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janeiro 2023

  • Produção sólida nas cinco regiões confirma safra recorde de soja

    Apenas dois estados devem ter retração nos números em comparação ao ciclo passado. Para analista, produtor pode avançar nas vendas

    O Brasil deve produzir cerca de 153 milhões de toneladas de soja em uma área de 43 milhões de hectares na temporada 22/23, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Se confirmados, os números representam crescimento produtivo de 20% e incremento de 4% em solo semeado ante o ciclo passado.

    No Centro-Oeste, principal região produtora do país, a estimativa é de produção de 72 milhões de toneladas do grão, aumento de 6% em comparação à última safra. Assim, há expectativa de avanço em Mato Grosso, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. A exceção é Goiás, onde é esperada uma queda de 365 mil toneladas.

    Já no Nordeste, a perspectiva é de uma produção de 14 milhões de toneladas, um aumento de quase 3%. Nesses estados, a projeção é de um avanço na Bahia e no Maranhão. O único que deve ter retração é o Piauí, cuja projeção inicial dá conta de 44 mil toneladas a menos.

    O Sudeste, por sua vez, deve apresentar aumento de 5% ante a temporada 21/22, com mais de 12 milhões de toneladas. Na região, tanto Minas Gerais como São Paulo devem registrar avanço, com destaque para os paulistas, cuja projeção é de incremento de 10%.

    Na Região Norte são previstas mais de 9 milhões de toneladas de soja, aumento de 10% na produção. Por lá, todos os estados tendem a marcar avanços produtivos, principalmente Roraima, onde se prevê expressivos 30% de aumento frente à safra 21/22. No estado do Pará – onde será realizada a Abertura Nacional da Colheita da Soja – também há expectativa de crescimento no cultivo do grão.

    Por fim, a região Sul, que responde por quase 30% da produção nacional, deve registrar cerca de 44 milhões de toneladas de soja, aumento de 80% na comparação com o ciclo anterior. Contudo, diante da falta de chuva nas últimas semanas, houve redução de 1,313 milhão de toneladas ante o relatório anterior da consultoria Safras & Mercado.

    Crescimento da produção nas últimas décadas

    Especialistas acreditam que novas revisões negativas podem ocorrer na produção de soja nesta safra 22/23, mas, no geral, como dito anteriormente, apenas dois estados devem registrar recuo produtivo na comparação com a última temporada: Goiás e Piauí.

    O presidente da Aprosoja Pará, Vanderlei Ataídes, afirma que o estado tem crescido a sua produção a cada ano e, neste ciclo, se aproxima de um milhão de hectares cultivados com a oleaginosa. “Nos últimos 20 anos a soja tem se consolidado cada vez mais no Pará. Este ano, faremos a Abertura Nacional da Colheita da Soja, em Santarém”, conta.

    Ritmo de comercialização da nova safra

    O analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, destaca o aumento de produção no Brasil nesta temporada, embora faça ressalvas quanto aos impactos do clima no Sul. Ele destaca que a entrada da nova safra no mercado deve pressionar os preços da soja e explica que a diminuição em Goiás e Piauí se deve ao desempenho fora do comum atingido por ambos no último ciclo.

    “Se o clima ajudar nas próximas semanas, ainda podemos ter uma safra razoável no Rio Grande do Sul, próxima das 20 milhões de toneladas ou até um pouco mais. Com relação à comercialização brasileira, ainda estamos com os negócios avançando em ritmo lento e bastante atrasado frente à média das últimas cinco safras para essa época do ano. Até o início de janeiro, tínhamos 28,5% da nova safra negociada contra uma média de 40%”, declara.

    Segundo ele, a entrada de uma safra tão grande no Brasil pesa sobre as cotações nas próximas semanas. “Então entendemos que o produtor pode avançar um pouco mais na comercialização, entendendo que o ambiente nas próximas semanas e meses é um pouco mais negativo em termos de formação de preços”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportação brasileira de milho dispara neste início de ano

    Volume de cereal embarcado nas duas primeiras semanas do ano já superam todo o mês de janeiro de 2022

    As exportações de milho começam 2023 a todo vapor. Em apenas duas semanas de embarques, o Brasil já enviou para o exterior 2,95 milhões de toneladas.

    O volume supera em 216 mil toneladas as 2,73 milhões de toneladas exportadas em todo o mês janeiro de 2022.

    O desempenho é reflexo da boa safra brasileira em 2022, encerrada com 112 milhões de toneladas e da expectativa de safra recorde do cereal em 2023, para 125 milhões de toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    No cenário internacional favorecem as vendas brasileiras o conflito no Leste Europeu e as dificuldades climáticas em países da América do Sul, em especial Argentina e Paraguai.

    O conflito entre Rússia e Ucrânia (importante produtor mundial de milho) completa um ano e afeta a oferta de grãos e cereais da região.

    Exportações de milho

    No ano passado, o Brasil assistiu uma surpreendente recuperação das exportações de milho, que terminaram 2022 com 43,6 milhões de toneladas, acima do recorde de 42,75 milhões de toneladas em 2019 e mais que o dobro dos embarques verificados em 2021 quando foram enviadas ao exterior 20,4 milhões de toneladas.

    As exportações em 2021 foram racionadas por conta da safra menor, que sofreu com problemas de estiagem no Sul do Brasil.

    Naquele ano, a produção total de milho no Brasil foi de 87 milhões de toneladas.

    As maiores exportações para janeiro foram 4,44 milhões de toneladas em 2016 e 3,83 milhões de toneladas em 2019.

    Em 2016 as exportações totais atingiram 21,8 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plantio da soja atinge 98% no RS. Emater faz análise das lavouras

    Órgão estima produtividade e área semeada, além de indicar duas regiões do estado onde falta de chuva tem prejudicado mais as plantações

    O plantio da soja atinge 98% da área no Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater/RS. Na semana passada, eram 96%. Em igual período do ano passado, 97%. A média para os últimos cinco anos é de 100%.

    A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha (52,1 sacas).

    Houve a ocorrência de chuvas na maior parte das regiões produtoras, concentradas nos dias 13 e 14 de janeiro, o que deu sobrevida a cultivos afetados pela insuficiência de umidade nos solos. Contudo, na região Oeste e na faixa Central do estado as precipitações foram insignificantes ou nem ocorreram, prosseguindo o déficit hídrico e seus efeitos sobre as lavouras.

    Segundo a Emater, a cultura apresenta grande variação de potencial produtivo em relação à época de plantio, à má distribuição das chuvas e às condições topográficas. Observou-se lavouras com plantas de porte médio a elevado, coloração verde, mas com população adequada e sem qualquer sinal de estresse. Na mesma região, encontram-se lavouras com plantas amareladas, com desfolha, porte baixo, estande inadequado e até mesmo morte de plantas nos casos de estresse hídrico mais extremo.

    Solos inadequados para a soja

    Mesmo com a capacidade de emissão de novos ramos, que podem compensar parcialmente os problemas de baixa população, as plantas de soja não encontram condições ambientais favoráveis para expressar essa característica. A diferença de situação evidencia que o plantio em solos de textura arenosa e, principalmente, em rasos não é adequado em anos com previsões de restrição de chuvas.

    Na Metade Sul, observa-se o ótimo desempenho de lavouras estabelecidas em áreas de várzeas. Houve ampliação do uso de irrigação por sulco-camalhão, considerando a grande quantidade de barragens disponíveis e o relevo plano característico da produção de arroz, que estão entrando na rotação com a oleaginosa, atualmente mais influenciada por condições de mercado do que pelas vantagens agronômicas.

    Perdas no potencial produtivo

    Em termos regionais, as perdas no potencial de produtividade e as dificuldades no desenvolvimento são mais aparentes nas regiões Oeste e Central, mas acontecem pontualmente nas demais, com exceção da Nordeste, onde, nos Campos de Cima da Serra, a evolução dos plantios é considerada normal.

    O órgão desta que, apesar dos levantamentos indicarem perdas municipais e regionais na soja, é preciso cautela ao generalizar os dados em âmbito estadual, pois, numa eventual manutenção de umidade nos solos em teores adequados, e dependendo do nível de danos, as lavouras têm boa capacidade de recuperação.

    Mesmo que estejam em floração (18% da área plantada), elas podem se restabelecer, visto que a maior parte das cultivares são de crescimento indeterminado, ou seja, as plantas podem emitir novos pendões e ampliar a estrutura, compensando parte do potencial produtivo afetado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem preocupa cooperativas no Rio Grande do Sul

    No milho, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul, já são registradas perdas irreversíveis

    Pelo segundo ano consecutivo o Rio Grande do Sul é assolado por uma estiagem que preocupa os produtores.

    No milho, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), já são registradas perdas irreversíveis.

    A preocupação agora é com a cultura da soja se não houver chuvas nas próximas semanas.

    Segundo o presidente da entidade, Paulo Pires, em regiões como as Missões já se tem de 75% a 80% de perdas no milho, escapando só aquele milho plantado em julho que é de alto risco porque o produtor perde potencial produtivo e arrisca a perder com o frio e a geada.

    “No milho temos perdas expressivas. Sabemos que no milho tem uma questão variável, pois uma parte do Estado planta mais tarde e em alguma parte pode ter chovido. Infelizmente é algo muito ruim para a economia do Rio Grande do Sul que são duas estiagens, uma atrás da outra”, destaca.

    Já na soja, o dirigente ressalta que ainda é difícil falar em perdas, pois elas têm diferentes proporções.

    “Em alguns lugares até choveu um pouco, tem lugar que plantou mais tarde, então é difícil falar neste momento de perdas na soja. O que nos preocupa muito é que não temos uma perspectiva de normalização de chuvas”, observa.

    Pires salienta ainda sobre a questão dos produtos do milho e da soja irrigados, informando que acabou a água praticamente na maioria dos reservatórios e não se tem como repor essa água porque não existem chuvas.

    “As chuvas infelizmente são muito pequenas e a pior notícia é que não existem perspectivas de grandes chuvas até o final de janeiro”, ressalta.

    Para confortar, de acordo com o presidente da FecoAgro/RS, é que existem lugares no Rio Grande do Sul onde andou chovendo e se terá alguma recuperação de perdas.

    “Mas falando em geral, temos um momento difícil para a agropecuária do Rio Grande do Sul e consequentemente para sua economia. Teremos mais uma vez uma frustração de safra, resta saber o tamanho”, completa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Clima adverso na Argentina: preços do trigo devem subir

    E isso deve encarecer o mercado do cereal no Brasil, avalia Carlos Cogo

    Com a safra 2022/23 encerrada, a produção de trigo na Argentina ficou 10 milhões de toneladas abaixo do ciclo anterior. Os dados da Bolsa de Grãos de Buenos Aires são consequência do clima adverso no país, que sofreu tanto com seca quanto com geadas.

    A situação adversa na Argentina faz com que a tendência seja a de que os preços do cereal subam e, assim, encareçam as importações brasileiras. É o que explicou o consultor Cargo Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, em entrevista ao Canal Rural. Cogo informou que o trigo brasileiro está, atualmente, mais barato que o da Argentina e o dos Estados Unidos, com os valores por saca de 60 quilos na casa dos R$ 100, R$ 143 e R$ 151, respectivamente. Porém, diante da quebra de safra da Argentina e do recorde de produção pelo Brasil, essa diferença deve diminuir.

    “No mercado interno, essa diferença tende a começar a encurtar a partir de fevereiro, março e abril”, pontuou Cogo. “Os moinhos vão ter que recorrer para o produto nacional em função dessa quebra de safra da Argentina, que reduziu extremamente o excedente argentino. A Argentina tinha quase 15 milhões [de trigo] para exportar no ano passado. Neste ano, tem quase 7 milhões”, prosseguiu o consultor.

    Chance de desabastecimento de trigo no Brasil?

    Questionado se há risco de o país enfrentar desabastecimento de trigo, Carlos Cogo destacou não acreditar nisso. Ele registrou que então maiores produtores do cereal antes da guerra, Ucrânia e Rússia estão voltando ao mercado internacional. Além disso, avisou que o Paraná conta com estoques do produto.

    O entrevistado, contudo, reforçou: os preços do trigo devem subir no Brasil no decorrer dos próximos meses. “Não há risco de desabastecimento, mas, com certeza, nós vamos ter a alta dos preços internos. Do trigo, primeiro. E depois, evidentemente, da farinha e dos derivados de trigo”, afirmou Cogo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Anomalia da soja: pesquisa revela novas informações

    Estudos da Fundação MT identificaram dois fungos que podem ter relação direta com o quebramento de hastes e apodrecimento de vagens

    Com experimentos a campo instalados em Sorriso e Nova Mutum, municípios no norte e médio-norte de Mato Grosso, respectivamente, os pesquisadores da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) já avançaram em alguns pontos acerca da temática ‘anomalia das vagens de soja e quebramento das hastes’.

    O problema vem ocorrendo há quatro safras, especialmente nas lavouras do eixo da BR-163, e é acompanhado por uma rede composta por instituições de pesquisa, empresas de melhoramento genético, consultorias e sementeiras desde a safra 2021/22. Produtores do Sul do país, especialmente Paraná, também relatam eventos semelhantes.

    Resultados recém obtidos pela instituição apontam frequência de 50% de ocorrência do complexo de fungos Diaphorte/Phomopsis e 61% do fungo do gênero Colletotrichum spp, agente causal da antracnose, tanto na haste como na vagem de soja.

    A estratégia de coleta das amostras buscou contemplar os mais contrastantes cenários: plantas sintomáticas para anomalia e quebramento em cada uma das cultivares, a sensível e a menos sensível (não necessariamente imune a cada problema), bem como plantas sadias nas mesmas cultivares.

    Isso gerou a base de comparação necessária que a pesquisa precisa para dar o próximo passo na direção da compreensão das causas dos dois problemas. Os resultados indicaram a presença de Diaphorte em situações nas quais não havia nenhum sintoma externo de quebramento e anomalia, nem a presença de estrias.

    Resultados de análises moleculares

    A pesquisadora da área de Fitopatologia e Biológicos da Fundação MT, Karla Kudlawiec, uma das responsáveis pelos experimentos, destaca que agora estão sendo aguardados os resultados das análises moleculares.

    “Também vamos continuar com as coletas e avaliação ao longo do tempo de materiais semeados em outras épocas e verificar a frequência de ocorrência desses principais patógenos. Além disso, seguimos averiguando se tanto o quebramento da haste como anomalia das vagens são causados por um mesmo agente ou se são coisas distintas”, define.

    A parte molecular vai ajudar a entender quais são as espécies envolvidas e quais fatores podem modular a ocorrência ou não do problema, já que as análises encontraram o fungo Diaphorte mesmo quando não havia sintoma.

    A pesquisadora complementa que, embora essa linha de pesquisa seja a mais estudada nesse momento, outras linhas que envolvem a interação com nutrição das plantas e respostas de hipersensibilidade da planta ainda seguem em avaliação.

    Cenário da safra

    Até este momento da safra 2022/23, tanto a incidência como a severidade dos sintomas de anomalia das vagens e quebramento das hastes estão menores com relação ao ciclo passado. No entanto, os pesquisadores alertam que nada impede que esse cenário mude, inclusive já há progressão do problema.

    “De modo geral, em nossa estação em Sorriso e nas lavouras comerciais que tivemos reportes dos produtores, os sintomas nesta safra surgiram no estádio R6, diferente do ano passado que foi em R5 e R5.4”, explica Felipe Araújo, pesquisador de Fitotecnia e também responsável pelos experimentos.

    As diferenças, de acordo com os especialistas, podem estar relacionadas às condições climáticas do ciclo atual, com estádios fenológicos durando mais tempo e assim os sintomas sendo observados mais tarde. Outra possibilidade apontada para a menor severidade de sintomas pode ser, por parte do produtor, pela utilização de materiais genéticos menos sensíveis ao problema.

    Além disso, pela construção de programas de fungicidas mais robustos, que levam em conta desde a seleção de produtos como também a adição de mais produtos em cada timing, e a ampliação do tempo de cobertura da cultura pelo programa.

    Ação dos fungicidas contra a anomalia

    Há novidades positivas destacadas pelos pesquisadores em relação ao manejo da anomalia. Nos ensaios conduzidos pela Fundação MT, são avaliados fungicidas para mitigação do problema e os resultados variam de 4% a 24% de incidência com o uso de fungicidas e sem aplicações, respectivamente.

    “Várias misturas que envolvem distintos grupos químicos estão apresentando resultados positivos, assim como fungicidas multissítios também estão somando positivamente”, relata Karla.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Com safra recorde e exportação histórica, Brasil reduz dependência externa de trigo

    Em 2022, país movimentou mais de 8 milhões de toneladas do cereal — entre importações e exportações

    Nos últimos cinco anos, o volume exportado de trigo pelo Brasil aumentou exponencialmente em relação às importações, o que indica a redução da dependência externa do cereal. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira deve bater recorde este ano, com 9,8 milhões de toneladas.

    Diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira destacou a “intensa, ativa e crescente” participação do Brasil no comércio de trigo — em produção, importação e exportação. Ele falou sobre o tema no boletim ‘AgroExport’, que foi ao ar na edição desta terça-feira (17) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

     Ferreira frisou que, no comparativo com 2018, o volume de importação do cereal pelo Brasil saiu de 6,8 milhões de toneladas para 5,71 milhões de toneladas em 2022, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Ou seja: queda de cerca de 15%. Na parte de exportações, entretanto, aconteceu o inverso. De apenas 220 mil toneladas embarcadas para o exterior há cinco anos, o volume subiu para 3,07 milhões de toneladas em 2022.

    “O Brasil está produzindo mais trigo e isso faz com que o mercado esteja muito ativo” — Giovani Ferreira

    “[Esse crescimento representa] quase três vezes o ano retrasado [2021] e quase seis vezes o ano de 2020”, destacou o apresentador do ‘AgroExport’. “O Brasil está produzindo mais trigo e isso faz com que o mercado esteja muito ativo. Se eu tenho o preço internacional alavancado em dólar, eu vou, sim, vender o meu trigo”, exemplificou o diretor do Canal Rural.

    Movimentação recorde

    “O fato é: produzindo mais, nós vamos importar menos, mas também vamos participar do mercado de exportação”, observou Ferreira. Nesse sentido, de aumento da produção e da exportação de trigo pelo Brasil, ele avisou: 2022 marcou o recorde do país na movimentação do cereal (soma de importações e exportações), com 8,78 milhões de toneladas movimentadas. Em 2021, a saber, o volume ficou na casa das 7,34 milhões de toneladas.

    Fatores externos ajudam a impulsionar as exportações brasileiras de trigo

    Questionado pela apresentadora Pryscilla Paiva, Giovani Ferreira afirmou que a quebra de safra da Argentina, que enfrenta estiagem, auxiliou no aumento da exportação de trigo pelo Brasil. Para ele, contudo, o principal fator para isso foi a guerra entre Rússia e Ucrânia. Isso porque, iniciado em fevereiro do ano passado, o conflito afetou a produção do cereal por parte dos dois países do leste europeu. “A Rússia já chegou a exportar [em um único ano] 40 milhões de toneladas de trigo”, frisou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Quase 100 cidades estão em situação de emergência no RS

    Estado tem 98 municípios em situação de emergência por causa da estiagem desde dezembro de 2022

    Rio Grande do Sul tem 98 municípios em situação de emergência por causa da estiagem desde dezembro de 2022, segundo dados mais recentes da Defesa Civil do estado.

    O número vem crescendo, ante as 76 cidades que haviam decretado situação de emergência até sexta-feira (13).

    Do total, 35 tiveram a situação de emergência homologada pelo governo do estado e outras 22 foram reconhecidas pela União.

    O reconhecimento da situação pelo estado permite aos municípios receberem ajuda humanitária, enquanto que com a chancela da União as prefeituras podem receber recursos para enfrentar a seca.

    O reconhecimento estadual da situação de emergência possibilita também que os produtores rurais acionem o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

    Na safra passada, ciclo 2021/22, 426 municípios gaúchos decretaram situação de emergência, enquanto 417 obtiveram reconhecimento da situação de emergência pela União.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Receita com exportações do agronegócio cresce 32% em 2022

    As vendas externas do agronegócio representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil em 2022

    As exportações do agronegócio somaram US$ 159,09 bilhões em 2022, com alta de 32% em relação ao ano anterior.

    De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária, os preços internacionais das commodities agrícolas influenciaram o desempenho.

    O índice de preços dos produtos exportados pelo agronegócio teve um incremento de 22,1% relativo a 2021 e o volume embarcado cresceu 8,1%.

    Com esses aumentos, as vendas externas do agronegócio representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil em 2022.

    O crescimento dos volumes exportados dos produtos agropecuários foi reforçado pelo aumento da produção da safra de grãos 2021/2022, que alcançou 271,4 milhões de toneladas.

    Milho e soja foram as principais culturas, com quase 113 milhões de toneladas e 126 milhões de toneladas, respectivamente.

    Os setores exportadores que se destacaram entre janeiro e dezembro de 2022 foram:

    • complexo soja (US$ 60,95 bilhões, 38,3% do total);
    • carnes (US$ 25,67 bilhões, 16,1% do total);
    • produtos florestais (US$ 16,49 bilhões, 10,4% do total);
    • cereais, farinhas e preparações (US$ 14,46 bilhões, 9,1% do total) e
    • complexo sucroalcooleiro (US$ 12,79 bilhões, 8% do total).

    As importações de produtos do agronegócio no ano passado registraram US$ 17,24 bilhões.

    O resultado é explicado pela alta dos preços médios (+13,8%), já que o volume importado caiu no período analisado (-2,4%).

    Dezembro

    As exportações do agronegócio, em dezembro/2022, somaram US$ 11,32 bilhões, valor 15,4% superior ao registrado em dezembro/2021 (US$ 9,81 bilhões).

    Segundo análise da SCRI, os preços elevados também explicam a expansão.

    Os cinco principais setores exportadores foram: cereais, farinhas e preparações (participação de 19,3%); complexo soja (participação de 19,2%); carnes (participação de 16,7%); produtos florestais (participação de 10,5%); e complexo sucroalcooleiro (participação de 10,4%).

    O setor com mais exportações foi o de cereais, farinhas e preparações, com US$ 2,19 bilhões (+117,9%).

    O principal produto deste setor foi o milho.

    As vendas externas do grão cresceram de 3,4 milhões de toneladas em dezembro/2021 para 6,4 milhões de toneladas em dezembro/2022 (+88%).

    Somente a China foi responsável por um terço do incremento do volume exportado de milho.

    As vendas ao país asiático foram autorizadas em novembro último e, já em dezembro de 2022, atingiram 1,10 milhão de toneladas, colocando o país como o maior importador do milho brasileiro.

    Outros quatro países também importaram o cereal: Irã (750,9 mil toneladas; +41,1%); Espanha (778,3 mil toneladas; +268,9%); Japão (472,9 mil toneladas; +551,6%); e Coreia do Sul (406,4 mil toneladas; +15,6%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil aumenta exportação ‘atípica’ de soja para a Argentina

    País vizinho amplia compra da soja em grão brasileira para produzir farelo

    Maior exportador mundial de farelo de soja, a Argentina aumentou a sua importação de… soja. De acordo com a agência de notícias Reuters, o país tem feito movimentação “atípica” com o Brasil, ampliando, assim, a sua importação da oleaginosa.

    Isso ocorre porque, conforme relatado pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e a consultoria AgRural, os argentinos estão em momento de entressafra. E para não sofrer danos, ainda mais de compromissos internacionais em relação à entrega de farelo de soja, acertou a compra de 200 a 300 mil toneladas da soja em grão — volume a ser entregue em fevereiro e março.

    “Acontece que os preços do farelo estão muito altos, as margens de esmagamento vão pra cima, aí permite este tipo de operação”, afirmou, em entrevista à Reuters, Fernando Muraro, analista da AgRural. Em Rosário, uma das regiões produtivas da Argentina, o mercado de esmagamento da soja (ou seja, processo de transformar o grão em farelo) está valorizado, com US$ 30 por tonelada. No início do ano passado, a margem estava em cerca de US$ 15.

    Para a Anec, a importação atípica de soja brasileira pela Argentina também é motivada pelo programa chamado de “dólar da soja”. A partir do programa implementado no ano passado, produtores argentinos foram motivados a ampliar as exportações.

    Movimentação de longo prazo?

    Em contato com o site argentino Agrofy News, um produtor argentino ressaltou, além de tudo, a estiagem que tem sido enfrentada pelo país. No entanto, ele, que não teve o nome revelado, acredita que a importação de soja do Brasil pela Argentina não seguirá por muito tempo.

    “O mercado está vazio de estoque comercial e as fábricas precisam de soja a partir de fevereiro”, disse o produtor argentino. “Então a importação temporária vai compensar a escassez argentina, ainda mais na estiagem”, prosseguiu.

     

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/