organismos benéficos, em especial do gênero Trichoderma, o que ajuda a explicar um maior potencial de controle de fungos patogênicos.

    “Práticas de utilização de produtos biológicos específicos podem ajudar a resolver essas deficiências na área com menor produtividade. Na plataforma da Biome4All é possível conferir uma lista de produtos que podem auxiliar nesse processo”, destaca Camilla.

    Cultivo irrigado

    O campeão da categoria de cultivo irrigado, de Itapeva (SP), apresentou uma produtividade de 111,75 sacas/ha. A área auditada se destacou, em relação a outras da mesma região, em quatro aspectos:

    • Produção de ACC-deaminase (maior tolerância ao estresse);
    • Disponibilidade de fósforo, enxofre e Zn, Mn, Mg, Cu e Ca (maior fertilidade do solo).

    Quando comparada à área de menor produtividade da propriedade, a diferença identificada foi de 29,75 sacas/ha.

    O comparativo de contrastes produtivos indicou que a área campeã possui uma maior frequência de espécies de micro-organismos distribuídas de forma equilibrada e maior ocorrência daqueles que são benéficos, em especial, do gênero Trichoderma.

    A análise revela que a biodiversidade de fungos e a ocorrência de gêneros benéficos no solo pode ser melhorada.

    De acordo com a startup, algumas práticas de agricultura regenerativa que visam o acúmulo de matéria orgânica no solo e o uso de diferentes plantas durante os ciclos de cultivos são bons caminhos para isso, bem como o uso de produtos biológicos para acelerar o estabelecimento de micro-organismos benéficos.

    Conclusão da análise

    Essas informações reforçam que as características químicas e físicas do solo, cultivares utilizadas e práticas de manejo impactam em muitas diferenças na microbiologia, afirma a parceria entre Cesb e Biome4All.

    “Observar os micro-organismos que vivem no solo é mais um pilar a ser considerado na escolha de práticas de manejo, uma vez que a microbiologia tem um papel importante para um melhor aproveitamento do uso de insumos e na sustentabilidade dos cultivos”, observa Camilla Castellar.

    Segundo ela, os resultados mostraram que, de modo geral, as áreas que apresentaram maior produtividade lançam mão de práticas que contribuem para um solo com alto potencial de diferentes funções microbianas.

    Entre elas, por exemplo, estão:

    • Uso de plantas de cobertura;
    • Sistema de integração lavoura-pecuária ou rotação;
    • Utilização de produtos biológicos;
    • Nutrição equilibrada na primeira camada de solo (0-10 cm); e
    • Ausência de revolvimento do solo.

    Segundo Camila, a adoção de tais práticas têm impacto positivo na microbiologia do solo e, consequentemente, na produtividade. De acordo com um estudo da B4A, áreas que adotam práticas de agricultura regenerativa apresentam:

    • 19% de aumento no número de espécies;
    • 12% de redução de patógenos;
    • 28% de aumento de gêneros benéficos para as plantas;
    • 11% de aumento da resiliência do solo;
    • 18% de aumento da supressividade;
    • 35% de aumento na sustentabilidade.

    *É fundamental destacar que a combinação dos grupos microbianos do solo é muito variável e particular de cada área analisada. Desta forma, os resultados obtidos não significam que solos em outras áreas que apresentem as mesmas frequência de grupos obterão a mesma performance dos casos mencionados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de trigo da safra de 2022/23 atinge 29%

    O progresso com a colheita é maior frente ao mesmo período do ano passado, quando a ceifa estava em 18,7%

    A colheita de trigo na temporada 2022/23 avançou significativamente nos sete principais estados produtores do Brasil, atingindo 29% da área estimada.

    Esses estados incluem Goiás, Minas Gerais, BahiaRio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, representando 99,9% da produção total de trigo do país.

    Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento considerável na porcentagem colhida, já que, no ano anterior, estava em 18,7%. Isso sugere um progresso mais rápido na colheita em relação ao ano anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Integração lavoura e pecuária alia produtividade e sustentabilidade no Pampa

    O sistema ILP vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte

    Um modelo que integra lavoura e pecuária (ILP), mantido pela Embrapa Pecuária Sul (RS) no município de Lavras do Sul (RS), vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte.

    Os dados foram coletados na Unidade Demonstrativa instalada na Fazenda Espinilho, e os trabalhos têm como objetivo aprimorar os sistemas integrados com base na conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

    No caso da pecuária, o modelo busca ter forragens pastejadas durante todo o ano, ou o “pasto pastado 365 dias do ano”, como um dos pilares de melhoria do sistema, visando à redução e eliminação dos vazios forrageiros, especialmente nas transições entre as estações quente e fria do ano e durante o verão, quando a lavoura de grãos ocupa grande parte da área útil da propriedade.

    O trabalho é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (Nita), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, e a Fazenda Espinilho.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Danilo Sant’Anna, os experimentos realizados buscam desenvolver sistemas integrados mais diversos e sustentáveis. São desenhos que visam reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência, diminuir riscos, tanto produtivos como econômicos e ambientais, e que possam proporcionar maior renda e segurança aos produtores ao longo do tempo.

    “Os arranjos testados têm como base aumentar, ao mesmo tempo, a produtividade e a renda do produtor, tanto na parte agrícola como na pecuária, sob bases sustentáveis, conservando e melhorando os recursos naturais utilizados, como solos e água, entre outros”, ressalta o pesquisador.

    O solo é um dos recursos mais impactados por esse trabalho, com o aumento rápido e progressivo da fertilidade, a partir da aplicação dos processos e tecnologias do sistema integrado proposto, em que a fase pecuária cumpre um importante papel nesse sentido. O Sistema Plantio Direto e o Sistema Pasto sobre Pasto estão na base desses processos.

    Apesar do pouco tempo de início e das fortes estiagens que ocorreram nos últimos anos na região, os resultados que estão sendo obtidos na Fazenda Espinilho são promissores. De acordo com Sant’Anna, a produção pecuária obtida com o sistema proposto, principalmente durante o verão, tem sido muito importante para dar sustentação à propriedade.

    “O sistema Pasto sobre Pasto se mostrou muito robusto e produtivo, em especial durante o verão, com o uso do capim-sudão BRS Estribo, que nos últimos dois anos manteve a produção elevada mesmo com as estiagens ocorridas, o que se justifica pelo sistema radicular profundo dessas plantas, principalmente quando submetidas ao pastejo adequado.”

    Já nas culturas de grãos, que foram muito afetadas pelas estiagens, as lavouras implantadas após o sistema das pastagens, produziram mais que as áreas do sistema convencional da propriedade.

    No último verão (2022/2023), quando a estiagem foi a mais severa, a área de soja, implantada após o sistema de Pasto sobre Pasto com capim-sudão no verão anterior, produziu quatro sacas a mais por hectare em relação às áreas convencionais que não fizeram essa rotação.

    “Em anos normais, em outras áreas acompanhadas com esse sistema, as produtividades das lavouras subsequentes podem aumentar de 10% a 20%, ou até mais”, enfatiza o pesquisador.

    O trabalho pretende oferecer ao setor produtivo alternativas mais sustentáveis em relação aos modelos convencionais de produção de grãos, em especial da soja e do sorgo, e dos sistemas de produção pecuária, normalmente baseados somente em pastagens de inverno no Sul do país.

    Nesse sentido, um dos pressupostos dos sistemas avaliados é a presença do componente pecuário rodando no sistema com pastagens tanto de inverno como de verão, utilizando o Sistema Pasto sobre Pasto, visando não somente aumentar a estabilidade e a renda, mas também o impacto positivo na produção de grãos.

    Segundo Sant’Anna, isso se dá com a aceleração da melhoria da fertilidade dos solos, o aprofundamento de raízes e a maior retenção e infiltração de água nos solos, representando redução dos custos de produção das lavouras e incrementos na produtividade, entre outros benefícios.

    Ele pontua ainda que está sendo avaliado, em comparação com o modelo convencional de produção da região, um sistema biodiverso de produção no qual três componentes principais rotacionam entre si ao longo dos anos. São eles: lavoura de soja no verão e aveia e azevém no inverno; lavoura de sorgo grão no verão e aveia e azevém no inverno, e pecuária de corte com pastagens de verão (capim-sudão) e inverno (aveia e azevém) com uso do sistema Pasto sobre Pasto.

    “A maior diversidade de plantas e raízes vivas, convivendo na mesma área e ao mesmo tempo associadas ao uso adequado de diferentes práticas e processos agrícolas, como o plantio direto, não revolvimento do solo, e, principalmente, a presença do componente animal em pastagens adequadamente manejadas, não somente no inverno, mas também no verão, rotacionando também com áreas de lavoura, permitem melhor estruturação do solo, incremento da capacidade de captação de água e nutrientes, aumento da fixação de carbono, e potencialização dos organismos vivos que habitam no solo, entre outras melhorias”, aponta Sant’Anna.

    Para o pesquisador, o trabalho visa também simular e criar uma visão de futuro com o planejamento de todo o sistema de produção funcionando com os conceitos implementados e avaliados na área experimental.

    Além do sistema de soja, sorgo e pastagens de inverno e de verão, a fazenda conta com mais de 50% da área utilizada com campos nativos e campos nativos melhorados, nos quais um dos objetivos é intensificar o uso e manejo desse sistema pastoril natural, integrando-o como base forrageira perene no planejamento de todo o sistema de produção.

    “Com a diversificação e práticas conservacionistas é possível desenvolver sistemas altamente produtivos e rentáveis, mas que mantenham a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais”, finaliza.

  • Rússia e outros 4 países abrem mercado para gado vivo do Brasil

    A autorização para importação de gado vivo foi concedida durante missão de representantes do Mapa a Moscou

    Brasil pode exportar gado vivo para a Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão.

    Nos últimos cinco anos, esses países, membros da União Econômica Eurasiática (UEEA), importaram mais de US$ 200 milhões por ano em gado vivo de outros fornecedores.

    A autorização para importação foi concedida durante missão de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a Moscou, que contou com o apoio da Embaixada do Brasil.

    Na ocasião, os representantes do Mapa se reuniram com o chefe do Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Federação da Rússia, Sergey Dankvert, para a entrega do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI).

    Em 2022, o Brasil exportou pouco mais de US$ 1,8 bilhão em produtos do agronegócio para a UEEA, sendo os principais: soja em grãos (48%), açúcar bruto (16%), carne bovina (9%) e café verde (7%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Recursos são insuficientes para garantir volume desejado de trigo, diz analista

    O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou que a Conab está preparando editais para o apoio à comercialização de trigo

    ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou que a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) está preparando editais para o apoio à comercialização de trigo.

    O chefe da pasta sinalizou positivamente a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e do Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para garantir o preço mínimo do cereal.

    Fávaro disse que a Conab está preparando editais para apoiar a comercialização de trigo.

    Serão destinados R$ 400 milhões, o que possibilitaria o escoamento de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas do cereal no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Segundo o ministro, o edital está em processo de elaboração.

    De acordo com o analista da Safras & Mercado, Elcio Bento, os recursos anunciados não seriam suficientes para o volume pretendido.

    A cotação de venda do trigo no Paraná varia entre R$ 930 e R$ 950 por tonelada. No Rio Grande do Sul, o grão é vendido por R$ 1.050 a R$ 1.100 por tonelada.

    O preço mínimo, estabelecido pelo governo em julho, é de R$ 1.463 por tonelada.

    Desde então, o mercado brasileiro sempre esteve abaixo desse patamar. Bento observa que a última vez que o mínimo esteve acima do mercado foi na temporada 2016/17.

    “Com o mercado a R$ 950 por tonelada e o mínimo de R$ 1.463, o prêmio precisa superar R$ 500 por tonelada. Com R$ 400 milhões, no máximo, seriam escoadas 800 mil toneladas”, explicou o analista.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Portos RS: movimentação de cargas cresce 10% até agosto

    Maior resultado foi obtido pelo Porto de Rio Grande, que movimentou 27.108.695 toneladas

    A movimentação de cargas nos portos do Rio Grande do Sul no período de janeiro a agosto cresceu 10,12% ante igual período de 2022. Em nota, a Portos RS informou que o maior resultado foi obtido pelo Porto de Rio Grande, que movimentou 27.108.695 toneladas (+10,39%).

    O Porto de Pelotas movimentou 899.026 toneladas, ou 6,38% mais. Já no Porto de Porto Alegre, foram movimentadas 575.842 toneladas (+3,61%).

    “De um modo geral, os graneis sólidos são os mais movimentados nos portos gaúchos, com o total de 18.257.780 toneladas. Na sequência aparecem as cargas gerais, com 7.772.395 toneladas e na terceira posição os graneis líquidos, com 2.533.388 toneladas”, disse a empresa.

    “Ao longo desse período, a movimentação de contêineres apresentou um crescimento de 17,72%. As operações realizadas de janeiro a agosto somaram 402.505 unidades.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Arroz: chuvas limitam plantio e venda

    As chuvas intensas verificadas no estado do Rio Grande do Sul têm preocupado agentes do mercado de arroz, limitando consideravelmente o ritmo de negócios.

    Segundo colaboradores do Cepea, as adversidades climáticas dificultaram não apenas o transporte do grão como também a preparação do solo para as atividades pré-plantio, o que pode atrasar essa atividade.

    Quanto aos preços, o Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz em casca segue na casa dos R$ 100/saca de 50 kg. A alta na primeira quinzena de setembro (de 31 de agosto até 15 de setembro) foi de 2,3%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo lança boletim para monitoramento de impactos do El Niño

    Conteúdo será atualizado mensalmente, fornecendo informações sobre o fenômeno

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad), divulgou um boletim especial dedicado ao monitoramento, previsões e possíveis impactos do fenômeno El Niño no Brasil em 2023.

    O documento é resultado de uma colaboração entre órgãos nacionais oficiais, focada em monitoramento, regulação do uso das águas, gestão de riscos e previsão do clima e tempo. O conteúdo será atualizado mensalmente, fornecendo informações sobre o fenômeno. Além disso, servirá como apoio para órgãos federais e estaduais na tomada de decisões governamentais em relação ao país.

    Segundo o boletim, desde junho de 2023, as condições da temperatura da superfície do mar têm exibido um padrão típico do El Niño. Isso se manifesta como uma faixa de águas quentes no Oceano Pacífico Equatorial, que, próximo à costa da América do Sul, registra temperaturas superiores a 3 °C. Em agosto e setembro, observaram-se sinais de atividade convectiva anômala nesta região, associada ao desenvolvimento de nuvens profundas.

    Este ano, o El Niño já influenciou as chuvas no Rio Grande do Sul, onde foram registrados volumes de aproximadamente 450 mm de precipitação entre 1º e 19 de setembro. Por outro lado, a maioria dos estados do país enfrentou déficit de chuvas, com volumes abaixo da média histórica, especialmente na Região Norte.A previsão para o próximo trimestre (outubro, novembro e dezembro) indica uma maior probabilidade de chuvas abaixo da média nas regiões leste, centro e norte do Brasil. Entretanto, nas regiões Sul, parte de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, a previsão aponta uma maior chance de chuvas acima da média. Essas previsões refletem as características típicas do El Niño sobre o Brasil. Quanto à temperatura, há uma maior probabilidade de valores acima da média na maior parte do país.

    No que diz respeito ao armazenamento de água no solo, partes do sul de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, bem como a Região Sul, indicam a manutenção da umidade no solo, com valores superiores a 70%. Vale ressaltar que com a influência do El Niño, existe a possibilidade de ocorrência de grandes volumes de chuva, contribuindo para a elevação dos níveis de água no solo, com valores superiores a 90%, podendo levar a um excedente hídrico.

    Por fim, as vazões naturais nos rios Madeira e Xingu apresentam valores 35% abaixo da média e próximos à média para o mês, respectivamente. O armazenamento nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 75,7%, enquanto na Região Nordeste, está em 48,1%. Essa é uma realidade mais favorável do que a observada nos últimos quatro anos para o mesmo período, embora haja uma situação crítica em pelo menos 12 sistemas hídricos locais regulados pela ANA.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • IBGE: pecuária brasileira colecionou recordes em 2022

    Valor da produção cresceu 17,5% e alcançou R$ 116,3 bilhões

    Produtos de origem animal, como leite de vaca, ovos de galinha e mel de abelha ajudaram a pecuária brasileira a atingir recordes no ano passado. O valor total da produção, que inclui ainda itens como ovos de codorna, lã, casulos de bicho-da-seda, camarão e peixes, foi de R$ 116,3 bilhões, um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior. Os dados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Um dos recordes atingidos pelo Brasil foi o número de cabeças de gado. O país terminou 2022 com 234,4 milhões animais, um crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior. Mato Grosso é o maior estado produtor, com 34,2 milhões de cabeças – 14,6% do total nacional.

    Com 77,2 milhões de animais, o Centro-Oeste é a principal região produtora de gado. Mas o maior aumento de rebanho ficou com o Norte, impulsionado pelos pastos de Rondônia, do Pará, Tocantins e Acre.

    Apesar de Mato Grosso liderar o ranking nacional, o município com maior quantidade de cabeças é paraense: São Félix do Xingu, com rebanho de 2,5 milhões de animais. A cidade tem 65.418 habitantes, de acordo com o Censo 2022. Isso significa que o número de cabeças de gado é 38 vezes maior que a quantidade de moradores.

    Leite

    A produção de leite diminuiu 1,6% no ano passado, ficando em 34,6 bilhões de litros. De acordo com o IBGE, a redução ocorreu pelo fato de a criação de vacas ter ficado mais onerosa para pequenos produtores. “Foi observado um abandono da atividade por produtores menores, que têm visto os valores dos insumos aumentarem e concluído que o arrendamento da terra para a produção de grãos, atividade em expansão em partes do país, daria melhor retorno financeiro”, mostra a pesquisa.

    As regiões Sul e Sudeste são as maiores produtoras de leite. Cada uma responde por um terço da produção nacional. Minas Gerais tem a maior produção estadual. Foram 9,4 bilhões de litros, o equivalente a 27,1% do total do país. Castro, no Paraná, é o campeão municipal, com 426,6 milhões de litros.

    Apesar de a atividade leiteira ter decrescido, o valor total da produção aumentou 17,7%, alcançando R$ 80 bilhões. Isso mostra que o preço médio pago pelo leite ao produtor foi de R$ 2,31 – aumento de 19,7% em um ano. Esse, no entanto, não é o preço final para o consumidor, pois ainda são incluídos custos como frete, intermediários e margem de lucro dos estabelecimentos de venda.“O preço do leite continuou em ritmo de crescimento no ano de 2022, fruto da baixa oferta do produto, que levou a uma competição mais acirrada por parte dos laticínios, atingindo cotações recordes ao longo do terceiro trimestre, e aumento das importações ao longo do ano”, afirma a pesquisa do IBGE.

    Aves

    A produção de galináceos (grupo que inclui galinhas e aves para corte, como frango) obteve recorde e chegou a 1,6 bilhão de cabeças, representando aumento de 3,8%. Metade (49,3%) desse contingente fica em granjas da Região Sul. O Paraná é o destaque, com 29,7% do total nacional.

    Quando se leva em consideração apenas a quantidade de galinhas, a Região Sudeste lidera o ranking nacional, com 91,2 milhões dos 259,5 milhões de todo o país. O estado de São Paulo sozinho tem 21,2% de todas as galinhas que existiam no Brasil em 2022.

    A produção de ovos de galinha também foi recorde em 2022. O país produziu 4,9 bilhões de dúzias, 1,3% a mais que no ano anterior. O preço do ovo subiu 17,6%, fazendo crescer o valor total da produção brasileira, que apresentou alta de 19,1%, chegando a R$ 26,1 bilhões.

    Apesar de o ovo ter ficado mais caro, o IBGE explica que a concorrência com outros tipos de proteína manteve aquecida a demanda. “Em 2022, com a elevação generalizada dos preços no setor de proteína animal, o ovo ganhou ainda mais destaque, sendo uma opção mais acessível aos consumidores, uma fonte relativamente mais econômica em comparação às carnes”, explica o IBGE.

    Rebanhos de médio porte

    De acordo com a PPM, rebanhos de caprinos e ovinos cresceram no ano passado. O Brasil terminou 2022 com 12,4 milhões de caprinos (+3,9%) e 21,5 milhões de ovinos (+4,7%). O Nordeste é a região que lidera o ranking nacional de criação desses animais.

    Apesar de o Nordeste deter 69,9% dos ovinos do país, o Rio Grande do Sul se destaca com 15,6% do total nacional. Esse contingente faz com que o estado concentre quase toda a produção (95,4%) de lã do país.

    Suínos

    Mais um recorde da pecuária brasileira é representado pela quantidade de suínos, que atingiu 44,4 milhões de animais, alta de 4,3% em relação a 2021. De acordo com o IBGE, o consumo interno também seguiu em crescimento (7,8%), chegando a 18 quilos por pessoa no ano.

    A Região Sul concentrou 51,9% do total de suínos, sendo Santa Catarina o estado líder, com 22,1% do rebanho nacional, o que equivale a 9,8 milhões de cabeças.

    Mel

    A produção de mel em 2022 chegou a 61 mil toneladas, recorde da pesquisa do IBGE. A produção cresceu 9,5% em relação a 2021. O maior resultado foi no Nordeste, que registrou incremento de 16,5% na produção, sendo origem de 38,7% do total do país.

    “O crescimento da produção de mel está relacionado às condições climáticas favoráveis, que proporcionaram maior disponibilidade de recursos alimentares para as abelhas. A crescente demanda por produtos naturais e saudáveis, nacional e internacionalmente, também tem impulsionado a produção apícola nacional”, segundo o IBGE.

    Mesmo com destaque para o Nordeste, o ranking estadual se manteve com Rio Grande do Sul e Paraná no topo, com 14,8% e 14,2% do total nacional, respectivamente, seguidos pelo Piauí (13,7%).

    Aquicultura

    A produção de peixes em 2022 foi de 617,3 mil toneladas. Esse dado mostra aumento de 6% na atividade e de 16,4% no valor de produção, que chegou a R$ 5,7 bilhões. A Região Sul concentrou 220,7 mil toneladas (35,8% do total nacional). O Paraná foi o principal estado, responsável por 27,1% da piscicultura brasileira, com destaque para a cidade paranaense de Nova Aurora, líder do ranking nacional. De cada 100 toneladas de peixes produzidas no Brasil, 66,1 são tilápias, à frente dos tambaquis (17,8).

    A produção de camarão criado em cativeiro foi de 113,3 mil toneladas – 5,9% maior comparada ao ano anterior e mais um recorde identificado pela pesquisa do IBGE. O Nordeste concentrou 99,6% do total nacional, sendo o Ceará dono de mais da metade (54,1%) da produção do país. Dos 10 municípios com as maiores produções de camarão, oito estão no Ceará, sendo o campeão Aracati.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/