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  • Clima no Sul afeta safra nacional de soja, aponta consultoria

    De acordo com a StoneX, recuos nas produções do Rio Grande do Sul e do Paraná provocaram o corte na estimativa geral do país

    O ano de 2022 acabou com condições adversas para a produção de soja no país, sobretudo na região Sul. Com o clima desfavorável nas lavouras de soja no Rio Grande do Sul e no Paraná em dezembro, a consultoria StoneX revisou para baixo a estimativa para a produção brasileira da oleaginosa na safra 2022/23.

    No mais novo levantamento, a consultoria projeta 153,8 milhões de toneladas de soja produzidas no Brasil no atual ciclo. Volume esse que representa recuo de 0,8% em relação ao número apresentado anteriormente.

    De acordo com a equipe da StoneX, o recuo de produção do Paraná foi de 2,1%. No Rio Grande do Sul, a quebra foi ainda maior, ficando na casa dos 5%. Por outro lado, a empresa ressaltou que São Paulo e Goiás amenizaram o resultado negativo. O primeiro pelo incremento da área. O segundo, por sua vez, pela ampliação da produtividade.

    “Segundo dados oficiais divulgados da exportação do Brasil, ao longo do ciclo 2021/22, o país embarcou 79,05 milhões de toneladas, volume levemente inferior ao estimado no último relatório da StoneX”, observa a consultoria. “Em meio à revisão, os estoques finais estão agora estimados em 1,36 milhão de toneladas.”

    Projeção para os estoques finais da soja

    Apesar de levemente maiores em 2021/22, o incremento nos estoques da safra de soja recém-encerrada não foi capaz de compensar a queda na produção do novo ciclo. Com isso, os estoques finais em 2022/23 da soja no Brasil recuaram para 6,35 milhões de toneladas, segundo o relatório da StoneX.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • StoneX reduz estimativa de produção da 1ª safra de milho por causa da seca

    A 2ª safra do cereal, a chamada safrinha, tem perspectivas mais animadoras, afirma a consultoria em relatório

    Em função da irregularidade das chuvas observadas durante a segunda quinzena de novembro e ao longo das primeiras semanas de dezembro no Rio Grande do Sul, a StoneX já havia revisado em meados do último mês seu número para a produção gaúcha de milho, de 5,4 para 4,5 milhões de toneladas. Nas últimas semanas do último mês de 2022, o desenvolvimento das lavouras continuou sendo penalizado pelo clima seco, acarretando mais uma redução na produção gaúcha, para 3,5 milhões de toneladas.

    Com isso, a consultoria StoneX reduziu a produção da 1ª safra de milho 2022/23 de 28,6 para 26,9 milhões de toneladas. Ou seja, contração de 5,8% em comparação com a estimativa divulgada em dezembro. Para a segunda safra de milho 2022/23, o grupo promoveu uma alteração marginal em seu número, que está agora estimada em 99,58 milhões de toneladas, volume 5% maior que o registrado no ciclo 2021/22.

    “Atualmente, as expectativas são favoráveis para a segunda safra 2022/23, mas é importante ressaltar que haverá um longo caminho até a sua colheita e que o ciclo de inverno é mais arriscado”, afirma João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX. “Será importante continuar acompanhando de perto o clima, visto que os números estão sujeitos a revisões”, pondera o especialista.

    Novas estimativas para o milho

    Em função do corte na primeira safra, a produção total passou de 130,3 para 128,7 milhões de toneladas. Em relação ao balanço de oferta e demanda, a StoneX não promoveu alterações em suas estimativas para as variáveis de consumo. Sendo assim, as exportações e a demanda doméstica em 2022/23 seguem estimadas em, respectivamente, 46 milhões e 81 milhões de toneladas.

    Desse modo, em função da menor produção esperada para a próxima temporada, os estoques finais em 2022/23 passaram de 16,34 para 14,71 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: ferramenta inédita monitora incidência de lagartas na safra gaúcha

    Objetivo da iniciativa é disponibilizar uma plataforma de monitoramento para prevenção ao produtor rural do Rio Grande do Sul

    Em um iniciativa inédita, cooperativas gaúchas estão monitorando a incidência de lagartas na safra de soja do Rio Grande do Sul. Estações espalhadas em todas as regiões do estado identificam e avisam quando alguma espécie aparece. Assim, o produtor rural pode prever o controle.

    O Clóvis Panta já tem 40 anos dedicados ao plantio da soja. No começo eram só alguns hectares. Nesta safra, porém, a área soma 900 hectares em Rio Pardo, município da região central do Rio Grande do Sul. Em sua propriedade , as lagartas já deram trabalho em anos anteriores.

    “Dava muito problema. A gente perdia soja, venenos mal aplicados, tecnologia de aplicação muito ruim e isso aí foi melhorando com o tempo. Já faz três anos que eu não vejo mais lagarta na minha lavoura”, conta o produtor.

    Agora, Panta e outros sojicultores do estado sulista têm mais uma forma de ver se realmente os insetos não estão na lavoura. Isso porque produtores de soja de várias regiões gaúchas receberam estações de monitoramento. As novas ferramentas são autônomas, mantidas com energia solar e mandam avisos para o celular.

    “Ela é uma armadilha auto-limpante. Funciona até dois meses sem nenhuma intervenção do agrônomo. Atrai as mariposas que são grudadas no piso colante e tem acima dela uma câmera de alta resolução que identifica qual que é a mariposa e manda para o agrônomo o relatório da incidência de pragas”, explica o engenheiro agrônomo Douglas Pedroso.

    Ação contra a proliferação de lagartas na soja

    As lagartas estão presentes em todas as regiões produtoras de soja do país e as perdas podem ser grandes caso a situação saia do controle. As desfolhadoras, por exemplo, podem levar ao comprometimento de 100% da lavoura. Outras afetam a formação das vagens. Por isso, a ideia da equipe responsável pelo projeto é ser mais uma ferramenta de alerta para que o produtor realize o controle em tempo hábil.

    A tecnologia de monitoramento de lepidópteros foi criada por uma startup e implantada pela Rede Técnica Cooperativa, que reúne 13 cooperativas gaúchas.

    O equipamento é capaz de identificar as lagartas Spodoptera frugiperda, S. cosmioides e S. eridania. E ainda a falsa-medideira e a Helicoverpa armigera.

    “Lagartas pequenas que, muitas vezes, o monitoramento convencional não conseguiria quantificar essa população, recomendar táticas de manejo onde elas vão ser mais assertivas porque nós temos lagartas mais pequenas, que são mais factíveis de controle. Em consequência, essas lagartas provocaram pouco dano na cultura, visto que, dentro do desenvolvimento larval, essas lagartas têm um baixíssimo consumo nos estágios iniciais. A maior quantidade de desfolhamento ou danos nas estruturas reprodutivas são lagartas de maior tamanho”, afirma o pesquisador em entomologia Glauber Stürmer, da Cooperativa Central Gaúcha Ltda e da Rede Técnica Cooperativa (CCGL/RTC).

    À espera dos primeiros resultados do projeto

    O projeto foi validado na safra passada e colocado em prática no ciclo 2022/23. Caso os resultados sejam satisfatórios, a ideia é expandir para outras culturas.

    “A ideia é que a gente monitore pragas da soja, mas também utilize essas ferramentas para monitorar pragas no milho”, afirma Stürmer.

    “Estamos passando nos últimos anos muita pressão de Spodoptera frugiperda, com hábitos de rosca atacando cereais de inverno no processo de implementação, de semeadura da culturas, falando de aveia, trigo com uma alta população. Esses equipamentos também podem nos direcionar para preparar os técnicos dos nossos agricultores para não pegar de surpresa para a chegada dessa praga”, completa o pesquisador em entomologia.

    Para o produtor Clóvis Panta, há segurança em aplicar somente quando precisa, gerando economia e cuidado com toda a cadeia produtiva.

    “Às vezes a gente faz a aplicação de um químico muito forte e quando vê dá outro problema lá na frente. Isso aí ajuda muito para a prevenção. Temos que tentar melhorar cada vez mais tanto na produção, no financeiro e no meio ambiente”, diz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Consulta pública discute distribuição de registros de defensivos agrícolas

    Proposta busca otimizar a avaliação de produtos à base dos mesmos ingredientes ativos

    O Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a portaria número 737, que submete à consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta de “Portaria Conjunta Mapa, Ibama e Anvisa”, que tem como objetivo estabelecer procedimentos específicos para distribuição dos processos pendentes de registro de produtos técnicos equivalentes, pré-misturas e produtos formulados de defensivos agrícolas e afins, protocolados nos órgãos antes de 7 de outubro de 2021.

    A proposta apresentada foi elaborada por representantes dos três órgãos e busca otimizar a avaliação de produtos à base dos mesmos ingredientes ativos. O rito de distribuição dos processos levará em consideração os ingredientes ativos que compõem os produtos, sendo que cada distribuição poderá ter até 20 processos de mesmo ingrediente ativo, respeitada a data de protocolo.

    Outro procedimento a ser adotado é para os produtos formulados que tiverem mesma composição qualitativa e quantitativa e mesmo tipo de formulação de um outro produto já registrado, avaliado ou submetido à avaliação com dossiê completo de estudos. Esses produtos poderão ter tramitação à parte da avaliação conjunta, de forma ainda mais simplificada.

    “A simplificação na análise dos produtos não compromete o controle exercido pelos órgãos anuentes do registro, por se tratarem de produtos de composição quali-quantitativa idêntica a outros já registrados, avaliados ou submetidos à avaliação, os quais servirão como referência para o registro”, explica a coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, André Peralta. As informações são do Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Óleo de soja: exportações disparam e fecham 2022 com crescimento de 52%

    Embarques do produto para o exterior superaram 2,5 milhões de toneladas pela primeira vez

    Na parte de exportações, o ano passado foi de recordes para dois dos três itens do chamado complexo soja. Em 2022, os embarques do óleo de soja dispararam, crescendo 52% no comparativo com os números consolidados de 2021. Os envios para o exterior do farelo de soja também cresceram.

    No caso do óleo de soja, pela primeira vez na história, o volume em um ano exportado superou as 2,5 milhões de toneladas em único ano. Os números foram destacados pelo diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, na edição desta semana do boletim ‘AgroExport’.

    Outro destaque apontado por Ferreira foi o volume exportado do farelo de soja. Superou 20 milhões de toneladas exportadas, o que representa de aumento de 18% em relação a 2021. “Crescimento bastante expressivo”, enfatizou o apresentador do ‘AgroExport’. Além disso, ele reforçou: o Brasil está consolidando mercados e conquistando novos.

    Óleo de soja, farelo e soja em grão

    Para a soja em grão, contudo, 2022 foi de recuo na parte de volume exportado. Isso porque foram embarcadas 79 milhões de toneladas para fora do Brasil — o que representa recuo de 8% no comparativo com o ano anterior. Mesmo assim, a receita cambial em relação ao produto subiu, de US$ 38,6 bilhões para US$ 46,6 bilhões.

    Crescimento na soja e no milho

    No ‘AgroExport’, Giovani Ferreira também apresentou números referentes aos embarques de milho. Em 2022, o cereal, de acordo com ele, “surpreendeu” positivamente. Ao todo, 43 milhões de toneladas do produto foram enviadas para o exterior ao longo do ano passado. Assim, superou a marca que 2019, que até então detinha o recorde, com 42 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem: plantio de soja avança pouco no Rio Grande do Sul

    O plantio de soja segue no Rio Grande do Sul; até o momento, dos 6,5 milhões de hectares previstos para esta safra, 93% foram semeados

    A semeadura da soja se aproxima do final no Rio Grande do Sul e o clima é o principal impasse já que as chuvas irregulares prejudicam o desenvolvimento em algumas áreas. No milho, a situação de estresse hídrico preocupa. O estado tem 27 municípios em situação de emergência.

    O plantio de soja segue no Estado. Até o momento, dos 6,5 milhões de hectares previstos para esta safra, 93% foram semeados. Os trabalhos estavam paralisados por falta de chuva e na última semana evoluíram 3%.

    A situação segue a seguinte: onde choveu as plantas se desenvolvem bem e onde não houve umidade são notadas folhas murchas, lavouras com falhas na germinação e estresse hídrico. Muitos produtores plantam em solo seco com esperança de que venha uma chuva. Na região da fronteira oeste, foram necessários replantios. A situação também é crítica no Noroeste do estado.

    A falta de chuva também preocupa os produtores de milho. A situação é mais grave no Oeste, onde algumas lavouras estão perdidas. Na cidade de Bagé, a colheita começou com resultados variáveis e produtores aguardam avaliação do seguro para ver se colhem ou não. Na região de Ijuí houve perdas de 30 a 100% e enchimento de grãos prejudicado. Em Santa Rosa, o prejuízo é de 70%.

    No arroz há dificuldades no manejo de irrigação. Áreas mais altas e secas têm problemas com plantas daninhas na fronteira oeste. No Rio Grande do Sul, 92% da cultura está em desenvolvimento vegetativo e 8% já em floração.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • O primeiro modelo de risco de ocorrência de ferrugem asiática desenvolvido no Rio Grande do Sul é do sistema cooperativista

    RTC/CCGL realiza monitoramento de esporos em 25 municípios do Rio Grande do Sul

    A soja tem grande peso na balança comercial do agronegócio brasileiro, sendo o principal grão exportado no país. Considerando-se o complexo de doenças que acometem a cultura, a ferrugem asiática é a principal delas. A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e pode se manifestar em qualquer momento do desenvolvimento da cultura, principalmente no início do florescimento (R1).

    Em virtude do grande risco que a doença representa para a cultura da soja, as cooperativas associadas à CCGL manifestaram demanda por uma ferramenta para auxiliar na previsão de ocorrência da doença e para obter maior assertividade no manejo.

    Em agosto de 2021, teve início a Rede de Monitoramento por meio de coletores de esporos. O projeto é coordenado por Carlos A. Pizolotto, Pesquisador de Fitopatologia da CCGL e tem como objetivo auxiliar no monitoramento da flutuação de inóculo do patógeno durante todo o ano. A rede surgiu por meio de uma parceria entre a multinacional BASF e as cooperativas. A empresa realizou a doação de 25 coletores de esporos, os quais funcionam com aquisição controlada de ar, onde todo o material é depositado na área de coleta de uma lâmina de microscopia.

    O monitoramento é realizado através de coleta de esporos, as lâminas são substituídas a cada sete dias e são enviadas para o Laboratório de Fitopatologia da CCGL para leitura em microscópio óptico, com a finalidade de identificar e quantificar os esporos do fungo. Os coletores de esporos estão instalados em 25 municípios, contemplando a área de atuação das 17 cooperativas: Coopermil, Cotrirosa, Coopatrigo, Cotripal, Cotricampo, Agropan, Cotrijuc, Camnpal, Coagril, Cotribá, Cotrisal, Cotrijal, Cotriel, Coasa, Cotrisul, Cooperoque e CCGL.

    Carlos A. Pizolotto explica que os dados do monitoramento de esporos estão sendo utilizados em um modelo de previsão de risco de ocorrência de ferrugem, o qual traz a previsão de risco de ocorrência da doença para até cinco dias, possibilitando ao produtor maior assertividade e robustez na escolha do programa de aplicação de fungicidas. – No Rio Grande do Sul, existem algumas redes de monitoramento de esporos do fungo causador da ferrugem, no entanto, em nenhum destes projetos tem-se utilizado modelos de previsão de risco de ocorrência da doença, o que torna o modelo de previsão desenvolvido pela CCGL e pela empresa Sensor On o primeiro modelo de previsão de risco de ocorrência de ferrugem do RS – completou Carlos.

    O modelo não tem o intuito auxiliar o produtor na tomada de decisão de aplicar ou não fungicida, o produtor deve seguir com o programa de aplicações calendarizadas, devido ao complexo de doenças que afetam a cultura da soja. O Pesquisador da Embrapa e parceiro da pesquisa, José Mauricio Cunha Fernandes, ressalta que com o alerta é possível realizar o manejo de forma inteligente e obter maior eficiência de controle da ferrugem asiática, além de maior rentabilidade e, consequentemente, benefícios em termos econômicos para a propriedade, visto que, sem os cuidados adequados, as perdas podem chegar a 90% em lavouras.

    O modelo de previsão está disponível na plataforma digital SmartCoop para consulta dos técnicos das cooperativas, trazendo um cenário totalmente disruptivo, com o intuito de não apenas se observar a flutuação de inóculo do patógeno e, sim, trazer cenários de previsão de risco de ocorrência da ferrugem, fazendo com que os produtores deixem de ser apenas reativos nas tomadas de decisão para o controle da doença e sim proativos e assertivos no manejo da ferrugem.

    Fonte: ASCOM CCGL

  • RTC/CCGL estima perdas significativas na safra de milho do RS

    A safra de milho 2022, no Rio Grande do Sul, vem sendo acometida por mais uma estiagem. Em algumas regiões do Estado, já é a quarta consecutiva. Uma estimativa realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) e divulgada nesta segunda-feira (19/12), estima que em áreas de milho sequeiro (sem uso de irrigação), em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já alcançam 42% em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas. Devido às altas temperaturas e à ausência de chuvas, especialmente durante os meses de novembro e dezembro, várias regiões já contabilizam perdas superiores a 70%. Os dados foram coletados em 20 cooperativas ligadas à RTC/CCGL e, destas, metade já consolidam perdas superiores a 50%.

    A estiagem também já começa a causar interferência sobre a cultura da soja. Até o momento, na área de atuação das cooperativas, 11% da área destinada à soja ainda não foi semeada, enquanto que, da área semeada, 15% ainda não está emergida. Este panorama também é um reflexo da falta de chuvas, que resulta em umidade do solo inadequada para a semeadura, estabelecimento e desenvolvimento da cultura.

    Fonte: ASCOM CCGL

  • RTC, UFRGS e YARA apresentam resultados do 1º ano do projeto

    Reunião contou com dados importantes para agricultura e apresentações internacionais

    Para avaliar o primeiro ano do projeto sobre mitigação das emissões de gases de efeito estufa em sistemas de produção, RTC/CCGL, Yara e UFRGS se reuniram na primeira quinzena de dezembro, no auditório da cooperativa. Os participantes apresentaram e discutiram os resultados do experimento de manejo de adubação nitrogenada em cobertura no milho para ensilagem e grão que visa aprimorar as pesquisas sobre o tema e atender as necessidades dos produtores assistidos.

    Conforme o Pesquisador da Yara International (Brasil) – Global Maize Expert, Vitor Vargas, o principal objetivo era obter os principais indicadores de performance de produção de silagem, produtividade e qualidade, e informações da área ambiental, principalmente o carbono e questão hídrica. — A primeira avaliação dos resultados é positiva, porém em função das condições climáticas, não foi possível identificar grande diferenças neste primeiro ano de pesquisa, mas a tendência é melhorar nos próximos anos — completa, Vitor.

    Conforme Cimélio Bayer, Professor do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS e Pesquisador Produtividade em Pesquisa PQ-1A do CNPq, o projeto trouxe resultados positivos e pioneiros em nível de Brasil. — O grande resultado que encontramos neste primeiro momento, importante para agricultura nacional, é que as emissões de óxido nitroso, derivados de fertilizantes nitrogenados, é de 4 a 20 vezes menor que índices preconizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) — destaca Cimélio.

    O evento contou, ainda, com duas apresentações internacionais. Petra Junklewitz, Pesquisadora Senior da YARA International (Alemanha) Global Grassland Expert, que trabalha com pastagens perenes e anuais na Europa, com foco em cultivos temperados e desenvolve estudos para pastagens tropicais realizou uma apresentação sobre manejo de pastagens europeias. E Tizita Sileshi, Director Food Chain & Sustainability Americas da Yara Internacional, palestrou sobre o que a Europa e a empresa estão prospectando para os próximos anos em termos de sustentabilidade nos sistemas produtivos e área de fertilizantes. Também participaram do evento pesquisadores, estudantes e profissionais da área agrícola.

    Sobre o projeto:

    O experimento foi implantado no dia 05 de outubro de 2021, na área de pesquisa e tecnologia da CCGL, com a instalação de equipamentos para que durante três anos os pesquisadores determinem o impacto dos fertilizantes nas emissões de óxido nitroso, que é um importante gás de efeito estufa, 298 vezes mais potente que o dióxido de C (CO2).

    O Pesquisador da RTC/CCGL Jackson E. Fiorin explica que esta pesquisa visa comparar 3 fontes de nitrogênio (ureia comum, ureia protegida com NBPT e nitrato de amônio) em diferentes doses em cobertura, sendo possível avaliar a probabilidade de perdas de nitrogênio e a eficiência de cada fertilizante na produção de grãos, silagem e estimativas na produção de carne e leite.

    A Engenheira Agrônoma e Professora do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS, Dra. Amanda Posselt Martins, salienta que o experimento visa aprimorar o conhecimento da adubação nitrogenada do milho para ensilagem, atualizando o Manual de Calagem e Adubação e atendendo as demandas dos produtores de leite, que são os principais usuários.

    A pesquisa nesta área é uma solicitação das empresas que produzem alimentos, especialmente de lácteo, pois a silagem de milho é a principal fonte energética para a bovinocultura de leite no Brasil.

    Fonte: ASCOM CCGL

     

  • Processamento de soja cresce quase 6% neste ano e projeção para 2023 indica safra recorde

    Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais atualiza estatísticas e divulga a primeira projeção para a safra 2023

    O processamento de soja cresceu 5,8% em relação ao mesmo período de 2021, puxado principalmente pelo incremento das exportações de farelo e óleo de soja, que registraram 15,8 milhões de toneladas  e 1,8 milhão de toneladas  respectivamente. Diante destes volumes, a receita esperada com exportações de todo o complexo soja – grão, farelo e óleo – é de US$ 59,2 bilhões em 2022. 

    A informação é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), com base em dados de janeiro a outubro deste ano, verificados a partir da amostra representativa de cerca de 85% do esmagamento no país.

    A estimativa da produção de soja e seus derivados também sofreu pequenos ajustes em relação à última atualização, sendo: i) soja em grão de 127 milhões de toneladas para 127,7 milhões, ii) farelo de soja de 37,5 milhões de toneladas para 38 milhões, e iii) óleo de soja de 9,9 milhões de toneladas para 10,05 milhões. O processamento de soja no ano também deve saltar de 49 milhões de toneladas para 49,7 milhões.

    Safra 2023

    A primeira projeção da Abiove para o próximo ciclo aponta para um recorde histórico na produção de soja, 153,5 milhões de toneladas. Isto se deve a uma maior produtividade – 3.700 quilos por hectare, contra 3.080 observados em 2022 – e um ligeiro aumento da área plantada – dos atuais 41,3 milhões de hectares para 43,1 milhões no próximo ano. Em 2023, o processamento do grão também deve ser o maior já registrado em toda a série histórica, 52,5 milhões de toneladas.

    Outro crescimento substancial fica por conta das exportações de soja em grão, de 77,5 milhões de toneladas em 2022 para 93 milhões no ano que vem. Já os volumes de farelo e óleo destinados ao mercado internacional indicam uma pequena retração quando comparados aos números deste ano. Farelo de soja de 20,2 milhões de toneladas para 20 milhões e óleo de soja de 2,4 para 1,6 milhões de toneladas exportadas. Porém, a geração de divisas proveniente das exportações dos três produtos do complexo soja pode atingir a marca de US$ 65,8 bilhões em 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/