Dara Luiza Hamann

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  • Mapas podem reduzir em até 65% o uso de herbicidas

    A tecnologia consiste em imageamento das áreas plantadas com drones para a identificação das áreas infestadas. Na sequência, as imagens são processadas e interpretadas para geração de mapas de infestação geolocalizada

    A startup de agricultura digital Cromai e a Colorado Máquinas, concessionária da John Deere, firmaram parceria inédita que vai disponibilizar tecnologia aos usuários das máquinas com o objetivo de melhorar a gestão de insumos das propriedades rurais. A solução da Cromai gera mapas de pulverização que reduzem em até 65% do uso de herbicidas e proporcionam uma economia de cerca de R$ 80/ha em cana-de-açúcar.

    Segundo Thalles Linhares, head de negócios da Cromai, todos os produtores que comprarem seus equipamentos na Colorado, que fica em Ribeirão Preto (SP), terrão uma bonificação para utilizar a solução da startup. “Teremos cerca de 3 milhões de hectares para desenvolver essa parceria, que surgiu durante um processo de aceleração promovido pelo hub AgTech Garage.”

    A tecnologia consiste em imageamento das áreas plantadas com drones para a identificação das áreas infestadas. Na sequência, as imagens são processadas e interpretadas para geração de mapas de infestação geolocalizada. “O resultado é entregue em grupos de daninhas (folha larga e folha estreita), visando um melhor direcionamento do manejo na etapa operacional”, explica Linhares.

    Na fase final, o manejo é realizado de acordo com os mapas gerados e implementados em estruturas de pulverização terrestre ou aérea. Além de controlar as plantas invasoras é possível comprovar a otimização dos processos, economia de defensivos agrícolas e viabilidade de implementação da ferramenta por meio do cálculo de retorno sobre investimento.

    Para a Colorado, o objetivo da parceria é fidelizar os clientes por meio das soluções agronômicas fomentadas pela Cromai, que proporcionam também um melhor desempenho das maquinas, principalmente os pulverizadores John Deere, fazendo com que o cliente utilize todos os recursos tecnológicos embarcados. “Nosso desejo é rentabilizar o produtor  com o mapeamento das zonas infestadas com as plantas daninhas e os recursos tecnológicos embarcados  para proporcionar uma aplicação de forma totalmente automatizada nas áreas identificadas. Ação que contribuirá com o melhor controle das plantas invasoras e redução do investimento com os insumos agrícolas”, explica o engenheiro agrônomo e gerente de soluções de agricultura de precisão da Colorado, Roger Henrique Cerqueira Abud.

    Abud explica que a Cromai foi escolhida pelo comprometimento e aspectos positivos reportados pelos clientes, além do grande potencial das soluções ofertadas pela startup.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Preço do leite subiu 57% em 2022, aponta IBGE

    Segundo o IBGE, o maior impacto individual no IPCA-15 de julho veio do leite longa vida. O item acumula alta de 57,42% no ano

    Além do leite longa vida, o item “Leite e derivados” também apresentou alta, de 11,43%, assim como os derivados requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%).

    As recentes altas do preço do leite são explicadas pela menor oferta, segundo o “Boletim do Leite”, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP).

    O período da entressafra acontece entre o outono e o inverno e os produtores ainda enfrentam os impactos causados pelo La Niña na alimentação dos animais.

    O La Niña, que ocorreu no fim do ano passado, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico em pelo menos 0,5ºC, o que causa impacto no regime de chuvas do Brasil.

     

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Farsul alerta para importância de compra antecipada de sementes

    O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, enfatizou que se houver algum problema na próxima safra do Rio Grande do Sul, não será por causa das sementes

    Sistema Farsul e a Fundação Pró-Sementes apresentaram, nesta quarta-feira (27), os resultados do Estudo de Cultivares em Rede ECR Soja Safra 2021/22, relativos ao Rio Grande do Sul.

    superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, enfatizou que se houver algum problema na próxima safra do Rio Grande do Sul, não será por causa das sementes.

    engenheira agrônoma da Fundação Pró-Sementes e coordenadora do estudo, Kassiana Kehl, falou sobre a safra passada e sobre as expectativas para a safra 2022/23.

    “Este foi um ano desafiador por conta da condição climática: severas estiagem e distribuição de chuvas desuniforme. Aliado a estiagem, houve o problema da mortalidade de plantas em função do ataque de fungos de solo, o que diminuiu o estande de parcelas em diversas regiões”, disse ela.

    Próxima safra

    A expectativa para o próximo ano, conforme Kassiana, é de clima neutro para a cultura, isto é, algumas estiagens durante o ano, mas nada comparado a safra passada.

    “A pesquisa tem como objetivo avaliar o desempenho agronômico de cultivares com expressividade comercial e lançamentos, além de disponibilizar essas informações para a assistência técnica de produtores e ajudar na tomada de decisão sobre que cultivar indicar ou plantar. O planejamento para a safra de verão inicia em agosto, e o plantio acontece do final de outubro até o meio de dezembro”, afirmou.

    A última safra teve uma queda drástica na produção, atingindo principalmente o município de São Luiz Gonzaga, que, além do baixo número de sacos por hectare, teve números menores no ciclo tardio e números maiores no precoce, se diferenciando dos outros municípios.

    vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, alertou para a importância do planejamento de safra.

    “É necessário buscar a compra de sementes o quanto antes, pois a semente é o insumo principal para o início da safra e por enquanto os preços estão estáveis”, alertou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem no Rio Grande do Sul afetou até culturas irrigadas

    O levantamento mostrou que as perdas de produtividade chegaram a 44% na soja, principal cultura plantada no Rio Grande do Sul

    estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul na safra passada afetou até mesmo culturas irrigadas, como é o caso do arroz.

    Os dados foram levantados pelo programa Campo Futuro da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As condições climáticas resultaram em grandes perdas na safra de grãos.

    Segundo o economista da Farsul, Ruy Silveira, um dos responsáveis pelo levantamento no estado, os custos ligados à colheita, como frete e operação mecânica, não aumentaram tanto quanto os insumos. O grupo Fertilizantes foi quem mais pressionou o custo total. As receitas também tiveram quedas consideráveis.

    Arroz

    O arroz irrigado teve uma quebra grande, conforme aponta Silveira. “Geralmente essa quebra é em enchente, mas a estiagem gerou perdas consideráveis”, comentou.

    Indicando que os valores de fertilizantes quase dobraram na última safra.

    Em Uruguaiana, o levantamento indica que, para cobrir o custo total, o prejuízo das lavouras foi de R$ 1.035,00 por hectare. “Além disso, mesmo que a quebra de produtividade do arroz tenha sido menor de uma forma geral no estado, tivemos queda de 1cerca de 10% nos preços”, indicou.

    Soja

    Na soja, principal cultura do estado atualmente, a queda de produtividade foi de 44% de uma forma geral. Mas, na região com maior concentração de lavouras, a quebra foi de 61%. Já as regiões Sul e Litoral tiveram uma perda menos acentuada, em torno de 20%.

    “Em praticamente todas as praças levantadas os produtores fecharam com prejuízo em todos os níveis de custos. Já largaram perdendo. Mesmo com aumento médio de 28% no preço, não foi suficiente para cobrir”, avaliou Silveira que apontou Tupanciretã como o painel com pior resultado.

    A produtividade média teve uma queda de 59 sacos por hectare para 13. Aqueles produtores que conseguiram implantar uma segunda safra com irrigação, diminuiu o prejuízo do sequeiro.

    “Produtor que irrigou teve queda. Mas, conseguiu cobrir custo total, teve preço”, analisou o economista.

    Milho

    O milho apresentou o pior resultado entre os grãos., com queda de 71% na produtividade. Isso fez com que, mesmo tendo preço médio melhor, a receita caiu 64%. “Foi onde doeu mais para os produtores porque a queda foi muito grande. O prejuízo gira em torno de R$ 5 mil por hectare”, comentou Silveira.

    Ele explica que se fosse mantida a produtividade da safra 2020/2021, o produtor teria uma margem bem melhor neste ano.

    No caso das lavouras irrigadas, embora os custos sejam maiores do que do sequeiro e tenha ocorrida uma queda de 15% na produtividade, houve uma margem 21% melhor.

    Nas culturas de inverno, a última safra de trigo teve um custo total 62% maior. Algumas regiões tiveram perdas, mas foram pequenas e os preços estavam 13% melhores.

    Silveira destaca que a safra de verão aconteceu no início do processo inflacionário, enquanto que a de inverno aconteceu já com preço elevado. “Ano passado as margens foram positivas o que é muito bom porque a cultura, historicamente, dá prejuízo. Mas, mesmo que a receita tenha aumentado o custo foi demasiadamente maior”, avaliou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Confira o prazo para declarar imposto sobre propriedade rural

    O imposto sobre propriedade rural pode ser parcelado em até quatro cotas de mesmo valor, mensais e consecutivas

    A partir de 15 de agosto, os proprietários de imóveis rurais devem apresentar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) referente ao exercício de 2022.

    De acordo com a Instrução Normativa nº 2.095, publicada pela Receita Federal no Diário Oficial da União desta terça-feira (26), o prazo para a apresentação do documento termina em 30 de setembro.

    A obrigação de apresentar o documento vale para pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária.

    No caso de condôminos, a declaração deve ser apresentada por um de seus integrantes quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum.

    Imposto

    Quando o imóvel rural pertencer a mais de uma pessoa, a DITR deverá ser apresentada por um dos proprietários.

    Também devem apresentar a declaração pessoas física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2022 e a data da apresentação da DITR tenham perdido a posse do imóvel rural, em processo de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária.

    É também obrigatória a apresentação nos casos em que foi perdido o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural, “em decorrência de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social”.

    Esse caso também se aplica a casos de imóveis em processos de reforma agrária.

    A obrigação se estende, também, àqueles que perderam a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao poder público, “inclusive às suas autarquias e fundações, ou às instituições de educação e de assistência social imunes ao imposto”.

    A apresentação não é necessária em casos de imóveis rurais considerados imunes ou isentos pela Receita Federal (pequenas glebas rurais, assentamentos de reforma agrária, comunidades e remanescentes quilombolas reconhecidos).

    A instrução normativa descreve a documentação necessária a ser apresentada para o cálculo do valor do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR).

    Para preencher a declaração é necessário baixar o Programa Gerador da Declaração do ITR de 2022, disponibilizado no site da Receita Federal.

    Pagamento

    O pagamento do ITR pode ser parcelado em até quatro cotas de mesmo valor, mensais e consecutivas, desde que nenhuma cota tenha valor inferior a R$ 50.

    Imposto devido com valor inferior a R$ 100 deve ser pago em cota única.

    Tanto a primeira parcela como a cota única devem ser pagas até 30 de setembro.

    As demais cotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, “acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês de outubro de 2022 até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço de fertilizantes no Brasil cai em junho, aponta levantamento

    A queda no preço dos fertilizantes é resultado de um maior equilíbrio no balanço de oferta e demanda mundial

    preço médio dos fertilizantes caiu em junho, segundo um índice divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes.

    Com isso, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) fechou junho em 1,69, uma redução em relação a maio (1,75) e abril (1,87).

    Queda no preço dos fertilizantes

    Segundo o relatório, a queda é resultado de um maior equilíbrio no balanço de oferta e demanda mundial, e o mercado brasileiro, que no primeiro semestre do ano se preparou para garantir insumos e reduzir os riscos de desabastecimento por questões geopolíticas.

    Além da queda no preço médio dos fertilizantes, outro fator que gerou melhoria no IPCF de junho foi a redução do preço médio das commodities de soja e milho, provocado pelo aumento da área plantada nos Estados Unidos e pelo temor de recessão econômica.

    Outros fatores

    No período, o índice também foi impactado pela queda no preço da cana-de-açúcar e pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, que pode aumentar o preço do etanol e prejudicar a competitividade do combustível no Brasil.

    O Real desvalorizado, outro fator considerado na composição do IPCF, também contribuiu para a melhoria do índice de junho.

    O índice consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja certificada tem feito agricultor familiar agregar valor ao grão

    Atualmente, 77% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil são geridos por agricultores familiares

    Responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil, a agricultura familiar também responde por cerca de 10 milhões de empregos e 23% da área agrícola total, segundo Censo Agropecuário de 2017 do IBGE.

    Por já terem como base o uso de técnicas com baixo impacto ao meio ambiente, os agricultores familiares passaram a enxergar na certificação uma opção para agregar valor ao alimento que produzem, principalmente em culturas como a da soja.

    Vale lembrar que, de acordo com a Lei 11.326 de 2006, para ser classificado como agricultura familiar o estabelecimento deve ser de pequeno porte e utilizar predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas. Além disso, a gestão deve ser estritamente feita pela família.

    Certificação sustentável

    Araides Duarte da Luz, de Santa Tereza do Oeste, no Paraná, produzia soja sustentável em sua propriedade quando decidiu solicitar, junto a outros produtores rurais, a certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy Association – Associação Internacional de Soja Responsável).

    Assim, com o auxílio da empresa Gebana, ele e os produtores da região conquistaram a certificação e, desde 2018, produzem soja certificada RTRS no oeste do estado.

    “O processo para obter a certificação RTRS foi realizado sem dificuldades. Desde então, contar com o certificado tem ajudado a agregar valor à soja que produzo e comercializo”, conta ele.

    Já a produtora rural Caroline de Carli Gomes, de Palotina, também no Paraná, aderiu ao processo de certificação RTRS há cerca de quatro anos. Até então atuando com pecuária e avicultura, decidiu plantar soja e buscar pela certificação. “Com isso, podemos contar com rentabilidades melhores na venda do grão”, afirma.

    Agricultura familiar unida em grupos

    Dentre os diferentes tipos de certificação RTRS disponíveis, a em grupo é uma das opções para os agricultores familiares “Por meio desse tipo de certificação, os membros podem compartilhar conhecimentos e custos com a auditoria e a certificação em si”, explica Cid Sanches, consultor externo da RTRS no Brasil. A validade é de cinco anos e implica também auditorias anuais de seguimento obrigatórias.

    Para receber a certificação RTRS de produção de soja responsável, o produtor deve cumprir com 108 indicadores obrigatórios e progressivos de conformidade que englobam cinco padrões:

    • Cumprimento legal e boas práticas empresariais;
    • Condições de trabalho responsáveis;
    • Relações responsáveis com a comunidade;
    • Responsabilidade ambiental;
    • Boas práticas agrícolas

    “A RTRS acredita na importância do cultivo responsável da soja para o fortalecimento do mercado no país e no mundo. Por isso, temos como compromisso a promoção do diálogo para disseminarmos informações e ampliar a certificação como uma alternativa voluntária para um futuro ambientalmente e socialmente sustentável e economicamente viável”, destaca Sanches.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/