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dezembro 2022

  • O primeiro modelo de risco de ocorrência de ferrugem asiática desenvolvido no Rio Grande do Sul é do sistema cooperativista

    RTC/CCGL realiza monitoramento de esporos em 25 municípios do Rio Grande do Sul

    A soja tem grande peso na balança comercial do agronegócio brasileiro, sendo o principal grão exportado no país. Considerando-se o complexo de doenças que acometem a cultura, a ferrugem asiática é a principal delas. A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e pode se manifestar em qualquer momento do desenvolvimento da cultura, principalmente no início do florescimento (R1).

    Em virtude do grande risco que a doença representa para a cultura da soja, as cooperativas associadas à CCGL manifestaram demanda por uma ferramenta para auxiliar na previsão de ocorrência da doença e para obter maior assertividade no manejo.

    Em agosto de 2021, teve início a Rede de Monitoramento por meio de coletores de esporos. O projeto é coordenado por Carlos A. Pizolotto, Pesquisador de Fitopatologia da CCGL e tem como objetivo auxiliar no monitoramento da flutuação de inóculo do patógeno durante todo o ano. A rede surgiu por meio de uma parceria entre a multinacional BASF e as cooperativas. A empresa realizou a doação de 25 coletores de esporos, os quais funcionam com aquisição controlada de ar, onde todo o material é depositado na área de coleta de uma lâmina de microscopia.

    O monitoramento é realizado através de coleta de esporos, as lâminas são substituídas a cada sete dias e são enviadas para o Laboratório de Fitopatologia da CCGL para leitura em microscópio óptico, com a finalidade de identificar e quantificar os esporos do fungo. Os coletores de esporos estão instalados em 25 municípios, contemplando a área de atuação das 17 cooperativas: Coopermil, Cotrirosa, Coopatrigo, Cotripal, Cotricampo, Agropan, Cotrijuc, Camnpal, Coagril, Cotribá, Cotrisal, Cotrijal, Cotriel, Coasa, Cotrisul, Cooperoque e CCGL.

    Carlos A. Pizolotto explica que os dados do monitoramento de esporos estão sendo utilizados em um modelo de previsão de risco de ocorrência de ferrugem, o qual traz a previsão de risco de ocorrência da doença para até cinco dias, possibilitando ao produtor maior assertividade e robustez na escolha do programa de aplicação de fungicidas. – No Rio Grande do Sul, existem algumas redes de monitoramento de esporos do fungo causador da ferrugem, no entanto, em nenhum destes projetos tem-se utilizado modelos de previsão de risco de ocorrência da doença, o que torna o modelo de previsão desenvolvido pela CCGL e pela empresa Sensor On o primeiro modelo de previsão de risco de ocorrência de ferrugem do RS – completou Carlos.

    O modelo não tem o intuito auxiliar o produtor na tomada de decisão de aplicar ou não fungicida, o produtor deve seguir com o programa de aplicações calendarizadas, devido ao complexo de doenças que afetam a cultura da soja. O Pesquisador da Embrapa e parceiro da pesquisa, José Mauricio Cunha Fernandes, ressalta que com o alerta é possível realizar o manejo de forma inteligente e obter maior eficiência de controle da ferrugem asiática, além de maior rentabilidade e, consequentemente, benefícios em termos econômicos para a propriedade, visto que, sem os cuidados adequados, as perdas podem chegar a 90% em lavouras.

    O modelo de previsão está disponível na plataforma digital SmartCoop para consulta dos técnicos das cooperativas, trazendo um cenário totalmente disruptivo, com o intuito de não apenas se observar a flutuação de inóculo do patógeno e, sim, trazer cenários de previsão de risco de ocorrência da ferrugem, fazendo com que os produtores deixem de ser apenas reativos nas tomadas de decisão para o controle da doença e sim proativos e assertivos no manejo da ferrugem.

    Fonte: ASCOM CCGL

  • RTC/CCGL estima perdas significativas na safra de milho do RS

    A safra de milho 2022, no Rio Grande do Sul, vem sendo acometida por mais uma estiagem. Em algumas regiões do Estado, já é a quarta consecutiva. Uma estimativa realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) e divulgada nesta segunda-feira (19/12), estima que em áreas de milho sequeiro (sem uso de irrigação), em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já alcançam 42% em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas. Devido às altas temperaturas e à ausência de chuvas, especialmente durante os meses de novembro e dezembro, várias regiões já contabilizam perdas superiores a 70%. Os dados foram coletados em 20 cooperativas ligadas à RTC/CCGL e, destas, metade já consolidam perdas superiores a 50%.

    A estiagem também já começa a causar interferência sobre a cultura da soja. Até o momento, na área de atuação das cooperativas, 11% da área destinada à soja ainda não foi semeada, enquanto que, da área semeada, 15% ainda não está emergida. Este panorama também é um reflexo da falta de chuvas, que resulta em umidade do solo inadequada para a semeadura, estabelecimento e desenvolvimento da cultura.

    Fonte: ASCOM CCGL

  • RTC, UFRGS e YARA apresentam resultados do 1º ano do projeto

    Reunião contou com dados importantes para agricultura e apresentações internacionais

    Para avaliar o primeiro ano do projeto sobre mitigação das emissões de gases de efeito estufa em sistemas de produção, RTC/CCGL, Yara e UFRGS se reuniram na primeira quinzena de dezembro, no auditório da cooperativa. Os participantes apresentaram e discutiram os resultados do experimento de manejo de adubação nitrogenada em cobertura no milho para ensilagem e grão que visa aprimorar as pesquisas sobre o tema e atender as necessidades dos produtores assistidos.

    Conforme o Pesquisador da Yara International (Brasil) – Global Maize Expert, Vitor Vargas, o principal objetivo era obter os principais indicadores de performance de produção de silagem, produtividade e qualidade, e informações da área ambiental, principalmente o carbono e questão hídrica. — A primeira avaliação dos resultados é positiva, porém em função das condições climáticas, não foi possível identificar grande diferenças neste primeiro ano de pesquisa, mas a tendência é melhorar nos próximos anos — completa, Vitor.

    Conforme Cimélio Bayer, Professor do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS e Pesquisador Produtividade em Pesquisa PQ-1A do CNPq, o projeto trouxe resultados positivos e pioneiros em nível de Brasil. — O grande resultado que encontramos neste primeiro momento, importante para agricultura nacional, é que as emissões de óxido nitroso, derivados de fertilizantes nitrogenados, é de 4 a 20 vezes menor que índices preconizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) — destaca Cimélio.

    O evento contou, ainda, com duas apresentações internacionais. Petra Junklewitz, Pesquisadora Senior da YARA International (Alemanha) Global Grassland Expert, que trabalha com pastagens perenes e anuais na Europa, com foco em cultivos temperados e desenvolve estudos para pastagens tropicais realizou uma apresentação sobre manejo de pastagens europeias. E Tizita Sileshi, Director Food Chain & Sustainability Americas da Yara Internacional, palestrou sobre o que a Europa e a empresa estão prospectando para os próximos anos em termos de sustentabilidade nos sistemas produtivos e área de fertilizantes. Também participaram do evento pesquisadores, estudantes e profissionais da área agrícola.

    Sobre o projeto:

    O experimento foi implantado no dia 05 de outubro de 2021, na área de pesquisa e tecnologia da CCGL, com a instalação de equipamentos para que durante três anos os pesquisadores determinem o impacto dos fertilizantes nas emissões de óxido nitroso, que é um importante gás de efeito estufa, 298 vezes mais potente que o dióxido de C (CO2).

    O Pesquisador da RTC/CCGL Jackson E. Fiorin explica que esta pesquisa visa comparar 3 fontes de nitrogênio (ureia comum, ureia protegida com NBPT e nitrato de amônio) em diferentes doses em cobertura, sendo possível avaliar a probabilidade de perdas de nitrogênio e a eficiência de cada fertilizante na produção de grãos, silagem e estimativas na produção de carne e leite.

    A Engenheira Agrônoma e Professora do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS, Dra. Amanda Posselt Martins, salienta que o experimento visa aprimorar o conhecimento da adubação nitrogenada do milho para ensilagem, atualizando o Manual de Calagem e Adubação e atendendo as demandas dos produtores de leite, que são os principais usuários.

    A pesquisa nesta área é uma solicitação das empresas que produzem alimentos, especialmente de lácteo, pois a silagem de milho é a principal fonte energética para a bovinocultura de leite no Brasil.

    Fonte: ASCOM CCGL

     

  • Processamento de soja cresce quase 6% neste ano e projeção para 2023 indica safra recorde

    Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais atualiza estatísticas e divulga a primeira projeção para a safra 2023

    O processamento de soja cresceu 5,8% em relação ao mesmo período de 2021, puxado principalmente pelo incremento das exportações de farelo e óleo de soja, que registraram 15,8 milhões de toneladas  e 1,8 milhão de toneladas  respectivamente. Diante destes volumes, a receita esperada com exportações de todo o complexo soja – grão, farelo e óleo – é de US$ 59,2 bilhões em 2022. 

    A informação é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), com base em dados de janeiro a outubro deste ano, verificados a partir da amostra representativa de cerca de 85% do esmagamento no país.

    A estimativa da produção de soja e seus derivados também sofreu pequenos ajustes em relação à última atualização, sendo: i) soja em grão de 127 milhões de toneladas para 127,7 milhões, ii) farelo de soja de 37,5 milhões de toneladas para 38 milhões, e iii) óleo de soja de 9,9 milhões de toneladas para 10,05 milhões. O processamento de soja no ano também deve saltar de 49 milhões de toneladas para 49,7 milhões.

    Safra 2023

    A primeira projeção da Abiove para o próximo ciclo aponta para um recorde histórico na produção de soja, 153,5 milhões de toneladas. Isto se deve a uma maior produtividade – 3.700 quilos por hectare, contra 3.080 observados em 2022 – e um ligeiro aumento da área plantada – dos atuais 41,3 milhões de hectares para 43,1 milhões no próximo ano. Em 2023, o processamento do grão também deve ser o maior já registrado em toda a série histórica, 52,5 milhões de toneladas.

    Outro crescimento substancial fica por conta das exportações de soja em grão, de 77,5 milhões de toneladas em 2022 para 93 milhões no ano que vem. Já os volumes de farelo e óleo destinados ao mercado internacional indicam uma pequena retração quando comparados aos números deste ano. Farelo de soja de 20,2 milhões de toneladas para 20 milhões e óleo de soja de 2,4 para 1,6 milhões de toneladas exportadas. Porém, a geração de divisas proveniente das exportações dos três produtos do complexo soja pode atingir a marca de US$ 65,8 bilhões em 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Farsul estima crescimento de 58,6% na produção de grãos em 2023

    Se tudo ocorrer com normalidade, o Rio Grande do Sul irá colher pela primeira vez na história, mais de 40 milhões de toneladas

    Rio Grande do Sul pode colher a maior safra de verão da história em 2023, caso o clima permitir.

    A expectativa é do presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira.

    Os bons resultados da safra de inverno de 2022 permitiram um aumento da área de verão para a temporada atual.

    A alta projetada para o ano que vem, incluindo verão e inverno é de 4,5%. O otimismo leva em conta os preços vantajosos.

    A área total para 2023 é projetada em 10,566 milhões de hectares. Em caso de normalidade climática, a produção deve crescer 58,6%, chegando a 40,867 milhões de toneladas.

    A Farsul também projeta faturamento recorde em 2023.

    O Valor Bruto da Produção (VBP) deve crescer 51,5%, ou R$ 28,97 bilhões.

    Segundo o oeconomista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, a estiagem que atingiu a última safra foi responsável pela perda de 31% da produção gaúcha. Somente na soja, o impacto foi de 54%.

    Assim, com a normalidade climática, a expectativa para a próxima safra é de resultados positivos. Um destaque foi a redução da área das lavouras de arroz, “se adequando ao mercado que o grão vive. Houve aumento no milho, na soja, e um grande aumento no trigo. Fizemos uma conta e vimos que estamos crescendo numa área conhecida, na nossa própria área, ocupando melhor o inverno, que, aliás, é justamente esse o principal objetivo do programa Duas Safras”, comentou.

    O economista anunciou que, se tudo ocorrer com normalidade, o estado irá colher pela primeira vez na história, mais de 40 milhões de toneladas. O faturamento dos produtores também deverá ter crescimento. A soma de toda produção deve girar nos R$ 140 bilhões.

    Para a economia nacional, a projeção da equipe econômica é de que o PIB de 2022 tenha um crescimento de 2,92% em 2022 e 0,73% para 2023.

    Já para o Rio Grande do Sul, a estimativa é de uma queda de 3,64% em 2022 e alta de 5,86% em 2023. Na agropecuária gaúcha o movimento deve ser de uma queda de 53% em 2022 e crescimento de 59% em 2023, impacto direto da estiagem na economia gaúcha.

    “O Rio Grande do Sul teria crescido significativamente mais do que o Brasil neste ano não fosse nossa estiagem e esses números vão de encontro com aquilo que nós prevíamos lá no início do ano”, disse Luz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/