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  • Preço do leite segue em elevação

    Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano.

    A oferta de lácteos dos principais exportadores mundiais tem diminuído ao longo do ano de 2022, o que ajuda a explicar os preços dessas commodities em patamares elevados. No leilão GDT de 07 de maio o preço da manteiga foi negociado a US$6.068, queijo a US$5.365 e o leite em pó integral a US$4.158 a tonelada. Por outro lado, a China, o maior importador de lácteos, reduziu suas importações da maioria dos produtos, a exceção do leite em pó integral que está 6.9% acima na comparação janeiro-abril de 2021 e 2022.

    Para os mercados de milho e soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta um crescimento de 12,32% na produção mundial da soja, com destaque para a América do Sul (Brasil 18,25% e Argentina 17.51%). Para o milho, as projeções indicam redução na produção mundial da ordem de 2.5%, com menor oferta dos Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia. No entanto, há projeções de aumento da produção na América do Sul (Brasil 8.62% e Argentina 3,77%). A menor oferta de milho no mundo tende a manter as cotações mais elevadas, dependendo da pressão compradora dos grandes importadores. Para o caso brasileiro, a produção tanto do milho como da soja pode trazer melhora nos custos de produção do leite, desde que não haja aceleração das exportações. O Brasil, certamente, será chamado a compensar as reduções de oferta previstas de outros grandes players do mercado.

    Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano. O recuo foi devido à desaceleração nos preços dos concentrados, volumosos, energia e combustíveis.

    Diante do cenário desafiador de 2022, a produção brasileira de leite teve queda recorde no primeiro trimestre de 2022, de 10,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, segundo o IBGE. O anuncio da redução na captação do leite teve impacto imediato no mercado, iniciando uma acirrada disputa pelo produto, com reflexo no valor do preço do leite spot, que superou os R$4,0/litro. Em que pese a fraca demanda por produtos lácteos, advinda do alto desemprego, redução do poder de compra dos salários pela inflação e elevado endividamento e inadimplência das famílias, a oferta parece fraca o suficiente para pressionar os preços. A exemplo, nos últimos 12 meses até maio o leite UHT ao consumidor subiu 29,3%, os queijos 17,4%, manteiga 12,4% e iogurte 20,4%, todos com alta acima da inflação, medida pelo IPCA em 11,7%.

    Mas esses aumentos, parecem ajustes das apertadas margens que o setor enfrenta. A Figura 1 mostra o spread do queijo muçarela sobre o preço do leite ao produtor, com margem inferior a R$1.00 por litro de leite utilizado em sua confecção. Essa margem é a existente para fazer frente aos demais custos (mão-de-obra; energia; logística; embalagens; outros ingredientes e etc). Se considerarmos ainda o custo de longo prazo, onde as depreciações diversas são consideradas, é provável, dependendo da eficiência industrial e da escala de produção, que diversos laticínios estejam trabalhando com margens reduzidíssimas ou mesmo negativas. E este cenário se aplica também para outros derivados, como o leite em pó. Essa desafiadora conjuntura mostra que caminhos como a exportação, parcerias estratégicas, fusões e aquisições para ganhos de escala e escopo precisam ser consideradas pelo setor, notadamente nesse cenário de consolidação em andamento.

    As informações são do Centro de Inteligência do Leite.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Decreto suspende queimadas em todo território nacional

    Apesar de suspender permissões, o decreto publicado prevê algumas exceções, detalhando hipóteses onde a suspensão não deverá ser aplicada

    Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23) suspende – pelo prazo de 120 dias – a permissão do emprego de fogo em todo o territorial nacional, medida que costuma ser adotada todo ano quando tem início o período de seca, de forma a prevenir incêndios.

    O uso de fogo em práticas agropastoris e florestais está previsto – e regulamentado – por outro decreto (nº 2.661/98).

    Apesar de suspender permissões, o decreto publicado (nº 11.100/22) prevê algumas exceções, detalhando hipóteses onde a suspensão não deverá ser aplicada, como é o caso de “práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas por instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais”.

    O emprego de fogo continua permitido também nas hipóteses de práticas de agricultura de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; e de atividades de pesquisa científica realizadas por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), “desde que autorizadas pelo órgão ambiental competente”.

    Também é permitido em ações visando o controle fitossanitário autorizado pelo órgão ambiental competente; e em queimas controladas, em áreas não localizadas nos biomas Amazônia e Pantanal. Neste último caso, a permissão será concedida desde que sejam imprescindíveis à realização de práticas agrícolas; e previamente autorizadas pelo órgão ambiental estadual ou distrital.

    O novo decreto define como “queima controlada” o emprego do fogo como “fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais e para fins de pesquisa científica e tecnológica em áreas com limites físicos previamente definidos”.

    Ainda segundo o decreto, a permissão do emprego do fogo poderá ser suspensa, em caráter excepcional e temporário, “por ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente, com a finalidade de reduzir danos ambientais provocados por incêndios florestais”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Prossegue plantio das culturas de inverno

    No trigo, a estimativa de cultivo para safra 2022 no RS é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha

    As chuvas dos últimos dias, em altos volumes na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, provocaram processos erosivos significativos em solos de lavouras de soja recentemente colhidas, em função da baixa quantidade de palha deixada pela colheita. Segundo o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (15/06) pelas gerências de Planejamento e de Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), segue o preparo do solo e o plantio das lavouras de inverno.

    No trigo, a estimativa de cultivo para safra 2022 no RS é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha. O período de tempo seco e de elevada radiação solar até o dia 16/06 permitiu intensa atividade de semeadura. Estima-se que a operação foi realizada em 57% dos cultivos, com as atividades estendendo-se no período noturno para recuperar, em parte, o atraso e antes das chuvas previstas.

    Canola – A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A produtividade estimada é de 1.885 kg/ha. A cultura está em fase final de implantação.

    Aveia branca grãos – A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada é de 2.217 kg/ha. A cultura está em implantação.

    Cevada – A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 ha. A produtividade estimada é de 2.958 kg/ha.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • CNA solicita mais R$ 710 milhões em 2022 para seguro rural

    Segundo nota da CNA, o crédito extra é necessário para garantir a cobertura do plantio da próxima safra de verão 2022/23

    Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Ministério da Economia a liberação de R$ 710 milhões de suplementação orçamentária para a execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2022.

    Segundo nota da entidade, o crédito extra é necessário para garantir a cobertura do plantio da próxima safra de verão 2022/23 – soja e milho primeira safra – , que começa em setembro, e permitir que o orçamento do PSR deste ano atenda à mesma demanda de 2021.

    O pedido foi feito na terça-feira (21), por meio de ofício encaminhado ao secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago. No documento, a entidade explica que, dos R$ 990 milhões aprovados na Lei Orçamentária Anual de 2022, mais de 52% foram utilizados, principalmente para culturas de inverno. Os R$ 710 milhões se somariam aos R$ 990 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual de 2022, totalizando R$ 1,7 bilhão.

    No ano passado, o montante de R$ 1,18 bilhão para subvenção ao seguro rural garantiu atendimento a mais de 120 mil produtores, com 217 mil apólices e cobertura de 14 milhões de hectares, de acordo com a CNA. “Considerando o cenário atual, os recursos liberados para esse ano só serão suficientes para cobrir 8,1 milhões de hectares, ou seja, está muito aquém do total segurado no ano anterior”, explica o presidente da CNA, João Martins, no ofício.

    A CNA argumenta que em virtude da intensidade dos eventos climáticos e da alta sinistralidade na safra 2021/22, bem como do aumento expressivo dos custos de produção, os prêmios (preços das apólices) subiram, demandando mais recursos para subvenção para manter os mesmos indicadores do PSR em 2021. A maior adesão dos produtores aos seguros agrícolas, continua a CNA, também reflete o aumento das perdas por adversidades climáticas: R$ 5,8 bilhões foram pagos pelas seguradoras em indenizações de janeiro a março de 2022.

    “Isso demonstra que a política de subvenção ao seguro rural vem funcionando para garantir a permanência de milhares de produtores na atividade”, acrescentou Martins no documento.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil estima safra recorde de trigo em 2022

    A Conab prevê que a produção brasileira de trigo alcance 8,4 milhões de toneladas em 2022, um crescimento de 8%

    Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção brasileira de trigo alcance 8,4 milhões de toneladas em 2022, um crescimento de 8% em comparação com a safra passada, quando foram produzidas 7,6 milhões de toneladas.

    No Paraná, onde o plantio começa mais cedo, 82% da área de 1,17 milhão de hectares já está semeada. E tem produtor com expectativa de aumento de área.

    É o caso do triticultor Gustavo Ribas, de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná, que começou o plantio nesta terça-feira, primeiro dia de inverno.

    “Estou aumentando em 40% a minha área plantada, e a gente vê pessoas trabalhando muito forte no trigo, produtores chegando a plantar, mas daí é aquele trigo, lá de fevereiro, 100% da área de trigo, isso aí é muito difícil. E a gente vê que o mercado, o clima têm promessa de conduzir bem e a gente tem uma perspectiva de aumento de preços”, explica o produtor.

    A previsão de safra recorde é puxada pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, que respondem por 90% da produção nacional do cereal.

    O Rio Grande do Sul pode ter a maior produção de trigo da história, com 3,9 milhões de toneladas, incremento de 12% em relação ao ano passado, quando o estado colheu 3,5 milhões.

    A área plantada no estado gaúcho é a maior desde 1980, com 1,4 milhão de hectares.

    No Paraná, a produção prevista também é recorde. O Departamento de Economia Rural do Estado (Dereal) estima 3,8 milhões de toneladas, volume 21% acima do registrado no ciclo 20/21.

    “Esse ano a expectativa é de que a gente tenha uma safra cheia, se isso se concretizar com certeza a gente vai ter recorde. Então a partir de agora que as culturas começam a entrar num risco maior. Daqui até agosto é o principal momento da cultura do trigo para gente definir se realmente a gente vai ter uma boa produtividade ou não”, destaca o agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho.

    Exportações de trigo

    As exportações do cereal estão aquecidas. Segundo dados do Ministério da Economia, na parcial de janeiro a junho deste ano, o Brasil embarcou 2,5 milhões de toneladas de trigo.

    No ano passado inteiro, o país exportou pouco menos da metade, 1,120 milhão toneladas.

    Para a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), a venda do cereal para o mercado externo está sendo estimulada por causa da guerra na Ucrânia, que é um dos principais produtores de trigo no mundo, junto com a Rússia, no entanto, para o Rio Grande do Sul o mercado externo sempre foi mais acessível.

    “É muito mais fácil você exportar trigo para África, para Ásia, do que a gente mandar para São Paulo ou pro Ceará ou pro Rio de Janeiro é um emaranhado de tributação, a própria logística é muito cara. Então o que que nós fizemos, nós nos preparamos para exportar trigo para o mundo. O preço da exportação é sempre competitivo, nós do cooperativismo do Rio Grande do Sul, entendemos que a exportação é um caminho que baliza o mercado”, explica o presidente da Fecoagro, Paulo Pires.

    “Então a gente tem que entender esse novo modal de mercado, que é o mercado exportador, ou seja, você compra e você vende no lugar que estiver te pagando mais, nós não temos essa precaução da segurança alimentar, ela pode ser feita como um programa de governo”, complementa.

    O embate entre Rússia e Ucrânia, que representam 30% das exportações globais de trigo, também empurrou a ampliação das lavouras gaúchas em 16% nesta safra de inverno.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtor deve adotar governança na propriedade para driblar custos

    Entre as dicas para evitar a escalada de preços estão compras coletivas e travamento de cotações

    Com a alta dos custos de produção ao produtor rural já anunciada por diversos levantamentos realizados por entidades e associações, em especial dos insumos agrícolas e combustíveis, os agricultores precisam organizar o planejamento de forma a minimizar os impactos da elevação de preços. Em algumas situações, mesmo com a alta das cotações, o cultivo se torna inviável. Neste caso a gestão entra como ferramenta chave para amenizar os problemas gerados por esta disparada.

    De acordo com o sócio da Guapo Consultoria, o advogado Márcio Weiler, o ano de 2022 está sendo marcado por um aumento dos custos de produção da atividade agropecuária, tanto custos fixos quanto custos variáveis. “Dentro deste cenário é importante termos em mente que a governança corporativa é uma ferramenta fundamental para uma melhor gestão da empresa rural. Quem melhor se organiza dentro da propriedade e dentro da família, certamente passa uma imagem para o mercado de que está mais preparado para enfrentar as turbulências, que costumam vir no curso da própria atividade, inerentes ao risco da produção”.

    O especialista lembra que quem busca ter uma governança familiar aplicada a sua atividade estará bem preparado para fazer aquilo que sabe, ou seja, produzir alimentos protegendo o seu patrimônio. É o caso do produtor rural Edimar Ceolin, de Santiago (RS). Entre as principais recomendações para estes momentos, o produtor dá a dica: nunca comprar todo o insumo no mesmo momento e parcelar em algumas vezes se for possível, além de buscar comprar coletivamente com outros produtores para negociar preço. O ideal é escalonar em duas ou três frações de compra e buscar travamento de preços. E claro, cotar preços com mais de um fornecedor.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Como foram as exportações do agro em maio?

    No complexo soja, o volume exportado de grãos alcançou 10,6 milhões de toneladas – diminuição de 29% frente a maio/2021

    A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações do agronegócio em maio, que somaram USD 15,1 bilhões, valor 1,7% maior em comparação ao mês anterior e 13,5% superior a maio/2021. No complexo soja, o volume exportado de grãos alcançou 10,6 milhões de toneladas – diminuição de 29% frente a maio/2021. O óleo de soja registrou 262 mil toneladas em vendas externas, volume 44,6% maior contra o mesmo mês do ano passado. Para o farelo de soja também foi registrado aumento no volume embarcado, 14,8% versus maio/2021. Em relação aos preços, as toneladas dos três principais produtos do complexo apresentaram aumentos, 44,6%, 37,7% e 31,6% para o óleo, grão e farelo, respectivamente, frente a maio/2021.

    De acordo com as informações divulgadas no relatório da consultoria Agro do Itaú BBA, no setor de proteínas animais, destaca-se mais um bom desempenho mensal das vendas externas de carne bovina. Apesar da queda do volume embarcado frente ao mês anterior, as 153 mil toneladas exportadas do produto em maio/2022 são 20,8% maiores que a quantidade registrada em maio/2021. Para a carne de frango, o crescimento foi de 4,4% em volume contra o quinto mês de 2021, enquanto na carne suína o desempenho foi diferente, pois o volume embarcado em maio/2022 recuou 12,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Quanto aos preços em dólares para as proteínas animais, os valores de carne de frango e bovina foram 33,5% e 30,8% maiores no comparativo do quinto mês desse ano versus maio/2021. Em contrapartida, no mesmo período, a carne suína apresentou queda de 8,2% na tonelada cotada.

    No complexo sucroenergético, se comparado maio/2022 contra maio/2021, as quantidades embarcadas de açúcar refinado e bruto diminuíram em 56,7% e 34,5%, respectivamente. Em contrapartida, o etanol registrou um volume 14,7% maior no mesmo comparativo. Já os preços em dólares foram maiores para os três principais produtos em relação à maio/2021, 37,7% para o etanol, 19,6% para o açúcar refinado e 16,6% para o açúcar bruto.

    Quanto às vendas externas de milho, grande destaque novamente para o volume de 1,2 milhão de toneladas exportadas em maio/2022. O valor é 8499,3% maior frente ao embarcado em maio/2021. O expressivo aumento das vendas externas do cereal pode ser decorrente da queda dos embarques ucranianos por conta dos conflitos com a Rússia , já que a Ucrânia é um grande exportador de milho. Sobre os preços em dólares, o produto registrou aumento de 43,4% frente à cotação de maio/2021.

    Em relação ao algodão, o total embarcado no quinto mês do ano foi 26,7% menor em comparação com o mesmo mês de 2021, porém os preços em dólares cresceram 33,2% no mesmo período.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Previsão do Ipea é de estabilidade para setor agropecuário

    Instituto atualiza as projeções do PIB agropecuário para este ano

    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (21) a revisão da projeção do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022, que passou de crescimento de 1% em março para estabilidade, ou seja, crescimento nulo no ano.

    Segundo o Ipea, a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do setor foi motivada pela piora na projeção da colheita de soja feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de queda de 12,1%, ante recuo de 8,8% anteriormente divulgado.

    No caso do valor adicionado da produção vegetal, um dos componentes do setor, a revisão foi de alta de 0,3% para redução de 0,9%; e na produção animal, a estimativa era de crescimento de 2,9%, ante previsão de alta anterior de 3%.

    Soja
    A redução da produção de soja é parcialmente contrabalançada pelo bom desempenho esperado para outras culturas como milho e café. O milho deve apresentar crescimento de 27,6% em sua produção. A segunda safra de milho, que começa a ser colhida neste trimestre, tem previsão de crescimento de 38,9%. Caso mantenha o desempenho, o grão deve ser o principal responsável por compensar a queda no valor adicionado da soja.

    Bovinos
    Na produção animal, apesar da melhora na projeção para o setor de bovinos, o resultado foi motivado por uma estimativa menor para a produção de leite, o segmento com a maior contribuição negativa do componente, cuja revisão foi de alta de 0,2% para queda de 3,8%, devido ao desempenho negativo no primeiro trimestre (queda de 10,3% na aquisição de leite no primeiro trimestre em relação a igual período do ano anterior), de acordo com dados do IBGE.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Anvisa suspende carbendazim. ENTENDA O MOTIVO

    A suspensão é imediata e vale até que conclusão do processo, que está previsto para ser concluído em 8 de agosto

    Nesta terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão cautelar da importação, produção, distribuição e comercialização do carbendazim,  um dos agrotóxicos mais usados no Brasil em culturas como soja, milho, laranja e maçã, e banido na Europa e nos Estados Unidos por suspeita de provocar câncer e malformação de fetos.

    A suspensão é imediata e vale até que conclusão do processo, que está previsto para ser concluído em 8 de agosto. A presidente substituta da Anvisa, Meiruze Freitas, afirmou que o “uso” do agrotóxico também está suspenso.

    Na reunião, ficou decidido que haverá uma consulta pública até 11 de julho. Os diretores acordaram que a decisão final será tomada em reunião em 5 de agosto, com publicação de resolução em 8 de agosto, dentro dos prazos ordenados pela Justiça. Um dos tópicos da decisão abre a possibilidade de a Anvisa conceder prazo, entre agosto e novembro de 2022, para indústrias e lojas comercializarem o carbendazim.

    O Carbendazim é um fungicida sistêmico , de amplo espectro do grupos dos benzimidois e tem seu uso em aplicação foliar e  tratamento de sementes. As principais culturas de uso são a soja , feijão , trigo , algodão e citrus. O cancelamento do ativo retira uma importante ferramenta principalmente no manejo de doenças do final de ciclo na cultura da soja.

    O Carbendazim é  uma ferramenta que vem sendo usada por muito tempo pelos agricultores sendo um fungicida de baixo custo. É importante no manejo de resistência, principalmente para a soja que hoje conta com poucos grupos químicos de fungicidas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Menos fertilizante, menos defensivo e mais produtividade – Tecnologia “sensação de 2022” é forte aliada do produtor rural

    Resultados de estudos da Proteplan e das Fundações Chapadão e MS Integração

    A TCP (tecnologia do consórcio probiótico) tem a capacidade de disponibilizar, diretamente do solo, os nutrientes indispensáveis para a cultura da soja, apontam recentes pesquisas. ”O uso de TCP, na semente e no sulco de plantio em lavouras sem adubação, garantem produtividade de soja similar a lavouras adubadas, 200kg/ha de MAP (22kg/ha de N + 104kg/ha de P2O5)”, conclui estudo realizado pelo renomado professor Luiz Antônio Fancelli (USP/Esalq).

    Além disso, aponta o especialista, “o uso de TCP, no sulco de semeadura, substitui o uso conjunto de inoculante específico (Bradyrizobium + Azospirillum) + inoculante solubilizador de fósforo + nematicida + Complexo de Bacillus + Trichoderma.”

    A conclusão de Fancelli foi a mesma conclusão de experimentos realizados na empresa mato-grossense de pesquisa agrícola, assessoria e capacitação Proteplan: a TCP substitui diversos produtos, reduzindo custo, e é capaz de retirar do solo os nutrientes necessários para uma alta produtividade.

    De acordo com os estudos, corroborados pelas Fundações Chapadão e MS Integração (do Mato Grosso do Sul), a tecnologia pode alcançar ainda melhores resultados, possibilitando diminuir a dose de fertilizante químico.

    “Claro que seu solo deve conter essa poupança de nutrientes nele. A Tecnologia não faz milagre, ela apenas disponibiliza aquilo que já está lá no solo na forma indisponível. A TCP faz uma simbiose com o solo, controlando-o do ponto de vista microbiológico fazendo com que os nutrientes presos no solo fiquem disponíveis para a planta. Você não precisa de diversos produtos, o que reduz o custo do produtor, e, em casos específicos, você pode reduzir drasticamente a quantidade de fertilizante”, complementa Altamiro Alvernaz, um dos desenvolvedores da TCP.

    Considerada tecnologia “sensação” da Tecnoagro 2022, em Chapadão do Sul/MS, a TCP é uma plataforma de fabricação de ecossistemas e de estabilização de microrganismos. O resultado são soluções com microrganismos vivos, vivendo em harmonia, produzindo metabólicos que proporcionam resultados de produtividade grandes e economia de igual tamanho ao produtor rural. A tecnologia se mostra cada vez mais uma forte aliada do produtor.

    REDUÇÃO DE CUSTO

    O gasto médio no país para produzir um hectare este ano de 2022 deve aumentar quase 50% para milho e 45% para soja em relação ao ano anterior, segundo as contas da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A alta dos gastos com insumos no norte do Paraná e em Mato Grosso varia entre 60% e 70% em relação ao ano anterior, segundo a cooperativa Cocamar e o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

    “Usar a TCP significa você ter a possibilidade de reduzir esses custos com fertilizante e aumentar a sua produção. Na verdade, não só fertilizante, mas fixadores de N, solubilzadores de P, bioestimulantes, nematicidas e alguns fungicidas” diz Willis dos Reis Rodrigues, gerente-geral de uma fazenda no Vale do Araguaia Goiano, que complementa: “Estamos a 3 anos utilizando somente a TCP. Utilizo apenas adubo feito de TCP: esterco e fosfato. E uso um outro produto TCP no sulco de plantio. Antes colhia 65,70 sacas, essa safra colhi 90, 100 sacas por hectare.”

    E os resultados dos estudos científicos corroboram o testemunho de Willis. Nos estudos científicos realizados e mencionados acima, onde ouve 100% de aplicação de fertilizante químico, o resultado utilizando a TCP foi sempre superior em uma média de seis sacas, e sempre substituindo fixadores de N, solubilizadores de P, bioestimulantes e nematicidas. E sem a aplicação nenhum fertilizante químico, o resultado utilizando a TCP foi sempre igual ou superior a adubação química padrão.

    “O que acontece é que o fertilizante químico tem pH 2, o mesmo do ácido sulfúrico, então ele ao mesmo tempo que oferece nutrientes, mata os microrganismos do solo com o tempo. A TCP, por ser um ecossistema equilibrado, resiste ao pH 2 e entra em simbiose com os microrganismos do solo, multiplicando os existentes e equilibrando microbiologicamente esse solo. Quanto menor a quantidade de fertilizante químico mais chances de multiplicar os microrganismos e fungos benéficos do solo através da TCP, disponibilizando aquilo contido no solo”, explica Alvernaz.

    Os experimentos científicos realizados na empresa Proteplan, localizada em Sorriso/MT, na BR 163, impressionou pelos resultados obtidos. “Os melhores resultados foram obtidos à medida que foi colocado menos MAP e aplicado a TCP. Impressionante. Com 0% de MAP e aplicando TCP os resultados foram expressivamente melhores que a aplicação padrão das fazendas com 100% de MAP. Foram 9 repetições e todos com os mesmos resultados. Foram quase 8 sacas a mais. Estivemos com a pesquisadora responsável pelo estudo e vimos o resultado juntos, comprovamos que a tecnologia TCP é diferenciada e entrega resultado”, declarou Guilherme Abrunhosa, membro da equipe de desenvolvimento da TCP.

    CONSENSO DA COMUNIDADE CIENTÍFICA

    Já existe um consenso na comunidade científica em relação a uma correlação positiva entre a estabilidade de sistemas biológicos e sua complexidade: quanto maior o número de microrganismos e maior as suas relações, maior a sinergia dos fatores e estabilidade do sistema. Isso significa que a longevidade e estabilidade desses sistemas, como o solo, está menos propenso a se perder por influência de fatores como variações de temperatura, pH, salinidade, etc.

    Isso acontece porque em sistemas complexos existe a possibilidade da substituição de funções de um microrganismo extinto por outro do ecossistema. Por isso o uso de ecossistemas baseados em microrganismos simbióticos, como a TCP, apresenta várias vantagens sobre o uso de microrganismos isolados e visando o aumento de produtividade, controle de doença e resistência a fatores abióticos. O conjunto de microrganismos, como a TCP, permitem a maior estabilidade do sistema, melhor adaptação a diferentes condições de solo e clima.

    “Estamos apresentando ao mundo o que uma tecnologia como a TCP, feita de ecossistema, pode fazer pela agricultura. Controlado microbiologicamente o solo expressa toda a sua força. Multiplica os microrganismos benéficos, como micorriza funghi e outros microrganismos solubilizadores de fósforo, fixadores de N, e centenas de outros microrganismos importantes para todo o ciclo de vida no solo. Já viu floresta necessitar de fertilizante, nematicida ou fungicida? Ela se auto-regula porque é controlada microbiologicamente, recebendo da própria floresta os nutrientes necessários”, explica Alvernaz.

    De acordo com ele, a diferença da floresta para o cultivo comercial, do ponto de vista nutricional, é a necessidade de inserir uma quantidade maior de nutrientes: “Mas aprendemos a inserir nutrientes obtidos através de processos químicos que matam o solo. E esse foi o problema. Hoje todos nós sabemos disso. Assim o solo se desequilibrou e os problemas com nematoides e fungos começaram. E um ciclo foi formado onde o produtor ficou escravo desse processo: fertilizante químico para repor nutrientes e defensivos para combater esse desequilíbrio no solo proporcionado pelo uso do fertilizante químico”.

    “Mas o conhecimento atual já nos mostra que esses nutrientes necessários para uma alta produtividade não necessitam ser obtidos através de processos químicos que matam o solo. Pelo menos não 100%. E talvez essa guerra na Ucrânia, que aumentou absurdamente o preço desses fertilizantes químicos, seja o ponto de partida para uma mudança importante para o produtor brasileiro e para o Brasil”, conclui o desenvolvedor da TCP.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/