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  • Câmara analisa projeto que zera alíquota do PIS e Cofins para adubos e defensivos

    Atualmente, a isenção é válida apenas aos produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi)

    A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, em dezembro, projeto que zera as alíquotas do PIS/Pasep e Cofins para a importação e venda de adubos, fertilizantes e defensivos agropecuários, inclusive as versões biológicas desses produtos.

    O Projeto de Lei 2022/22, de autoria do ex-deputado Marco Bertaiolli (SP), foi relatado pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), que apresentou um substitutivo. O novo texto aproveita sugestões de uma proposta apensada (PL 4070/23).

    Lupion disse que a ampliação da isenção tributária deve promover um tratamento mais igualitário entre diferentes tipos de empresas do setor agropecuário.

    “A proposta se mostra ainda mais relevante no contexto atual, com alta do preço da produção agropecuária, causada pela alta dos preços dos insumos”, disse o relator.

    Importadores

    O projeto aprovado estende o benefício para quem comprar matérias-primas utilizadas na fabricação de adubos, fertilizantes e agrotóxicos, independentemente de serem fabricantes ou não. A medida beneficia os importadores dessas matérias-primas, hoje excluídos da isenção.

    A proposta também concede alíquota zero de PIS/Pasep e Cofins para os seguintes produtos:

    • corretivos de solo de origem mineral ou orgânica;
    • inoculantes agrícolas produzidos a partir de microrganismos;
    • lanolina;
    • substratos para plantas;
    • produtos destinados à alimentação de animais como bois, cavalos e peixes.

    Além disso, a medida é mais ampla do que a legislação atual, que concede a isenção apenas aos produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), que é definida pelo governo federal.

    Próximos passos

    O projeto segue agora para análise em caráter conclusivo das comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

    Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Banco Central cumpre expectativa do mercado e eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

    Essa foi a quarta alta seguida da Selic, taxa que está no maior nível desde setembro de 2023

    A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros.

    Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de dezembro.

    Essa foi a quarta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

    Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.

    Controle da inflação

    A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 0,52%.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da bandeira verde nas contas de luz, o preço dos alimentos, principalmente da carne e de algumas frutas, continuou a subir.

    Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,83% em 2024, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

    No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em janeiro de 2025, a inflação desde fevereiro de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em fevereiro, o procedimento se repete, com apuração a partir de março de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

    Previsão do IPCA pode ser revista

    No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

    As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,5%, 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,96%.

    Crédito mais caro

    O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

    O mercado projeta crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,06% do PIB em 2025.

    A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produção de etanol de milho cresce 30% e ajuda setor em safra com menor moagem

    Os dados são da União da Indústria de cana-de-açúcar; combustível produzido a partir da cana registrou queda de 1,8%

    A produção de etanol de milho tem sido importante para manter o crescimento do setor no Centro-Sul do Brasil, mesmo diante da queda na moagem de cana-de-açúcar. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a fabricação do biocombustível a partir do milho cresceu 30%, enquanto o etanol produzido com cana registrou queda de 1,8%.

    Até a primeira quinzena de janeiro, 19,5% do etanol fabricado no país teve o milho como base, e a previsão é que essa participação suba para 23% a 24% até o fim da safra, em março. No mesmo período, a moagem de cana caiu 4,85%, totalizando 613,998 milhões de toneladas.

    Sem competição

    Para Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Unica, a expansão do etanol de milho complementa a produção de cana, permitindo a fabricação ao longo de todo o ano e aproveitando subprodutos, como o DDG (grãos secos de destilaria), usado na ração animal.

    Já o presidente da Unica, Evandro Gussi, destacou que os dois tipos de etanol podem crescer sem competir entre si ou com a produção de açúcar.

    “O Brasil não vive no mundo do ‘ou’, mas sim do ‘e’. O etanol de milho avança sem substituir o de cana, mantendo equilíbrio no setor”, afirmou.

    Mercado global

    A liderança do Brasil no setor de biocombustíveis também se fortalece diante da crescente demanda pelo SAF (Sustainable Aviation Fuel), o combustível sustentável de aviação. “Se toda a demanda projetada de SAF fosse suprida com etanol, seriam necessários quase 1 trilhão de litros. Mesmo com estimativas mais conservadoras de 200 a 300 bilhões de litros, a produção mundial precisaria triplicar. O Brasil é o país mais bem posicionado para liderar essa transição”, afirmou Gussi.

    A Unica também prevê ganhos futuros de eficiência e produtividade tanto no etanol de cana quanto no de milho, garantindo uma matriz energética mais sustentável e competitiva para os consumidores.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • CCGL anuncia distribuição de R$ 28 milhões de bonificação para produtores de leite

    O valor foi aprovado pelas cooperativas associadas durante a Assembleia Geral Ordinária da CCGL

    A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL) anunciou a participação dos produtores de leite nos resultados da industrialização de lácteos, referente ao ano de 2024. A aprovação do valor aconteceu nesta segunda-feira, 27, durante a assembleia geral ordinária, o total é de R$ 28 milhões que será distribuído entre todos os produtores CCGL que forneceram leite de forma ininterrupta ao longo do ano de 2024 e que estiverem ativos no sistema de fornecimento à cooperativa no dia 23 de abril de 2025, data estipulada para o pagamento.

    O presidente da CCGL, Caio Vianna, explica que esta medida reafirma o compromisso da CCGL, que desde a implantação da indústria sempre distribui sobras diretamente aos produtores. “Para que fique evidente que ao fornecer leite no sistema CCGL o produtor está alimentando o seu próprio negócio, onde ele realmente é o dono. Além de vender o leite e receber o preço de mercado, quando o ano favorece e a indústria rentabiliza, os produtores também participam nos resultados”, pontua.

    Para obter informações adicionais sobre o processo de distribuição, os produtores devem entrar em contato com suas cooperativas.

    Fonte: Comunicação CCGL

  • Tecnologia avalia saúde de bovinos com monitoramento remoto da temperatura

    Sistema inédito desenvolvido pela Embrapa e UFMS utiliza sensores no canal auditivo que ajuda a indicar infecções, período de cio e stress

    A Embrapa Gado de Corte e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) desenvolveram uma tecnologia inovadora que permite monitorar a temperatura corporal de bovinos de forma remota. A medição da temperatura corporal é essencial para identificar infecções, inflamações, períodos de cio e situações de estresse no gado.

    O sistema utiliza sensores instalados no canal auditivo dos animais, garantindo precisão nos dados e bem-estar no manejo. O dispositivo já teve sua patente depositada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

    Alimentado por energia solar, o sistema dispensa o uso de baterias, garantindo maior durabilidade e menor necessidade de manutenção. A escolha do sensor no canal auditivo prioriza boa fixação e conforto para os animais.

    Monitoramento de bovinos e impactos na pecuária

    Pedro Paulo Pires, pesquisador da Embrapa, destaca que a inovação supera os desafios das técnicas tradicionais de medição, que costumam ser caras e estressantes para os animais. O sistema utiliza uma base transceptora que pode estar a até 25 km de distância, conectada à internet, permitindo o envio de dados em tempo real para um servidor. Isso possibilita que o produtor receba alertas sobre febre, estresse térmico e outros problemas.

    A ferramenta também se mostra útil na identificação de cio e monitoramento de partos, contribuindo para a eficiência no manejo. Segundo Pires, o dispositivo é especialmente relevante em regiões livres de febre aftosa sem vacinação, onde há maior risco de disseminação de doenças.

    Parceria entre instituições e aplicação prática

    O projeto é fruto de uma parceria de longa data entre a UFMS e a Embrapa, que já resultou em quase 50 dissertações focadas em soluções tecnológicas para a pecuária brasileira. O professor Fábio Iaione, orientador do projeto, afirma que o sistema combina conhecimentos de zootecnia, veterinária, engenharia e computação.

    “A temperatura é medida periodicamente e transmitida para um receptor conectado à internet, que envia os dados para análise”, detalha Iaione.

    A Embrapa busca parceiros para a fabricação em larga escala do dispositivo, visando facilitar o acesso dos produtores rurais à tecnologia. A expectativa é que a ferramenta contribua para melhorar a rastreabilidade da carne bovina, alinhada às exigências de segurança alimentar e barreiras sanitárias.

    Foto: Embrapa

    Patente e inovação tecnológica

    Dayanna Schiavi, analista da Embrapa, afirma que a patente garante exclusividade aos inventores e agrega valor à tecnologia. O processo incluiu verificação da novidade da invenção e cumprimento de requisitos legais. Segundo ela, o registro é um passo importante para a negociação e disseminação da tecnologia no mercado.

    Com essa inovação, o Brasil dá um passo significativo na pecuária de precisão, contribuindo para a sustentabilidade e competitividade do setor.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtor que comprovar manejo sustentável terá desconto em operações de custeio

    O benefício vale para certificações válidas em programas oficiais; produtores poderão obter uma redução na taxa de juros

    Com o objetivo de estimular a sustentabilidade no setor agropecuário, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que produtores rurais de médio e grande porte que comprovarem a adoção de práticas produtivas sustentáveis, por meio de certificações, poderão obter uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio. A medida foi implementada pela Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 5.152, publicada em julho do ano passado.

    O benefício vale para certificações válidas em programas oficiais, como o Produção Integrada (PI Brasil), com documento emitido por instituição certificadora acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); o Programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA); os sistemas de produção orgânica, ambas mediante certificação do Mapa; ou certificação realizada por organismos participativos avaliação da conformidade orgânica, no âmbito do Sistema Participativo de Garantia (SPG).

    Também tem direito ao desconto o produtor que houver, nos últimos cinco anos agrícolas, contratado crédito de investimento em um dos subprogramas do RenovAgro (antigo Programa ABC), desde que o crédito de custeio seja destinado a atividades desenvolvidas em área total ou parcialmente coincidente com a área objeto do financiamento do RenovAgro e o custeio seja relacionado à atividade financiada. Nesse caso, basta que o produtor autorize a instituição financeira o acesso à informação de seus financiamentos obtidos em outros bancos.

    As instituições financeiras deverão validar as informações na Plataforma AgroBrasil + Sustentável. Os passos a serem seguidos estão disponíveis na página do Serpro: página do produto Consulta Práticas Agropecuárias Sustentáveis.

    Documentação

    O produtor rural que pretende utilizar o benefício, deverá reunir os seguintes requisitos:

    • Prévia qualificação socioambiental do estabelecimento rural na Plataforma AB+S;
    • Conter pelo menos um certificado válido de prática sustentável emitido para o produtor que solicitou a habilitação ao Plano Safra e cadastrado pela respectiva instituição na Plataforma AB+S;
    • Número do CAR do estabelecimento rural certificado para as práticas sustentáveis.

    O acesso à Plataforma AB+S, pelo produtor rural, deverá ser realizado no site https://agrobrasil.agricultura.gov.br/abs/home

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Smartcoop leva eficiência e rentabilidade ao campo com gestão integrada de dados

    A gestão eficiente de dados se tornou essencial para o produtor rural que busca rentabilidade e sustentabilidade em suas atividades. Para atender a essa necessidade, a plataforma Smartcoop permite o gerenciamento integrado de talhões, rebanhos e finanças diretamente na palma da mão, através do celular.

    Com a Smartcoop, o produtor rural pode registrar dados detalhados de sua propriedade, acessando indicadores produtivos que facilitam decisões estratégicas. “As informações geradas pela plataforma aproximam muito mais o técnico do produtor. Assim fica mais fácil traçar metas e tomar decisões assertivas para melhorar os resultados da propriedade”, explica Greici Cortez Sawitzki, Assistente Técnica de Campo da CCGL.

    A proposta da ferramenta é simples e poderosa: transformar dados em decisões. Ao consolidar informações em um único sistema, a plataforma permite que o produtor tenha uma visão clara e completa do desempenho de sua atividade, promovendo melhorias contínuas com foco na sustentabilidade e na rentabilidade.

    A Smartcoop reafirma o compromisso das cooperativas com a modernização do agronegócio, oferecendo aos produtores uma ferramenta que conecta e gestão para transformar a realidade do campo. Se você ainda não faz parte do ecossistema de inovação fornecido pela Smartcoop, procure sua cooperativa e use a plataforma totalmente gratuita.

    Fonte: Comunicação CCGL

  • Soja: índice de vegetação das lavouras do Sul anunciam quebra de safra

    Expectativa de chuva acima da média nos próximos dias não deve reverter quadro de seca nas lavouras, aponta EarthDaily Agro

    A seca persistente traz o risco de quebra de safra de soja 2024/25 em toda a Região Sul do Brasil, mostram as imagens de satélite da EarthDaily Agro.

    Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm enfrentado baixa precipitação desde dezembro, com impactos claros nas condições das lavouras, conforme apontado pelo índice de vegetação (NDVI).

    Felippe Reis, analista de culturas da empresa, enfatiza que nas lavouras gaúchas, a umidade do solo diminuiu drasticamente nas últimas semanas, e mesmo com previsão de chuva nos próximos dias, o volume esperado parece insuficiente para recuperar as condições das lavouras.

    NDVI do Rio Grande do SulNDVI do Rio Grande do Sul. Imagem: EarthDaily Agro

    Segundo ele, o NDVI apresenta sinais de deterioração, embora em níveis melhores que os dos anos críticos de 2022 e 2023.

    NDVI de Santa Catarina
    NDVI de Santa Catarina

    Já em Santa Catarina, até meados de dezembro, o volume de chuvas foi considerado satisfatório. “No entanto, a seca ganhou força em janeiro, causando deterioração evidente no NDVI, ainda que este esteja em níveis superiores aos de 2022”, ressalta.No Paraná, por sua vez, desde o final de dezembro, as lavouras têm apresentado dinâmica negativa no índice de vegetação, indicando uma possível quebra de safra para o ciclo atual.

    NDVI do Paraná
    NDVI do Paraná

    Em Mato Grosso do Sul, o acumulado de precipitação desde 15 de dezembro lembra os anos ruins de 2022 e 2024, ambos marcados por quebras de safra. “O NDVI no estado aponta condições piores que as registradas em 2024, quando houve uma perda de 15% da produtividade”.

    NDVI de Mato Grosso do Sul
    NDVI de Mato Grosso do Sul

    Estados com boas perspectivas na soja

    Os estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais apresentam perspectivas otimistas em relação ao potencial produtivo, com o NDVI indicando boa evolução das lavouras, aponta a EarthDaily Agro.

    Em Mato Grosso, o NDVI apresenta evolução favorável, superior ao desempenho observado em 2023, ano em que a produtividade foi 7% superior à tendência histórica. “Com base nos dados mais recentes, estima-se uma produtividade de 3,91 toneladas por hectare, o que, caso confirmado, representará um recorde para o estado”, diz Reis.

    Para o analista, outro destaque no cenário produtivo é a Bahia, que projeta produtividade recorde de 4,8 toneladas por hectare, representando aumento de 27% em relação ao ciclo anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Escore corporal é a chave para alta taxa de fertilidade das vacas na estação de monta; entenda

    Observação treinada do pecuarista a respeito da qualidade alimentar do rebanho é fundamental ao manejo reprodutivo

    O período das águas é a época ideal para os pecuaristas iniciarem a estação de monta. Nesse ponto, o chamado “escore corporal”, índice usado para avaliar o estado nutricional da vaca, pode ser um aliado no manejo reprodutivo.

    De acordo com o zootecnista Bruno Marson, a ferramenta é voltada ao desempenho reprodutivo dos animais e nada mais é do que uma avaliação visual do plantel.

    “No escore corporal, a gente dá uma nota de um a cinco, em que um são vacas muito magras e cinco as gordas demais. O ideal é que as vacas estejam em uma nota intermediária, entre 3 e 3,5”, detalha.

    Marson ressalta que o pecuarista precisa ter um olhar treinado para a tarefa. “Ele vai observar o espaço entre as costelas, entre as vértebras no dorso do animal, a traseira, a inserção da cauda, a proeminência dos ossos da traseira, do ílio e do ísquio”.

    O especialista ressalta que em um animal com escore corporal de 3,5, ou seja, o mais adequado, não é possível contar as costelas e nem as vértebras, além de uma certa quantidade de gordura na inserção da cauda e o ílio e o ísquio observáveis, mas não muito presente.

    “Se o animal está gordo demais, observa-se uma cobertura muito grande de gordura, principalmente na inserção da cauda, ou seja, aquelas bolsas de gordura não são o ideal. É importante que a gente monitore e se certifique que as vacas estejam bem na estação de monta por causa da taxa de fertilidade […]. Vacas magras demais ou gordas demais não conseguem emprenhar”, destaca.

    Suplementação das vacas

    Em anos de seca, o capim perde qualidade e com menos nutrientes, é comum que as vacas fiquem mais magras. Para reverter esse quadro, Marson destaca que a suplementação é ideal para recuperar o escore corporal.

    “Quanto mais cedo a vaca emprenhar dentro da estação, o bezerro vai nascer com melhor qualidade porque a vaca vai ter passado a maior parte da gestação dela com o pasto favorável, verde. Se ela emprenha mais tarde, passa a gestação com um pasto menos favorável”.

    O zootecnista afirma que a diferença de peso entre bezerros que nasceram em épocas favoráveis e desfavoráveis pode chegar a até 30kg no período de desmama.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem prejudica desenvolvimento das lavouras de verão no RS

    A redução nas precipitações no Rio Grande do Sul configura um cenário de estiagem, especialmente no Centro-Oeste do Estado, onde os danos nas lavouras são mais acentuados. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (23/1), as áreas mais afetadas são aquelas semeadas no início de novembro, que apresentam floração abaixo do esperado, com queda de folhas e flores, resultando em perdas significativas de estruturas reprodutivas e potencial decréscimo na produtividade. Nas lavouras de soja implantadas em dezembro, a ausência de fechamento das entrelinhas intensifica a perda de umidade do solo, devido à maior exposição ao vento e à radiação solar, além de favorecer a reinfestação de plantas daninhas.

    Em regiões mais críticas, em razão do longo período sem precipitações ou da presença de solos rasos e arenosos, observa-se mortalidade de plantas jovens por enraizamento inadequado, folhas comprometidas e desenvolvimento vegetativo abaixo do esperado. No entanto, a condição de estiagem não é uniforme no Estado. Nas lavouras mais a Leste do território estadual, o estresse hídrico diminuiu de forma significativa, aproximando-se de condições climáticas normais. Especialmente nas regiões mais elevadas do Planalto e nos Campos de Cima da Serra, os volumes de chuva mais regulares têm contribuído para manter o potencial produtivo das lavouras mais próximo do projetado.

    O plantio da soja apresentou avanço limitado, ocorrendo em áreas onde os índices pluviométricos proporcionaram um aumento significativo da umidade do solo. No entanto, ainda não foi possível atingir a totalidade da área projetada para a safra, cujo plantio é de 99%, estando, no momento, com 51% das lavouras em germinação e desenvolvimento vegetativo, 34% em floração e 15% em enchimento de grãos.

    Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, 59% das lavouras de soja estão em estágio vegetativo, 35% em floração e 5% em enchimento de grãos. O estresse hídrico é evidente, manifestando-se pelo murchamento intenso das folhas ao amanhecer. Em áreas de solos rasos ou com pedras, observa-se uma coloração parda nas folhas, indicando perda da capacidade fotossintética e possível senescência, caso as condições de precipitação não se revertam. A ocorrência de chuvas mais volumosas, embora mal distribuídas no período, possibilitaram a retomada da semeadura da soja em algumas áreas.

    Em função da estiagem, os sistemas de irrigação estão em operação regular, proporcionando o adequado desenvolvimento das lavouras. Contudo, em razão do aumento da umidade, será necessário monitorar a presença de ferrugem. Uma vez concluída a colheita do milho nas lavouras irrigadas, os produtores estão semeando soja nessas áreas, que já estão em fase de emergência das plantas. As áreas de resteva de milho em sequeiro, por sua vez, aguardam chuvas para a semeadura.

    Na região de Soledade, o estresse hídrico nas lavouras de soja aumentou. Durante as horas mais quentes, as plantas apresentam folhas murchas, mas com recuperação à noite e pela manhã. Esse mecanismo fisiológico visa reduzir a perda de água. Contudo, em áreas onde há limitações físicas de solo, as perdas são irreversíveis e podem aumentar, se não chover. O momento é de definição de produtividade, pois 45% das lavouras estão em florescimento e 10% em enchimento de grãos, o que torna o restabelecimento da umidade extremamente necessário.

    Milho – A colheita avançou de forma significativa, e atinge 28% da área projetada. As lavouras em colheita, semeadas entre agosto e outubro, em sua maioria, não enfrentaram restrições hídricas. Os resultados iniciais são favoráveis, superando, em muitos casos, o potencial produtivo estimado. Mesmo nas lavouras em florescimento, afetadas pelo período seco de novembro, as perdas observadas foram inferiores às quebras inicialmente previstas.

    Na região Centro-Oeste do Estado, nas áreas cultivadas mais tardiamente, observam-se os impactos da estiagem, especialmente nas lavouras em floração e enchimento de grãos. Projeta-se uma redução na produtividade e, em alguns casos, as lavouras estão sendo redirecionadas para forrageamento direto ou produção de silagem. Na Região Leste, a frequência de chuvas mantém-se próxima à normalidade, não afetando de forma significativa as lavouras em fases produtivas.

    Milho Silagem – As atividades de ensilagem prosseguiram durante o período, apesar das chuvas ocorridas em algumas regiões, que beneficiaram as lavouras em estágios reprodutivos. A produtividade das lavouras colhidas está elevada, uma vez que, na maioria dos cultivos, houve adequada disponibilidade hídrica ao longo do ciclo. Contudo, as lavouras em fase reprodutiva nas regiões Centro e Oeste do Estado estão sendo impactadas pela estiagem. Algumas lavouras inviabilizadas para a produção de grãos estão sendo direcionadas para ensilagem, mas o produto resultante deverá apresentar qualidade inferior, em comparação ao das lavouras previamente colhidas.

    Arroz – Em 15/01, iniciou a colheita de arroz no Estado pelos municípios de Itaqui e Maçambará. As áreas foram semeadas entre 01 e 10/09, e alcançaram a maturação, sem apresentar impactos significativos da estiagem, que afeta a região desde meados de dezembro. A produtividade obtida é considerada satisfatória e atinge 8.750 kg/ha. As condições climáticas, de maneira geral, continuaram favoráveis para as demais lavouras, embora haja algum risco de estresse devido às temperaturas próximas aos 40°C em municípios da Fronteira Oeste. Esse cenário pode ocasionar esterilidade de espiguetas nas lavouras em fase de floração e pré-floração.

    A excelente disponibilidade de radiação solar e a baixa umidade relativa do ar têm influenciado de forma positiva a sanidade da cultura. No entanto, ainda há alto consumo de água para irrigação, o que mantém os produtores atentos aos níveis dos rios e barragens. Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), a área implantada é de 927.885 hectares de arroz irrigado. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 kg/ha.

    Feijão 1ª safra – A colheita da primeira safra evoluiu e aproxima-se da finalização nas regiões Centro e Planalto Médio. As lavouras apresentam produtividades variáveis, refletindo o nível tecnológico empregado e as condições climáticas enfrentadas. Os grãos colhidos apresentam peso e qualidade considerados adequados, garantindo boa aceitação no mercado e correspondendo às expectativas para a safra. Os rendimentos alcançados estão estimados em 1.600 kg/ha.

    Olerícolas e Frutícolas

    Abobrinha – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz, a cultura da abobrinha cresceu em termos de área de cultivo nos últimos anos; estima-se que 90% sejam plantados em sistema de estufim – túnel baixo. Por meio dessa tecnologia, os produtores conseguem manter a produção praticamente o ano todo, inclusive no inverno. É momento de safra de qualidade. A variedade mais plantada no município é a Italiana, mas também há cultivos da Tronco. O quilo está sendo comercializado entre R$ 1,25 e R$ 1,75.

    Milho-verde – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita das primeiras lavouras implantadas em setembro rendeu excelentes resultados. Porém, nas lavouras implantadas em outubro, as perdas têm sido significativas em razão da estiagem, que atingiu a cultura durante a fase de floração. Na região de Santa Rosa, as lavouras de milho-verde e milho-doce estão em plena colheita. A espiga de milho-doce é vendida por R$ 1,50 e de milho-verde a R$ 0,80.

    Figo – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a expectativa para a Safra 2024/2025 é de colheita um pouco menor em relação aos valores históricos, em razão dos danos em alguns figueirais, que foram alagados durante a enchente de abril/maio de 2024. A área de cultivo se mantém estável, e os produtores estão fazendo a renovação habitual dos pomares. O ciclo da cultura segue sem antecipações nem atrasos nos fluxos de colheita. No Vale do Rio Caí, a colheita iniciou em meados de dezembro e está em andamento. Em Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Gramado, a colheita se iniciou nas primeiras áreas em meados de janeiro. No geral, a qualidade dos frutos colhidos está satisfatória. Os preços recebidos pelos produtores são, pela fruta madura para grandes indústrias, aproximadamente R$ 3,50/kg; e fruta madura para consumo de mesa, R$ 9,00 a R$ 15,00/kg. Alguns agricultores estão comercializando frutas a granel em pequenas quantidades, direto ao consumidor, de R$ 6,00 a R$ 9,00/kg.

    Fonte: https://www.agricultura.rs.gov.br/inicial