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  • Crescimento de 40%: porto espera carregar 7 milhões de toneladas de grãos e farelos no 1º trimestre

    Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a expectativa é positiva em relação à safra de soja

    Os operadores dos terminais do Porto de Paranaguá esperam exportar 40% mais granéis sólidos vegetais neste primeiro trimestre do ano.

    A expectativa é embarcar cerca de 7 milhões de toneladas de soja, farelo de soja, milho, trigo e açúcar, de janeiro a março.

    Em 2022, no mesmo período, foram carregadas cerca de 5 milhões de toneladas dos produtos.

    Segundo a projeção dos operadores, que considera os dados de 12 empresas privadas e dos silos públicos (vertical e horizontais), somente de soja em grão seriam quase 3,4 milhões de toneladas embarcadas nos três primeiros meses do ano.

    De soja, no ano passado, no primeiro trimestre, foram exportadas cerca de 3,3 milhões de toneladas.

    Neste ano, segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a expectativa é positiva em relação à 1ª safra de soja (22/23).

    “Aqui no Paraná, os especialistas falam em uma safra cerca de 60% maior neste ano”, afirma.

    O estado é a principal origem da soja exportada pelo Porto de Paranaguá, seguido do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

    De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Paraná deve colher cerca de 21,4 milhões de toneladas de soja neste ano.

    Commodities

    De milho a ser embarcado no primeiro trimestre deste ano, são esperadas 1.680.000 toneladas.

    De farelo de soja, 1.208.000 toneladas; açúcar, 670.000 toneladas; e trigo, 46.500 toneladas.

    Em 2022, de janeiro a março, foram exportadas 514.120 toneladas de milho; 1.342.740 toneladas de farelo de soja; 424.238 toneladas de açúcar; e 32.895 toneladas de trigo.

    Os granéis sólidos vegetais são embarcados a leste e oeste do cais do Porto de Paranaguá, pelos terminais AGTL, Cargill, Centro Sul, Cimbessul, Coamo (I e II), Cotriguaçu, Interalli, Louis Dreyfus, Rocha, Pasa, Bunge, Cavalca e silos públicos (operado pela AOCEP).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Agronegócio deve ter maior crescimento desde 2017

    O Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, calcula que o PIB do agronegócio avançará 8% neste ano, depois de encolher 2% em 2022

    Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o PIB do setor avançará 8% neste ano, depois de encolher 2% em 2022.

    Se o número se confirmar, será o maior crescimento do setor desde 2017, quando a alta foi de 14,2%.

    Já o Santander, que espera queda de 0,3% para este ano, estima expansão de 7,5% para o próximo.

    Parte do resultado positivo estimado para 2023 será apenas efeito da comparação com um 2022 fraco, explicam os economistas.

    Por outro lado, a safra esperada para este ano deve ser recorde, o que justifica uma projeção otimista.

    Dados de prognóstico de produção agrícola do IBGE apontam que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, o que significará uma alta de 11,8% em relação a 2022.

    Para o Ibre, o setor será o único a crescer de forma expressiva neste ano, quando o PIB do País deve ficar praticamente estagnado.

    “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1%. Nós estamos com 0,2%, isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, diz Marina Garrido, economista do Ibre.

    Safra

    A alavanca da economia, portanto, deverá ser principalmente a soja e o milho.

    O economista Gabriel Couto, do Santander, lembra que a safra de milho de 2021 foi comprometida pela seca e que, em 2022, o problema foi com a soja. A expectativa agora é ter safras boas de soja e de milho.

    “Se tivermos a safra de soja cheia, que é o que esperamos, isso impulsionará o PIB agrícola.”

    Segundo Couto, o Santander não espera que a desaceleração global prevista para 2023 tenha impacto no resultado do agronegócio brasileiro por ora. “Não estamos vendo o produtor tirando o pé do acelerador. Ainda que ele resolva estocar grãos, a produção estará lá. O impacto do desaquecimento da economia global tende a ser no médio prazo.”

    Presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho afirma que, como os produtores conseguiram plantar soja e milho na época correta, a tendência é que a colheita de 2023 seja boa e que o valor bruto da produção cresça ao menos 5%, ficando acima de R$ 1,3 trilhão. Além da soja e do milho, ele destaca que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem.

    Clima

    presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, porém, afirma que as previsões dos economistas são feitas seguindo a lógica de que o clima vai favorecer a produção, o que não ocorreu nos últimos anos.

    “Ter uma safra recorde, como se espera, é questão exclusiva de clima. Temos condições técnicas de fazer essa safra anunciada, só que é cedo para dizer que ela será realidade. Nos últimos anos, enfrentamos problemas de clima e tivemos perdas grandes.”

    Segundo Couto, a previsão que se fazia em 2021 para o setor agrícola em 2022 era de uma alta superior a 5%.

    Conforme os meses foram passando, o número foi sendo revisto para baixo, até chegar à atual retração de 0,3%.

    Ele pondera, no entanto, que as secas que prejudicaram o setor nos últimos dois anos podem estar relacionadas ao fenômeno La Niña, que deve perder força a partir do segundo trimestre de 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Mercado de carbono: falta metodologia no Brasil, diz especialista

    Helen Estima, do Serviço de Inteligência em Agronegócios, ressalta que o mercado de carbono ainda não é regulado no país

    Os sistemas agropecuários do Brasil ainda carecem de uma metodologia bem definida em relação ao financiamento do mercado de carbono. É o que aponta a gerente do Serviço de Inteligência em Agronegócios, Helen Estima.

    Em entrevista ao Canal Rural, a especialista no tema destacou que é necessário se ter um conjunto de métodos no país para que se possa quantificar os créditos de carbono a partir da produção rural brasileira. Nesse ponto, ela lembrou que o mercado de carbono é, no Brasil, “voluntário”. Ou seja: não conta com uma legislação específica em vigor.

    “Além disso, a gente precisa entender, a nível de Brasil, como país tropical e subtropical (no caso dos estados do Sul do país), como a gente identifica práticas que podem ser medidas, mensuradas, monitoradas e comprovadas para chegar a numa validação de crédito de carbono”, afirmou Helen ao participar da edição desta segunda-feira (9) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

    O agro brasileiro e o mercado de carbono

    Helen Estima disse que o mercado de crédito de carbono deve ser construído em conjunto por entes públicos e empresas da iniciativa privada, sobretudo companhias do sistema financeiro. Assim, ela acredita que esse novo nicho — voltado à sustentabilidade — irá se desenvolver no país e, consequentemente, ajudar a movimentar a economia.

    A entrevista exemplificou, por fim, como o mercado de carbono poderá funcionar junto ao agronegócio brasileiro. “Quando a gente fala do agro, e falamos dos produtores rurais como principais provedores desses créditos de carbono, temos um processo educacional”, disse Helen durante a conversa com a apresentadora e jornalista Pryscilla Paiva. “Justamente por ser um mercado novo, todo mundo está aprendendo como trabalhar nele.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Entregas de fertilizantes caem 11% no acumulado de janeiro a outubro, aponta Anda

    Em cenário atípico e com desafios relativos às crises geopolíticas, mercado brasileiro continua abastecido e recebendo as importações do insumo

    As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram o mês de outubro de 2022 com 3,8 milhões de toneladas, registrando uma redução de 17,8% em relação ao mesmo mês de 2021, quando o volume foi de 4,7 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a outubro de 2022, foram 33,96 milhões de toneladas, com redução de 11,4% na comparação com igual período de 2021, no qual se registraram 38,33 milhões de toneladas. O levantamento é da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

    O Estado de Mato Grosso, líder nas entregas ao mercado, concentra maior volume no período analisado, cerca de 23%, atingindo 7,98 milhões de toneladas. Logo depois, vem o estado do Rio Grande do Sul com 3,72 milhões, Goiás com 3,69 milhões, São Paulo com 3,59 milhões, Paraná com 3,51 milhões e Minas Gerais atingindo 3,22 milhões.

    “Em 2022 estamos tendo cenário atípico, com desafios relativos às crises geopolíticas, mas o mercado brasileiro continua abastecido e recebendo as importações dos fertilizantes”, explica Ricardo Tortorella, diretor-executivo da Anda, acrescentando: “É importante que o novo governo tenha o foco em produzir mais no Brasil e reduzir cada vez mais a dependência de fertilizantes do exterior”.

    Produção

    A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou outubro de 2022 em alta. Foram 641 mil toneladas, representando crescimento de 1,9% na comparação com o mesmo mês de 2021.No acumulado de janeiro a outubro de 2022, foram 6,26 mil toneladas, com aumento de 6,2% em relação a igual período do ano passado, quando foram produzidas 5,90 mil toneladas.

    Importação

    De acordo com a associação, as importações de fertilizantes intermediários continuam chegando ao Brasil, alcançando em outubro 2,62 milhões de toneladas, indicando uma redução de 18,7%. No acumulado de janeiro a outubro, o total foi de 30,03 milhões de toneladas, significando redução de 4,6% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram importadas 31,47 milhões de toneladas.

    No porto de Paranaguá, principal porta de entrada dos fertilizantes, ingressaram 8,25 milhões de toneladas, indicando redução de 7,7% em relação a 2021, quando foram descarregadas 8,94 milhões de toneladas. O terminal representou 27,5% do total importado por todos os portos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtores de soja temem perdas produtivas por quebramento de hastes

    Agricultores relatam que tombamento de plantas pode levar a prejuízos maiores do que os observados com o apodrecimento de vagens

    A chamada anomalia da soja continua a preocupar os produtores de Mato Grosso. Nas últimas semanas, muitos observaram o quebramento de hastes em diversas lavouras, fator que pode trazer perdas produtivas significativas. É o caso do consultor agronômico Cledson Guimarães Dias Pereira, que presta atendimento em 25 mil hectares dedicados à oleaginosa no estado.

    Segundo ele, na safra 2021/22, o maior percentual de perdas foi causado pelo apodrecimento dos grãos, outra consequência da misteriosa doença. Por conta disso, mudou o manejo de algumas cultivares. Contudo, nesta temporada, o tombamento das plantas é mais presente e tem o potencial de comprometer ainda mais os resultados da lavoura.

    O especialista conta que a diferença entre os sintomas da anomalia se reflete diretamente na colheita. Isso porque o apodrecimento dos grãos impacta a produtividade em cerca de 20%, enquanto que o problema que atinge as hastes das plantas pode gerar prejuízos de até 50%. “Poderia estar colhendo 70 sacas, mas posso colher 35”, afirma.

    Perdas produtivas na soja

    O Médio-Norte de Mato Grosso foi uma das regiões com maiores concentrações de lavouras prejudicadas pela anomalia da soja na safra passada. Conforme levantamento técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), as perdas na safra 21/22 giraram entre cinco e seis sacas por hectare em média.

    O agricultor Eder Ferreira Bueno conta que a anomalia tem tirado o sono dos produtores da região, temerosos que as perdas do ciclo passado se repitam – ou até piorem – neste ano. “Conheço áreas, principalmente em áreas de pivô, que tiveram prejuízos de até 50% de [grãos] avariados”, conta.

    Já o produtor Tiago Strapasson, do município de Vera, se empenha no monitoramento constante da lavoura, mas lamenta que ainda não haja respostas a respeito do que tem causado a anomalia. “Não temos como solucionar esse problema, se [precisamos] aplicar mais fungicidas […], até agora não temos explicação nenhuma das pesquisas”.

    De acordo com ele, nos anos anteriores em que o problema incidiu em sua lavoura, verificou perdas entre 17 e 18 sacas de soja por hectare.”

    Pesquisa atrás de resposta

    Atualmente, a Embrapa coordena uma rede de ensaios com diferentes cultivares e fungicidas atrás de respostas. A pesquisa é feita em 17 instituições de Mato Grosso e uma em Rondônia. A expectativa é apresentar resultados no final desta safra 22/23.

    A pesquisadora da instituição, Dulândula Silva Miguel Wruck, conta que os possíveis fungos causadores da anomalia da soja estão sendo identificados. “O problema é que a gente pega esse fungo, inocula em uma planta sadia e não reproduz o sintomas. Então fica a questão: o fungo está presente como causa ou consequência?”, detalha.

    Assim, para ela, é prematuro afirmar que determinado agente é a causa da anomalia, uma vez que não se está conseguindo reproduzir os mesmos sintomas da doença em condições artificiais. “Temos uma metodologia, estamos seguindo, priorizou- se entre as instituições. A gente espera agora no final da safra, assim que começar a analisar os dados, eu não digo achar a causa, mas pelo menos eliminar o que não seja”, explica.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Verão marca proliferação do carrapato-do-boi em todo território nacional

    Segundo a Embrapa, pecuária brasileira soma prejuízos anuais na casa dos US$ 2 bilhões devido à infestação do parasita

    Com a chegada do verão e o aumento da temperatura, o produtor pode se deparar com a chegada de um novo inimigo na sua produção. Trata-se do Rhipicephalus microplus, conhecido popularmente como carrapato-do-boi. 

    Após um ciclo mais lento durante o inverno, quando o parasita entra em estado de hibernação, a praga volta com força total neste período, devido às condições ambientais favoráveis, baseadas no clima quente e úmido da estação por causa da elevada quantidade de chuva.

    De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a pecuária brasileira soma prejuízos anuais na casa dos US$ 2 bilhões devido à infestação do carrapato-do-boi, que causa doenças e problemas graves nos animais. Uma delas é a Tristeza Parasitária, que traz para o gado um quadro clínico de febre, letargia, apatia, desidratação, alteração das mucosas e perda de apetite e de peso.

    “É uma doença que eleva os custos da propriedade com o tratamento do animal infectado e gera prejuízos pela deficiência reprodutiva e alimentar, além de levar a óbito em casos mais graves”, explica Lucas von Zuben, CEO da Decoy Smart Control, agtech de biotecnologia que oferece soluções sustentáveis no controle de pragas.

    Como controlar 

    Segundo a startup, a solução pode ocorrer por meio do controle biológico. A técnica essa se baseia na proteção dos bovinos a partir do uso de outros organismos vivos que conseguem controlar a população da praga, fazendo com que a densidade populacional do parasita se mantenha abaixo do “nível de dano econômico”. Ou seja, abaixo do nível de prejuízos para os produtores.

    “Além disso, é importante salientar que o desenvolvimento de cada geração sofre impacto direto da anterior. Por isso, o sucesso do controle depende da redução do parasita já na primeira geração. Tomar as medidas corretas de controle desde o início, impede que o crescimento da infestação e o controle seja mais eficiente”, explica o CEO.

    O especialista ainda destaca a importância de realizar um comprovadamente eficaz e sem causar qualquer dano a saúde do animal ou ao meio ambiente. “Não existe uma regra quando se trata de controle de carrapatos, porém tratar os animais, assim como as infestações em pasto, de forma planejada é a melhor forma de reduzir o problema”, avalia.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Clima no Sul afeta safra nacional de soja, aponta consultoria

    De acordo com a StoneX, recuos nas produções do Rio Grande do Sul e do Paraná provocaram o corte na estimativa geral do país

    O ano de 2022 acabou com condições adversas para a produção de soja no país, sobretudo na região Sul. Com o clima desfavorável nas lavouras de soja no Rio Grande do Sul e no Paraná em dezembro, a consultoria StoneX revisou para baixo a estimativa para a produção brasileira da oleaginosa na safra 2022/23.

    No mais novo levantamento, a consultoria projeta 153,8 milhões de toneladas de soja produzidas no Brasil no atual ciclo. Volume esse que representa recuo de 0,8% em relação ao número apresentado anteriormente.

    De acordo com a equipe da StoneX, o recuo de produção do Paraná foi de 2,1%. No Rio Grande do Sul, a quebra foi ainda maior, ficando na casa dos 5%. Por outro lado, a empresa ressaltou que São Paulo e Goiás amenizaram o resultado negativo. O primeiro pelo incremento da área. O segundo, por sua vez, pela ampliação da produtividade.

    “Segundo dados oficiais divulgados da exportação do Brasil, ao longo do ciclo 2021/22, o país embarcou 79,05 milhões de toneladas, volume levemente inferior ao estimado no último relatório da StoneX”, observa a consultoria. “Em meio à revisão, os estoques finais estão agora estimados em 1,36 milhão de toneladas.”

    Projeção para os estoques finais da soja

    Apesar de levemente maiores em 2021/22, o incremento nos estoques da safra de soja recém-encerrada não foi capaz de compensar a queda na produção do novo ciclo. Com isso, os estoques finais em 2022/23 da soja no Brasil recuaram para 6,35 milhões de toneladas, segundo o relatório da StoneX.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • StoneX reduz estimativa de produção da 1ª safra de milho por causa da seca

    A 2ª safra do cereal, a chamada safrinha, tem perspectivas mais animadoras, afirma a consultoria em relatório

    Em função da irregularidade das chuvas observadas durante a segunda quinzena de novembro e ao longo das primeiras semanas de dezembro no Rio Grande do Sul, a StoneX já havia revisado em meados do último mês seu número para a produção gaúcha de milho, de 5,4 para 4,5 milhões de toneladas. Nas últimas semanas do último mês de 2022, o desenvolvimento das lavouras continuou sendo penalizado pelo clima seco, acarretando mais uma redução na produção gaúcha, para 3,5 milhões de toneladas.

    Com isso, a consultoria StoneX reduziu a produção da 1ª safra de milho 2022/23 de 28,6 para 26,9 milhões de toneladas. Ou seja, contração de 5,8% em comparação com a estimativa divulgada em dezembro. Para a segunda safra de milho 2022/23, o grupo promoveu uma alteração marginal em seu número, que está agora estimada em 99,58 milhões de toneladas, volume 5% maior que o registrado no ciclo 2021/22.

    “Atualmente, as expectativas são favoráveis para a segunda safra 2022/23, mas é importante ressaltar que haverá um longo caminho até a sua colheita e que o ciclo de inverno é mais arriscado”, afirma João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX. “Será importante continuar acompanhando de perto o clima, visto que os números estão sujeitos a revisões”, pondera o especialista.

    Novas estimativas para o milho

    Em função do corte na primeira safra, a produção total passou de 130,3 para 128,7 milhões de toneladas. Em relação ao balanço de oferta e demanda, a StoneX não promoveu alterações em suas estimativas para as variáveis de consumo. Sendo assim, as exportações e a demanda doméstica em 2022/23 seguem estimadas em, respectivamente, 46 milhões e 81 milhões de toneladas.

    Desse modo, em função da menor produção esperada para a próxima temporada, os estoques finais em 2022/23 passaram de 16,34 para 14,71 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: ferramenta inédita monitora incidência de lagartas na safra gaúcha

    Objetivo da iniciativa é disponibilizar uma plataforma de monitoramento para prevenção ao produtor rural do Rio Grande do Sul

    Em um iniciativa inédita, cooperativas gaúchas estão monitorando a incidência de lagartas na safra de soja do Rio Grande do Sul. Estações espalhadas em todas as regiões do estado identificam e avisam quando alguma espécie aparece. Assim, o produtor rural pode prever o controle.

    O Clóvis Panta já tem 40 anos dedicados ao plantio da soja. No começo eram só alguns hectares. Nesta safra, porém, a área soma 900 hectares em Rio Pardo, município da região central do Rio Grande do Sul. Em sua propriedade , as lagartas já deram trabalho em anos anteriores.

    “Dava muito problema. A gente perdia soja, venenos mal aplicados, tecnologia de aplicação muito ruim e isso aí foi melhorando com o tempo. Já faz três anos que eu não vejo mais lagarta na minha lavoura”, conta o produtor.

    Agora, Panta e outros sojicultores do estado sulista têm mais uma forma de ver se realmente os insetos não estão na lavoura. Isso porque produtores de soja de várias regiões gaúchas receberam estações de monitoramento. As novas ferramentas são autônomas, mantidas com energia solar e mandam avisos para o celular.

    “Ela é uma armadilha auto-limpante. Funciona até dois meses sem nenhuma intervenção do agrônomo. Atrai as mariposas que são grudadas no piso colante e tem acima dela uma câmera de alta resolução que identifica qual que é a mariposa e manda para o agrônomo o relatório da incidência de pragas”, explica o engenheiro agrônomo Douglas Pedroso.

    Ação contra a proliferação de lagartas na soja

    As lagartas estão presentes em todas as regiões produtoras de soja do país e as perdas podem ser grandes caso a situação saia do controle. As desfolhadoras, por exemplo, podem levar ao comprometimento de 100% da lavoura. Outras afetam a formação das vagens. Por isso, a ideia da equipe responsável pelo projeto é ser mais uma ferramenta de alerta para que o produtor realize o controle em tempo hábil.

    A tecnologia de monitoramento de lepidópteros foi criada por uma startup e implantada pela Rede Técnica Cooperativa, que reúne 13 cooperativas gaúchas.

    O equipamento é capaz de identificar as lagartas Spodoptera frugiperda, S. cosmioides e S. eridania. E ainda a falsa-medideira e a Helicoverpa armigera.

    “Lagartas pequenas que, muitas vezes, o monitoramento convencional não conseguiria quantificar essa população, recomendar táticas de manejo onde elas vão ser mais assertivas porque nós temos lagartas mais pequenas, que são mais factíveis de controle. Em consequência, essas lagartas provocaram pouco dano na cultura, visto que, dentro do desenvolvimento larval, essas lagartas têm um baixíssimo consumo nos estágios iniciais. A maior quantidade de desfolhamento ou danos nas estruturas reprodutivas são lagartas de maior tamanho”, afirma o pesquisador em entomologia Glauber Stürmer, da Cooperativa Central Gaúcha Ltda e da Rede Técnica Cooperativa (CCGL/RTC).

    À espera dos primeiros resultados do projeto

    O projeto foi validado na safra passada e colocado em prática no ciclo 2022/23. Caso os resultados sejam satisfatórios, a ideia é expandir para outras culturas.

    “A ideia é que a gente monitore pragas da soja, mas também utilize essas ferramentas para monitorar pragas no milho”, afirma Stürmer.

    “Estamos passando nos últimos anos muita pressão de Spodoptera frugiperda, com hábitos de rosca atacando cereais de inverno no processo de implementação, de semeadura da culturas, falando de aveia, trigo com uma alta população. Esses equipamentos também podem nos direcionar para preparar os técnicos dos nossos agricultores para não pegar de surpresa para a chegada dessa praga”, completa o pesquisador em entomologia.

    Para o produtor Clóvis Panta, há segurança em aplicar somente quando precisa, gerando economia e cuidado com toda a cadeia produtiva.

    “Às vezes a gente faz a aplicação de um químico muito forte e quando vê dá outro problema lá na frente. Isso aí ajuda muito para a prevenção. Temos que tentar melhorar cada vez mais tanto na produção, no financeiro e no meio ambiente”, diz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Consulta pública discute distribuição de registros de defensivos agrícolas

    Proposta busca otimizar a avaliação de produtos à base dos mesmos ingredientes ativos

    O Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a portaria número 737, que submete à consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta de “Portaria Conjunta Mapa, Ibama e Anvisa”, que tem como objetivo estabelecer procedimentos específicos para distribuição dos processos pendentes de registro de produtos técnicos equivalentes, pré-misturas e produtos formulados de defensivos agrícolas e afins, protocolados nos órgãos antes de 7 de outubro de 2021.

    A proposta apresentada foi elaborada por representantes dos três órgãos e busca otimizar a avaliação de produtos à base dos mesmos ingredientes ativos. O rito de distribuição dos processos levará em consideração os ingredientes ativos que compõem os produtos, sendo que cada distribuição poderá ter até 20 processos de mesmo ingrediente ativo, respeitada a data de protocolo.

    Outro procedimento a ser adotado é para os produtos formulados que tiverem mesma composição qualitativa e quantitativa e mesmo tipo de formulação de um outro produto já registrado, avaliado ou submetido à avaliação com dossiê completo de estudos. Esses produtos poderão ter tramitação à parte da avaliação conjunta, de forma ainda mais simplificada.

    “A simplificação na análise dos produtos não compromete o controle exercido pelos órgãos anuentes do registro, por se tratarem de produtos de composição quali-quantitativa idêntica a outros já registrados, avaliados ou submetidos à avaliação, os quais servirão como referência para o registro”, explica a coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, André Peralta. As informações são do Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/