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junho 2022

  • Anvisa suspende carbendazim. ENTENDA O MOTIVO

    A suspensão é imediata e vale até que conclusão do processo, que está previsto para ser concluído em 8 de agosto

    Nesta terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão cautelar da importação, produção, distribuição e comercialização do carbendazim,  um dos agrotóxicos mais usados no Brasil em culturas como soja, milho, laranja e maçã, e banido na Europa e nos Estados Unidos por suspeita de provocar câncer e malformação de fetos.

    A suspensão é imediata e vale até que conclusão do processo, que está previsto para ser concluído em 8 de agosto. A presidente substituta da Anvisa, Meiruze Freitas, afirmou que o “uso” do agrotóxico também está suspenso.

    Na reunião, ficou decidido que haverá uma consulta pública até 11 de julho. Os diretores acordaram que a decisão final será tomada em reunião em 5 de agosto, com publicação de resolução em 8 de agosto, dentro dos prazos ordenados pela Justiça. Um dos tópicos da decisão abre a possibilidade de a Anvisa conceder prazo, entre agosto e novembro de 2022, para indústrias e lojas comercializarem o carbendazim.

    O Carbendazim é um fungicida sistêmico , de amplo espectro do grupos dos benzimidois e tem seu uso em aplicação foliar e  tratamento de sementes. As principais culturas de uso são a soja , feijão , trigo , algodão e citrus. O cancelamento do ativo retira uma importante ferramenta principalmente no manejo de doenças do final de ciclo na cultura da soja.

    O Carbendazim é  uma ferramenta que vem sendo usada por muito tempo pelos agricultores sendo um fungicida de baixo custo. É importante no manejo de resistência, principalmente para a soja que hoje conta com poucos grupos químicos de fungicidas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Menos fertilizante, menos defensivo e mais produtividade – Tecnologia “sensação de 2022” é forte aliada do produtor rural

    Resultados de estudos da Proteplan e das Fundações Chapadão e MS Integração

    A TCP (tecnologia do consórcio probiótico) tem a capacidade de disponibilizar, diretamente do solo, os nutrientes indispensáveis para a cultura da soja, apontam recentes pesquisas. ”O uso de TCP, na semente e no sulco de plantio em lavouras sem adubação, garantem produtividade de soja similar a lavouras adubadas, 200kg/ha de MAP (22kg/ha de N + 104kg/ha de P2O5)”, conclui estudo realizado pelo renomado professor Luiz Antônio Fancelli (USP/Esalq).

    Além disso, aponta o especialista, “o uso de TCP, no sulco de semeadura, substitui o uso conjunto de inoculante específico (Bradyrizobium + Azospirillum) + inoculante solubilizador de fósforo + nematicida + Complexo de Bacillus + Trichoderma.”

    A conclusão de Fancelli foi a mesma conclusão de experimentos realizados na empresa mato-grossense de pesquisa agrícola, assessoria e capacitação Proteplan: a TCP substitui diversos produtos, reduzindo custo, e é capaz de retirar do solo os nutrientes necessários para uma alta produtividade.

    De acordo com os estudos, corroborados pelas Fundações Chapadão e MS Integração (do Mato Grosso do Sul), a tecnologia pode alcançar ainda melhores resultados, possibilitando diminuir a dose de fertilizante químico.

    “Claro que seu solo deve conter essa poupança de nutrientes nele. A Tecnologia não faz milagre, ela apenas disponibiliza aquilo que já está lá no solo na forma indisponível. A TCP faz uma simbiose com o solo, controlando-o do ponto de vista microbiológico fazendo com que os nutrientes presos no solo fiquem disponíveis para a planta. Você não precisa de diversos produtos, o que reduz o custo do produtor, e, em casos específicos, você pode reduzir drasticamente a quantidade de fertilizante”, complementa Altamiro Alvernaz, um dos desenvolvedores da TCP.

    Considerada tecnologia “sensação” da Tecnoagro 2022, em Chapadão do Sul/MS, a TCP é uma plataforma de fabricação de ecossistemas e de estabilização de microrganismos. O resultado são soluções com microrganismos vivos, vivendo em harmonia, produzindo metabólicos que proporcionam resultados de produtividade grandes e economia de igual tamanho ao produtor rural. A tecnologia se mostra cada vez mais uma forte aliada do produtor.

    REDUÇÃO DE CUSTO

    O gasto médio no país para produzir um hectare este ano de 2022 deve aumentar quase 50% para milho e 45% para soja em relação ao ano anterior, segundo as contas da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A alta dos gastos com insumos no norte do Paraná e em Mato Grosso varia entre 60% e 70% em relação ao ano anterior, segundo a cooperativa Cocamar e o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

    “Usar a TCP significa você ter a possibilidade de reduzir esses custos com fertilizante e aumentar a sua produção. Na verdade, não só fertilizante, mas fixadores de N, solubilzadores de P, bioestimulantes, nematicidas e alguns fungicidas” diz Willis dos Reis Rodrigues, gerente-geral de uma fazenda no Vale do Araguaia Goiano, que complementa: “Estamos a 3 anos utilizando somente a TCP. Utilizo apenas adubo feito de TCP: esterco e fosfato. E uso um outro produto TCP no sulco de plantio. Antes colhia 65,70 sacas, essa safra colhi 90, 100 sacas por hectare.”

    E os resultados dos estudos científicos corroboram o testemunho de Willis. Nos estudos científicos realizados e mencionados acima, onde ouve 100% de aplicação de fertilizante químico, o resultado utilizando a TCP foi sempre superior em uma média de seis sacas, e sempre substituindo fixadores de N, solubilizadores de P, bioestimulantes e nematicidas. E sem a aplicação nenhum fertilizante químico, o resultado utilizando a TCP foi sempre igual ou superior a adubação química padrão.

    “O que acontece é que o fertilizante químico tem pH 2, o mesmo do ácido sulfúrico, então ele ao mesmo tempo que oferece nutrientes, mata os microrganismos do solo com o tempo. A TCP, por ser um ecossistema equilibrado, resiste ao pH 2 e entra em simbiose com os microrganismos do solo, multiplicando os existentes e equilibrando microbiologicamente esse solo. Quanto menor a quantidade de fertilizante químico mais chances de multiplicar os microrganismos e fungos benéficos do solo através da TCP, disponibilizando aquilo contido no solo”, explica Alvernaz.

    Os experimentos científicos realizados na empresa Proteplan, localizada em Sorriso/MT, na BR 163, impressionou pelos resultados obtidos. “Os melhores resultados foram obtidos à medida que foi colocado menos MAP e aplicado a TCP. Impressionante. Com 0% de MAP e aplicando TCP os resultados foram expressivamente melhores que a aplicação padrão das fazendas com 100% de MAP. Foram 9 repetições e todos com os mesmos resultados. Foram quase 8 sacas a mais. Estivemos com a pesquisadora responsável pelo estudo e vimos o resultado juntos, comprovamos que a tecnologia TCP é diferenciada e entrega resultado”, declarou Guilherme Abrunhosa, membro da equipe de desenvolvimento da TCP.

    CONSENSO DA COMUNIDADE CIENTÍFICA

    Já existe um consenso na comunidade científica em relação a uma correlação positiva entre a estabilidade de sistemas biológicos e sua complexidade: quanto maior o número de microrganismos e maior as suas relações, maior a sinergia dos fatores e estabilidade do sistema. Isso significa que a longevidade e estabilidade desses sistemas, como o solo, está menos propenso a se perder por influência de fatores como variações de temperatura, pH, salinidade, etc.

    Isso acontece porque em sistemas complexos existe a possibilidade da substituição de funções de um microrganismo extinto por outro do ecossistema. Por isso o uso de ecossistemas baseados em microrganismos simbióticos, como a TCP, apresenta várias vantagens sobre o uso de microrganismos isolados e visando o aumento de produtividade, controle de doença e resistência a fatores abióticos. O conjunto de microrganismos, como a TCP, permitem a maior estabilidade do sistema, melhor adaptação a diferentes condições de solo e clima.

    “Estamos apresentando ao mundo o que uma tecnologia como a TCP, feita de ecossistema, pode fazer pela agricultura. Controlado microbiologicamente o solo expressa toda a sua força. Multiplica os microrganismos benéficos, como micorriza funghi e outros microrganismos solubilizadores de fósforo, fixadores de N, e centenas de outros microrganismos importantes para todo o ciclo de vida no solo. Já viu floresta necessitar de fertilizante, nematicida ou fungicida? Ela se auto-regula porque é controlada microbiologicamente, recebendo da própria floresta os nutrientes necessários”, explica Alvernaz.

    De acordo com ele, a diferença da floresta para o cultivo comercial, do ponto de vista nutricional, é a necessidade de inserir uma quantidade maior de nutrientes: “Mas aprendemos a inserir nutrientes obtidos através de processos químicos que matam o solo. E esse foi o problema. Hoje todos nós sabemos disso. Assim o solo se desequilibrou e os problemas com nematoides e fungos começaram. E um ciclo foi formado onde o produtor ficou escravo desse processo: fertilizante químico para repor nutrientes e defensivos para combater esse desequilíbrio no solo proporcionado pelo uso do fertilizante químico”.

    “Mas o conhecimento atual já nos mostra que esses nutrientes necessários para uma alta produtividade não necessitam ser obtidos através de processos químicos que matam o solo. Pelo menos não 100%. E talvez essa guerra na Ucrânia, que aumentou absurdamente o preço desses fertilizantes químicos, seja o ponto de partida para uma mudança importante para o produtor brasileiro e para o Brasil”, conclui o desenvolvedor da TCP.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Irrigação sustentável pode combater mudanças climáticas

    Atualmente, dois terços das colheitas do mundo são limitadas pelas chuvas

    À medida que as mudanças climáticas alteram os padrões de precipitação, a irrigação pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar a oferta mundial de alimentos, alimentando mais de um bilhão de pessoas sem converter a natureza selvagem em terras agrícolas, de acordo com um novo estudo de Lorenzo Rosa de Carnegie publicado na  Environmental Research Letters.

    “As tendências populacionais indicam que precisaremos dobrar a produção global de alimentos até 2050”, explicou Rosa. “Para conseguir isso, precisaremos limpar mais terras ou cultivar com mais eficiência, apesar do aumento do estresse de um mundo em aquecimento”.

    A conversão de terras não desenvolvidas em fazendas agrava as mudanças climáticas e diminui a biodiversidade. Mas os baixos rendimentos das culturas nas terras agrícolas existentes podem ser melhorados com tecnologia moderna. “No entanto, é crucial avaliar essas estratégias de intervenção para ver quais levarão ao maior aumento da produção de alimentos e ao menor impacto ambiental”, disse Rosa.

    Atualmente, dois terços das colheitas do mundo são limitadas pelas chuvas. Espera-se que as mudanças climáticas modifiquem os padrões de precipitação e aumentem o estresse térmico nas plantas, o que significa que depender apenas das chuvas não será capaz de atender ao aumento da demanda por alimentos.

    Uma estratégia para melhorar a produtividade das terras agrícolas é a irrigação. Estudos mostram que as lavouras irrigadas são duas vezes mais produtivas do que aquelas que dependem exclusivamente das chuvas. No entanto, a irrigação já representa entre 85 e 90 por cento do consumo humano de água. É possível usar a irrigação para aumentar a produção de alimentos sem criar escassez de água?

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Safra de soja deve ter redução de 10%

    Já a região Centro-Oeste, maior produtora de soja, teve um avanço de 3,7% na produção, atingindo 65,9 milhões de toneladas

    O relatório de previsão de safras da Conab, do mês de junho, apontou que a produção brasileira de soja deve finalizar a safra 21/22 com uma redução de 10%. A expectativa é que a produção atinja 124,3 milhões de toneladas, uma redução de 13,9 milhões de toneladas quando comparado à safra anterior.

    Conforme dados do  Boletim de Conjuntura Agropecuária, a região Sul teve redução de aproximadamente 45% na produção, totalizando mais de 19 milhões de toneladas. Já a região Centro-Oeste, maior produtora de soja, teve um avanço de 3,7% na produção, atingindo 65,9 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Dessecante pode substituir Paraquate

    Novo ingrediente ativo que proporciona ação rápida e eficaz para antecipação da colheita

    A IHARA anunciou o lançamento de três novos herbicidas com “tecnologias inovadoras” voltadas para a soja, sendo que um deles, o DORAI MAX (Dibrometo de Diquate + Amicarbazona) se apresenta como um substituto do Paraquate – proibido no Brasil. De acordo com a fabricante, o DORAI MAX traz uma “solução inovadora, com um novo ingrediente ativo que proporciona ação rápida e eficaz para antecipação da colheita”.

    “Além desses benefícios, o novo herbicida permite uma uniformidade de maturação, reduzindo as perdas durante a colheita, bem como o desgaste da máquina e o consumo de combustível, sempre mantendo a qualidade dos grãos, aumentando o potencial de armazenamento”, aponta a IHARA Brasil.

    De acordo com a IHARA, o DORAI MAX pode “oferecer o melhor cenário para o agricultor”, que pode “trabalhar com a possiblidade de antecipação da colheita, reduzindo a exposição dos grãos ao ataque de detratores da lavoura e às variações ambientais, tornando assim possível o plantio da segunda safra dentro de uma janela ideal. Essa tecnologia também vem para substituir o Paraquate”.

    “O cenário de plantio da soja está cada dia mais dinâmico no controle de plantas daninhas de difícil controle, pragas e doenças que acometem a lavoura em diferentes situações. É por essa razão que investimos em P&D, para oferecer as melhores tecnologias e soluções eficientes aos agricultores, que se diferenciem no mercado e tragam os melhores resultados”, afirma Zanetti.

    Outro lançamento é o XEQUE-MATE HT, que apresenta a formulação líquida mais concentrada do mercado e ampla cobertura de registros, sendo permitida a sua utilização em mais de 40 culturas. Trata-se de um herbicida sistêmico com alta eficiência no combate de plantas infestantes anuais e perenes para diversas culturas.

    “Por conta de sua tecnologia inovadora no Brasil, a nova formulação do XEQUE-MATE HT – High Technology reduz em 15% a dose de aplicação por hectare em relação à formulação anterior, o que resulta no final das contas em economia ao agricultor, dentre elas vale destacar: menor movimentação logística, menor espaço para armazenamento e menor volume de retorno de embalagens”, reforça o Gerente de Produtos Herbicidas da IHARA, Daniel Zanetti.

    Já o BURNER uma nova tecnologia com maior velocidade de dessecação no pré-plantio, com efeito residual inicial, além de possuir amplo espectro para o controle de ervas.

    “Esta solução traz diversos benefícios para a dessecação acelerada, permitindo que ocorra um melhor desenvolvimento inicial da cultura, antecipação do plantio, melhorando e facilitando a plantabilidade da cultura, além de contribuir com o manejo de plantas daninhas em pós-emergência na soja, eliminando rapidamente a matocompetição e plantas hospedeiras de pragas e doenças. A tecnologia também pode ser utilizada para as culturas do algodão, feijão e milho”, diz a IHARA.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Lagarta ganha resistência à soja transgênica

    Especialistas dão dicas de manejo e ressaltam que produtores não devem usar inseticidas de forma indiscriminada

    Nas últimas três safras, os produtores paranaenses vêm notando a presença da lagarta falsa-medideira em lavouras de soja BT (Intacta). A notícia é alarmante pelo fato de que a variedade da oleaginosa deveria ter resistência a esse tipo de praga. O fato indica que a espécie está se tornando resistente à tecnologia.

    A presença dessas lagartas na soja BT foi detectada por meio do monitoramento da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), realizado em conjunto com diversas cooperativas do Paraná e a Embrapa Soja, que recebia as amostras para análise.

    Além de identificar as espécies coletadas, a Embrapa realizou um trabalho para verificar a resistência dessa população de lagartas à toxina Cry1Ac, presente na soja Intacta de primeira geração. De forma simultânea, a Bayer conduziu um trabalho semelhante. “Mesmo com altos níveis de toxina, a lagarta continuava agindo como se não tivesse nenhuma toxina, se alimentando e se reproduzindo normalmente”, afirma o pesquisador da Embrapa Soja, Daniel Sosa Gómez.

    Segundo ele, na safra 2020/21, foram reportados surtos de lagartas no sul de São Paulo e norte do Paraná, mas sem nível de dano econômico. Em fevereiro de 2022, o número de lagartas dessa espécie continuava alto, bem como de inimigos naturais dessa praga, de modo que também não foi recomendado o controle com inseticidas.

    Existem dois tipos de lagarta falsa-medideira, ambas parecidas e de difícil diferenciação a olho nu: Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu. No caso, a espécie que adquiriu resistência foi a segunda, para surpresa dos pesquisadores.

    “Vários estudos acreditavam que a outra falsa medideira [Chrysodeixis] seria um problema. Todos os estudos de resistência miraram essa lagarta. Foi uma surpresa que nas últimas três safras essa população da Rachiplusia nu foi crescendo”, afirma Gómez. “Porém, a intensidade e a densidade da população não foram muito elevadas e, na maior parte dos casos, não houve necessidade de controle químico, pois não foi atingido o nível que causa dano econômico”, completa.

    Além disso, a população de lagartas coletada e encaminhada para a análise da Embrapa estava, em sua maioria, parasitada por fungos. “A gente detectou muitos inimigos naturais com bastante intensidade. Tem uma vespa que ataca o ovo da mariposa e produz três mil vespinhas por lagarta morta. Outro foi uma mosca que também parasita e mata as lagartas na fase de pupa. Além de fungos e viroses associadas”, explica o pesquisador.

    Desse modo, os sojicultores que identificarem esse problema na soja Intacta não precisam entrar em pânico. Por mais que a espécie esteja adquirindo resistência, sua população ainda está abaixo da linha de dano econômico. Desta forma, é mais vantajoso deixar os inimigos naturais se encarregarem do que utilizar produtos químicos para controle, o que acabariam elevando o custo de produção e eliminando os agentes naturais.

    “O controle de qualquer praga, não somente da falsa medideira, é fundamental para mantê-la em um nível economicamente aceitável, ou seja, evitar perdas de produtividade que impactem na sua rentabilidade. O ponto principal é buscar orientação correta sobre como identificar o nível de ação, mortalidade natural e de estratégias de manejo, como o refúgio”, destaca a técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep/Senar-PR, Ana Paula Kowalski.

    Refúgio

    Além disso, o número alto de inimigos naturais dessa praga indica que nem sempre o controle químico é a melhor escolha. “Importante que o agricultor não use inseticidas indiscriminadamente. Tem que continuar respeitando os níveis de ação desses produtos e fazer refúgio. Mesmo que essa lagarta tenha adquirido resistência, o produtor deve caprichar no refúgio para que outras espécies não criem resistência”, observa Gómez.

    O refúgio é formado por áreas que devem ser conduzidas com sementes de soja sem a tecnologia BT, próximo às lavouras com essa tecnologia. O objetivo é que pragas que se tornaram resistentes à toxina presente neste tipo de planta possam cruzar com insetos da área de refúgio (portanto suscetíveis a essa tecnologia), gerando uma nova linhagem de indivíduos sem resistência. Esse tipo de estratégia é fundamental para preservar a eficácia da tecnologia BT por mais tempo. “O refúgio atrasa a resistência”, atesta Gómez.

    A recomendação técnica é que estas áreas correspondam a 20% do total das lavouras de soja, algodão e cana-de-açúcar. No caso do milho, o índice recomendado é de 10%. Essa área pode ser instalada em volta da lavoura, em faixas intercaladas com o cultivo BT, ou em um talhão a uma distância máxima de 800 metros da lavoura.

    Manejo inadequado

    A resistência adquirida pela Rachiplusia nos últimos tempos pode estar ligada ao manejo inadequado dessas áreas. “Isso começou em São Paulo, depois detectou-se na região norte do Paraná e agora em praticamente todas as regiões produtoras de soja. Isso pode ser decorrência da falta de áreas de refúgio. Quando você pressiona muito uma tecnologia, aparecem problemas de resistência”, observa o coordenador do programa de sanidade de cultivos agrícolas e florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo.

    “A gente vive de ciclos de pragas, que são secundárias, que por erros de manejo voltam a se tornar preocupantes. Então se dermos atenção à rotação de culturas, ao manejo integrado, à rotação de princípios ativos, tudo isso leva para uma estabilidade melhor [das lavouras]”, afirma. Um exemplo é a cigarrinha do milho, que antes era uma praga secundária e hoje é um grande problema nas lavouras estaduais.

    Nesse sentido, a Adapar desenvolve um trabalho de monitoramento que, por meio da Portaria 063/21, torna obrigatória a notificação de ocorrências fitossanitárias em cultivos agrícolas. Isso vale desde pragas sem ocorrência no estado até aquelas que demonstram resistência a agroquímicos, caso da falsa medideira. Esse controle depende exclusivamente do informe dos produtores rurais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Carne bovina: exportação em maio supera US$ 1 bi, 50% a mais que em maio de 2021

    Volume total embarcado ao exterior desacelera, mas mantém recorde, informa a Abrafrigo

    A receita obtida com as exportações de carne bovina brasileira alcançou em maio a cifra de US$ 1,093 bilhão. O resultado é 50% superior ao registrado no mesmo mês em 2021, de acordo com Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

    Mesmo desacelerando em relação ao pico de março, quando superou 203 mil toneladas, e de abril, com 186 mil toneladas, o volume total de carne bovina (envolvendo o produto processado e in natura) foi recorde em maio, com movimentação de 181.193 toneladas. Esse resultado significou um crescimento de 20% sobre as vendas ao exterior de maio de 2021, quando foram embarcadas 150.711 toneladas.

    Segundo a Abrafrigo, o desempenho no mês manteve os bons números no acumulado do ano. Nos cinco primeiros meses de 2021, as exportações somaram 714.362 toneladas. No mesmo período de 2022, foram de 913.618 toneladas, aumento de 28%. A receita, por sua vez, foi de US$ 3,247 bilhões para US$ 5,1 bilhões, elevação de 57%.

    A entidade informa que, neste ano, além da boa performance da China nas aquisições, o Brasil está contando com a elevação das compras de outros mercados.

    Importações de carne de maio/2021 para maio/2022 (toneladas):

    • China: de 318.938 t para 440.894 t (+48,3%);

    • Estados Unidos: de 33.700 t para 90.738 t (+169%);

    • Egito: de 17.596 t para 66.813 t (+342%).

    Com a elevação das aquisições de carne brasileira neste ano, a China mais do que compensou a redução das importações pela cidade-estado de Hong Kong, que caíram 55%, passando de 99.200 toneladas em 2021 para 44.599 toneladas em 2022.

    No total, 109 países elevaram suas importações nos cinco primeiros meses do ano, enquanto que outros 38 reduziram sua movimentação, informa a Abrafrigo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • China comprou 67% da soja brasileira nos cinco primeiros meses de 2022

    Volume é 12% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Espanha e Holanda também adquiriram volumes significativos

    A China importou 28,743 milhões de toneladas de soja do Brasil de janeiro a maio de 2021. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o volume é 12% inferior às 32,735 milhões de toneladas em 2021. O país é o maior comprador da oleaginosa brasileira.

    Em segundo lugar, ficou a Espanha, com 2,098 milhões de toneladas, 21% acima de igual período do ano passado. Em terceiro lugar aparece a Holanda, com 1,371 milhão de toneladas, queda de 11% ano a ano.

    No geral, as exportações brasileiras de soja em grão totalizaram 43,023 milhões de toneladas em 2022, com uma receita cambial de 24,1 bilhões de dólares. No entanto, em igual período do ano passado foram 46,471 milhões de toneladas, sendo que em todo o ano de 2021 o Brasil exportou 86,1 milhões de toneladas, faturando 38,6 bilhões de dólares.

    Subprodutos da soja

    No caso do farelo de soja, de janeiro a maio deste ano, o Brasil já embarcou 30% a mais do que em igual período do ano passado, chegando a 8,2 milhões de toneladas. Assim, a receita cambial dessas exportações já totalizam 4 bilhões de dólares.

    Quanto ao óleo, em cinco meses, foram quase um milhão de toneladas embarcadas (0,95 milhão de tonelada), crescimento de 58% frente ao mesmo período de 2021.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Melhoramento genético faz soja caminhar rumo à sustentabilidade, diz chefe da Esalq-USP

    Com o trabalho em laboratório, é possível aumentar teor de óleo, de vida útil de prateleira e incorporar resistência a determinadas doenças

    O melhoramento genético é responsável por grande parte do crescimento da soja no Brasil, mas também faz a diferença em outras plantas, desde as anuais às perenes.

    De acordo com o engenheiro agrônomo e chefe do Departamento de Genética da Esalq-USP, José Baldin Pinheiro, com a seleção genética altera-se a frequência dos genes que conferem as características de interesse, seja para aumento de óleo, de vida útil de prateleira de um produto ou incorporação de resistência a determinada doença.

    “A introdução da soja no Brasil central só foi possível com a inclusão de alguns genes que tivessem adaptação a essas situações. O melhoramento genético também contribuiu para a incorporação de genes de resistência à ferrugem asiática“, explica.

    Desta forma, Pinheiro lembra que o trabalho em laboratório feito nas sementes foi essencial para que o país tivesse variedades adaptáveis a diferentes regiões, do Sul ao Norte. “É preciso separar genótipos para o melhor aproveitamento por parte dos agricultores em suas regiões de cultivo”.

    Para se obter cultivares com perfis ideais a cada tipo de solo, bioma, clima e resistência a doenças, anos de trabalho são necessários. “Um programa [de pesquisa] rápido, acelerado e agressivo consegue gerar uma nova variedade para uma cultura anual como a soja em torno de sete anos“, afirma.

    Contudo, o engenheiro lembra que muitas etapas são necessárias neste processo, desde a escolha dos genitores, chamados de pais e que são utilizados para fazer combinações e desenvolvimento de uma população, bem como a seleção ao longo do tempo e, posteriormente, os testes nos locais de cultivo.

    Soja e sustentabilidade

    Processos que impactem menos o meio ambiente e sejam socialmente justos e economicamente viáveis são uma demanda da sociedade, conforme Pinheiro. “Hoje temos de buscar uma matriz produtiva mais equilibrada e sustentável […]. Buscamos plantas mais eficientes na utilização de nutrientes e mais resistentes aos estresses biótipos e abiótipos, com melhores valores proteicos, teor de óleo e assim por diante. A soja tem caminhado em direção a essa produção mais sustentável“, conclui.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Não vem crise para soja e milho: alta nos preços

    AgResource não vê nenhum indício de recessão econômica para 2022

    Os mercados internacionais de ações e os futuros de commodities desabaram nos últimos dias com o medo de uma recessão econômica ainda esse ano, o que poderia provocar uma desaceleração na demanda. Na visão da Consultoria AgResource Brasil, porém trata-se apenas de um pontual movimento de aversão a risco, porque “nenhuma recessão diminuiu demanda de commodities”.

    A visão pessimista do mercado global atingiu seu ápice com a decisão do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) de aumentar a taxa básica de juros norte-americana em 0,75 ponto percentual – que foi o maior aumento de taxa dos últimos 28 anos. De acordo com os analistas de mercado, a medida veio como consequência de uma das maiores inflações da história dos EUA, que acabou criando muita expectativa sobre a tomada de decisão do FED, prevendo um aumento mais agressivo, o que realmente aconteceu.

    “O medo que existe no mercado é que, com a elevação agressiva da taxa de juros da maior economia do mundo, ocorra a desestimulação da economia global devido ao fluxo de capital, o que geraria uma situação de recessão econômica. A AgResource não vê nenhum indício de recessão econômica para 2022, muito menos para o mercado de grãos”, sustenta a afirma a equipe da filial da empresa norte-americana AgResource Company.

    De acordo com os especialistas de mercado, “não há nenhum sinal para restrição da demanda. Já no lado da oferta, enfrentamos alguns problemas como continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, e o clima seco que vem assolando a Europa e os EUA, por fim os estoques abaixo das médias foram citados no último relatório de oferta e demanda USDA. Todos os fatores que contribuem para uma alta nos preços”.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/