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junho 2022

  • Preço de fertilizantes no Brasil cai em maio, aponta levantamento

    O ambiente geopolítico segue incerto, causando preocupação em toda a cadeia, não só nos preços dos fertilizantes

    preço médio dos fertilizantes caiu em maio no Brasil, segundo um índice divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes.

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de maio fechou em 1,75; representando uma redução em relação a abril (1,87).

    Os resultados são favoráveis para a compra dos insumos pelos produtores rurais, apesar de ainda existirem incertezas de abastecimento devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, sanções aplicadas a Bielorrússia e restrições de fornecimento de fertilizante chinês.

    Fertilizantes e câmbio

    Além da redução no preço médio dos fertilizantes, outro item considerado é o câmbio, que subiu 4,12% segundo o Banco Central.

    Durante o período a moeda brasileira apresentou uma desvalorização. Nessa composição, o índice apresentou melhora.

    No entanto, o ambiente geopolítico segue incerto, causando preocupação em toda a cadeia, não só nos preços dos fertilizantes, mas também nas matérias-primas que compõem os mesmos.

    O índice é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e  potássio combinados. O índice consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil tem potencial para suprir demanda global de trigo, diz Embrapa

    Em dez anos, caso a produção de trigo cresça 10% ao ano, o Brasil passaria de 8 milhões de toneladas em 2022 para 20 milhões em 2031

    Esta é a mensagem apresentada no Fórum Nacional do Trigo e na 15ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, eventos que acontecem no Centro de Eventos Complexo Brasil 21, em Brasília, entre os dias 28 a 30 de junho.

    Na década de 1970, a produtividade de trigo no Brasil era de 600 kg/ha (quilos por hectare).

    Com a criação da Embrapa nos anos de 1974, foram iniciados os trabalhos para o melhoramento do trigo, que rapidamente passaram a contar também com outras empresas de pesquisa atuando no mercado.

    Os resultados estão nas lavouras brasileiras: hoje a média de produtividade ultrapassa 3000 kg/ha, ou seja, o rendimento do trigo cresceu cinco vezes a produção na mesma área.

    Desde 2021, o Brasil ocupa a posição de recordista mundial em produtividade/dia com 80,9 kg/ha/dia.

    De acordo com Júlio Albrecht, pesquisador da Embrapa Cerrados, a evolução da cultura do trigo se deve ao trabalho de pesquisa com o resultado do desenvolvimento de cultivares com ampla adaptação, estabilidade no rendimento de grãos e resistência a doenças.

    Para o pesquisador, a média de produtividade das lavouras hoje poderia ser ainda maior, contudo, a preocupação é com a sustentabilidade, tanto econômica, quanto ambiental.

    “A pesquisa trabalha agora em busca da máxima eficiência nas lavouras, produzindo alimentos de forma mais rápida e barata. Desenvolvemos cultivares de trigo com ciclo cada vez mais precoce, isto é, o período entre a semeadura e a colheita fica mais curto. A genética também busca maior tolerância a pragas e doenças, que impactam o menor uso de defensivos, e a estresses ambientais, como déficit hídrico e excesso de chuva. Cultivares com maior teor de vitaminas ou maior eficiência no uso de fertilizantes também são alvo da pesquisa. Toda essa tecnologia embutida nas cultivares de trigo têm resultado em melhor retorno financeiro ao produtor e maior oferta de alimentos ao consumidor”, diz ele.

    Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, lembra que a produção de trigo no Brasil cresceu 80% entre 2017 e 2021, enquanto a área cresceu 43%.

    “Isto mostra a eficiência da agricultura brasileira que consegue produzir cada vez melhor sem precisar abrir novas áreas”, destaca Lemainski.

    Ele lembra, ainda, a evolução da qualidade do trigo brasileiro: “Produzimos trigos indicados para diversos usos, tanto para a alimentação humana, quando para a alimentação animal. Com as cultivares que estão no mercado, conseguimos atender a indústria de pães, massas e biscoitos; a indústria de carnes, leite e ovos; a indústria de biocombustíveis; e o mercado internacional. Isso mostra que nosso trigo tem qualidade, reconhecida dentro e fora do país”.

    Mesmo em anos com frustrações climáticas, como a queda do PH (peso do hectolitro) em anos de chuva na época de colheita na Região Sul, os grãos de trigo podem ser aproveitados, tanto na alimentação animal, como na produção de etanol.

    Para o presidente da BSBios, Erasmo Battistella, o Brasil precisa assumir uma posição de destaque de sustentabilidade no mundo e ver o cenário de mudanças climáticas como uma oportunidade:

    “Novas tecnologias exigem novos conhecimentos, recursos e investimentos visando o uso consciente dos recursos naturais a longo prazo”, declara, lembrando que “sempre que a gente fala de transição energética e descarbonização, nós não podemos olhar somente para o bolso, mas primeiramente para as pessoas. Esse é o futuro do Brasil, abastecer o mundo sem perder o equilíbrio ambiental”.

    Exportador mundial de trigo

    O Brasil é o 8º maior importador de trigo do mundo. Em 2021, foram importadas 6,7 milhões de toneladas. O consumo brasileiro é de 12,7 milhões de toneladas, com previsão de chegar a 14 milhões toneladas nos próximos anos.

    Em 2022, a estimativa de produção é chegar a 8 milhões de toneladas de trigo, volume suficiente para atender 62% da demanda nacional. Por questões de logística e mercado, o Brasil exportou neste último ano, 2,6 milhões de toneladas para 14 países. Somente nos primeiros quatro meses de 2022 (jan a abr), foram exportados 2,17 milhões toneladas.

    Apesar de não garantir a autossuficiência, a produção brasileira de trigo está crescendo rapidamente. Em 2015, o Brasil colheu 5 milhões de toneladas. Em 2020, a produção chegou a 6,2 milhões toneladas. Em 2021, atingiu 7,6 milhões toneladas. A previsão para 2022 é de 8,1 milhões toneladas.

    Em dez anos, caso a produção de trigo cresça 10% ao ano, passaríamos de 8 milhões de toneladas em 2022 para 20 milhões de toneladas em 2031, colocando o Brasil como potencial grande exportador do cereal no mercado internacional.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço do leite segue em elevação

    Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano.

    A oferta de lácteos dos principais exportadores mundiais tem diminuído ao longo do ano de 2022, o que ajuda a explicar os preços dessas commodities em patamares elevados. No leilão GDT de 07 de maio o preço da manteiga foi negociado a US$6.068, queijo a US$5.365 e o leite em pó integral a US$4.158 a tonelada. Por outro lado, a China, o maior importador de lácteos, reduziu suas importações da maioria dos produtos, a exceção do leite em pó integral que está 6.9% acima na comparação janeiro-abril de 2021 e 2022.

    Para os mercados de milho e soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta um crescimento de 12,32% na produção mundial da soja, com destaque para a América do Sul (Brasil 18,25% e Argentina 17.51%). Para o milho, as projeções indicam redução na produção mundial da ordem de 2.5%, com menor oferta dos Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia. No entanto, há projeções de aumento da produção na América do Sul (Brasil 8.62% e Argentina 3,77%). A menor oferta de milho no mundo tende a manter as cotações mais elevadas, dependendo da pressão compradora dos grandes importadores. Para o caso brasileiro, a produção tanto do milho como da soja pode trazer melhora nos custos de produção do leite, desde que não haja aceleração das exportações. O Brasil, certamente, será chamado a compensar as reduções de oferta previstas de outros grandes players do mercado.

    Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano. O recuo foi devido à desaceleração nos preços dos concentrados, volumosos, energia e combustíveis.

    Diante do cenário desafiador de 2022, a produção brasileira de leite teve queda recorde no primeiro trimestre de 2022, de 10,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, segundo o IBGE. O anuncio da redução na captação do leite teve impacto imediato no mercado, iniciando uma acirrada disputa pelo produto, com reflexo no valor do preço do leite spot, que superou os R$4,0/litro. Em que pese a fraca demanda por produtos lácteos, advinda do alto desemprego, redução do poder de compra dos salários pela inflação e elevado endividamento e inadimplência das famílias, a oferta parece fraca o suficiente para pressionar os preços. A exemplo, nos últimos 12 meses até maio o leite UHT ao consumidor subiu 29,3%, os queijos 17,4%, manteiga 12,4% e iogurte 20,4%, todos com alta acima da inflação, medida pelo IPCA em 11,7%.

    Mas esses aumentos, parecem ajustes das apertadas margens que o setor enfrenta. A Figura 1 mostra o spread do queijo muçarela sobre o preço do leite ao produtor, com margem inferior a R$1.00 por litro de leite utilizado em sua confecção. Essa margem é a existente para fazer frente aos demais custos (mão-de-obra; energia; logística; embalagens; outros ingredientes e etc). Se considerarmos ainda o custo de longo prazo, onde as depreciações diversas são consideradas, é provável, dependendo da eficiência industrial e da escala de produção, que diversos laticínios estejam trabalhando com margens reduzidíssimas ou mesmo negativas. E este cenário se aplica também para outros derivados, como o leite em pó. Essa desafiadora conjuntura mostra que caminhos como a exportação, parcerias estratégicas, fusões e aquisições para ganhos de escala e escopo precisam ser consideradas pelo setor, notadamente nesse cenário de consolidação em andamento.

    As informações são do Centro de Inteligência do Leite.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Decreto suspende queimadas em todo território nacional

    Apesar de suspender permissões, o decreto publicado prevê algumas exceções, detalhando hipóteses onde a suspensão não deverá ser aplicada

    Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23) suspende – pelo prazo de 120 dias – a permissão do emprego de fogo em todo o territorial nacional, medida que costuma ser adotada todo ano quando tem início o período de seca, de forma a prevenir incêndios.

    O uso de fogo em práticas agropastoris e florestais está previsto – e regulamentado – por outro decreto (nº 2.661/98).

    Apesar de suspender permissões, o decreto publicado (nº 11.100/22) prevê algumas exceções, detalhando hipóteses onde a suspensão não deverá ser aplicada, como é o caso de “práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas por instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais”.

    O emprego de fogo continua permitido também nas hipóteses de práticas de agricultura de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; e de atividades de pesquisa científica realizadas por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), “desde que autorizadas pelo órgão ambiental competente”.

    Também é permitido em ações visando o controle fitossanitário autorizado pelo órgão ambiental competente; e em queimas controladas, em áreas não localizadas nos biomas Amazônia e Pantanal. Neste último caso, a permissão será concedida desde que sejam imprescindíveis à realização de práticas agrícolas; e previamente autorizadas pelo órgão ambiental estadual ou distrital.

    O novo decreto define como “queima controlada” o emprego do fogo como “fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais e para fins de pesquisa científica e tecnológica em áreas com limites físicos previamente definidos”.

    Ainda segundo o decreto, a permissão do emprego do fogo poderá ser suspensa, em caráter excepcional e temporário, “por ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente, com a finalidade de reduzir danos ambientais provocados por incêndios florestais”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Prossegue plantio das culturas de inverno

    No trigo, a estimativa de cultivo para safra 2022 no RS é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha

    As chuvas dos últimos dias, em altos volumes na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, provocaram processos erosivos significativos em solos de lavouras de soja recentemente colhidas, em função da baixa quantidade de palha deixada pela colheita. Segundo o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (15/06) pelas gerências de Planejamento e de Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), segue o preparo do solo e o plantio das lavouras de inverno.

    No trigo, a estimativa de cultivo para safra 2022 no RS é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha. O período de tempo seco e de elevada radiação solar até o dia 16/06 permitiu intensa atividade de semeadura. Estima-se que a operação foi realizada em 57% dos cultivos, com as atividades estendendo-se no período noturno para recuperar, em parte, o atraso e antes das chuvas previstas.

    Canola – A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A produtividade estimada é de 1.885 kg/ha. A cultura está em fase final de implantação.

    Aveia branca grãos – A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada é de 2.217 kg/ha. A cultura está em implantação.

    Cevada – A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 ha. A produtividade estimada é de 2.958 kg/ha.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • CNA solicita mais R$ 710 milhões em 2022 para seguro rural

    Segundo nota da CNA, o crédito extra é necessário para garantir a cobertura do plantio da próxima safra de verão 2022/23

    Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Ministério da Economia a liberação de R$ 710 milhões de suplementação orçamentária para a execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2022.

    Segundo nota da entidade, o crédito extra é necessário para garantir a cobertura do plantio da próxima safra de verão 2022/23 – soja e milho primeira safra – , que começa em setembro, e permitir que o orçamento do PSR deste ano atenda à mesma demanda de 2021.

    O pedido foi feito na terça-feira (21), por meio de ofício encaminhado ao secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago. No documento, a entidade explica que, dos R$ 990 milhões aprovados na Lei Orçamentária Anual de 2022, mais de 52% foram utilizados, principalmente para culturas de inverno. Os R$ 710 milhões se somariam aos R$ 990 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual de 2022, totalizando R$ 1,7 bilhão.

    No ano passado, o montante de R$ 1,18 bilhão para subvenção ao seguro rural garantiu atendimento a mais de 120 mil produtores, com 217 mil apólices e cobertura de 14 milhões de hectares, de acordo com a CNA. “Considerando o cenário atual, os recursos liberados para esse ano só serão suficientes para cobrir 8,1 milhões de hectares, ou seja, está muito aquém do total segurado no ano anterior”, explica o presidente da CNA, João Martins, no ofício.

    A CNA argumenta que em virtude da intensidade dos eventos climáticos e da alta sinistralidade na safra 2021/22, bem como do aumento expressivo dos custos de produção, os prêmios (preços das apólices) subiram, demandando mais recursos para subvenção para manter os mesmos indicadores do PSR em 2021. A maior adesão dos produtores aos seguros agrícolas, continua a CNA, também reflete o aumento das perdas por adversidades climáticas: R$ 5,8 bilhões foram pagos pelas seguradoras em indenizações de janeiro a março de 2022.

    “Isso demonstra que a política de subvenção ao seguro rural vem funcionando para garantir a permanência de milhares de produtores na atividade”, acrescentou Martins no documento.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil estima safra recorde de trigo em 2022

    A Conab prevê que a produção brasileira de trigo alcance 8,4 milhões de toneladas em 2022, um crescimento de 8%

    Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção brasileira de trigo alcance 8,4 milhões de toneladas em 2022, um crescimento de 8% em comparação com a safra passada, quando foram produzidas 7,6 milhões de toneladas.

    No Paraná, onde o plantio começa mais cedo, 82% da área de 1,17 milhão de hectares já está semeada. E tem produtor com expectativa de aumento de área.

    É o caso do triticultor Gustavo Ribas, de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná, que começou o plantio nesta terça-feira, primeiro dia de inverno.

    “Estou aumentando em 40% a minha área plantada, e a gente vê pessoas trabalhando muito forte no trigo, produtores chegando a plantar, mas daí é aquele trigo, lá de fevereiro, 100% da área de trigo, isso aí é muito difícil. E a gente vê que o mercado, o clima têm promessa de conduzir bem e a gente tem uma perspectiva de aumento de preços”, explica o produtor.

    A previsão de safra recorde é puxada pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, que respondem por 90% da produção nacional do cereal.

    O Rio Grande do Sul pode ter a maior produção de trigo da história, com 3,9 milhões de toneladas, incremento de 12% em relação ao ano passado, quando o estado colheu 3,5 milhões.

    A área plantada no estado gaúcho é a maior desde 1980, com 1,4 milhão de hectares.

    No Paraná, a produção prevista também é recorde. O Departamento de Economia Rural do Estado (Dereal) estima 3,8 milhões de toneladas, volume 21% acima do registrado no ciclo 20/21.

    “Esse ano a expectativa é de que a gente tenha uma safra cheia, se isso se concretizar com certeza a gente vai ter recorde. Então a partir de agora que as culturas começam a entrar num risco maior. Daqui até agosto é o principal momento da cultura do trigo para gente definir se realmente a gente vai ter uma boa produtividade ou não”, destaca o agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho.

    Exportações de trigo

    As exportações do cereal estão aquecidas. Segundo dados do Ministério da Economia, na parcial de janeiro a junho deste ano, o Brasil embarcou 2,5 milhões de toneladas de trigo.

    No ano passado inteiro, o país exportou pouco menos da metade, 1,120 milhão toneladas.

    Para a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), a venda do cereal para o mercado externo está sendo estimulada por causa da guerra na Ucrânia, que é um dos principais produtores de trigo no mundo, junto com a Rússia, no entanto, para o Rio Grande do Sul o mercado externo sempre foi mais acessível.

    “É muito mais fácil você exportar trigo para África, para Ásia, do que a gente mandar para São Paulo ou pro Ceará ou pro Rio de Janeiro é um emaranhado de tributação, a própria logística é muito cara. Então o que que nós fizemos, nós nos preparamos para exportar trigo para o mundo. O preço da exportação é sempre competitivo, nós do cooperativismo do Rio Grande do Sul, entendemos que a exportação é um caminho que baliza o mercado”, explica o presidente da Fecoagro, Paulo Pires.

    “Então a gente tem que entender esse novo modal de mercado, que é o mercado exportador, ou seja, você compra e você vende no lugar que estiver te pagando mais, nós não temos essa precaução da segurança alimentar, ela pode ser feita como um programa de governo”, complementa.

    O embate entre Rússia e Ucrânia, que representam 30% das exportações globais de trigo, também empurrou a ampliação das lavouras gaúchas em 16% nesta safra de inverno.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtor deve adotar governança na propriedade para driblar custos

    Entre as dicas para evitar a escalada de preços estão compras coletivas e travamento de cotações

    Com a alta dos custos de produção ao produtor rural já anunciada por diversos levantamentos realizados por entidades e associações, em especial dos insumos agrícolas e combustíveis, os agricultores precisam organizar o planejamento de forma a minimizar os impactos da elevação de preços. Em algumas situações, mesmo com a alta das cotações, o cultivo se torna inviável. Neste caso a gestão entra como ferramenta chave para amenizar os problemas gerados por esta disparada.

    De acordo com o sócio da Guapo Consultoria, o advogado Márcio Weiler, o ano de 2022 está sendo marcado por um aumento dos custos de produção da atividade agropecuária, tanto custos fixos quanto custos variáveis. “Dentro deste cenário é importante termos em mente que a governança corporativa é uma ferramenta fundamental para uma melhor gestão da empresa rural. Quem melhor se organiza dentro da propriedade e dentro da família, certamente passa uma imagem para o mercado de que está mais preparado para enfrentar as turbulências, que costumam vir no curso da própria atividade, inerentes ao risco da produção”.

    O especialista lembra que quem busca ter uma governança familiar aplicada a sua atividade estará bem preparado para fazer aquilo que sabe, ou seja, produzir alimentos protegendo o seu patrimônio. É o caso do produtor rural Edimar Ceolin, de Santiago (RS). Entre as principais recomendações para estes momentos, o produtor dá a dica: nunca comprar todo o insumo no mesmo momento e parcelar em algumas vezes se for possível, além de buscar comprar coletivamente com outros produtores para negociar preço. O ideal é escalonar em duas ou três frações de compra e buscar travamento de preços. E claro, cotar preços com mais de um fornecedor.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Como foram as exportações do agro em maio?

    No complexo soja, o volume exportado de grãos alcançou 10,6 milhões de toneladas – diminuição de 29% frente a maio/2021

    A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações do agronegócio em maio, que somaram USD 15,1 bilhões, valor 1,7% maior em comparação ao mês anterior e 13,5% superior a maio/2021. No complexo soja, o volume exportado de grãos alcançou 10,6 milhões de toneladas – diminuição de 29% frente a maio/2021. O óleo de soja registrou 262 mil toneladas em vendas externas, volume 44,6% maior contra o mesmo mês do ano passado. Para o farelo de soja também foi registrado aumento no volume embarcado, 14,8% versus maio/2021. Em relação aos preços, as toneladas dos três principais produtos do complexo apresentaram aumentos, 44,6%, 37,7% e 31,6% para o óleo, grão e farelo, respectivamente, frente a maio/2021.

    De acordo com as informações divulgadas no relatório da consultoria Agro do Itaú BBA, no setor de proteínas animais, destaca-se mais um bom desempenho mensal das vendas externas de carne bovina. Apesar da queda do volume embarcado frente ao mês anterior, as 153 mil toneladas exportadas do produto em maio/2022 são 20,8% maiores que a quantidade registrada em maio/2021. Para a carne de frango, o crescimento foi de 4,4% em volume contra o quinto mês de 2021, enquanto na carne suína o desempenho foi diferente, pois o volume embarcado em maio/2022 recuou 12,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Quanto aos preços em dólares para as proteínas animais, os valores de carne de frango e bovina foram 33,5% e 30,8% maiores no comparativo do quinto mês desse ano versus maio/2021. Em contrapartida, no mesmo período, a carne suína apresentou queda de 8,2% na tonelada cotada.

    No complexo sucroenergético, se comparado maio/2022 contra maio/2021, as quantidades embarcadas de açúcar refinado e bruto diminuíram em 56,7% e 34,5%, respectivamente. Em contrapartida, o etanol registrou um volume 14,7% maior no mesmo comparativo. Já os preços em dólares foram maiores para os três principais produtos em relação à maio/2021, 37,7% para o etanol, 19,6% para o açúcar refinado e 16,6% para o açúcar bruto.

    Quanto às vendas externas de milho, grande destaque novamente para o volume de 1,2 milhão de toneladas exportadas em maio/2022. O valor é 8499,3% maior frente ao embarcado em maio/2021. O expressivo aumento das vendas externas do cereal pode ser decorrente da queda dos embarques ucranianos por conta dos conflitos com a Rússia , já que a Ucrânia é um grande exportador de milho. Sobre os preços em dólares, o produto registrou aumento de 43,4% frente à cotação de maio/2021.

    Em relação ao algodão, o total embarcado no quinto mês do ano foi 26,7% menor em comparação com o mesmo mês de 2021, porém os preços em dólares cresceram 33,2% no mesmo período.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Previsão do Ipea é de estabilidade para setor agropecuário

    Instituto atualiza as projeções do PIB agropecuário para este ano

    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (21) a revisão da projeção do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022, que passou de crescimento de 1% em março para estabilidade, ou seja, crescimento nulo no ano.

    Segundo o Ipea, a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do setor foi motivada pela piora na projeção da colheita de soja feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de queda de 12,1%, ante recuo de 8,8% anteriormente divulgado.

    No caso do valor adicionado da produção vegetal, um dos componentes do setor, a revisão foi de alta de 0,3% para redução de 0,9%; e na produção animal, a estimativa era de crescimento de 2,9%, ante previsão de alta anterior de 3%.

    Soja
    A redução da produção de soja é parcialmente contrabalançada pelo bom desempenho esperado para outras culturas como milho e café. O milho deve apresentar crescimento de 27,6% em sua produção. A segunda safra de milho, que começa a ser colhida neste trimestre, tem previsão de crescimento de 38,9%. Caso mantenha o desempenho, o grão deve ser o principal responsável por compensar a queda no valor adicionado da soja.

    Bovinos
    Na produção animal, apesar da melhora na projeção para o setor de bovinos, o resultado foi motivado por uma estimativa menor para a produção de leite, o segmento com a maior contribuição negativa do componente, cuja revisão foi de alta de 0,2% para queda de 3,8%, devido ao desempenho negativo no primeiro trimestre (queda de 10,3% na aquisição de leite no primeiro trimestre em relação a igual período do ano anterior), de acordo com dados do IBGE.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/