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  • Liberado milho resistente a lagartas 100% brasileiro

    Apenas duas empresas estrangeiras fornecem a tecnologia ao mercado mundial

    Acaba de ser liberado o uso comercial do milho geneticamente modificado para resistência a insetos desenvolvido totalmente no Brasil. A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou esse mês, por unanimidade, o evento EH913, fruto de uma parceria da Embrapa Milho e Sorgo com a Helix, empresa do grupo Agroceres.

    Atualmente, apenas duas empresas estrangeiras fornecem a tecnologia ao mercado mundial. A Helix informa também que já iniciou os processos para a liberação comercial do evento EH913 em outros países. No entanto, a data para o início da comercialização no Brasil ainda não foi definida.

    A nova tecnologia utiliza gene específico da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) contra pragas lepidópteras, em especial a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho, considerada a principal praga da cultura do milho), e a Diatraea saccharalis (conhecida como broca-da-cana).

    “Em todos os ensaios de campo realizados, o evento EH913 apresentou performance surpreendente, comparável a melhor tecnologia Bt disponível atualmente no mercado”, afirma a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

    Em ensaios de laboratório, de acordo com informações da Embrapa Milho e Sorgo e da Helix, o produto obteve alta eficácia contra larvas da lagarta-do-cartucho, mesmo quando diluído 25 vezes em dieta artificial, indicando um bom prognóstico em relação ao manejo de resistência de insetos. Adicionalmente, o milho com o evento EH913 se mostrou eficaz inclusive contra populações de Spodoptera frugiperda resistentes às proteínas Bt presentes no mercado, indicando a ausência de resistência cruzada com tais tecnologias e reforçando ainda mais o seu caráter inovador e disruptivo para o manejo de pragas no Brasil.

    O presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança Paulo Barroso afirma que “o principal diferencial do evento, além das questões tecnológicas específicas, é ter sido produzido por duas empresas brasileiras, sendo uma privada, a Helix, e a outra pública, a Embrapa”.

    “O desenvolvimento desse evento, assim como todo o processo de avaliação de segurança, foram completamente realizados no País. É um marco para a ciência brasileira, que já tinha produzido organismos geneticamente modificados de soja, feijão, eucalipto e agora um de milho. O processo foi muito bem instruído, remetendo corretamente às questões de segurança alimentar e ambiental”, reforçou.

    De acordo com Frederico Ozanan Machado Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, a liberação coloca o Brasil, a Embrapa e a Helix em um seleto grupo de países e empresas capazes de fornecer tecnologia Bt.

    “A construção do conhecimento disruptivo, na parceria público-privada, é um processo estratégico inteligente de cocriação e codesenvolvimento altamente oportuno para ampliar relevância no setor produtivo. Intercambiar saberes – técnico-científicos, gerenciais e negociais – tem relevância para impactar o setor produtivo e, neste momento, a aprovação do evento EH913 para uso comercial no Brasil coloca o País e os parceiros em rota de alta contribuição no interesse do agricultor e promoção do desenvolvimento da agricultura brasileira”, comenta.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Capacidade dos silos registra alta de 2,3%

    Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na região Sul (34,7%), seguido de perto pela região Sudeste (31,6%)

    Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no País, tendo alcançado 92,5 milhões de toneladas, o que representou 50,4% da capacidade útil total. Em relação ao primeiro semestre de 2021, a capacidade dos silos cresceu 2,3%. Na sequência, assinalam-se os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 68,6 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, uma alta de 1,3% ante o semestre anterior. Este tipo de armazéns é responsável por 37,4% da armazenagem nacional.

    Com relação aos armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 22,3 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 1,1% em relação ao 1º semestre de 2021. Esses armazéns contribuem com 12,2% da capacidade total de armazenagem.

    Por região, os silos predominam na região Sul, sendo responsáveis por 63,1% da capacidade armazenadora da região e 49,8% da capacidade total de silos do país. O tipo graneleiros e granelizados aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 53,6% da capacidade da região e 56,4% da capacidade total do país.

    Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na região Sul (34,7%), seguido de perto pela região Sudeste (31,6%). Estas duas regiões juntas correspondem a 66,3% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.

    As informações foram divulgadas pelo IBGE*

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Abate de frangos cai e de bovinos e suínos sobe no 1º trimestre de 2022

    Na comparação com o 4º trimestre de 2021, o abate de frangos caiu 0,2%, o de bovinos ficou estável e o de suínos cresceu 1,5%

    Os resultados da produção animal no 1º trimestre de 2022, divulgado nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o abate de frangos recuou 1,7%, o de bovinos aumentou 5,5% e o de suínos teve alta de 7,2% ante o mesmo período de 2021.

    Na comparação com o 4º trimestre de 2021, o abate de frangos caiu 0,2%, o de bovinos ficou estável e o de suínos cresceu 1,5%.

    A aquisição de leite foi de 5,90 bilhões de litros, com queda de 10,3% ante o 1º trimestre de 2021 e redução de 9,3% contra o trimestre imediatamente anterior. Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes ficou estável frente ao 1º trimestre de 2021 e caiu 1,4% ante o 4º trimestre de 2021, somando 7,12 milhões de peças inteiras de couro cru.

    Foram produzidos 977,20 milhões de dúzias de ovos de galinha no 1º trimestre deste ano, quedas de 2,0% na comparação anual e de 2,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

    Bovinos

    No 1º trimestre de 2022, foram abatidas 6,96 milhões de cabeças de  bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 5,5% superior à obtida no 1 trimestre de 2021 e manteve-se praticamente estável frente ao 4 trimestre de 2021.

    Todos os meses do trimestre apresentaram variações positivas em relação aos respectivos períodos de 2021, com destaque para março (+8,0%), mês de maior atividade, quando foram abatidas 2,47 milhões de cabeças.

    Após dois anos de quedas na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o abate de fêmeas teve variação positiva de 12,9% em relação ao 1º período de 2021. Já o abate de machos cresceu 1,1% na mesma comparação.

    O abate de 361,75 mil cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado por aumentos em 18 das 27 unidades da federação. Os incrementos mais significativos ocorreram em São Paulo (+92,79 mil cabeças), Mato Grosso (+78,71 mil), Tocantins (+61,84 mil), Pará (+56,77 mil), Minas Gerais (+33,0 mil) e Goiás (+28,63 mil). Em contrapartida, as maiores variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-44,55 mil), Santa Catarina (-16,94 mil) e Acre (-6,82 mil).

    Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,3%) e São Paulo (11%).

    Suínos

    No 1º trimestre de 2022, foram abatidas 13,64 milhões de cabeças de suínos, com aumentos de 7,2% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1,5% na comparação com o 4º trimestre de 2021. Foram registrados os melhores resultados do abate de suínos para os meses de janeiro, fevereiro e março, resultando no melhor 1º trimestre da série histórica desde que a pesquisa foi iniciada, em 1997.

    O abate de 920,43 mil cabeças de suínos a mais no 1 trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 unidades da federação investigadas. Os aumentos ocorreram no Paraná (+229,39 mil), Santa Catarina (+176,92 mil), Rio Grande do Sul (+157,81 mil), São Paulo (+143,33 mil), Minas Gerais (+120,18 mil), Mato Grosso do Sul (+26,64 mil) e Goiás (+18,42 mil). Já a queda mais expressiva ocorreu em Mato Grosso (-5,04 mil).

    Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,1% da participação nacional, seguido por Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (17,4%).

    Frangos  

    No 1º trimestre de 2022, foram abatidas 1,55 bilhão de cabeças de frangos, com quedas de 1,7% em relação ao mesmo período de 2021 e de 0,2% na comparação com o 4º trimestre de 2021.

    O abate de 27,25 milhões de cabeças de frangos a menos no 1º trimestre de 2022, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado pela queda no abate em 17 das 25 unidades da federação que participaram da pesquisa. As principais quedas ocorreram em: Rio Grande do Sul (-9,97 milhões), Paraná (-6,54 milhões), Santa Catarina (-4,66 milhões), Mato Grosso (-2,39 milhões), São Paulo (-1,94 milhões) e Minas Gerais (-1,78 milhões). Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Bahia (+2,66 milhões), Mato Grosso do Sul (+863,73 mil) e Goiás (+644,09 mil).

    O Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 33,5% da participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul (13,5%) e Santa Catarina (13,2%).

    Leite 

    No 1º trimestre de 2022, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,90 bilhões de litros, com redução de 10,3% em relação ao 1º trimestre de 2021, e queda de 9,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, a maior da série nesta comparação.

    No comparativo do 1º trimestre de 2022 com o mesmo período de 2021, o decréscimo de 678,01 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de reduções registradas em 19 das 26 UFs investigadas. As variações negativas mais significativas ocorreram em Goiás (-160,15 milhões  de litros), Minas Gerais (-158,73 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-100,77 milhões de litros), Paraná (-73,06 milhões de litros), São Paulo (-64,26 milhões de litros) e Santa Catarina (-57,71 milhões de litros). Em compensação, os acréscimos mais relevantes ocorreram em Sergipe (+20,07 milhões de litros), Ceará (+11,44 milhões de litros) e Pernambuco (+9,94 milhões de litros).

    Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com  25,5% da captação nacional, seguida por Paraná (13,8%) e Rio Grande do Sul  (12,5%).

    Ovos

    No 1º trimestre de 2022, a produção de ovos de galinha foi de 977,20 milhões de dúzias. Essa quantidade foi 2% inferior à estimativa do 1º trimestre do ano passado e 2,5% menor que a apurada no 4º trimestre de 2021.

    Apesar da retração na comparação anual, este é o segundo melhor resultado mensurado para um 1º trimestre, considerando a série histórica iniciada em 1987.

    A produção de 19,6 milhões de dúzias de ovos a menos, em nível nacional, frente ao 1º trimestre de 2021 foi influenciada por quedas identificadas em 15 das 26 UFs. As reduções mais significativas, quantitativamente, ocorreram em São Paulo (-7,07 milhões de dúzias), Espírito Santo (-5,77 milhões de dúzias), Goiás (-3,84 milhões de dúzias), Rio Grande do Sul (-2,95 milhões de dúzias) e Amazonas (-2,46 milhões de dúzias).

    Entre os acréscimos, o destaque ficou com Ceará (+2,80 milhões de dúzias) e Mato Grosso (+1,14 milhões de dúzias).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra deve superar os 271 milhões de toneladas

    Volume representa um incremento de 6,2% sobre a temporada anterior

    A safra brasileira de grãos 2021/22 se encaminha para a conclusão e a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de um novo recorde, com uma produção estimada em 271,3 milhões de toneladas. O volume representa um incremento de 6,2% sobre a temporada anterior, o que significa cerca de 15,8 milhões de toneladas, como aponta o 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quarta-feira (8) pela estatal.

    “A estimativa inicial da Companhia era de uma safra ainda maior quando, no primeiro levantamento, era esperada uma produção de 288,6 milhões de toneladas. Mesmo com a redução na expectativa em 6,4%, os agricultores brasileiros serão responsáveis pela maior safra da série histórica. O bom desempenho ocorre mesmo em um ano em que as culturas de primeira safra, principalmente soja e milho, foram afetadas pelas condições climáticas adversas registradas na região sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul”, destaca o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro.

    Na atual temporada destaque para a recuperação de 32,3% na produção de milho. Com uma produção estável na 1ª safra do cereal, próximo a 24,8 milhões de toneladas, a 2ª safra do grão tende a registrar uma elevação de aproximadamente 45% se comparada com o ciclo anterior, passando de 60,7 milhões de toneladas para 88 milhões de toneladas. “No entanto, ainda precisamos acompanhar o desenvolvimento das lavouras, principalmente nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Nesses locais, a cultura se encontra em estágios de desenvolvimento em que o clima exerce grande influência no resultado final. Considerando a segunda safra, cerca de 25,5% do milho do país ainda está sob influência do clima”, explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

    De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela estatal, a colheita do cereal de 2ª safra está em fase inicial, sendo Mato Grosso o estado com a maior área colhida registrada.

    “As primeiras lavouras têm apresentado bons rendimentos, pois foram semeadas em período ideal. Já a onda de frio, ocorrida em maio, formou geadas de maneira pontual no Paraná, Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, o que não afetou a produtividade total. O desempenho das lavouras, inclusive, melhorou nos estados paranaense e sul-mato-grossense, devido ao bom regime hídrico”, pondera De Zen.

    Assim como no caso do milho, o clima frio não trouxe grande impacto na produção total para o algodão. Só para a pluma, é esperada uma colheita de 2,81 milhões de toneladas, aumento de 19,3% quando comparado com o ciclo 2020/21. Já para o feijão, as baixas temperaturas impactaram as produtividades das lavouras de 2ª safra da leguminosa. Destaque para a influência na variedade cores e preto, com redução na produtividade de 31,8% e 19,7% respectivamente.

    “Com as condições climáticas desuniformes entre os estados produtores de feijão, variando entre estiagem e excesso de chuvas, a qualidade do grão a ser colhido na 2ª safra pode ter a qualidade comprometida”, esclarece o gerente de Acompanhamento de Safras, Rafael Fogaça.

    Soja e arroz estão com a colheita praticamente finalizada. Para a oleaginosa, a Conab estima 124,3 milhões de toneladas produzidas, redução de 10,1% em relação à safra anterior, enquanto que o arroz deve atingir uma produção de 10,6 milhões de toneladas, volume 9,9% inferior ao produzido no ciclo anterior.

    Culturas de inverno – O plantio das culturas de inverno já está em andamento. Destaque para o trigo, principal grão semeado no país. A atual estimativa é para uma produção de 8,4 milhões de toneladas, um novo recorde para o grão caso se confirme o resultado.

    Mercado – Neste 9º levantamento, a Conab manteve as projeções de importação e exportação da safra 2021/2022 para algodão, arroz, feijão e milho. Com a manutenção dessas expectativas, os estoques finais para arroz e feijão foram reduzidos, em virtude da amena queda na produção, sendo estimados em aproximadamente 2 milhões de toneladas e 251 mil toneladas respectivamente. Cenário oposto é encontrado para o milho, no qual a Companhia prevê uma alta de 715% no estoque de passagem, mesmo com a maior demanda internacional pelo cereal brasileiro. As exportações do grão devem crescer 77,8% quando comparado ao ano anterior,  com estimativa de 37 milhões de toneladas. No algodão, houve redução no consumo interno,  passando de 765 mil para 750 mil toneladas.

    No caso da soja, os esmagamentos da oleaginosa se apresentam em alta. Já as vendas para o mercado externo estão reduzidas, com isso a previsão de embarque do grão foi atualizado para 75,23 milhões de toneladas. Outro destaque é a queda de 415 mil toneladas na estimativa de consumo interno de óleo de soja, relação ao consumo de 2021, acarretada pela menor produção de Biodiesel nos quatro primeiros meses de 2022, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP.

    Já o trigo tem previsão de aumento nas exportações. Para a safra 2021 (ano comercial de agosto de 2021 a julho de 2022) a alta esperada é de 5%. Já na próxima produção a ser comercializada entre agosto de 2022 a julho de 2023, o incremento nas vendas externas chega a 50%, passando de mil toneladas para 1,5 mil toneladas.

    No mercado doméstico, destaque para o feijão. Embora tenha ocorrido expressiva elevação nos preços da leguminosa até meados de maio, posteriormente, os preços seguiram em trajetória de queda, ocasionada pelo avanço da colheita no Paraná. No entanto, a partir do dia 27 do mês passado, as chuvas retornaram no Paraná, interrompendo a colheita. Na primeira semana de junho a Companhia registrou uma valorização dos preços do produto, entre R$ 10,00 e R$ 20,00 por saca.

    Conab*

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Mercado de reprodução animal brasileiro se arrefece

    De janeiro a março deste ano, 95% das doses de sêmen tiveram como destino o mercado interno, contra 97% no primeiro trimestre de 2021

    O mercado brasileiro de reprodução animal contabilizou a venda de 4,85 milhões de doses de sêmen ao longo do primeiro trimestre de 2022, queda de 3,4% frente ao mesmo período de 2021 (de 5,02 milhões de doses vendidas). Esse cenário se deve aos estoques de doses acumulados em 2021, quando propriedades nacionais de cria de corte adiantaram as compras de sêmen visando garantir o insumo para a estação de monta – vale lembrar que as vendas no trimestre de 2021 cresceram 50% em comparação ao mesmo período de 2020.

    Esses dados são levantados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), desde 2017, e fazem parte do relatório setorial Index Asbia. A Associação representa, segundo estimativas internas, cerca de 94% do share nacional de vendas de sêmen bovino.

    De janeiro a março deste ano, 95% das doses de sêmen tiveram como destino o mercado interno, contra 97% no primeiro trimestre de 2021. Observa-se, neste ponto, crescimento na demanda internacional pela genética do Brasil. Segundo dados do Cepea/Asbia, 230 mil doses foram exportadas no primeiro trimestre de 2022, contra 150 mil no mesmo período do ano anterior, forte avanço de 53%. E os envios externos de doses de sêmen de raças leiteiras se destacam, tendo em vista que cresceram expressivos 75% de janeiro a março deste ano frente ao mesmo período de 2021 e representaram 63% do total embarcado pelo Brasil.

    Já no mercado interno, as vendas de doses são divididas entre “Prestação de Serviços”, ou “PS” (que representa o contrato de coleta e industrialização de doses de sêmen de um touro de posse de um produtor rural, que irá utilizar as doses coletadas para a inseminação de seu rebanho próprio), e as “vendidas para cliente final” (doses vendidas pelas empresas de genética para produtores rurais, visando o uso para inseminação das matrizes de seus rebanhos).

    No caso das entregas via “PS”, houve avanço de 8% nas vendas de doses no primeiro trimestre de 2022 contra o mesmo período do ano passado. Destaca-se que esta modalidade é muito voltada ao mercado de raças de corte, que, por sua vez, somaram 97% do total de doses entregues.

    Já no segmento de vendas para cliente final, que representou 95% do total de doses de sêmen entregues em solo brasileiro, observa-se queda de 7% entre os primeiros trimestres de 2021 e de 2022, passando de 4,34 milhões de doses para 4,05 milhões. A diminuição foi observada nos setores de pecuária de corte (recuo de 6%) e de leite (baixa de 10%).

    Do volume vendido no primeiro trimestre deste ano, 73% foram referentes ao mercado de pecuária de corte. Apesar da queda observada nas vendas do primeiro trimestre, observa-se uma busca dos criadores nacionais pela recomposição de seus rebanhos, bem como o melhoramento genético de seus plantéis.

    No segmento de sêmen de leite, que representou 27% das vendas para cliente final no primeiro trimestre de 2022, a redução nas vendas é reflexo do período de alta nos custos de produção para as propriedades de leite nacional. No entanto, esta queda foi mais branda quando os destinos são sistemas de produção mais intensivos, que acabam se tornando dependentes do insumo sêmen. Com isso, há sustentação dessa demanda mesmo em períodos de menor atratividade do setor leiteiro.

    SEGUNDO TRIMESTRE – A expectativa de agentes do setor é de recuperação nas vendas de sêmen a partir do segundo trimestre de 2022, fundamentados na alta influência da sazonalidade das estações de monta nacionais nas vendas para o País. Além disso, a aquecida demanda externa pela carne brasileira deve manter firme a busca por sêmen, bem como o crescente interesse pela genética nacional.

    Os dados foram divulgados pelo Cepea.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • RS deve ter maior produção de trigo da história

    A perspectiva é de uma produção total de 5 milhões de toneladas de grãos

    O Rio Grande do Sul deverá colher a maior Safra de Inverno em 2022, com uma perspectiva de produção total de 5 milhões de toneladas de grãos (aumento de 11,9% em relação ao ano anterior), sendo 3,9 milhões de toneladas de trigo, 870,2 mil toneladas de aveia branca, 108,6 mil toneladas de cevada e 91,3 mil toneladas de canola.

    De acordo com o levantamento compilado pela Gerência de Planejamento (GPL) e levantado pelos escritórios municipais entre os dias 11 e 23/05, as produtividades iniciais são baseadas na tendência apresentada pelas médias registradas ao longo dos últimos dez anos.

    Apesar do trigo também ter a maior safra desde 2011, com um aumento estimado de 12,53% na produção (3,9 milhões de toneladas contra 3,5 milhões do ano passado e acréscimo de 15,04% na área cultivada (1,4 milhão de hectares se comparado os 1,2 milhão de hectares da safra anterior), pela tendência, a produtividade média deve ficar 2,17% menor (2,82 t/ha) em relação ao ano anterior (2,88t/ha). A segunda maior safra do trigo foi a anterior, em 2021, com produção de 3,5 milhões toneladas, e a terceira maior em 2013, com 3,3 milhões de toneladas.

    Confira o levantamento da estimativa 2022 (comparação com 2021):

    Trigo

    Safra atual (2022)
    Área 1.413.763 ha (+15,045%);
    Produção 3.990.227t (+12,53%)
    Produtividade 2.822 kg/ha (-2,17)

    Safra anterior (2021)
    Área 1.228.978 ha
    Produção 3.545.796t
    Produtividade 2.885 kg/ha

    Aveia Branca

    Safra atual (2022)
    Área 392.507 ha (+14,26%);
    Produção 870.240 t (+7,49%)
    Produtividade 2.217 kg/ha (-5,93%)

    Safra anterior (2021)
    Área 343.511 ha
    Produção 809.592 t
    Produtividade 2.357 kg/há

    Canola

    Safra atual (2022)
    Área 48.457 ha (+27,42%);
    Produção 91.346 t (+66,79%)
    Produtividade 1.885 kg/ha (30,28%)

    Safra anterior (2021)
    Área 38.029 ha
    Produção 54.767 t
    Produtividade 1.447 kg/ha

    Cevada

    Safra atual (2022)
    Área 36.727 ha (+0,84%);
    Produção 108.638 t (-2,07%)
    Produtividade 2.958 kg/ha (-2,89%)

    Safra anterior (2021)
    Área 36.421 ha
    Produção 110.929 t
    Produtividade 3.046 kg/há

    As informações foram divulgadas pela Emater-RS.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • BB pretende aumentar o volume de crédito em pelo menos 20% para Plano Safra 22/23

    Nos cálculos do presidente do BB, este Plano Safra já aplicou R$ 140 bilhões e deve chegar aos R$ 145 bilhões até o final deste mês

    presidente do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro, afirmou nesta segunda-feira (06) que a ideia é aumentar o volume de crédito em pelo menos 20% no Plano Safra 2022/23.

    Ribeiro, no entanto, disse ainda não saber qual será a taxa de juro para o programa, que, por conta da inflação, deve ser mais voltado para o plantio.

    “A ideia do Banco do Brasil é crescer o volume em pelo menos 20%. Estamos estimando entre 20% de 30%. Se nós emprestamos R$ 145 bilhões nesse Plano Safra 2021/22, tranquilamente vai passar dos R$ 175 bilhões (no próximo), dado que teve inflação em todos os insumos agrícolas”, afirmou.

    Segundo ele, R$ 175 bilhões seriam “o piso desejado”. “Vamos ter (plano) safra mais voltada para o plantio. Muitos agricultores em função da inflação devem adiar investimentos”, acrescentou.

    Nos cálculos do presidente do BB, este Plano Safra já aplicou R$ 140 bilhões e deve chegar aos R$ 145 bilhões até o final deste mês.

    Cerca de 482 mil contratos foram firmados pela instituição, sendo 300 mil no contexto do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

    Fausto Ribeiro foi ao Planalto conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o Plano Safra, mas a agenda foi remarcada para a próxima segunda-feira (13). O presidente do BB negou saber o motivo do adiamento. “Surgiu outra pauta com mais urgência, isso é normal”, minimizou. “Temos até 1º de julho para conseguir identificar, estabelecer os limites, então está tudo dentro do prazo. Acredito que nada vá atrapalhar e vamos ter Plano Safra capaz de atender homem do campo”, seguiu.

    A elevação nos valores do próximo Plano Safra, diz Ribeiro, se justifica pela inflação dos insumos. “Os mesmos agricultores, para produzir o que foi produzido neste ano, na Safra 2021/22, vão precisar de mais recursos para plantar e o Brasil continuar o celeiro do mundo”, afirmou. “Com certeza, fica mais caro o crédito em função do incremento da Selic, mas a gente tem que ponderar que há boom de preço das commodities”. Para o dirigente, o boom das commodities compensa a alta dos juros e o agricultor conseguirá “arcar (em relação ao financiamento) com responsabilidade”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br

  • CCGL promove curso de nutrição animal

    Temas serão focados no programa Mais Sólidos, Maior valor

    Com o objetivo de manter os técnicos, cooperativas e produtores atualizados com informações importantes da cadeia do leite, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. – CCGL, através do setor de Difusão de Tecnologias, promove o curso de nutrição animal focado no programa Mais Sólidos, Maior valor.

    O treinamento acontece entre os dias 6 e 8 de junho, no auditório da CCGL em Cruz Alta, instruído pelo zootecnista Renato Palma Nogueira. Entre os temas em debate estão: introdução à formação de sólidos no leite; importância dos sólidos para saúde do rebanho; manejo alimentar com foco em saúde do rebanho e sólidos e de gerenciamento do estresse térmico; nutrição para alta produção de leite e de sólidos, do período seco e do período de transição; conforto para vacas secas e em lactação; consumo de matéria seca e curva de lactação; e sistemas de agrupamento para vacas em lactação.

    Conforme o Gerente de Suprimento de Leite da CCGL Jair da Silva Mello, o projeto Mais Sólidos, Maior valor inicia um novo momento no sistema de precificação do leite, com base na quantidade de gordura e proteína entregues pelos produtores. O tema é fundamental para acompanhar as tendências do mercado mundial do leite, por isso o curso visa à capacitação das equipes técnicas, que com o conteúdo adquirido nas palestras facilitarão a adequação dos produtores no novo modelo explica, Jair.

    O treinamento é exclusivo para a equipe de Difusão de Tecnologias da CCGL e área técnica das cooperativas associadas.

    Texto e foto: ASCOM CCGL

  • Novo levantamento da RTC/CCGL aponta crescimento da safra de trigo no estado

    Dados foram coletados durante o mês de maio em 21 cooperativas associadas

    Uma nova estimativa realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) apontou para o aumento na cultura do trigo na safra 2022. Na área de atuação das cooperativas, o novo levantamento projeta um aumento de 16,3% na área de cultivo em relação à safra 2021, número que é 4,2% superior ao levantamento realizado no mês de março. A expectativa de produtividade também foi elevada, passando dos 55,3 sacos por hectare apurados no mês de março para 57,6 sacos/hectare.

    Considerando os números apurados pela RTC/CCGL na safra passada e mediante a confirmação destes novos números para a safra 2022, a expectativa é de que o Rio Grande do Sul caminhe para uma safra com produção recorde. Os dados foram coletados em 21 cooperativas ligadas à RTC/CCGL, as quais representam parte significativa da safra de trigo gaúcha.

    Texto e foto: ASCOM CCGL

  • IMPORTÂNCIA DOS SÓLIDOS DO LEITE PARA PRODUÇÃO E RENTABILIDADE

    Benefícios estão ligados ao novo programa da CCGL, Mais Sólidos, Maior Valor

              O monitoramento de sólidos é ferramenta fundamental para a tomada de decisão na produção de leite associada ao desempenho, rentabilidade e produtividade dos rebanhos. A partir dessas informações e em conformidade com as tendências do mercado mundial de lácteos, a CCGL lançou, no primeiro trimestre de 2022, o Programa Mais Sólidos, Maior Valor, que inicia um novo momento no sistema de precificação do leite, baseado na quantidade de gordura e proteína entregues pelos produtores à indústria.

    Conforme o Coordenador do programa Ângelo Tamiozzo, a composição média do leite apresenta cerca de 87% de água e 13% de sólidos (entre os constituintes destacam-se lactose, gordura, proteína e minerais). – Desta forma, o potencial de alteração da composição do leite é uma estratégia que pode ser utilizada pela cadeia produtiva para elevar a eficiência de produção, logística, industrialização e comercialização, agregando valor em todos os processos, da fazenda até o consumidor final – explica Ângelo.

    O coordenador do programa salienta que entender a formação dos sólidos do leite, em especial gordura e proteína, é peça-chave para avaliar a saúde do rebanho, pois a partir destes valores é possível entender quais práticas de manejo foram adotadas e quais podem ser alteradas para potencializar a produção e melhorar a composição do leite.

    – Um bom funcionamento ruminal deve ser meta na fazenda, pois toda ação, nutricional ou de manejo, que leve à queda excessiva no pH ruminal, ocasiona a redução nos sólidos e produção. Por isso, é importante balancear adequadamente as dietas, ajustando os níveis de carboidratos e proteínas, maximizando a ingestão de matéria seca dos animais, fornecer fibra de qualidade em quantidade correta, oriunda de pasto ou forragem conservada, para auxiliar na manutenção da saúde animal – detalha Ângelo.

    Ângelo explica que uma série de ações, como oportunizar acesso aos alimentos várias vezes ao dia, garantir o espaçamento de cocho adequado, reduzir a seleção de partículas de forragens, diminuir a competição entre as vacas, disponibilizar local confortável para descanso, permitir acesso à água de qualidade e evitar estresse térmico são práticas que auxiliam na produção de leite e de sólidos.

    – Com todas essas informações, entendemos a importância dos sólidos e do novo programa da CCGL. Para que todo o sistema tenha tempo de entender as mudanças e ajustar os detalhes, a migração para o modelo Mais Sólidos ocorrerá de forma gradual até que a participação da precificação por sólidos atinja 100% – finaliza, Ângelo.

    Para mais informações sobre o programa Mais Sólidos, Maior Valor, entre em contato com a equipe técnica do sistema CCGL.

    Texto e Foto: ASCOM CCGL