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fevereiro 2023

  • Soja: Abiove aponta safra em 152,6 mi de t e faz projeção para óleo e farelo

    Projeções da entidade para a atual safra consideram a retomada do cronograma de mistura de biodiesel ao diesel comercial em 15% (B15)

    As projeções para a safra 2022/23 e as estatísticas mensais do complexo soja até dezembro de 2022 foram atualizadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    A entidade não fez grandes alterações em relação ao levantamento anterior (divulgado no mês passado). A produção de soja continua em 152,6 milhões de toneladas e o processamento do grão em 52,5 milhões – maiores volumes já registrados em toda a série histórica.

    A Associação destaca que as suas projeções para a atual safra consideram a retomada do cronograma de mistura de biodiesel ao diesel comercial em 15% (o chamado B15), a partir de março, conforme previsto em lei.

    Os números de produção de farelo e o óleo seguem inalterados, apontando recordes de 40,2 e 10,7 milhões de toneladas, respectivamente.

    Exportações do complexo soja

    complexo soja

    Fonte: Abiove

    As projeções para as exportações deste ano também estão mantidas: soja em grão em 92 milhões de toneladas, farelo em 20 milhões e óleo em 1,75 milhões. A receita esperada com as exportações do complexo soja deve ficar na casa dos US$ 65 bilhões neste ano, arrecadação sem precedentes.

    Com a atualização dos dados do último mês de dezembro, a produção de soja da safra 2022 deve fechar em 128,6 milhões de toneladas. Já o processamento se mantém em 50,4 milhões, volume recorde que pode ser superado pelos números da atual safra.

    As produções de farelo e de óleo de soja permanecem inalteradas, registrando 38,6 e 10,2 milhões de toneladas, respectivamente. Mais uma vez, volumes recordes que, segundo projeções, serão transpostos pela produção da safra 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Dessecação pré-colheita mostra eficácia sem diminuir o rendimento da lavoura

    Especialista comenta sobre a importância do procedimento para promover a uniformidade na maturação dos grãos de soja e melhorar a qualidade da produção

    A dessecação pré-colheita da soja é uma prática importante para os sojicultores, pois promove a uniformidade de maturação e umidade da cultura da soja antes da colheita. Isso permite uma colheita mais fácil e eficiente, pois a secagem da soja e o controle de plantas daninhas aumenta o rendimento operacional do maquinário, evitando o “embuchamento” promovido por hastes e folhas verdes.

    Segundo o doutor em proteção de plantas Vitor Muller Anunciato, ao dessecar as lavouras de soja, os agricultores também podem obter sementes de maior qualidade, pois os grãos terão um menor teor de umidade, evitando danos mecânicos e facilitando processos de secagem, armazenagem e transporte. “Isso pode resultar em maiores taxas de germinação de sementes e melhor viabilidade das sementes”. Segundo Muller a dessecação ainda pode permitir que agricultores programem sua colheita.

    “O uso da dessecação pré-colheita também permite que os agricultores programem sua colheita no momento mais conveniente para eles, sendo que a dessecação pode antecipar a colheita em até cinco dias em média, facilitando a logística e a operacionalidade da colheita da soja e semeadura do milho segunda safra em algumas regiões do Brasil”, comenta.

    O estágio ideal para a dessecação pré-colheita da soja varia dependendo da cultivar específica e das condições de crescimento. De acordo com o especialista, em geral, a dessecação deve ser realizada quando a soja atingir o estágio de maturidade fisiológica, ou seja, quando as folhas começarem a amarelar e as vagens atingirem o tamanho máximo. Isso ocorre normalmente quando cerca de 80-90% das folhas estão amareladas e a umidade das sementes está em torno de 30-35%.

    “Nesta etapa, a soja terá atingido seu potencial máximo de rendimento e o processo de secagem pode começar. Uma boa referência para esse ponto é quando as sementes de soja estão desprendidas das vagens, ponto ideal de dessecação para soja semente. Realizar a dessecação antes desse estágio de desenvolvimento pode gerar perdas de até 25% de produtividade, pois os grãos podem não estar completamente desenvolvidos”, completa Muller.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Copom mantém juros básicos da economia em 13,75% ao ano

    A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano; é 4ª vez seguida em que o BC não mexe na taxa

    Apesar da alta recente na inflação, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

    A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a quarta vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto.

    Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

    De março a junho de 2021, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro.

    No início de agosto do mesmo ano, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião.

    Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro de 2021 até fevereiro de 2022.

    No ano passado, o Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto.

    Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986.

    Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo.

    A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

    Inflação

    A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    Em 2022, o indicador fechou em 5,79%.

    Desde o fim do ano passado, a inflação vem subindo por causa da alta do preço dos alimentos e da reversão parcial das desonerações sobre os combustíveis.

    O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação.

    Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

    O IPCA, portanto, não podia superar 5% nem ficar abaixo de 2% no ano passado. Para 2023, a meta de inflação está em 3,25%, também com margem de 1,5 ponto percentual, o que garantiria um intervalo entre 1,75% e 4,75%.

    No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.

    As previsões do mercado estão menos otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,74%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,31%.

    Crédito mais caro

    A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1% para a economia em 2023.

    O mercado projeta crescimento menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.

    A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportações do agronegócio crescem 32% e sustentam superávit recorde da balança comercial

    Setor fechou 2022 sendo responsável por US$ 159 bilhões em exportações no decorrer de 2022

    A balança comercial brasileira fechou o ano passado com superávit recorde. Ao todo, a diferença entre exportações e importações ficou na casa dos US$ 62,310 bilhões. Para o estabelecimento do novo patamar, um único setor foi protagonista: o agronegócio.

    A importância do agro para o equilíbrio da balança comercial do país foi destacada na edição desta semana do boletim ‘AgroExport’. Diretor de conteúdo do Canal Rural e apresentador do quadro, Giovani Ferreira destacou que, diferentemente de outras áreas, o setor não sofre com déficit — quando as importações superam as exportações.

    Em 2022, por exemplo, o agronegócio exportou o equivalente a US$ 159 bilhões. Valor que representa quase a metade de toda a receita cambial brasileira do período, que foi de US$ 335 bilhões. Juntos, todos os outros setores que movimentam o comércio exterior do país foram responsáveis em US$ 176 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

    Dessa forma, em valores, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram mais de 30% de um ano para o outro. Isso porque, o segmento foi responsável por gerar receita cambial com embarques para o exterior na casa dos US$ 120 bilhões em 2021.

    Na parte de importações, o agro evidencia a sua importância para a balança comercial brasileira fechar o ano passado com superávit recorde. Isso porque o setor foi responsável por importar apenas US$ 17 bilhões. Os outros segmentos, contudo, somaram US$ 273 bilhões em importações no decorrer de 2022.

    Agronegócio sustenta superávit da balança comercial

    Em resumo, o agronegócio teve — sozinho — superávit de US$ 142 bilhões de janeiro a dezembro do ano passado. Os demais setores, em contrapartida, fecharam 2022 com déficit comercial de US$ -80 bilhões. Ou seja: o Brasil não teria superávit na balança comercial de 2022 — ainda mais na casa dos bilhões de dólares — se não fosse o agro.

    “Nós ‘pagamos’ o saldo negativo e ainda assim garantimos ao país um saldo acima de US$ 62 bilhões, puxados, principalmente, pelo agronegócio”, observou Giovani Ferreira.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Leite: preço pago ao produtor recua 0,3% em janeiro

    É o que mostra a “Média Brasil” líquida do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

    O preço do leite captado em dezembro e pago aos produtores neste mês de janeiro se manteve praticamente estável na “Média Brasil” líquida do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O valor foi de R$ 2,5214/litro, recuo de 0,3% ante o mês anterior.

    “Apesar disso, a média deste mês ainda ficou 13,7% acima da registrada em janeiro/22, em termos reais, sendo também a maior para um mês de janeiro, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004 (os valores deflacionados pelo IPCA de dezembro/22)”, afirma o centro de estudos em nota.

    “Vale ressaltar que os valores médios de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina registraram quedas menores que 1%, enquanto os de São Paulo e de Bahia apresentaram recuos acima de 2%. Por outro lado, as médias em Goiás e no Rio Grande do Sul avançaram, mas as variações estiveram abaixo de 1%”, afirma o centro. O Cepea avalia que os preços ao produtor podem registrar altas a partir deste mês, com menor produção.

    Leite UHT e muçarela

    Conforme o Cepea, a desaceleração no movimento de queda do preço campo (que ocorre desde setembro) pode ser explicada pelo momento de transição observada em dezembro: “de um lado, a demanda na ponta final da cadeia se manteve enfraquecida e pressionou as cotações dos lácteos; mas, de outro, a captação ficou mais limitada”.

    De novembro para dezembro, os preços médios negociados pelo leite UHT e pela muçarela entre indústrias e canais de distribuição no estado de São Paulo caíram 7,2% e 6,2%, respectivamente. A demanda seguiu fraca, o que pressionou as cotações.

    “O clima mais adverso e o estreitamento das margens dos produtores são fatores que explicam esse cenário” — Cepea

    “Já em relação à oferta, a entressafra no Sul do País avançou, e a produção não cresceu como esperado no Sudeste e Centro-Oeste. O clima mais adverso e o estreitamento das margens dos produtores são fatores que explicam esse cenário”, disse o Cepea.

    O índice do Cepea

    O Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) recuou 0,15% de novembro para dezembro na Média Brasil. Nos Estados do Sul, a retração média foi de 2%, ao passo que nos Estados do Sudeste e Centro-Oeste a alta foi de apenas 1%. “Agentes de mercado relataram que a concorrência por fornecedores voltou a crescer. Nesse contexto, a estratégia das empresas sobre a precificação do produtor em dezembro foi mais heterogênea, tanto na intensidade do repasse da queda quanto no diferencial praticado em relação às faixas de produção.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/