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junho 2022

  • Culturas favoráveis ao inverno prometem grande produtividade

    Trigo e cevada podem ter uma boa safra de acordo com especialista 

    O trigo e a cevada são culturas de inverno que prometem uma boa safra este ano, mas dependem de boas práticas de cultivo, como a correta escolha do cultivar, adubação equilibrada e o manejo de pragas e plantas daninhas no início da plantação.

    Com o intenso resfriamento sobre muitas áreas do Brasil, como Sul, Sudeste e Centro-Oeste, Guilherme Acquarole, gerente de marketing da região Sul da Ourofino Agrociência, aponta que serão necessários mais aportes nessa safra, mas deve haver forte recuperação da renda: “Tendo condições adequadas de desenvolvimento, trigo e cevada devem ter boa produtividade. O momento é altamente propício para que os produtores brasileiros invistam na cultura por causa da alta dos preços, principalmente do trigo, levando em conta o impacto da guerra entre Ucrânia e Rússia, já que, juntas, correspondem a, aproximadamente, 30% da produção global”.

    Com relação às pragas que acometem o trigo, atenção ao coró (Phyllophaga triticophaga), que ataca às raízes das plantas, ao percevejo barriga-verde (Diceraeus spp), que pode atingir a cultura em estágios iniciais, à ferrugem da folha (Puccinia triticina) e ao complexo de manchas, que reduzem a área fotossintética e, consequentemente, a produtividade.

    Para a cevada, é o pulgão-da-folha (Metopolophium dirhodum) que pode causar danos diretos pela sucção de seiva e afetar também as folhas, ou indiretos, com a transmissão de viroses. “A principal virose transmitida é a conhecida por Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC). Essa ofensiva se reflete em problemas no perfilhamento e diminui o desenvolvimento das plantas e o rendimento dos grãos”, explica Aquarole. Ele ressalta, ainda, o complexo manejo de doenças da cultura, como a mancha marrom (Bipolaris sorokiniana) e a Helmintosporiose (Drechslera sorokiniana).

    Outro problema que está afetando ambas as culturas, de maneira recorrente, é o aumento da infestação de azevém (Lolium multiflorum) nas áreas de produção de cereais de inverno no Sul do Brasil, o que pode acarretar grandes perdas de produtividade. “Essa planta daninha já apresenta resistência a alguns mecanismos de ação. Por isso, o produtor tem que estar atento e adotar um manejo adequado, rotacionando herbicidas diferenciados, além de sempre trabalhar com o manejo em pré e pós-emergência”, diz o especialista.

    De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume de grãos colhidos na safra 2021/22 deve ser de 271,8 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 6,4% em relação à safra anterior. A estimativa foi divulgada no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22 em maio. A produção do trigo deve chegar a 7,6 milhões de toneladas. Em outras culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale), a semeadura ainda é incipiente.

    Soluções assertivas

    O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é, reconhecidamente, fonte de economia na agricultura. Com as novas tecnologias para o controle de infestações por insetos e lagartas, as possibilidades atuais podem ser ainda mais positivas. Dentre as formulações de destaque da Ourofino Agrociência estão os inseticidas ÍmparBR, para o tratamento de sementes do trigo, e o Vivantha para o manejo de pulgão-verde-dos-cereais (Rhopalosiphum graminum).

    O ÍmparBR é indicado para o manejo inicial das pragas. Voltada para o tratamento de sementes, a solução é absorvida pelo sistema radicular e translocada para a parte aérea durante o processo de germinação e crescimento das plantas. De acordo com Acquarole, o produto possui um grande diferencial, que é a solubilidade aliada à alta sistematicidade na planta e performance de controle, o que permite a manutenção do estande no início dos cultivos. “Assim, há melhor redistribuição na planta, um período residual maior de controle e, ainda, alta eficiência contra pragas sugadoras”.

    O Vivantha amplia as opções de produtos para o manejo de pragas sugadoras. Destaca-se pela eficiência de controle, amplo espectro de ação, flexibilidade de uso, alta solubilidade e sistemicidade, promovendo a paralisação do ataque das pragas, redução da transmissão de viroses, rápida absorção, melhor translocação, distribuição na planta, proteção e um maior período de controle.

    Como fungicida, a Ourofino Agrociência indica o Nillus, um protetor multissítio com vários modos de ação e formulação diferenciada, com fotoprotetores que possibilitam melhor fixação, recobrimento das plantas e maior período de controle. A indústria sugere ainda o Teburaz que apresenta alta eficiência e sistemicidade, o que permite um manejo adequado para o controle do complexo de doenças nos cereais de inverno.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Safra de soja e milho revisada para cima

    Em relação ao milho, a área da 1ª safra foi mantida constante em 4,52 milhões de hectares

    A AgResource Brasil, filial da empresa norte-americana AgResource Company, revisou as estimativas de produção de soja e de milho para o ciclo 21/22. Nesse cenário, as revisões vêm em linha com a melhor mensuração dos rendimentos de campo de soja e da primeira safra de milho devido ao avanço da colheita e finalização dos trabalhos.

    “Para a soja, a produção da safra 21/22 foi elevada praticamente devido a aferição de área plantada no estado de Mato Grosso, o maior estado produtor. Com isso a produção nacional foi indicada em 121,93 milhões de toneladas, elevação de 1,63%, enquanto a área foi indicada maior em 1,35%, atingindo 41,51 milhões de hectares. Nesse sentido, o uso doméstico de soja em 2022 foi elevado para 50,65 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram indicadas em 75 milhões de toneladas”, disse a consultoria.

    Em relação ao milho, a área da 1ª safra foi mantida constante em 4,52 milhões de hectares, enquanto para a 2ª e 3ª safra foram elevadas para 16,06 milhões de hectares e 670 mil hectares, respectivamente. “A produtividade da primeira safra foi elevada de 87 para 91 sc/ha, o que trouxe a produção de 21,93 para 23,03 milhões de toneladas”, completa.

    “No caso da segunda safra, a colheita segue avançando, principalmente em Mato Grosso, e foi indicada em 7,78%. Para a revisão de safra, a AgResource nota que o aumento de área de soja resultou em um aumento da área semeada da segunda safra de milho, e com a produtividade levemente ajustada para 93 sc/ha, deve resultar em uma produção de 85,07 milhões de toneladas, aumento de 1,48% em relação ao mês anterior”, conclui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Receita das exportações brasileiras de carne bovina cresce

    Nos cinco primeiros meses do ano, os embarques somaram US$ 5,06 bilhões

    As exportações brasileiras de carne bovina registraram crescimento de 55,9% em receita no acumulado dos cinco primeiros meses de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. Os dados foram levantados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

    De janeiro a maio desse ano, o faturamento com as vendas chegou a US$ 5,06 bilhões, ante US$ 3,24 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em volume, o aumento foi de 25%, passando de 710 mil toneladas em 2021 para 887,3 mil toneladas até maio desse ano. No mesmo período, o preço médio da proteína cresceu 24,7%, passando de US$ 4,5 mil a tonelada para US$ 5,7 mil por tonelada. “Isso mostra que a carne bovina brasileira está sendo cada vez mais valorizada no mercado internacional e que o Brasil está se consolidando como um importante parceiro comercial para os países compradores”, explica Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec.

    Na comparação de maio de 2022 com maio de 2021, o aumento da receita foi de 49,5%, passando de US$ 725,2 milhões para US$ 1,08 bilhão. Quando se olha o volume, a alta foi de 17,5%, de 149,8 mil toneladas para 176 mil toneladas. Já na comparação com abril, houve desaceleração de 1,7% na receita, que foi de US$ 1,102 bilhão no mês anterior.

    Principais mercados

    No acumulado de 2022, o Brasil exportou carne bovina para 130 países, sendo que os principais compradores foram a China, com US$ 2,9 bilhões, alta de 91,3% ante US$ 1,52 bilhão registrados no mesmo período de 2021. O volume cresceu 37,9% e ficou em 437,4 mil toneladas ante 317 mil toneladas.

    Na sequência estão os Estados Unidos, com US$ 471 milhões, alta de 88% ante US$ 251 milhões. A alta no volume foi de 109,8%, com 70,9 mil toneladas ante 33,8 mil toneladas. A receita dos embarques para o Egito no período cresceu 345% e ficou em US$ 255,8 milhões ante US$ 57,5 milhões, resultado do crescimento de 286,9% no volume de carne embarcado, que passou de 17,1 mil toneladas para 66,3 mil toneladas.

    Os embarques para a União Europeia cresceram 29,4% em receita com US$ 212,8 milhões ante US$ 164,5 milhões, enquanto o volume embarcado aumentou 14,4% e fechou o período com 28,6 mil toneladas ante 25 mil toneladas no acumulado de 2021. Já a receita acumulada dos embarques para o Chile cresceu 2,8% e ficou em US$ 157 milhões ante US$ 152,7 milhões no acumulado do ano anterior.

    Na comparação de maio 2021 versus maio de 2022 a China segue na dianteira, com receita de US$ 692,2 milhões, aumento de 101% ante US$ 343,2 milhões de 2021. O volume no período cresceu 42,6% e ficou em 95,9 mil toneladas ante 67,3 mil toneladas. A receita com os embarques para a União Europeia cresceram 56,9%, passando de US$ 30 milhões para US$ 47,2 milhões, com aumento de 33,9% nos embarques, que chegaram a 5,9 mil toneladas ante 4,4 mil toneladas em maio do ano passado.

    A receita com as vendas para o Egito no período somou US$ 44,9 milhões, aumento de 356,8% ante US$ 9,8 milhões. O volume embarcado no período cresceu 329,6% e ficou em 11,4 mil toneladas ante 2,65 mil toneladas. Os embarques para a Arábia Saudita também cresceram no período, 71,7% em receita, que ficou em 20,3 milhões ante US$ 11,8 milhões, com volume 42,9% maior, chegando a 3,6 mil toneladas ante 2,5 mil toneladas. Para os Emirados Árabes, a receita teve alta de 6,3% com US$ 18,9 milhões ante US$ 17,8 milhões e volume 1,6% maior, passando de 4,02 mil toneladas para 4,09 mil toneladas.

    Informações foram divulgadas pela ABIEC.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Fungo do bem é eficiente contra mofo-branco e mosca-branca, mostra estudo da Embrapa

    Pesquisa utilizou método que permite produção em larga escala do microrganismo benéfico, permitindo sua comercialização

    Cientistas da Embrapa verificaram que o fungo Clonostachys rosea se mostrou um eficaz agente de controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) e da mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B), ambos considerados grandes problemas fitossanitários para várias culturas, como soja, algodão, feijão, tomate, batata, canola e girassol. Além disso, os pesquisadores conseguiram obter um meio de reprodução barato do microrganismo benéfico, abrindo perspectivas de produção em larga escala de um futuro bioinsumo agrícola.

    Células do fungo foram produzidas por uma técnica eficiente e de baixo custo, chamada de fermentação líquida submersa. Dessa forma, é possível obter uma produção em larga escala, em biorreatores automatizados.

    Nos ensaios em laboratório, o fungo parasitou 100% de estruturas (escleródios) do organismo causador do mofo-branco e causou mais de 70% de mortalidade em ninfas da mosca-branca.

    De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Wagner Bettiol, o fungo apresenta múltiplas funções ecológicas que beneficiam inúmeras espécies vegetais. “Esse microrganismo é um excelente agente de biocontrole, sendo micoparasita de um grande número de fungos fitopatogênicos [causadores de doenças em plantas]”, relata o pesquisador.

    Entretanto, devido às dificuldades de sua produção em larga escala usando substratos sólidos, seu uso comercial ainda é muito limitado. Até o momento, existem apenas alguns produtos comerciais à base de Clonostachys rosea disponíveis em todo o mundo, como as marcas Vectorite e Endofine no Canadá, e Kamoi no Brasil. A produção industrial é realizada em substratos sólidos constituídos por grãos de cereais, cevada ou aveia, na América do Norte, e por grãos de arroz, aqui.

    “Até o presente momento, não há registro no mundo de qualquer produto comercial contendo esse fungo que seja de origem de propágulos [células] ativos obtidos pela fermentação líquida submersa”, destaca Bettiol.

    Perdas econômicas

    Juntos, o mofo-branco e a mosca-branca são responsáveis por grandes prejuízos nas lavouras. Somente na soja, o mofo-branco provoca perdas anuais estimadas em até US$ 1,2 bilhão, nos Estados Unidos, e de US$ 1,47 bilhão, no Brasil. Já a pequenina mosca-branca é responsável por danos que somam cerca de US$ 1 bilhão ao ano nas plantações brasileiras.

    Em contraste, os processos de cultura submersa oferecem várias vantagens sobre o método tradicional baseado na fermentação em estado sólido, segundo a Embrapa. O meio líquido proporciona um sistema de produção mais econômico e eficiente devido ao menor tempo de cultivo e maiores ganhos econômicos e de produtividade, além da facilidade de escalonamento industrial e maior controle dos parâmetros fermentativos. No estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology, os pesquisadores relataram a produção de 1,1 bilhão de conídios por mililitro de meio de cultura, após quatro dias em biorreator.

    O pesquisador Gabriel Mascarin, um dos autores do artigo, relata que foi observada, pela primeira vez, a formação de microescleródios desse antagonista em meio líquido.

    “Essa estrutura do fungo é importante, pois apresenta maior capacidade de sobrevivência nas condições em que for aplicada e ainda abre a possibilidade de ser utilizada no tratamento de sementes de diversas culturas vegetais”, conta o cientista. “A multiplicação em larga escala dos agentes de biocontrole é um importante fato para alavancar e implementar um programa de controle biológico em larga escala”, destaca Mascarin.

    O cientista afirma que o desenvolvimento comercial de biopesticidas fúngicos é criticamente dependente da facilidade de produção em grande escala, e isso requer processos e meios de cultura econômicos para se tornar viável. O processos podem ser: fermentação sólida, líquida ou bifásica.

    Ele acredita que essa tecnologia irá colaborar para resolver algumas das limitações para o uso comercial de Clonostachys, que além de ser uma ferramenta a mais no manejo integrado de diversos problemas fitossanitários, ainda promove o crescimento das plantas.

    Potencial do fungo

    Uma vez que Clonostachys rosea é um excelente micoparasita de fungos patogênicos às plantas, seria de interesse desenvolver um propágulo mais resiliente, a exemplo do microescleródio que é um tipo de estrutura em repouso, para ser aplicado diretamente no solo onde este fungo pode sobreviver, se alimentando de matéria orgânica em decomposição, além de suprimir o desenvolvimento de outros fungos fitopatogênicos.

    Os resultados sugerem que os microescleródios podem ser incorporados na forma de grânulos secos como uma nova estratégia de liberação mais direcionada ao controle de fungos fitopatogênicos habitantes do solo, como o Sclerotinia sclerotiorum e Botrytis cinerea, afirma Bettiol.

    Conforme Mascarin, o seu potencial como agente de controle biológico tem recebido grande atenção devido ao seu amplo espectro de hospedeiros-alvo, como fitopatógenos e insetos-praga. A sua versatilidade é atribuída à ativação de múltiplos mecanismos, como enzimas de degradação da parede celular de outros fungos, produção de metabólitos secundários com ação antifúngica e, ainda, indução de sistemas de defesa da planta. Além disso, seus efeitos também foram observados em outros insetos-pragas, como a broca-do-café, cigarrinhas, mosca-do-repolho e mosca- das-frutas.

    “Munido de um arsenal enzimático engenhoso, […] o Clonostachys rosea tem ação de biocontrole sobre vários hospedeiros-alvo, incluindo artrópodes, nematoides e fungos fitopatogênicos. Os genomas anotados de diferentes cepas revelam uma infinidade de genes relacionados ao controle biológico que podem desempenhar um papel importante na sua estratégia de antagonismo”, conclui Mascarin.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Bancos poderão retomar financiamentos do Plano Safra

    Retomada parcial foi autorizada pelo Ministério da Economia. Contratações estavam suspensas desde fevereiro

    O Ministério da Economia autorizou na última sexta-feira (10) as instituições financeiras que operam com recursos do Plano Safra a retomarem parcialmente as contratações de financiamentos rurais subvencionadas no âmbito do Plano Safra 2021/2022.

    A retomada das contratações será para as linhas de financiamento do Pronaf (Agricultura Familiar) incluindo investimentos, aquisição de matrizes e reprodutores, aquisição de tratores, colheitadeiras e outros veículos. Também foram liberadas outras linhas como ABC (agricultura de baixo carbono), Pronamp (médio produtor), Inovagro (inovações tecnológicas), Proirriga (irrigação) e Moderagro (modernização)

    Continuam suspensas as contratações das linhas de financiamentos Moderfrota (frotas e tratores), PCA (para construção de armazéns) e Prodecoop (desenvolvimento cooperativo).

    As contratações de financiamentos rurais com recursos equalizáveis estavam suspensas desde 7 de fevereiro. Na última quinta-feira (9), o Ministério da Economia publicou em edição extra do Diário Oficial da União a Portaria 5.327, que abre crédito suplementar de R$ 1.087.605.763 para reforçar os pagamentos de equalização de taxas de juros do Plano Safra vigente,  que encerra no dia 30 de junho deste ano.

    O Ministério da Agricultura estima que cerca de R$ 15 bilhões em novas operações de crédito rural, com recursos  equalizados, devam ser contratadas até o dia 30 de junho.

    Linhas de financiamento que deverão ser retomadas:

    ABC – Ambiental

    ABC – demais

    Aquisição de matrizes e reprodutores – Pronaf

    Caminhonetes de carga e Motocicletas adaptadas à atividade rural – Pronaf

    Comercialização FEE

    Custeio Empresarial

    Custeio Pronamp

    Inovagro

    Investimento Empresarial

    Investimento Grupo B – Pronaf

    Investimento Pronaf

    Investimento Pronamp

    Moderagro

    Procap-Agro – Giro

    Proirriga

    Tratores e Colheitadeiras – Pronaf

    Linhas de financiamentos que permanecem suspensas:

    Moderfrota

    PCA

    PCA – Até 6.000 ton

    Prodecoop

    As informações foram divulgadas pelo Mapa.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Zoneamento Agrícola de Risco Climático ganha nova regra

    Até que a instrução normativa seja publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento continua valendo a regra atual

    Uma nova regra passa a valer para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) a partir da próxima safra. Baseada em pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, a regra dobra de três para seis as classes de água disponível (AD) no solo, passando a representar 99% das terras agrícolas brasileiras. Com isso, a nova norma fortalece a operacionalização do Zarc como instrumento de política pública.

    Até que a instrução normativa seja publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) continua valendo a regra atual. A nova vai sendo implementada conforme as novas instruções para as culturas.

    De acordo com a Embrapa, o conceito de AD indica a quantidade de água que pode ser armazenada no solo e utilizada pelas plantas. Trata-se de um atributo de extrema importância para a agricultura, pois impacta diretamente no tempo em que uma cultura conseguirá sobreviver sem chuva. A metodologia antiga do Zarc considerava três classes de água disponíveis no solo sendo uma para solo arenoso, outra para solo de textura média e outra para solo argiloso, diferenciadas pelo conteúdo de argila do solo.

    Com a atualização, o Zarc passa a considerar seis classes de água disponível, abrangendo um intervalo desde 0,34 mm de água por centímetro de solo até valores maiores que 1,84 mm/cm, o que compreende mais de 99% dos solos agrícolas brasileiros na atualidade.

    “O maior número de classes permitiu considerar adequadamente uma amplitude maior de condições hídricas em diferentes tipos de solos e regiões brasileiras, ao mesmo tempo em que aumentou a precisão da estimativa do risco hídrico dentro do intervalo de cada classe”, diz o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital (SP), José Eduardo Monteiro.

    “O objetivo da nova regra é aperfeiçoar o uso da informação, aumentar o número de cenários, os diferentes ambientes ou ocorrências de tipos de solos e funcionamentos deles associados às relações clima e planta. As novas classes de AD dos solos do Brasil serão estimadas não só pelos teores de argila, mas também pelas demais frações granulométricas do solo: areia e silte,” diz o pesquisador Balbino Evangelista, da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO).

    “No passado, todo o risco era estimado para apenas três tipos de solo, caracterizados por três níveis fixos de água disponível (AD = 0,7; 1,1 e 1,5 mm/cm), os quais eram estabelecidos basicamente pelo teor de argila. Tal metodologia era usada desde o início dos trabalhos de Zarc (1996) e eram frequentes os questionamentos quanto à água disponível a ser considerada numa determinada região. Além disso, hoje sabe-se que a composição granulométrica (textural) do solo é muito mais complexa do que apenas o teor de argila para a definição da água disponível de um solo”, explica José Renato Bouças Farias, pesquisador da Embrapa Soja (PR).

    ​​O que é o Zarc?

    O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, agentes financeiros e demais usuários. O Zarc atualmente contempla 44 culturas e sempre busca ampliar as culturas analisadas. Atualmente, está em estudo, por exemplo, o Zarc-palmeiras, que fará estudos para os cultivos do açaízeiro, coqueiro, dendezeiro e a macaubeira.

    O Zarc tornou-se imprescindível para identificar, quantificar e mapear as regiões com climas mais favoráveis ao plantio dos cultivos de sequeiro e de alguns cultivos irrigados. Na atualidade, os estudos do ZARC contemplam a indicação das épocas de plantio e percentual de risco associado para todas as unidades da federação.

    Em 2021, a adoção do Zarc proporcionou uma economia superior a R$ 8,7 bilhões à produção agrícola brasileira, de acordo com o Balanço Social da Embrapa. O valor equivale principalmente a prejuízos que o País deixou de sofrer com perdas de safras e às consequentes indenizações securitárias que elas provocaram.

    O Zarc influencia diretamente o seguro agrícola. Em alguns programas de governo, como o Proagro, o seguro já está no financiamento. Esses seguros se baseiam no calendário agrícola que o ZARC faz para cada cultura.

    O ZARC nada mais é do que é um calendário agrícola. Se o produtor deseja plantar milho no Rio de Janeiro, por exemplo, é indicada certa época do ano na qual terá 80% de chances de acerto, se plantar logo depois cai para 70% e se deixar para plantar no fim de dezembro, por exemplo, o risco é de 20% de dar certo, se o plantio for em março a chance de dar errado é de 100%. É um trabalho técnico que vira uma política pública.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil pode ser autossuficiente em trigo em 10 anos, apontam especialistas da Embrapa

    Embrapa já testou cultivo de trigo nos cerrados de Roraima

    O Brasil pode se tornar autossuficiente na produção de trigo para consumo em até dez anos. A afirmativa foi dada por pesquisadores da Empresa, que já colheram significativos resultados em suas pesquisas de campo. O desafio será ultrapassar a casa de 13 milhões de toneladas consumidas hoje no país, uma vez, que 50% da demanda interna é importada.

    Em audiência pública realizada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, na semana passada, os pesquisadores da Embrapa divulgaram os resultados das últimas pesquisas quanto à tropicalização da cultura do trigo e as perspectivas de expansão da produção para os estados das regiões Norte e Nordeste.

    Conforme estudos, Roraima, Ceará, Piauí e Maranhão são alguns dos estados que aparecem como novas fronteiras do trigo, hoje produzido em maior parte na região Sul (90%). Atualmente, 19% do consumo está localizado na Região Sul; 42% na Região Sudeste; 5,5% na Região Centro-Oeste; 22% na Região Nordeste; e 10% na Região Norte, em um total de 12,7 milhões de toneladas demandados.

    Pesquisador em trigo da Embrapa Cerrado, Júlio Albrecht mostrou que a área de produção do trigo está migrando para a região do Cerrado. “Temos, no Cerrado, 204 milhões de hectares e podemos explorar sem derrubar árvores, só cultivando em regiões degradadas. A Embrapa sempre acreditou no trigo nessa região. Temos condições de chegar a autossuficiência e até a exportação de trigo em menos de 10 anos”, ressaltou.

    Em termos de custos de importação para o Brasil, o trigo só perde para o petróleo, segundo Albrecht. A aposta é congregar genética, pesquisa e produtores qualificados. A média nacional é de de 2,8 toneladas por hectare, mas, em 2021 já houve recorde com um produtor nacional obtendo 9 toneladas.

    Roraima

    Para o chefe-geral da Embrapa Roraima, Edvan Alves Chagas, o estado tem mais de 2 milhões de hectares aptos para a produção de grãos, porém enfrenta alguns desafios, como baixas latitude e altitude, altas temperaturas e umidade relativa do ar. Contudo, as pesquisas da Embrapa apontam bons resultados na produção do trigo.

    A produção de trigo tropical em Roraima trará segurança alimentar e fonte de divisas, segundo o chefe-geral da unidade em Roraima, e será uma opção de cultivo após a safra da soja, que no estado já sofre com a ferrugem (doença que atinge a cultura). Ele acredita ainda que com o cultivo do trigo será possível atrair indústrias voltadas para a moagem.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • USDA eleva produção e estoques de soja

    No Brasil, para o ano de 2021/2022, a produção de soja foi elevada para 126 milhões de toneladas

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo relatório elevando os estoques e estimativa de produção, tanto de safra nova, quanto de safra velha. Nesse contexto, os números de produção e de estoques finais globais da safra de 2021/2022 fecharam em 351,99 milhões e 86,15 milhões de toneladas, respectivamente. Os dados de 2022/2023 foram estabelecidos em 395,37 milhões e 100,46 milhões de toneladas.

    No Brasil, para o ano de 2021/2022, a produção de soja foi elevada para 126 milhões de toneladas, com 21,86 milhões e exportações caindo para 82,25 milhões de toneladas. Para a safra de 2022/2023 a produção deve permanecer em 149 milhões de toneladas, como o estipulado no mês anterior, enquanto os estoques finais ficarão em 30,76 milhões e exportações em 88,5 milhões de toneladas.

    Já no caso dos Estados Unidos, os únicos dados que foram elevados para a safra de 2021/2022 foram as exportações, revisadas para 59,06 milhões de toneladas, enquanto a produção fica em 120,71 milhões de toneladas e os estoques finais reduzidos para 5,58 milhões de toneladas. Para 2022/2023 a produção deve ficar em 126,28 milhões de toneladas, com estoques caindo para 7,62 milhões de toneladas e exportações permanecendo em 59,87 milhões de toneladas.

    Para a Argentina, quando se fala em safra 2021/2022, a produção deve subir para 43,4 milhões de toneladas, assim como os estoques finais para 20,65 milhões e as exportações devem permanecer em 2,75 milhões de toneladas. Para 2022/2023, a produção e a exportação devem permanecer em 51 milhões de toneladas e 4,7 milhões de toneladas, respectivamente. Os estoques finais devem subir para 23,51 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Comissão aprova projeto que desobriga produtor de averbar reserva legal

    Para o relator, exigência de averbação da cota não é compatível com o Código Florestal, que simplificou o registro da reserva legal

    Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6017/19, do Senado, que retira do Código Florestal a exigência de averbação da cota de reserva ambiental na matrícula do imóvel. A aprovação foi recomendada pelo relator, deputado Jose Mario Schreiner (MDB-GO).

    Schreiner concordou com o argumento do autor da proposta, senador Wellington Fagundes (PL-MT), de que a exigência de averbação da cota na matrícula não é compatível com o tratamento simplificado que o Código Florestal estabeleceu para a reserva legal, cujo registro passou a ser feito apenas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

    As cotas de reserva ambiental representam áreas de vegetação nativa em uma propriedade que extrapolam o limite mínimo exigido por lei e podem ser usadas para compensar a falta de reserva legal em outra área.

    Ao instituir o CAR, que é um registro público eletrônico, a lei de 2012 não exigiu a averbação da reserva legal na matrícula do imóvel rural – diferentemente do que previa o antigo Código Florestal. Entretanto, a exigência de averbação da cota de reserva permaneceu.

    “O CAR é um instrumento mais efetivo para controle das cotas de reserva ambiental do que a averbação na matrícula do imóvel, pois é gerenciado dentro de um sistema informatizado”, afirmou Jose Mario Schreiner. “É incoerente permitir o controle da reserva legal apenas pelo CAR e exigir a averbação na matrícula do imóvel para a cota de reserva ambiental.”

    O texto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • VBP de 2022 é estimado em R$ 1,24 trilhão

    Os produtos com melhor desempenho são algodão, banana, batata-inglesa, café, cana-de-açúcar, feijão, milho, tomate e trigo

    O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 deverá chegar a R$ 1,243 trilhão, montante 2,4% acima do obtido em 2021 (R$ 1,214 trilhão). De acordo com as estimativas de maio, o faturamento das lavouras é de R$ 880,37 bilhões, responsáveis pela maior parte do VBP estimado, com crescimento real de 6,56%. A pecuária, que inclui os principais produtos da atividade animal, tem um VBP projetado de R$ 362,64 bilhões, 6,4% menor em comparação ao do ano passado.

    Conforme dados da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, a maior parte dos produtos analisados apresenta desempenho melhor do que em 2021.

    Os destaques são: algodão (aumento real de 45% no VBP), banana (14,2%), batata-inglesa (26,7%), café (37,8%), cana-de-açúcar (28,1%), feijão (13,9%), milho (20,4%), tomate (40,3%) e trigo (22,1%).

    Entre os produtos com baixo desempenho estão arroz, cacau, laranja, soja e uva. “As secas ocorridas neste ano safra afetaram alguns destes produtos, em especial a soja, milho e feijão no Rio Grande do Sul; e o milho, com menor intensidade no Paraná e em Mato Grosso do Sul”, informa nota da secretaria.

    Os resultados da pecuária têm sido impactados pela queda dos preços de bovinos, suínos e frango. “O IBGE registra o melhor resultado do abate de suínos para o primeiro trimestre desde 1997, quando iniciou a série histórica. Note-se ainda na pecuária, que o Mato Grosso lidera o abate de bovinos, com 16,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul, 11,3%, e São Paulo, 11%”.

    A Secretaria de Política Agrícola observa que os produtores receberam mais pelas vendas neste ano em relação a 2021. As maiores altas de preços dos produtos foram no algodão (21,5%), batata-inglesa (33,6%), café arábica (28,4%) e banana (12,4%). Os produtos em melhor posição são: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Juntos, somam 59,7% do VBP de 2022. Entre os estados, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás lideram o valor total do VBP, respondem por 63,2%. As informações foram divulgadas pelo Mapa.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/