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  • El Niño afeta produção de sementes de trigo no Sul

    Em função do clima adverso, as sementes podem estar infectadas com microrganismos que causam doenças nos cereais de inverno

    O excesso de chuvas, induzido pelo El Niño na última safra, ocasionou perdas na produção de grãos e forragens na região Sul.

    Além de perdas quantitativas, o setor sementeiro avalia agora as perdas qualitativas, já que muitas áreas de multiplicação não atingiram os parâmetros específicos para a comercialização de sementes.

    “O ambiente quente e úmido do inverno e primavera de 2023 afetou tanto a qualidade fisiológica das sementes, como a qualidade sanitária. As condições ambientais favoreceram as doenças na espiga e, ao mesmo tempo, dificultaram o seu controle, já que em muitos casos o excesso de chuvas impediu a entrada de máquinas nas lavouras para aplicação de fungicidas. Além disso, o excesso de chuvas na época de colheita acelerou a deterioração das sementes”, conta Vladirene Vieira do setor de produção de sementes Embrapa Trigo.

    No trigo, a quebra na produção de sementes chegou a 50% no Rio Grande do Sul. Segundo a Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), para a safra 2024, estarão disponíveis 138 mil toneladas de sementes certificadas de trigo, volume suficiente para abastecer uma área de cultivo próxima a um milhão de hectares no Rio Grande do Sul.

    A taxa de uso de semente certificada nesta safra está estimada em 78%, a maior da história já registrada pela entidade, indicando que o uso de semente salva não será significativo, justamente pelo risco de investir em semente de baixa qualidade.

    “No ano passado, a taxa de uso de semente certificada foi de 58% em território gaúcho. A supersafra de 2022, tanto em produtividade quanto em qualidade, foi um estímulo ao agricultor para guardar semente para 2023. Na contramão, no ano de 2023 tivemos uma das piores safras de trigo, considerando que o agricultor não possui equipamentos específicos para produção de sementes, teremos redução significativa de grãos salvos”, afirma o diretor executivo da Apassul, Jean Cirino.

    Para estimar os impactos de um possível aumento no preço das sementes nesta safra, em função da oferta menor do que a demanda, a equipe de transferência de tecnologias da Embrapa Trigo consultou algumas cooperativas gaúchas e avaliou que, dentro das planilhas de custos de produção, o preço do saco de sementes de trigo 40kg está variando de R$ 130 a R$ 150, pouco acima dos R$ 120 por saca praticados na safra passada.

    “Na safra 2023, houve uma grande oferta de sementes no mercado que causou a queda nos preços. Neste ano, a oferta de sementes é mais restrita, a relação oferta-demanda está bem ajustada”, observa Jean Cirino.

    No Paraná, a quebra está estimada em 20%, contabilizando que deixarão de entrar no mercado cerca de 30 mil toneladas de sementes de trigo por falta de qualidade. A previsão da Apasem é que o setor sementeiro vai garantir produção para cobrir 1,1 milhão de hectares com trigo no Paraná.

    “Acreditamos que a redução na oferta de sementes vai acompanhar a menor intenção de cultivo do trigo por parte do produtor paranaense. A redução na cotação do trigo e as incertezas com o clima para o próximo inverno, deixaram o produtor mais cauteloso com a safra de inverno”, avalia o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

    O milho segunda safra, tradicional concorrente do trigo na metade norte do Paraná, não deverá avançar novamente, repetindo a área de 2,4 milhões de hectares em 2024, não impactando no cultivo do trigo na região. Porém, está previsto um aumento de 33% na área de feijão segunda safra, ocupando o espaço que no ano anterior foi utilizado pelos cereais de inverno. A previsão do Deral é uma redução de 17% na área com trigo no Paraná.

    Falta de sementes de forrageiras

    O mercado enfrenta também a falta de sementes para a implantação de pastagens. A estimativa da Sulpasto é que a oferta de sementes de aveia preta seja reduzida em 40% e no azevém a oferta é até 80% menor em relação ao ano passado.

    “A maioria dos produtores de sementes forrageiras também são produtores de grãos, então com a janela curta para fazer o manejo nos cereais de inverno, o produtor teve que optar pelo maior potencial de retorno e escolheu ‘salvar’ os grãos”, conta o presidente da Sulpasto, Cláudio Lopes.

    Segundo ele, os produtores que conseguiram colher mais cedo, até tiveram resultados satisfatórios, mas as forragens mais tardias, como o azevém colhido em novembro/dezembro, sofreram perdas generalizadas no Rio Grande do Sul.

    Os gaúchos até tentaram recorrer às importações, comprando sementes forrageiras do Uruguai e da Argentina, mas também nos países vizinhos houve frustração de safra, implicando em escassez de sementes, além de problemas internos no Brasil, como a greve dos fiscais agropecuários, o que está atrasando a liberação dos lotes. “Acreditamos que apenas 30% do volume importado vai chegar a tempo para implantação das forrageiras na época indicada”, avalia Lopes.

    Com a procura aquecida, os preços de sementes forrageiras seguem em alta. Enquanto na safra passada era possível adquirir aveia preta a R$ 0,88/kg, hoje o valor chega a R$ 4,00/kg (base Passo Fundo, RS). Como alternativa à escassez de aveia preta e azevém, Cláudio Lopes recomenda ao produtor investir em aveia branca e outros cereais de inverno que podem ser utilizados como forragem.

    “O impacto na oferta de forragens não deverá ser maior em função da queda no preço do gado, o que reflete na diminuição dos rebanhos”, lembra Lopes, ressaltando que “ainda é cedo para definir cenários, mas certamente haverá uma movimentação no setor para minimizar os efeitos de longo prazo causados pelo clima”.

    Também no Paraná, a falta de sementes forrageiras deverá afetar os rebanhos, aumentando os custos de produção especialmente na região Sudoeste, onde está a principal bacia leiteira do Estado, e na atividade pecuária dos Campos Gerais.

    “O déficit nas sementes forrageiras vai afetar a produção de feno e silagem para a alimentação animal, bem como a cobertura de solo em muitas propriedades que costumam utilizar aveia preta. Alternativas existem para não deixar o solo descoberto, como a braquiária e o nabo, mas o custo acaba sendo maior”, esclarece Jhony Moller, da Apasem.

    Cuidados para reduzir problemas na lavoura

    O uso de sementes de qualidade é fundamental para assegurar o potencial de produção, garantindo o estabelecimento adequado da lavoura de grãos ou forragens. Uma lavoura de produção de sementes deve seguir uma série de normas e regras estabelecidas por legislação própria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as quais atestam a qualidade das sementes, formada por atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários.

    Essas características vão garantir que o agricultor adquira sementes puras, sem misturas varietais ou com quaisquer outro material inerte, sadias e com bom potencial de estabelecimento das plântulas na lavoura.

    Contudo, assim como a lavoura de grãos, a produção de sementes também sofreu com os impactos do clima em 2023. Entre os principais problemas que podem estar relacionados ao El Niño estão a menor qualidade fisiológica e a incidência de doenças.

    Em função do clima adverso, as sementes podem estar infectadas com microrganismos que causam doenças nos cereais de inverno. Para evitar prejuízos, é indicado o tratamento de sementes com fungicidas que protegem a plântula da ação de agentes patogênicos, como fungos alojados no solo ou na própria semente.
    Dependendo do produto e a relação com a praga e doença visados, o tratamento de sementes nos cereais de inverno garante proteção das plantas contra fungos e pragas de solo por até 60 dias após a semeadura, favorecendo o desenvolvimento inicial da lavoura.
    “O tratamento de sementes vai viabilizar a qualidade sanitária da lavoura no início do ciclo da cultura, evitando o surgimento de focos iniciais de doenças e sua distribuição pela lavoura” avalia o pesquisador João Leodato Nunes Maciel, lembrando que o tratamento de sementes também deverá significar redução nas aplicações aéreas de fungicidas nas plantas em fases mais adiantadas de desenvolvimento, impactando nos custos da lavoura.

    Na comparação, o custo de tratamento de sementes com fungicidas representa de 30% menos do que o custo de uma aplicação aérea.

    Além da qualidade, a quantidade de sementes é um critério que merece atenção na semeadura. É preciso evitar o uso de quantidades muito abaixo do ideal ou excessos que implicam em aumento de custos e podem resultar em acamamento.

    A orientação da Embrapa Trigo é verificar sempre a informação fornecida pela empresa que desenvolveu a cultivar (o obtentor), empregando a quantidade de sementes indicada, considerando variações de acordo com a região, a época de semeadura e o histórico da área.

    “Estamos enfrentando um ano atípico, com muitos desafios ao produtor, que vai precisar mostrar profissionalismo para alcançar resultados positivos até o final da safra”, conclui o executivo da Apasem, Jhony Moller.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Conab faz mais um corte na estimativa da safra 2023/24

    Resultado é 0,5%, ou 1,52 milhão de t menor ante a previsão anterior, do início de março, mostra o sétimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento

    A produção de grãos na safra 2023/24 deverá atingir um total de 294,07 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8%, ou 25,7 milhões de t, em comparação com a temporada anterior 2022/23 (310,13 milhões de t). O resultado é 0,5%, ou 1,52 milhão de t menor ante a previsão anterior, do início de março, mostra o sétimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (11).

    Conforme a estatal, comparativamente à previsão anterior, as maiores quedas foram observadas no milho (1,79 milhão de t) e na soja (336,7 mil t).

    Em compensação, arroz, algodão, gergelim, sorgo, e, principalmente, feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao levantamento de março.

    Impacto do El Niño

    Segundo comunicado da estatal, com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra de safra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país.

    O clima adverso causou impacto na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare na safra 2022/23 para 3.744 kg/ha na atual temporada 2023/24.

    A Conab destacou que, com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda e terceira safra, bem como às culturas de inverno.

    “O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo”, relatou.

    Soja

    Com os trabalhos de colheita avançados nos principais estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior (154,61 milhões de t).

    O clima adverso causou impacto na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare na safra 2022/23 para 3.744 kg/ha na atual temporada 2023/24.

    A Conab destacou que, com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda e terceira safra, bem como às culturas de inverno.

    “O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo”, relatou.

    Soja

    Com os trabalhos de colheita avançados nos principais estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior (154,61 milhões de t).

    Arroz

    Segundo a Conab, também é verificado um cenário de recuperação para o arroz. Com a área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% superior à da safra anterior, estima-se uma produção em 10,57 milhões de toneladas, 5,3% acima da obtida no ciclo anterior (10,03 milhões de t).

    Algodão

    A área cultivada de algodão também registra crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, “justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado”.

    As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras e a previsão é que sejam colhidas cerca de 3,60 milhões de toneladas de pluma, alta de 13,4% (4,53 milhões de t em 2022/23).

    Trigo

    Para o trigo, a estimativa atual indica uma produção de 9,73 milhões de toneladas, expressivo aumento de 20,2% em comparação com o ano passado (8,10 milhões de t).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Região Sul terá recorde de produção de soja

    Apesar da quebra no Paraná, produção histórica no Rio Grande do Sul garante safra maior para o total dos 3 estados

    Quando Gustavo Ribas Netto plantou suas sementes de soja, em setembro do ano passado, ele planejava colher 65 sacas por hectare. No solo fértil de Ponta Grossa (PR), na região dos Campos Gerais, os 1.500 hectares que ele cultiva tiveram como inimigos o clima e a ferrugem asiática, que em algumas áreas demandou sete aplicações de fungicida. Resultado: ele terá uma produção 20% menor.

    O caso de Gustavo está bem refletido nas projeções da safra paranaense 2023/24. Por conta do clima, que na largada foi muito seco, e depois teve períodos muito chuvosos, o Paraná vai produzir 4 milhões de toneladas de soja a menos que a previsão inicial, segundo informações do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral).

    Na última safra (2022/23), o estado foi responsável por 14,5% da produção nacional de soja. Mas, neste ano, está vendo essa fatia cair para aproximadamente 12,8%, segundo os últimos boletins da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Apesar da quebra no Paraná, juntos, os três estados do Sul devem ter um aumento na produção, já que o Rio Grande do Sul deve colher 68% a mais de soja do que em 2022/23, passando de 13 mil toneladas para 21 mil, conforme estimativa da Emater-RS. O clima passa de vilão a mocinho no estado, ajudando os gaúchos a registrar uma safra recorde de soja, e levando a região Sul a uma expectativa de produção, quase concretizada, de 42,3 mil toneladas, 28% da safra nacional 2023/24.

    Enquanto o Paraná já concluiu os trabalhos de campo com a oleaginosa, no Rio Grande do Sul a colheita está em fase inicial, próxima de 20% da área.

    Com esse resultado, no ciclo 2023/24 o Rio Grande do Sul assume o segundo lugar entre os estados produtores de soja no país. Paraná cai para terceiro colocado. Mato Grosso, que registra a maior quebra no Brasil, continua na liderança, com 38,47 milhões de toneladas, com 26% da produção nacional.

    Brasil vai produzir 5% menos soja

    O relatório de março de 2024 da Conab aponta para um aumento de 2,5% na área cultivada no país, em relação ao levantamento anterior. Quanto à produção, registra mais uma redução, desde o relatório inicial. A produção esperada deve alcançar 146,8 milhões de toneladas, uma redução prevista de 5% sobre a safra passada.

    O atraso do início das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, seguido por chuvas irregulares e mal distribuídas, com registros de períodos de veranicos superiores a 20 dias, além das altas temperaturas, estão refletindo negativamente no desempenho das lavouras, segundo o relatório da Conab.

    A colheita no Brasil ultrapassa 80% da área plantada. Além do Rio Grande do Sul, as principais regiões que ainda têm áreas por colher são Norte e Centro-Norte (Matopiba). Nesta quinta-feira (11), a Conab atualiza os dados em um novo boletim de estimativa de safra.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja e forrageira: sistema aumenta produção e antecipa pastagem

    Uma das estratégias para aumentar a capacidade de competição da soja é escolher capins de pequeno porte e de lento estabelecimento

    Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) acabam de validar o Antecipasto, um sistema de consorciação soja e forrageira para ser adotado em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP). A tecnologia foi testada em propriedades rurais de Mato Grosso do Sul com bons resultados.

    No Antecipasto, parte do período do plantio da forrageira ocorre em cultivo consorciado na entrelinha da soja, antecipando a formação de pastagem, sem causar redução da produtividade de grãos da oleaginosa. Pesquisadores veem oportunidades de validação do Antecipasto nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Roraima, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia.

    Para os pecuaristas, a solução pode amenizar a falta de pasto na estação seca, o atraso no estabelecimento de pastagens e o insucesso na sua formação. Já para os agricultores, é uma possibilidade real para abrir novas áreas com sistemas integrados de produção, assim como aquisição de terras a valores acessíveis e potencial agrícola, além de melhorias nas condições do solo.

    “É uma tecnologia que não compromete o rendimento de grãos da soja, intensifica a produção e antecipa a formação de pastagem e o pastejo”, define o pesquisador Luís Armando Zago, da Embrapa Agropecuária Oeste.

    O sistema ainda é recomendado para os produtores rurais que já utilizam ILP, nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, e necessitam de produção de forragem na época mais crítica do ano: a estação seca/inverno, para alimentação animal.

    Zago explica que entre o fim dos anos 1990 e início dos 2000, a pesquisa buscou o estabelecimento de forrageiras em consórcio com soja, mas a dificuldade imposta pelo porte da soja, semelhante ao das forrageiras, dificultou o avanço nos estudos, dada a perda de produtividade da oleaginosa ao redor de 12% e a dificuldade no controle de plantas daninhas. Além disso, ele conta que houve outros entraves como a semeadura simultânea da soja e da forrageira, o aumento da profundidade de semeadura da gramínea, a escolha pelos capins Marandu e Xaraés, e a sobressemeadura da forrageira no fim do ciclo da soja.

    “Com o Antecipasto essas dificuldades foram superadas com a defasagem na semeadura do capim em relação à soja, além da utilização de forrageiras de menor porte e com crescimento inicial mais lento”, declara o pesquisador. Com a tecnologia, as culturas anuais se estabelecem mais rápido que as forrageiras perenes; desse modo, a capacidade de competição do capim em relação à soja, principal cultura, é minimizada.

    O velho embate capim X soja

    Uma das estratégias para aumentar a capacidade de competição da soja é escolher capins de pequeno porte e de lento estabelecimento. No mercado, há opções como a BRS Tamani, Massai e BRS Paiaguás, cultivares desenvolvidas pela Embrapa Gado de Corte (MS) e parceiros.

    Nos experimentos conduzidos, o Panicum maximum cv. BRS Tamani foi o mais adequado, com desenvolvimento e crescimento paralisado por falta de luz logo após o fechamento das entrelinhas pela soja, retomando o crescimento quando o processo de amarelecimento das folhas da planta é intensificado e quando elas começam a cair. Para as cultivares de soja, as precoces costumam ter crescimento vegetativo vigoroso e fechamento rápido das entrelinhas, impedindo o desenvolvimento acentuado do capim.

    Outra medida é o planejamento da semeadura. A soja é semeada e, posteriormente, a forrageira na entrelinha. O tempo ideal de defasagem de semeadura da forrageira é de 14 a 21 dias após a emergência da leguminosa. Defasagem inferior aumenta o risco de competição e, superior, pode causar a morte das plantas de capim por excesso de sombreamento.

    O especialista ainda lembra que o momento da semeadura do capim deve estar alinhado às condições climáticas. Também é recomendado observar o espaçamento das entrelinhas do grão, que deve ser de 50 cm a 60 cm, para possibilitar a semeadura da forrageira com semeadora leve acoplada ao terceiro ponto do trator, equipado com rodas finas.

    “É necessária uma semeadora específica para grãos miúdos ligada ao terceiro ponto do trator. Na falta desse implemento, montar uma semeadora é relativamente simples. É preciso um chassi de plantadeira, caixa para sementes miúdas e linhas de plantio”, recomenda.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • USDA aponta aumento da área de soja nos EUA e pressiona preços

    A comercialização da soja brasileira avançou ao longo da última semana, mas ainda abaixo da média histórica

    O cenário fundamental baixista para os preços da soja em termos globais ganhou mais um fator de pressão sobre os preços.

    No dia 28, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizou que a área com soja em 2024 deverá aumentar. O número superou a expectativa do mercado e determinou perdas em Chicago e no Brasil.

    A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres, conforme o relatório de intenção de plantio do USDA. A previsão indica uma elevação de 3% sobre o ano anterior.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres.

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão elevar ou manter o plantio.

    Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição de 1º de março, totalizaram 1,85 bilhão de bushels. O volume estocado subiu 9% na comparação com igual período de 2023.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, de 1,83 bilhão de bushels. Do total, 933 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com alta de 24% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 912 milhões de bushels, com baixa de 3%.

    Comercialização

    A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 41,4% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 5 de abril. No relatório anterior, com dados de 6 de março, o número era de 36,6%.

    Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 44,3% e a média de cinco anos para o período é de 58,1%. Levando-se em conta uma safra estimada em 148,6 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 61,571 milhões de toneladas.

    Safra 2024/25

    Levando-se em conta uma safra mínima hipotética de 148,6 milhões de toneladas, Safras projeta uma comercialização antecipada de 3,1%.

    Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 4,2% e a média para o período é de 12,4%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil deve embarcar mais de 10 milhões de t de soja em abril, diz Anec

    Na acumulado do ano, os embarques brasileiros de soja são estimados em 36,071 milhões de toneladas, afirma a entidade

    As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar em 10,654 milhões de toneladas em abril de 2024, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Em abril do ano passado, as exportações ficaram em 14,046 milhões de toneladas.
    Na semana entre 24 e 30 de março, o Brasil embarcou 3,446 milhões de toneladas. Para a semana entre 31 de março e 6 de abril, estão previstos embarques de 4,043 milhões de toneladas. No acumulado do ano, os embarques de soja são estimados em 36,071 milhões de toneladas.
    Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 2,308 milhões de toneladas em abril. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,742 milhão de toneladas.

    Na semana entre 24 e 30 de março, o Brasil embarcou 463,146 mil toneladas. Para a semana entre 31 de março e 6 de abril, estão previstos embarques de 674,268 mil toneladas. No acumulado do ano, os embarques de farelo de soja são estimados em 7,256 milhões de toneladas.

    Brasil deve embarcar 25 mil toneladas de milho em abril

    As exportações brasileiras de milho deverão atingir um volume de até 25 mil toneladas em abril de 2024. Em abril do ano passado, o Brasil havia exportado 166,552 mil toneladas do cereal.

    No acumulado do ano, os embarques de milho são estimados em 4,319 milhões de toneladas.

    Na semana entre 23 e 30 de março não foram registrados embarques de milho. Para a semana entre 31 de março e 6 de abril, estão projetados embarques de 27,004 mil toneladas do cereal.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • EUA: 56% da safra de trigo de inverno tem condição boa ou excelente

    No mesmo período de 2023, a parcela era de 28%, de acordo com o USDA

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 56% da safra de trigo de inverno do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo (31).

    Na data correspondente de 2023, essa parcela era de 28%, disse o USDA em seu primeiro relatório semanal de acompanhamento de safra do ano, divulgado na tarde desta segunda-feira (1º).

    O USDA informou também que 4% da safra tinha perfilhado, em comparação a 5% um ano antes e 2% na média dos cinco anos anteriores. Quanto à safra de primavera, o plantio estava em 1%, em linha coma média de cinco anos.

    Milho e algodão

    Segundo o órgão americano, o plantio de milho estava em 2%, mesmo percentual em em igual período do ano passado, contra 1% na média de cinco anos.

    O relatório mostrou também que produtores de algodão tinham semeado 3% da área total prevista até o último domingo, em comparação a 3% um ano antes e 4% na média dos cinco anos anteriores.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Calor extremo faz vaca perder mais de 30% de leite; e pesquisa quer mudar isso

    O programa tem avaliado a resistência dos animais ao calor para selecionar indivíduos que melhor suportem as altas temperaturas

    Situações de muito calor afetam negativamente a produção de leite.

    Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) tem se preocupado com a tolerância dos bovinos às condições do clima.

    Por isso, os valores genômicos dos touros da raça foram preditos em função do Índice de Temperatura e Umidade (ITU), que reúne numa única variável as condições de temperatura e umidade relativa do ar.

    Isso significa que animais mais resistentes ao calor são classificados com maior valor genômico para essa característica. Um ITU entre 80 e 89, por exemplo, pode provocar estresse-térmico severo no animal. Para que isso ocorra basta que a temperatura fique acima de 32°C e a umidade relativa do ar esteja em 95%.

    Impulsionado pelas mudanças climáticas e o El Niño, dias de calor intenso têm sido comuns em todas as regiões do Brasil, principalmente na região Centro-Sul, onde se concentra a maior produção de leite no país.

    Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou em 2023 nove ondas de calor e, no dia 19 de novembro, os termômetros da cidade mineira de Araçuaí marcaram a maior temperatura já verificada no Brasil: 48,44°C.

    Nessas condições, bastaria 10% de umidade relativa do ar para que uma vaca estivesse submetida ao estresse térmico severo, ocasionando redução na produção, em problemas reprodutivos e até na morte do animal.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite (MG), Marcos Vinícius G. B. Silva, o país perde todos os anos cerca de 30% da produção devido às altas temperaturas. Isso torna a cadeia produtiva do leite vulnerável aos eventos provocados pelas mudanças climáticas.

    “A solução para o produtor é desenvolver rebanhos mais resistentes ao estresse-térmico e é isso que o programa de melhoramento do Girolando tem buscado oferecer por meio das avaliações genéticas e genômicas no teste de progênie da raça”, diz o pesquisador.

    Silva explica que há raças mais tolerantes aos efeitos do clima.

    “O gir leiteiro, que compõe a raça sintética girolando, é bastante resistente ao calor se comparada à raça holandesa, que também forma o girolando. O resultado do cruzamento das duas raças é um animal resistente e produtivo”, explica.

    Dentro de uma mesma raça há indivíduos mais resistentes que outros.

    Ao longo dos anos, a Embrapa reuniu uma boa base fenotípica de animais resistentes, identificando essa característica dentro do genótipo do indivíduo.

    A partir daí, criou-se o PTA (medida de mérito genético do touro) para o estresse térmico, que irá resultar em vacas mais resistentes.

    A pesquisa que desenvolveu esse PTA analisou 650 mil controles leiteiros. Foram colhidos os dados no momento da ordenha, identificando a produção da vaca, além do ITU, obtido por meio de estações meteorológicas nos locais onde as propriedades estão localizadas.

    “Utilizamos uma metodologia estatística que relaciona esses dados com os genótipos de cada uma das vacas, obtendo o potencial genético do animal”, explica Silva ao contar que esse tipo de abordagem revela as diferenças genéticas na resposta dos animais diante das diferentes combinações de temperatura e umidade do ar ao longo do período avaliado.

    A classificação dos animais em relação ao calor

    Os touros foram classificados conforme categorias de sensibilidade ambiental, que representam o desempenho médio esperado para as filhas de cada touro nas diferentes combinações de temperatura e umidade do ar:

    • Sensível +: touros cujas filhas reduzem a produção de leite em ambientes mais
      quentes e, ou, mais úmidos.
    • Sensível – (menos): touros cujas filhas aumentam a produção em ambientes mais
      quentes e, ou, mais úmidos.
    • Robusto: touros cujas filhas mantém produções estáveis, independente da
      combinação de temperatura e umidade.

    Silva explica que quando o animal está dentro de uma faixa de ITU considerada adequada, ele terá condições de expressar seu potencial genético, porém, outras condições limitantes, como nutrição, manejo e sanidade, por exemplo, devem estar em níveis adequados.

    também pesquisador da Embrapa, João Claudio do Carmo Panetto, explica que a classificação dos touros conforme sua tolerância ao estresse térmico servirá como uma ferramenta auxiliar na seleção dos animais possibilitando o uso de um genótipo mais adequado ao clima das diferentes regiões do Brasil. “Dessa forma, cada criador vai poder direcionar os acasalamentos, visando obter uma progênie mais tolerante ao estresse térmico, reduzindo as perdas produtivas devidas aos fatores climáticos”, diz Panetto.

    Sumário relaciona progênie tolerante ao estresse térmico

    Desde 2022, o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando apresenta o PTA de touros com característica para tolerância ao estresse térmico. Naquele ano, o sumário do teste de progênie da raça já anunciava 405 touros com essa característica.

    Em 2023, o número subiu para 491 e neste ano serão 549. Esses animais compõe o Índice de Eficiência Tropical, que além da tolerância ao estresse térmico, apresenta características relativas à produção e reprodução. Silva anuncia que, em breve, será incluída neste índice a característica de resistência a ectoparasitas (carrapatos).

    O Sumário traz ainda PTA’s para outras 32 outras características individuais como volume de gordura, proteína, casco, temperamento etc. As características são reunidas em nove índices, apresentando um conjunto de características. Além do Índice de Eficiência Tropical, abarca:

    • Índice de Longevidade do Girolando;
    • Índice de Produção e Persistência na Lactação do Girolando;
    • Índice de Facilidade de Parto do Girolando;
    • Índice de Reprodução do Girolando;
    • Índice de Qualidade do Leite do Girolando;
    • Composto de Produção de Leite e Fertilidade do Girolando;
    • Compostos de Sistema Mamário, de Sistema Locomotor, de Garupa e de Força Leiteira do Girolando

    O PMGG teve início em 1997. Até o ano passado, foram lançados 16 sumários. O Programa conta com 1891 rebanhos colaboradores. Os estudos para incluir a tolerância ao estresse térmico começaram em 2021. “A questão climática é, por si, um marketing natural para venda de sêmen”, diz Silva. Segundo ele, procura pelo sêmen de touros provados para a tolerância ao estresse térmico é grande.

    O pesquisador diz que esse tipo de seleção genômica pode ser extrapolada para outras raças. “Já estamos desenvolvendo estudos para incluir a essa característica no sumário de touros da raça Jersey”, conclui Silva.

    ITU e conforto térmico

    Utilizado em diversas áreas, o ITU combina em uma única variável os valores de
    temperatura e de umidade relativa do ar. Quanto maior o índice, maior será o desconforto térmico de um indivíduo. Na pecuária de leite, o ITU mede o bem-estar dos bovinos em relação ao clima.

    Segundo a pesquisadora da Embrapa Maria de Fátima Ávila Pires, que trabalha com bem-estar animal há cerca de 30 anos, índices abaixo de 72 são considerados confortáveis para a vaca; mas ela ressalta que animais de alta produção já podem ser afetados com índice de 68.

    De 72 a 79, o ITU é ameno; de 80 a 89 passa a interferir negativamente no conforto térmico da vaca. Acima de 90, o índice é considerado severo e pode levar o animal à morte. A vaca modifica seu comportamento quando está sob estresse térmico. A pesquisadora alerta que o produtor deve observar os seguintes sinais:

    • Aumento da frequência respiratória: respiração ofegante pode indicar que o
      animal está tentando dissipar calor;
    • Produção de suor: As vacas podem suar mais quando estão desconfortáveis ​​com o calor;
    • Procurando sombra: sob estresse térmico, vacas podem buscar áreas sombreadas ou mais frescas para se abrigarem do sol;
    • Redução no consumo de alimentos: em condições de calor extremo, as vacas podem reduzir a ingestão de alimentos;
    • Mudanças no Comportamento Reprodutivo: O estresse térmico pode afetar o cio
      e a taxa de concepção das vacas.

    “Em regiões com altas temperaturas e umidade do ar, o produtor deve adotar medidas para proporcionar um ambiente adequado e confortável para o rebanho, como oferecer sombra, ventilação adequada, água fresca e aspersão de água”, ensina a pesquisadora.

    Mudanças climáticas

    O ano de 2023 foi o mais quente dos últimos 174 anos de medições meteorológicas. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a média global chegou a 1,45°C acima dos níveis pré-industriais. Esse valor está bem próximo de 1,5°C, estabelecido como limite em 2015, no Acordo de Paris e só deveria ser atingido em 2030.

    No Brasil, dados do Inmet revelam que, dos 12 meses de 2023, nove tiveram médias mensais acima da média histórica, com destaque para setembro, com 1,6°C acima.

    Ao longo do ano passado, o País enfrentou nove episódios de onda de calor. Eduardo Assad, ex-pesquisador da Embrapa e um dos pioneiros nos estudos agroclimáticos no Brasil, diretor da empresa de consultoria Fauna, fez um balanço da agenda climática em 2023. Segundo o relatório, a amplitude média dessas ondas de calor foi superior a 4°C acima da média das máximas.

    Para o pesquisador da Embrapa Ricardo Guimarães Andrade a causa das altas temperaturas de 2023 é o fenômeno El Niño, aliado à crise climática. O fenômeno, que em 2030 provoca o aquecimento das águas no Oceano Pacífico, se estabeleceu em meados de 2023 e atingiu o ápice em dezembro.

    Andrade explica que naquele mês, as águas do Pacífico atingiram 2°C acima da média histórica. “É um El Niño forte, mas não podemos classificá-lo de ‘Super El Niño’, quando o aquecimento supera os 2,5°C acima da média histórica”, diz. O último Super El Niño ocorreu em 2016.

    De acordo com o pesquisador, o prognóstico climático indica que o El Niño deve permanecer até junho. “Há uma probabilidade de 50% para que se estabeleça a condição de neutralidade, entre menos 0,5°C e mais 0,5°C.” Até lá, a temperatura e a precipitação tendem a ficar entre a média e acima da média na região centro-sul do país.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Participação da China nas exportações brasileiras de soja segue acima de 70%

    Proporção aumentou em comparação com anos anteriores

    O destino da soja brasileira continua sendo objeto de análise e discussão entre especialistas. A concentração das vendas para a China, por um lado, é vital para a economia brasileira como um importante parceiro comercial, mas, por outro lado, preocupa devido à dependência excessiva desse mercado. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a participação do gigante asiático nas exportações da oleaginosa brasileira permanece sólida.

    No quadro “Agroexport”, o tema ganhou destaque com Giovani Ferreira, que abordou a necessidade do Brasil pela demanda chinesa em produtos-chave, com a soja em evidência. A discussão girou em torno da percepção de que a demanda chinesa estaria diminuindo e que o país estaria se voltando para aumentar sua produção interna, reduzindo a dependência das importações de soja brasileira.

    No entanto, os dados mostram uma realidade diferente. Apesar do desejo de todos os países em fortalecer suas produções internas, a China continua sendo um grande comprador da soja brasileira. Em análise dos últimos cinco anos, com foco nos meses de janeiro e fevereiro, observou-se que, em 2024, o Brasil exportou 9,46 milhões de toneladas de soja, com impressionantes 73% destinados à China. Essa participação chinesa nas exportações de soja brasileira aumentou em comparação com anos anteriores, demonstrando uma continuidade no interesse do país asiático pelo produto brasileiro.

    Essa dependência, porém, não é recente. Desde 2010, a China tem aumentado sua participação nas exportações de soja do Brasil, passando de 65% para uma média de 70,1% nos últimos cinco anos. Embora seja um risco concentrar tanto as exportações em um único mercado, a presença contínua da China como grande compradora é fundamental para a expansão e investimentos no setor de soja brasileiro, contribuindo para a consolidação do país como o maior produtor e exportador global desse importante grão.

    Portanto, enquanto a diversificação de mercados permanece como um objetivo importante, a presença da China como principal comprador continua sendo um fator-chave para o crescimento e desenvolvimento do setor de soja no Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Área de soja nos EUA em 2024 será maior do que a prevista

    Relatório divulgado pelo USDA nesta quinta-feira mostra aposta dos produtores norte-americanos. Meio pregão de Chicago refletiu resultados

    A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres (35 milhões de hectares), conforme o relatório de intenção de plantio do Departamento de
    Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na quinta-feira (28). Assim, a previsão indica uma alta de 3% sobre o ano anterior.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares).

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão reduzir ou manter a área de plantio.

    Reflexos no mercado da soja

    Após a divulgação do relatório, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja passou a operar com preços mais baixos para o grão e óleo e mais altos para o farelo no meio-pregão de hoje.

    Com isso, os contratos com vencimento em maio tinham preço de US$ 11,91 1/2 por bushel, baixa de 1,00 centavo de dólar ou 0,08%. A posição julho era cotada a US$ 12,05 por bushel, perda de 1,50 centavo de dólar por bushel ou 0,08%.

    No farelo, maio de 2024 tinha preço de US$ 337,50 por tonelada, baixa de US$ 1,50 por tonelada ou 0,44%. Já a posição maio de 2024 do óleo era cotada a 47,75 centavos de dólar por libra-peso, acréscimo de 0,08 centavo de dólar por libra-peso ou 0,16%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/