Dara Luiza Hamann

Dara Luiza Hamann has created 648 entries

  • La Niña ainda vai durar mais tempo; saiba até quando

    Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) divulgou novo relatório sobre o fenômeno

    O último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) indica que o enfraquecimento do La Niña só vai acontecer no outono de 2023.

    Pela terceira safra seguida, o fenômeno deve trazer chuvas abaixo do normal para a região Sul e umidade elevada nas regiões Norte e Nordeste.

    Frente fria na semana

    Esta quinta-feira (11) começou com apenas 1,6 °C em Ituverava (SP) e com geadas em áreas do Centro-Sul. A capital paulista registrou a menor temperatura do ano, com 9,5 °C, e houve ventos de 85 km/h em diversas áreas do estado.

    A frente fria e o ciclone extratropical já estão enfraquecendo e trouxeram chuva significativa em diversas áreas. Essa umidade foi boa para algumas culturas, mas prejudicou outras.

    “A chuva beneficiou as lavouras de trigo, principalmente do Paraná, mas prejudicou o café e também o milho, que está em fase final de colheita”, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo.

    Segundo ela, a chuva fora de época no Sudeste pode provocar uma florada indesejada no café, já que posteriormente não vai haver umidade suficiente para sustentar a florada, que acaba sendo frustrada.

    Frio continua

    O frio continua nesta sexta-feira (12) no Centro-Sul, com risco de geadas entre o planalto do Paraná e o norte do Rio Grande do Sul. A chuva diminui no leste de Santa Catarina, mas o tempo ainda fica muito encoberto, com risco de chuva fraca.

    A frente fria passa perto da costa da Bahia nesta sexta e a chuva aumenta em Salvador. O estado também deve registrar diminuição das temperaturas.

    No norte do país a chuva se concentra no Amapá, em Roraima e na porção norte do Amazonas e do Pará, sendo acompanhada por trovoadas isoladas, principalmente no período da tarde.

    Novo ciclone vem aí

    Na semana que vem, há previsão de uma nova frente fria associada a um ciclone extratropical. Só que, desta vez, o ciclone deve se formar mais ao alto-mar, e não tão próximo à costa. Justamente por isso, a previsão não é de ventos tão fortes e nem de mar muito agitado.

    De todo modo, a umidade voltará às áreas produtoras da metade norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, com volumes de 30 milímetros acumulados. A chuva vai chegar de forma fraca ao sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Rendimento de grãos maior está impulsionando produção de cereais

    Nos próximos dez anos, mais produção global de cereais se originará do crescimento do rendimento e da área de intensificação

    Os preços internacionais dos cereais aumentaram até 2021, para fechar no melhor patamar em nove anos. Fornecimento global apertado combinado com a forte demanda e as incertezas da política comercial empurraram a média do trigo para cima, e os preços de outros grãos, que subiram cerca de 30% em relação ao ano de 2020.

    Os preços do milho foram mais de 50% superiores aos no ano-calendário anterior, impulsionado principalmente por incertezas de produção na América do Sul, aumentou custos de produção e grandes importações de milho pela China. Em contraste, os preços internacionais do arroz ficaram abaixo dos níveis de 2020, pois a ampla oferta exportável intensificou a concorrência entre os exportadores.

    Nos próximos dez anos, mais produção global de cereais se originará do crescimento do rendimento e da área de intensificação, dado os limites das terras aráveis disponíveis. Supõe-se que as melhorias de rendimento resultem de variedades de sementes melhoradas e mais acessíveis, maior eficiência no uso de insumos e melhor práticas agrícolas.

    No entanto, o acesso limitado a novas tecnologias em alguns países e a falta de investimento pode restringir o crescimento. Além disso, as crescentes preocupações ambientais, também refletidas em novas políticas (como as metas do Pacto Verde da União Europeia), podem até reduzir os rendimentos médios.

    Comercialização de cereais

    Globalmente, cerca de 16% da produção de cereais é comercializada internacionalmente em 2021, variando de 10% para arroz a 24% para o trigo. A parcela da produção comercializada de cereais deverá aumentar marginalmente para 17% até 2031, em grande parte devido ao aumento das participações comerciais de trigo e arroz.

    Em termos de volume, os excedentes líquidos de cereais e os déficits mostram um padrão regional claro. No entanto, esses padrões diferem entre os cereais. Por exemplo, a maior parte do excedente exportável de arroz deverá permanecer concentrado nos países asiáticos, enquanto na América Latina e no Caribe a exportação de milho é amplamente compensada pelas importações de trigo.

    No geral, vários países africanos e asiáticos deverão tornar-se mais dependentes das importações de cereais na próxima década.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Farsul: relatório mostra queda de 2,56% nos custos de produção do leite

    Nesta quarta-feira (10/8), a Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul) divulgou, o primeiro relatório do Índice de Insumos para a Produção de Leite Cru (ILC).

    O indicador tem objetivo de mensurar a variação dos preços de uma cesta de insumos que compõem 80% do custo de produção do leite e contribuir na compreensão da evolução dos custos de produção da cadeia láctea do Rio Grande do Sul.

    As primeiras informações são relativas a junho de 2022 e a atualização será mensal. Os dados também estão disponíveis no Farsul Big Data.

    Houve uma queda de 2,56% nos custos de produção de junho, tendo nos Fertilizantes o principal responsável pelo resultado. Especialmente Ureia e o adubo 05-20-20 que tem a maior relevância dentro do grupo. A queda nos preços de milho e soja (média de 2%), principais insumos para alimentação das vacas de leite e tendo um peso muito relevante no indicador, também influenciaram nessa retração.

    Outro ofensor foi a energia elétrica, que teve redução de 6% em média. Já a suplementação mineral teve elevação de 21%, sendo o destaque de alta no período. Apesar de expressiva, a queda registrada em junho ainda é inferior a abril que atingiu -5,89%.

    No acumulado do ano, o ILC atingiu 4,12% em junho, ficando abaixo do IPCA (5,49%) e IPCA Alimentos (8,42%). Esta é a primeira vez, em dois anos, que a inflação medida no custo de produção do leite fica abaixo do IPCA. Em 12 meses, o ILC teve alta de 17,75%.

    A Assessoria Econômica da Farsul destaca que, mesmo com a alta no acumulado, o indicador vem apresentando desaceleração. Junho foi o terceiro mês consecutivo com o indicador fechando em um patamar inferior a 20% da inflação no período.

    Por outro lado, os preços dos insumos para a produção de leite cru seguem apresentando resultado superior a inflação oficial no acumulado. Em 12 meses, o IPCA registrou 11,89% e o IPCA Alimentos, 13,93%.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Praga causa prejuízos na produção de sementes de milho

    O Leptoglossus zonatus, conhecido também como Percevejo-gaúcho, é uma praga chave da cultura do milho, mas pode atacar também citrus, sorgo, feijão, soja, entre outros. No milharal é possível observar sua presença a partir do meio do ciclo e tem preferência alimentares pelas espigas, principalmente de grãos leitosos em formação.

    Os adultos da espécie possuem comprimento do corpo maior que 2 cm (as fêmeas são maiores que os machos), coloração marrom escura e antenas bicolor. Uma característica da sua taxonomia é a expansão da tíbia em cerca de 80% e a presença de duas máculas ovóides no disco do pronoto e região mediana das asas.

    Os principais danos causados pelo inseto é na produção das sementes por comprometerem gravemente os parâmetros fitossanitários exigidos para a comercialização. Os insetos injetam substâncias tóxicas ao sugarem os grãos, prejudicando o enchimento e alterando a qualidade fisiológica e sanitária, diminuindo a porcentagem de germinação.

    Ainda não existem produtos registrados de controle do L.zonatus. Como os ataques começam quando as plantas já estão grandes, é aconselhado a irrigação, a pulverização aérea ou inseticidas. O uso de controle natural também é recomendado, utilizando inimigos naturais do inseto.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/
  • Projeto mantém carbendazim até registro de substituto

    “Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício”, diz FPA

    Parlamentares se mobilizam em Brasília para que o fungicida carbendazim permaneça no mercado até que outra molécula seja aprovada para substituição. Através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), a iniciativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) alega que o perigo existente na utilização do pesticida “está na dosagem e na forma de manuseio”, de acordo com nota oficial enviada ao Agrolink.

    “A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação e a receita agronômica com a quantidade necessária do produto garantem a saúde da planta, do alimento e do produtor rural. Trata-se, ainda, de um pesticida usado no tratamento das sementes, com baixíssimo risco para os consumidores. Aos aplicadores, basta usar os equipamentos obrigatórios e a técnica correta de aplicação”, afirmam os parlamentares.

    Além disso, alegam os parlamentares brasileiros, a reversão da decisão tomada nessa semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se justifica também “diante do impacto que a restrição de Carbendazim pode causar no ambiente produtivo, econômico e social do Brasil, com relação aos cultivos de soja, milho, algodão e o feijão”.

    “Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício. A medida traz prejuízos aos produtores rurais, especialmente porque a substância permanece sendo utilizada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Equador, além da Costa Rica e Honduras. Completam a lista de países que utilizam o Carbendazim, a China e a Austrália”, argumentam os políticos.

    O deputado José Mário Schreiner, membro da FPA e vice-presidente da CNA, é o autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), e sustenta que a “não utilização do carbendazim afeta, de forma providencial o valor” dos itens básicos de alimentação, o que vai provocar mais inflação.

    De acordo com ele, “o aumento do custo de produção, em virtude da retirada do carbendazim, afeta o preço da soja e do milho que impactam nos preços dos produtos de origem animal (aves, ovos, carnes, embutidos e leite)”.

    “O aumento do custo de produção da soja também impacta os preços de óleo de soja e margarina. Algodão impacta além de roupas e tecidos, itens como roupa de cama, colchão, tapetes e cortinas”, conclui o líder da FPA.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Condição da safra de milho nos EUA piora na semana, aponta USDA

    O USDA disse que 58% da safra de milho dos EUA apresentava condição boa ou excelente, queda de 3 pontos porcentuais ante a semana anterior

    Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse nesta segunda (8) que 58% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo (7), queda de 3 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 64%. O

    USDA informou também, em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que 90% da safra tinha formado espiga, em comparação a 94% na época correspondente do ano passado e 93% na média dos cinco anos anteriores.

    Além disso, 45% da safra tinha formado grãos, ante 53% um ano antes e 49% na média de cinco anos. Segundo o USDA, 6% da safra tinha formado dentes, ante 7% no ano passado e 9% na média.

    Soja

    O USDA disse que 59% da safra de soja tinha condição boa ou excelente, uma piora de 1 ponto porcentual ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 60%.

    Segundo o USDA, 89% da safra tinha florescido, ante 90% no ano passado e 88% na média.

    A agência disse também que 61% da safra tinha formado vagens, ante 70% na data correspondente do ano passado e 66% na média de cinco anos.

    Trigo

    O USDA informou que produtores tinham colhido 86% da safra de trigo de inverno, ante 94% no ano passado e 91% na média de cinco anos.

    Quanto ao trigo de primavera, o USDA disse que 64% da safra tinha condição boa ou excelente, piora de 6 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Um ano antes, essa parcela era de 11%. Além disso, 9% da safra tinha sido colhida, ante 35% um ano antes e 19% na média.

    O relatório mostrou também que 31% da safra de algodão tinha condição boa ou excelente, uma piora de 7 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Um ano antes, essa parcela era de 65%.

    O USDA disse que 95% da safra tinha florescido, ante 87% um ano antes e 93% na média.

    Além disso, 69% da safra estava formando maçãs, ante 61% um ano antes e 64% na média.

    De acordo com o USDA, 9% da safra tinha abertura de maçãs, em comparação a 5% um ano antes e 9% na média.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizante organomineral gera economia e sustentabilidade à produção de leite

    Com os avanços das técnicas agroecológicas, a pecuária leiteira vem buscando, cada vez mais, formatos sustentáveis capazes de neutralizar as emissões de carbono, restaurar a biodiversidade local e regenerar o solo, ao mesmo tempo em que beneficiam os produtores por meio de práticas mais econômicas e produtivas. Neste cenário, uma técnica eficiente vem ganhando espaço entre as fazendas brasileiras: a fertilização organomineral. 

    Essenciais para o desenvolvimento das plantas, os fertilizantes de origem natural ou sintética, que já se destacavam na produção agrícola pelo potencial de correção de deficiências nutricionais do solo, agora, integram estratégias de agricultura regenerativa e agroflorestal na pecuária leiteira, com abordagens inovadoras que reutilizam os resíduos gerados na própria produção, contribuindo para a melhora física do solo, aumento da intensidade da atividade biológica, redução da fixação do fósforo no solo, aumento da resistência da flora à secas e, ainda, para a redução de custos operacionais.

    O produtor Cesar Oliveira, adepto da técnica que foi apresentada em uma edição do evento Dia de Varanda, promovido pela Danone mensalmente, e proprietário de uma das cem fazendas mais eficientes do Brasil de acordo com Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), contou como foi a transição da fertilização química para a organomineral.

    “Há mais de 15 anos estabelecemos uma parceria com a Danone Brasil para produzirmos leite com mais qualidade e sustentabilidade e, no meio deste caminho, nos deparamos com a possibilidade de reaproveitarmos resíduos que já eram gerados na fazenda. Por meio de avaliações técnicas e treinamentos, percebemos que esta seria uma grande possibilidade para aumentarmos a produtividade das lavouras, beneficiando o solo e os animais, por meio de silagens de milho com maiores teores de nutrientes, reduzindo o uso do adubo sintético, deixando o solo menos ácido e mais resistente a doenças. Consequentemente, vimos também um aumento na produção do leite”.

    O diretor de Compras de Leite da Danone Brasil, Henrique Borges, também apontou os pontos positivos: “Tendo o leite como matéria-prima, é fundamental continuarmos na busca por soluções práticas e eficazes para transformar a produção, gerando impactos positivos para os nossos produtores parceiros, os animais nas fazendas, o meio ambiente e consumidores. Tornando as tecnologias mais acessíveis e fornecendo orientação técnica especializada, acreditamos que podemos revolucionar a produção leiteira e tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis”, afirmou ele.

    Em comparação com fertilizantes minerais, os organominerais contribuem para o combate às mudanças climáticas, uma vez que é possível aproveitar os resíduos gerados. Com isso, a produção torna-se mais eficiente e também ocorre uma redução da emissão de gases de efeito estufa (GEEs). A pauta climática é tão relevante, que é foco de discussões e investimentos em grandes indústrias. No Brasil, a Danone tem como meta zerar as emissões líquidas de carbono em toda sua cadeia até 2050.

    Com a incorporação do organomineral no manejo da silagem, o produtor Cesar Oliveira notou um incremento de produtividade por hectare de mais de 40%. Ele ainda reforça que o principal investimento para uma operação mais sustentável e produtiva é a capacitação técnica dos envolvidos nas atividades rurais e a construção de uma rede de parceiros comprometidos com o mesmo propósito: impulsionar o negócio de forma sustentável.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Como evitar o abortamento de vagens na cultura da soja?

    Estresse na cultura causa redução de porte da planta, enrugamento foliar e perdas de atividade fotossintética e de fixação biológica de nitrogênio

    O estresse na cultura da soja causa redução de porte da planta, encarquilhamento (enrugamento foliar), perda de atividade fotossintética e da fixação biológica de nitrogênio (FBN), amarelecimento e perdas das folhas, abortamento de flores e vagens e má formação dos grãos.

    Pragas, plantas daninhas ou condições climáticas desfavoráveis são os causadores desses e outros problemas. De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Satis, Aedyl Nacib Lauar, as perdas podem chegar até 100% a depender da fase da cultura na qual as adversidades ocorreram.

    Origens do estresse na soja

    O estresse pode ser de duas origens. Uma delas é o biótico, provocado por pragas, doenças ou competição com plantas daninhas. A outra é o abiótico, gerado pelas condições climáticas como temperatura elevada, radiação solar excessiva, estiagem, excesso de umidade e baixa luminosidade.

    Há também o estresse causado por intoxicação por defensivos químicos. “É um problema que pode acontecer em todas as fases do ciclo da cultura, mas as principais perdas ocorrem na germinação, florescimento e enchimento de grãos”, explica Lauar.

    Na safra 2021/22 de soja ocorreram problemas na região Sul por causa da estiagem prolongada, e no Centro-Oeste devido ao excesso de umidade e baixa luminosidade. “É muito frequente em um ciclo produtivo, principalmente de sequeiro, a ocorrência de algum tipo de estresse. Portanto, os produtores devem recorrer aos seus assistentes para adotar medidas que mitiguem estes danos e, assim, obter a máxima rentabilidade nos seus cultivos”, alerta.

    Soluções

    Soluções que contribuem para o manejo nas lavouras de soja, mitigando o estresse, como produtos que apresentam em suas formulações compostos que fortalecem fisiologicamente as plantas, proporcionando desenvolvimento do seu sistema radicular e vegetativo são ideais.

    Existem no mercado tecnologias que reduzem a desidratação das células, estimulam o metabolismo primário e secundário das plantas e, além disso, são fontes prontamente assimiláveis de energia, promovendo, assim, tanto a resistência aos vários tipos de estresse quanto a recuperação rápida.

    Orientações para o manejo preventivo

    O engenheiro agrônomo da Satis dá as seguintes orientações aos produtores:

    • Construção de perfil de solo
    • Nutrição adequada para atender à demanda da cultura
    • Planejamento da época de plantio
    • Estímulo ao desenvolvimento do sistema radicular das plantas
    • Estande adequado – número ideal de plantas/ha
    • Bom manejo fitossanitário
     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Produtor tem queda de 19% na produção de leite

    Levantamento realizado com produtores atendidos pela SIA mostra que mesmo com o valor do litro em alta, os custos não cobrem margem para lucro

    Um levantamento realizado pela equipe de consultores da SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios, com base em dados de 350 produtores atendidos no Rio Grande do Sul, mostra que a produção diária de leite nestas propriedades teve uma redução de 19%, ou seja, de 17 para 13 litros diários por vaca. O reflexo também foi sentido na média de comercialização mensal do produto, que  teve queda de 32%, passando de 12,47 mil litros por mês para 8,47 mil litros por mês na comparação com o ano de 2021.

    Segundo o engenheiro agrônomo Armindo Barth Neto, gerente Técnico da SIA, os aumentos dos preços das rações assim como os custos de produção de milho e pastagens nas propriedades subiram fortemente devido à alta dos preços dos insumos, como os fertilizantes, onde a elevação chegou a mais de 100% entre 2021 e 2022. Todo este cenário afetou os produtores principalmente com perda de competitividade, ou seja, menor margem de lucro pelo aumento dos custos de produção, e redução na receita total, já que a estiagem afetou a produção leiteira.

    O especialista lembra que a indústria de laticínios vem tentando compensar essa baixa na produção aumentando o valor do litro do leite pago ao produtor. Nestes produtores atendidos pela SIA, o valor médio pago pelo litro do leite no segundo trimestre de 2022 foi de  R$ 2,33, um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2021.  No entanto, esse aumento foi insuficiente, comparando todo o aumento de custos de produção e a queda na produção total de leite no período. Desta forma, Barth Neto sinaliza que as condições desfavoráveis de produção e a queda no faturamento e na renda acabam por desestimular os produtores, que passam a não investir em tecnologia, refletindo na redução de produção e oferta de leite no mercado. “Muitos produtores espremidos pelas margens e pouca escala (pequenas propriedades), acabam abandonando a atividade”, afirma.

    Conforme ressalta o gerente técnico da SIA, no acumulado do último ano os aumentos no custo de produção do leite chegaram a bater a casa dos 28%, valor expressivo se comparado à inflação geral que, ao longo do mesmo período, soma 11,89% de elevação (IPCA). “Essa alteração no valor pago pelo consumidor no litro do leite em 2022 é resultante da combinação de fatores que vão além da entressafra – que naturalmente resulta na elevação do preço de produtos lácteos – período compreendido entre outono e inverno”, ressalta.

    Barth Neto coloca, ainda, que a  escassez de chuvas no Rio Grande do Sul, registrada entre novembro de 2021 e março de 2022, prejudicou a produção de alimentos para as vacas leiteiras, como soja e milho, principais ingredientes das rações, e também a produção de milho silagem e pastagens, principais fontes de alimento volumoso para os animais. Segundo estimativa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho no Estado teve uma redução de cerca de 32% em comparação ao ano anterior. No entanto, na média nacional, a produção aumentou aproximadamente 33%. Já para a soja, o volume total produzido foi 50% menor que na safra 2020/2021, enquanto na média nacional a queda foi de 11%.

    O gerente técnico da SIA finaliza afirmando que tudo isso resulta em menos leite disponível no mercado. “Muitas indústrias têm reduzido as suas jornadas de trabalho ou paralisado setores dentro das fábricas. O pouco leite no mercado e a alta concorrência pelo produto, acabam aumentando o preço para o consumidor final. Uma crise como esta, não é boa para ninguém, todos os elos da cadeia são afetados, produtores, indústria e consumidores”, alerta.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Anvisa bane em definitivo o uso do carbendazim no Brasil

    Produto não poderá mais ser utilizado para fins agrícolas, reforçam diretores da agência

    Defensivos agrícolas feitos à base de carbendazim estão proibidos no Brasil de forma definitiva. Em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (8), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, de forma unânime, barrar a utilização do produto nas lavouras do país.

    A medida de hoje confirma a determinação anterior da própria Anvisa. Em junho, a agência havia sido responsável por medida cautelar que suspendia temporariamente o carbendazim. Na ocasião, a decisão foi tomada em meio ao processo de revalidação do defensivo agrícola — que teve a sua legalidade atestada em 2019.

    O banimento em definitivo do carbendazim foi validado pelos quatros diretores que participaram da reunião de hoje. O relator do processo sobre o defensivo agrícola foi Alex Machado Campos, que votou “sim” pela proibição do uso do produto para fins agrícolas no país. Ele teve o entendimento seguido por Romison Rodrigues Mota, Meiruze Sousa Freitas e pelo diretor-presidente Antonio Barra Torres.

    Na visão do grupo, o carbendazim apresenta riscos à saúde humana, sobretudo aos produtores rurais que o manipulam em meio às propriedades rurais. “Presumidamente tóxico para reprodução em humanos”, afirmou Campos durante a reunião da diretoria da Anvisa, ao destacar o resultado feito pela equipe técnica do órgão.

    diretoria da Anvisa definiu que a decisão contra o carbendazim entrará em vigor de forma imediata a partir da divulgação do resultado da votação de hoje.

    Proibição do carbendazim é criticada por entidades

    O parecer da Anvisa vai na contramão da posição de entidades ligadas ao agronegócio. Em julho, mais de 30 organizações se posicionaram contra a suspensão do carbendazim. Já neste mês de agosto, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) avisou que se organizava para formular projeto de decreto legislativo (PDL) com intuito de derrubar a suspensão então imposta.

    “Defendemos o carbendazim para continuarmos a fazer o tratamento das sementes e facilitar o acesso do produtor rural a um fungicida mais econômico e eficiente”, afirmou, em material enviado com exclusividade na última semana ao Canal Rural, o presidente da FPA, o deputado federal Sérgio Souza, do MDB do Paraná.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/