Monthly Archives

maio 2023

  • Exportações do agronegócio atingem recorde no 1º quadrimestre

    O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil em 2023, com participação de 49%

    Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram recorde de US$ 50,6 bilhões, o que representa um crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo período em 2022, quando as vendas foram de US$ 48,53 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) a expansão se deu em função do aumento da quantidade exportada (+2,3%), bem como do índice de preço dos produtos (+1,9%).

    O aumento na quantidade exportada de milho (+6,05 milhões de toneladas) e soja em grãos (+1,05 milhão de toneladas) foi o que mais contribuiu para a expansão no índice de quantum.

    agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil em 2023, com participação de 49%.

    No ano anterior o share do agronegócio na pauta exportadora brasileira foi de 47,7%. A exportações totais registraram crescimento de 1,6%, como resultado do crescimento do agronegócio, uma vez que os demais setores tiveram queda de 0,8% no período.

    As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), carne de frango e suína, milho, celulose e etanol foram recordes no quadrimestre.

    Resultados do agronegócio em abril

    As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,7 bilhões em abril deste ano. Os principais recordes no mês foram para soja em grãos, carne de frango e carne suína.

    A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras subiu para 53,9% em abril. Os demais produtos exportados pelo Brasil registraram exportações de US$ 12,61 bilhões (-10,7%).

    A soja em grãos registrou exportações de 14,34 milhões de toneladas em abril (+25,0%). A safra 2022/2023 com previsão de produção de 154,81 milhões de toneladas (+23,3%), impacta favoravelmente este resultado.

    De acordo com a análise da SCRI, trata-se de um dos maiores volumes já exportados pelo Brasil, somente ultrapassado por três vezes em toda a série histórica (abril de 2020, com 14,85 milhões de tonelada; abril de 2021, com 16,11 milhões de toneladas e maio de 2022, que teve 14,97 milhões).

    Os preços médios de exportação, porém, caíram de US$ 589,03 por tonelada em abril/2022 para US$ 540,30 por tonelada em abril/2023 (-8,3%).

    A queda dos preços reflete as perspectivas de oferta da oleaginosa nesta safra, que apresenta o maior nível de produção mundial da história, com boas perspectivas para a produção nos Estados Unidos, China, Índia e recorde histórico no Brasil, mesmo com a forte quebra de safra na Argentina.

    Com o expressivo volume exportado, o valor atingiu US$ 7,75 bilhões (+14,6%), novo recorde mensal das exportações de soja em grão.

    China é a principal importadora do Brasil, adquirindo 70% do volume exportado da oleaginosa.

    Apesar da redução mensal das exportações de carne bovina em abril, com reflexos para todo o setor de proteína animal, as exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango devem ter ganhos importantes ao longo de 2023.

    Segundo a SCRI, apesar da queda nas vendas externas de carne bovina, as exportações de carne de frango subiram de US$ 801,38 milhões em abril/2022 para US$ 826,63 milhões em abril/2023 (+3,2%), com incremento do quantum exportado em 4,7% e queda de 1,5% no preço médio de exportação. A China foi o país responsável pelo aumento das vendas externas de carne de frango, com alta de 62,7% no volume importado do Brasil.

    Também houve incremento das vendas de carne suína, com embarques de US$ 249,40 milhões (+30,5%), com aumento da quantidade exportada (+16,4%) e do preço médio de exportação (+12,1%).

    A China continua sendo a maior importadora da carne suína brasileira, com aquisições de US$ 86,15 milhões

    As carnes de frango e suína produzidas no Brasil se beneficiam de limitações de oferta na Ásia por problemas sanitários locais (principalmente Peste Suína Africana e Influenza Aviária).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • 25 anos: pecuária brasileira celebra sucesso da certificação sanitária

    Documento classificou os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina como áreas livres de febre aftosa com vacinação

    Nesta semana, o primeiro primeiro certificado sanitário conquistado pelo Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) está completando 25 anos. O documento classificou os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina como áreas livres de febre aftosa com vacinação.

    Tal certificado representou um marco para a pecuária nacional, uma vez que o mundo começou a abrir as portas para as carnes brasileiras. Dessa forma, como resultado, isso levou o Brasil à condição de maior exportador de proteína animal do planeta.

    “Imagine o segundo maior produtor de bovinos do mundo, depois da Índia, procurando caminhos para levar um pouco do produto a novos mercados que o queriam avidamente. Mas não havia a menor condição”, lembra Francisco Turra, que atuou como ministro da Agricultura no período da certificação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: USDA estima produção mundial para a safra 23/24

    Órgão norte-americano projeta que Brasil exceda a marca de 160 milhões de toneladas de soja na próxima temporada

    O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 410,6 milhões de toneladas.

    Este foi o primeiro relatório com números para a nova temporada. Os estoques finais estão estimados em 122,5 milhões de toneladas, bem acima do esperado pelo mercado, de 105,8 milhões de toneladas.

    Safra americana, brasileira e argentina

    As projeções do USDA para as safras dos três principais produtores de soja do mundo é a seguinte:

    • Estados Unidos: 122,74 milhões de toneladas
    • Brasil: 163 milhões de toneladas
    • Argentina: 48 milhões de toneladas

    A estimativa do Departamento é que a China deverá importar 100 milhões de toneladas no próximo ciclo da cultura.

    Estimativa da atual safra de soja

    Para a temporada 2022/23, o USDA estimou safra global de 370,42 milhões de toneladas. Os
    Estados Unidos têm estimativa de 116,38 milhões de toneladas.

    Já a safra do Brasil ficou projetada em 155 milhões e a da Argentina em 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em 154,6 milhões e 24,4 milhões, respectivamente.

    Quanto aos estoques globais, estão estimados em 101,4 milhões de toneladas, enquanto o mercado indicava 99,4 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Comercialização da soja brasileira safra 2022/23 chega a 51,6%

    Número está muito aquém dos 64% de igual período do ano passado. Datagro grãos também estima vendas da safra 23/24

    A comercialização brasileira da safra 2022/23 de soja atingiu 51,6% da produção esperada até o dia 5 de maio, aponta levantamento realizado pela Datagro Grãos.

    O número está muito aquém dos 64% de igual período do ano passado, bem como dos 80,6% do recorde da safra 2019/20 e da média dos últimos cinco anos, de 67,4%.

    Houve avanço mensal de 8,6 pontos percentuais, pouco abaixo dos 9,2 p.p. registrados no mês anterior, mas acima dos 7,6 p.p. da média normal.

    Apesar da confirmação de nova expressiva retração nos preços, “os produtores acabaram sendo forçados a vender para cumprir compromissos financeiros assumidos anteriormente”, diz o economista e líder de pesquisa da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.

    Preços em baixa e custos em cima

    A postura defensiva de venda na temporada esteve ligada aos preços pouco atraentes e em declínio, combinado com forte elevação nos custos de produção, insegurança sobre o padrão de clima sob impacto do La Niña e incertezas políticas e econômicas com o novo governo, aponta o economista.

    Levando em conta nova revisão na produção para 155,61 milhões de toneladas, os sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 80,31 mi de t. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos relativos e absolutos, chegando a 83,57 mi de t.

    Safra de soja 2023/24

    No caso da safra 2023/24, o mês de abril foi novamente de fluxo bastante lento nos negócios de soja, com apenas 4,3% da expectativa de produção compromissada, avanço mensal de 0,9 p.p., inferior aos 2,7 p.p. em semelhante período do ano passado e dos 4,3 p.p. da média normal.

    Dessa forma, o ritmo permanece distante dos 9,6% compromissados em 2022, dos 28,2% do recorde da safra 2020/21 e da média plurianual de 14,0%, aponta a Datagro.

    Comercialização de milho

    O levantamento da consultoria também mostra que a comercialização do milho da safra de verão 2022/23 no Centro-Sul do Brasil avançou 14,4 p.p., abaixo da média normal para o período, de 16,5 p.p.

    Com isso, as vendas alcançaram 39,9% da produção esperada, contra 51,6% em igual momento de 2022 e 52,8% na média dos últimos cinco anos.

    Com previsão de safra revisada para 19,44 mi de t, os produtores comercializaram 7,76 mi de t.

    A comercialização da safra de inverno 2023 da região, revisada para 90,98 mi de t, chegou a 26,7%, contra 22,4% no levantamento anterior, 36,2% na mesma data do ano passado e média dos últimos cinco anos de 43,8%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Momento é favorável para investir em fertilizantes, aponta índice

    A redução nos preços dos fertilizantes aconteceu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) registrou um cenário favorável para os produtores rurais em abril, sendo o mais benéfico dos últimos 22 meses.

    Com um valor de 0,96, ligeiramente inferior ao mês anterior (0,97), esse indicador revela uma boa relação de troca e rentabilidade para os agricultores.

    A queda média de cerca de 7% nos preços dos fertilizantes, principalmente no superfosfato simples, fosfato monoamônico, cloreto de potássio e ureia, foi o principal fator que influenciou o IPCF. Essa redução nos preços ocorreu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul.

    Por outro lado, as commodities apresentaram um aumento médio de 1,7% em relação a março, refletindo as preocupações do mercado em relação à produção mundial de açúcar.

    Países como China, Tailândia, Índia e Europa enfrentaram problemas na produção dessa commodity, enquanto o Brasil aguarda o progresso de sua safra.

    No entanto, a entrada da safra recorde de soja no Brasil, as boas perspectivas para a safrinha brasileira e o início do plantio de soja e milho nos Estados Unidos contribuíram para o aumento da oferta de produtos agrícolas no mercado.

    O setor agrícola está atento à safra brasileira de grãos e preocupa-se especialmente com a logística de abastecimento, desde os portos até o consumidor final, incluindo plantas fabris.

    O IPCF, divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, é calculado com base na relação entre os preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas. Quanto menor o índice, mais favorável é a relação de troca. As principais culturas agrícolas consideradas no cálculo são soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra 2022/23 deve atingir recorde mesmo com La Niña, estima Conab

    Produção de grãos na safra 2022/23 deve atingir recorde de 313,86 milhões de toneladas, um aumento de 15,2% em relação a 2021/2022

    A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 deve atingir recorde de 313,86 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 15,2%, ou cerca de 41,4 milhões de t a mais, em comparação com a temporada anterior 2012/22 (272,43 milhões de t). Os números foram divulgados nesta quinta-feira (11), no 8º Levantamento da Safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Em comparação com levantamento anterior, de abril, o resultado é cerca de 1,4 milhão de t maior (perto de 1,4 milhão de t). Segundo o estudo, o desempenho médio estimado nas lavouras do Brasil tende a ser o melhor já registrado, por conta da projeção de 4.048 quilos por hectare, que ultrapassa a média de produtividade estimada do recorde anterior, alcançada na safra 2016/17.

    Adversidade climática

    Gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, afirma que esse rendimento é atingido mesmo em um ano-safra sob influência do fenômeno La Niña, sobretudo no início da safra, mas em uma menor escala.

    “Se compararmos com safra passada, o clima adverso teve impacto no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte de Mato Grosso do Sul. Já neste ciclo os efeitos foram mais concentrados no estado gaúcho”, disse Vasconcellos.

    A área também deve apresentar incremento de 4%, podendo atingir 77,5 milhões de hectares ante 74,5 milhões de hectares em 2021/22, destacou a Conab.

    Soja

    Para a soja, principal cultura de verão, a estimativa é de uma produção recorde em 154,8 milhões de toneladas, volume 23,3% superior à safra passada (125,55 milhões de t), resultado da melhora das produtividades e maior área plantada, de acordo com a estatal.

    Cenário semelhante é encontrado para a cultura do algodão, diz a Conab. O incremento de área aliado às condições climáticas que vêm favorecendo as lavouras, permite uma estimativa de produção de cerca 2,9 milhões de toneladas de pluma, elevação de 13,6% em relação à safra passada (2,55 milhões de t).

    Importante cultura na 2ª safra (de inverno), o milho tem uma produção total estimada em 125,5 milhões de toneladas, alta de 12,4 milhões de toneladas acima da safra 2021/22. Na primeira safra do grão, semeada em uma área de 4,4 milhões de hectares e com a colheita finalizada, o volume de produção atingiu cerca 27,05 milhões de toneladas, 8,1% acima da safra anterior (25,02 milhões de t), mesmo com os problemas climáticos registrados no Rio Grande do Sul.

    Segunda safra

    Para a segunda safra é esperado uma colheita de 96,14 milhões de toneladas, aumento de 11,9% ante 2021/22 (85,89 milhões de t). A cultura de inverno, ou safrinha, já está semeada e cerca de 74,4% das lavouras se encontram em floração e enchimento de grãos, segundo a Conab. “Nesses estágios, o clima ainda é um fator preponderante e a Conab irá acompanhar o desenvolvimento da cultura”, pondera Vasconcellos.

    No caso do feijão, as boas condições climáticas registradas durante o desenvolvimento da 2ª safra da cultura causam impacto positivo na produtividade, refletindo maior produção esperada, explica a Conab. No Paraná, a melhora do desempenho das lavouras de feijão tipo cores atinge 16,2%, saindo de 1.687 quilos por hectare para 1.960 kg/ha, o que resulta num incremento de 6,3% na expectativa da produção no Estado. Já em Minas Gerais, outro importante estado produtor, além do aumento de produtividade houve uma maior área destinada para o grão. Assim, a nova estimativa para a produção total de feijão ultrapassa, ligeiramente, 3 milhões de toneladas, aumento de 3% ante o período anterior (2,99 milhões de t).

    Já para o arroz, a produção estimada para a safra 2022/23 é de 9,94 milhões de toneladas, diminuição de 7,8% em comparação com 2021/22 (10,79 milhões de t). O fraco desempenho é “resultado da queda na área destinada ao produto, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão”, justificou a Conab.

    Dentre as culturas de inverno, a Conab traz neste levantamento as intenções de plantio dos produtores. Destaque para o trigo, principal grão cultivado no período. É esperado um aumento de 7% na área plantada, podendo atingir 3,3 milhões de hectares, enquanto a produção projetada para o cereal é de 9,6 milhões de toneladas. Nos principais Estados produtores (Paraná e Rio Grande do Sul), que representam cerca de 84% da produção nacional, “a semeadura ainda é incipiente”, concluiu a Conab.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtores de soja do RS colhem menos de 20 sacas por hectare

    Agricultores de municípios gaúchos relatam perdas de soja que variam entre 20% a 90%. Preço da saca é outro fator que desestimula

    O Rio Grande do Sul plantou soja em 6,5 milhões de hectares nesta safra 2022/23. A expectativa inicial era produzir cerca de 20 milhões de toneladas do grão. No entanto, a estiagem mudou tudo.

    Na estimativa de março da Emater-RS, a quebra projetada era de 31%, mas o número foi revisado. Agora, indica-se que os gaúchos devem colher 12,5 milhões de toneladas, ou seja, redução de, aproximadamente, 40% ante à expectativa do início da temporada.

    Nas lavouras gaúchas, tem sido comum áreas com boa produtividade e outras sem grãos nas vagens. “Terminamos a safra de soja 22/23 fechando em média nossas lavouras com 15 sacas de soja por hectare. Tem lavouras aqui sendo colhidas com sete, oito sacas por hectare“, conta o produtor de São Miguel das Missões (RS), Vanderlei Fries.

    Produtividade da soja gaúcha

    Com a situação das lavouras, a produtividade média do estado foi revista de 3.131 kg/ha (52 sacas) para 1.923 kg/ha (32 sacas), queda de 38,5%.

    As regiões mais afetadas são as que estão no oeste, com perdas de 67%. Já no leste, em regiões como a serra e a capital, as baixas não chegam a 5%. Em Santa Rosa, por exemplo, as lavouras estão tão irregulares que dificultam até o mapeamento.

    “Os técnicos tiveram que fazer uma avaliação maior para buscar mais informações junto ao produtor. De localidade para localidade, mudavam muito as médias. Então, para chegar em um consenso, foi bastante difícil. Nós tínhamos uma previsão de 53 sacas no momento do plantio, mas hoje está em 17 sacas. Com quase 90% colhido, deve permanecer nesse patamar”, afirma o chefe-regional da Emater Santa Rosa-RS, José Vanderlei Waschburger.

    Na região de Santa Maria, no centro do estado, a projeção inicial era de 3.008 kg/ha (50 sacas), mas, com o agravamento da estiagem, foi reavaliada em 1.555 kg/ha (26 sacas), uma redução de 48%.

    Estiagem persistente

    De acordo com o chefe regional da Emater Santa Maria (RS), Guilherme Passamani, a estiagem atinge o estado há dois anos consecutivos, mas alguns municípios sentem os efeitos da seca há três anos seguidos.

    “Temos observado uma variabilidade muito grande entre municípios e dentro dos próprios municípios que vai de 20% a 90% na soja, como relatado entre os produtores”

    Mesmo com as perdas, esta safra ainda tem resultados melhores do que a temporada passada, quando foram colhidas apenas nove milhões de toneladas de soja. Agora, a chuva retornou e os produtores apostam, novamente, na safra de inverno.

    “A conta não fecha”

    Outro desafio está na comercialização da oleaginosa. No momento do plantio, em outubro, a saca de 60 kg estava acima de R$ 170. Nesta semana, a cotação está na casa dos R$ 126,25.

    “Quando chega a hora de nós vendermos os produtos para pagar as contas, o preço cai lá embaixo. A conta não fecha”, lamenta o produtor Vanderlei Fries.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço do leite cru sobe no primeiro trimestre de 2023

    Agentes do setor acreditam que os preços do leite cru podem seguir firmes em abril, fundamentados na aproximação do período de entressafra

    Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontam que o preço do leite cru captado por laticínios em março chegou a R$ 2,8120/litro na “Média Brasil” líquida, registrando altas de 2,4% frente ao mês anterior e de 10,8% em relação a março de 2022, em termos reais.

    O valor acumula um avanço real de 9,3% no primeiro trimestre deste ano, segundo o Cepea.

    O aumento das cotações ao produtor neste primeiro trimestre foi sustentado pela oferta limitada no campo, movimento atípico para esse período.

    A produção foi prejudicada pelo clima adverso, resultado do fenômeno La Niña, e pela saída de produtores da atividade no ano passado.

    Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) recuou 2,86% de fevereiro para março na “Média Brasil”, acumulando queda de 6,78% no primeiro trimestre.

    A disputa dos laticínios por produtores se intensificou, mantendo as cotações do leite cru em alta, mas esse movimento de valorização não foi simétrico ao longo da cadeia produtiva.

    Houve muita oscilação dos preços, sobretudo no mercado do leite spot, que é quinzenal.

    Em Minas Gerais, houve queda na primeira quinzena, e, apesar da alta na segunda metade de março, a média mensal caiu 1,6% e chegou a R$ 3,00/litro.

    De acordo com a pesquisa do Cepea em parceria com a OCB, as cotações do UHT e da muçarela negociados entre laticínios e canais de distribuição caíram 1,77% e 4,34%, respectivamente, de fevereiro para março.

    Dois fatores pressionaram as cotações do spot e dos derivados em março: a diminuição do consumo, fragilizado pelo menor poder de compra do brasileiro, e o crescimento das importações, que elevaram os estoques.

    Dados da Secex mostram que, no primeiro trimestre, o volume importado foi três vezes maior que o do mesmo período de 2022. Apenas em março, foram internalizados 209,5 milhões de litros em equivalente leite. Essa quantidade representa cerca de 10% do total de leite cru industrializado pelos laticínios brasileiros (levando-se em conta a média dos volumes de mar/20, mar/21 e mar/22, da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE).

    Agentes do setor acreditam que os preços do leite cru podem seguir firmes em abril, fundamentados na aproximação do período de entressafra e na consequente diminuição da produção no campo. Contudo, a demanda enfraquecida e o aumento das importações podem frear a intensidade desse possível avanço nos preços.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • El Niño previsto para safra 23/24 exige medidas de adequação do produtor

    Depois de três safras sob a influência da estiagem de um La Niña, Rio Grande do Sul terá projeção de mais chuva a partir de setembro

    O cenário para a próxima safra de verão no Rio Grande do Sul irá sofrer uma mudança de padrão no clima, saindo de três safras sob a influência de um La Niña para um El Niño no segundo semestre. Essa alternância, na prática, significa a troca de uma condição de estiagem para uma projeção de mais chuva. No Mercado & Companhia desta terça-feira (9), o comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, alertou sobre as medidas que o produtor deve tomar para se adequar ao fenômeno na safra 23/24.

    Daoud ressaltou que o El Niño, que está por vir a partir de setembro, levando chuva para o Rio Grande do Sul. “A gente sabe que o ideal seria ter um seguro adequado, como ouvimos o produtor colocar. Temos regiões com perdas elevadíssimas, o que é desanimador”, disse. De acordo com comentarista, o produtor tem que estar atento para as condições climáticas. “Tendo essa certeza, tem que ter um planejamento, não deixar de produzir. Tem que ter cultivares que se adaptam melhor a esse fenômeno e uma estratégia de comercialização e definição de custos para que se possa ter rentabilidade”.

    Ao apontar estratégias capazes reduzir prejuízos, Daoud lamentou a média de 40% em perdas registrada no Rio Grande do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Carne bovina: exportação brasileira ‘despenca’ em abril, diz Abrafrigo

    As exportações brasileiras de carne bovina diminuíram 43% na receita e 25% no volume, quando comparado com o mesmo período de 2022

    As exportações de carne bovina brasileira sofreram uma queda significativa em abril deste ano, tanto em receita quanto em volume. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

    De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (8), as exportações totais (incluindo produtos in natura e processados) diminuíram 43% na receita e 25% no volume.

    Em abril de 2022, o Brasil arrecadou US$ 1,104 bilhão com as exportações de carne bovina, enquanto em abril de 2023 esse valor caiu para US$ 626,9 milhões.

    Em termos de volume, as exportações passaram de 186.565 toneladas em abril de 2022 para 140.709 toneladas em abril de 2023.

    No 1º quadrimestre de 2023, as exportações caíram 28% em receita e 12% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior.

    A queda nas exportações pode ser atribuída em grande parte à diminuição das importações pela China, que garantiu uma receita de US$ 2,233 bilhões e comprou 344.270 toneladas de carne bovina brasileira de janeiro a abril de 2022.

    Já no mesmo período deste ano, a receita foi de US$ 1,326 bilhões e a movimentação de 269.136 toneladas, o que significa uma queda de 40% em receita e 22% em volume.

    Os preços médios também tiveram uma queda significativa, passando de US$ 5.916 em abril de 2022 para US$ 4.455 em abril de 2023, uma redução de 24,7%.

    No acumulado deste ano, os preços médios caíram 18%, passando de US$ 5.486 para US$ 4.506.

    Em janeiro deste ano, as compras da China resultaram em US$ 485,2 milhões em divisas, com movimentação de 100.164 toneladas. Em fevereiro, a receita foi de US$ 355,7 milhões, com importações de 72.537 toneladas. Em março, a receita foi de US$ 278 milhões e a movimentação de 55.534 toneladas. Já em abril, a receita caiu para US$ 208 milhões e o volume para 40.901 toneladas.

    No quadrimestre, os Estados Unidos se posicionaram como o segundo maior cliente do Brasil. Porém, a receita proveniente do país teve uma queda significativa de 23,7%, passando de US$ 436,5 milhões em 2022 para US$ 333 milhões em 2023. A movimentação também sofreu queda, de 79.198 toneladas para 75.241 toneladas, representando uma redução de 5%.

    Chile também apresentou uma redução em suas receitas, que passaram de US$ 128,2 milhões para US$ 120 milhões, o que representa uma queda de 6,4%. O volume de exportação de 25.757 toneladas para 25.431 toneladas também teve uma redução de 1,3%.

    Por sua vez, o Egito gerou uma receita de US$ 211,4 milhões em 2022, com uma movimentação de 55.273 toneladas. Já em 2023, a receita sofreu uma queda significativa, chegando a US$ 117,6 milhões (-44,4%), enquanto o volume de exportação de 33.071 toneladas representou uma redução de 40,2%.

    No geral, enquanto 65 países aumentaram suas compras do Brasil, outros 74 reduziram, o que pode ter impactos significativos na economia do país.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/