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setembro 2022

  • Veja as estimativas para as culturas de inverno do RS

    A cultura segue com excelente desenvolvimento, beneficiada pelas condições favoráveis de insolação, pelas temperaturas amenas e pela baixa umidade relativa do ar

    A estimativa de cultivo de trigo no Estado para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.822 kg/ha. A cultura segue com excelente desenvolvimento, beneficiada pelas condições favoráveis de insolação, pelas temperaturas amenas e pela baixa umidade relativa do ar. As lavouras estão com 10% em fases vegetativas, 40% em floração, 39% em enchimento de grãos, 9% em maturação e 2% foram colhidas, localizadas na região mais a Oeste do Estado.

    Canola – A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A cultura já superou a fase de desenvolvimento vegetativo e apresenta 20% em floração, 61% em enchimento de grãos, 13% em maturação e 6% foram colhidos. Apesar de alguns danos pontuais em função do excesso de chuvas no início do desenvolvimento e de geadas durante o processo reprodutivo, as lavouras apresentam bom potencial produtivo e devem ter rendimentos semelhantes aos estimados inicialmente, de 1.885 kg/ha.

    Cevada – A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.958 kg/ha. Os cultivos localizam-se predominantemente na região do Planalto Médio e Alto Uruguai. Quanto ao estágio de desenvolvimento, 25% dos cultivos estão em fase de desenvolvimento vegetativo e afilhamento, 56% em floração, 18% em enchimento de grãos e apenas 1% em maturação.

    Aveia branca grãos – A cultura apresenta 9% em desenvolvimento vegetativo; em floração são 24%; em enchimento de grãos, 46%; em maturação, 16%; e colhido, 5%. A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.217 kg/ha.

    As informações são da Emater/RS.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Monitoramento de milho e soja vai inaugurar nanossatélite agrícola brasileiro

    Nanossatélite deverá ser colocado em órbita em 2023 e validará tecnologias de aplicação agrícola

    O monitoramento agrícola e a estimativa de produção de soja e milho no Maranhão vão iniciar os trabalhos do Visiona CUB (VCUB), o primeiro nanossatélite concebido integralmente pela indústria brasileira para validar tecnologias de aplicação agrícola. Com apenas 12 quilos e do tamanho aproximado de uma caixa de sapatos, o satélite deverá ser colocado em órbita no início de 2023.

    A primeira missão do equipamento foi acordada este ano por meio de cooperação técnica e financeira assinada entre a empresa Visiona Tecnologia Espacial, a Embrapa Agricultura Digital e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped). Esse passo foi a evolução de uma parceria entre as empresas iniciada em 2018 e voltada ao desenvolvimento do uso agrícola de nanossatélites.

    As imagens públicas de satélites governamentais americanos e europeus já são largamente utilizadas em suporte ao monitoramento da safra agrícola brasileira para subsidiar, com informações, políticas públicas e o setor produtivo. Os dados são obtidos de forma gratuita pelas instituições, porém, o serviço carecia de aperfeiçoamento na visualização de alvos agrícolas, localizados no solo, abaixo das nuvens. Por isso, os especialistas acreditam que as tecnologias modernas embarcadas no VCUB são uma solução inédita para se obter estimativas com maior precisão sobre a produtividade de lavouras.

    Os pesquisadores lembram que eventos climáticos severos registrados na última safra (2021/2022), ocasionaram prejuízos significativos nas culturas da soja e do milho, em especial. Por isso, no atual cenário, é um fator crítico o aumento da quantidade e da qualidade das imagens destinadas ao mapeamento e monitoramento das áreas em produção e de conservação.

     Preparado para a internet das coisas

    O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destaca que a atual fase da agricultura digital é marcada pelo uso combinado de sensores, aplicativos e inteligência artificial. “As instituições, empresas e produtores buscam, cada vez mais, soluções de tecnologia da informação para suporte em seus processos de tomada de decisão”, relata.

    “Quando se associa dados agrometeorológicos com imagens de satélite, os modelos ganham precisão, permitindo maior assertividade nas decisões. Além disso, o sistema de coleta de dados poderá atender ao mercado de internet das coisas (IoT) em localidades com pouca infraestrutura. Daí a importância da aproximação com uma integradora de sistemas espaciais como a Visiona”, aponta o dirigente ao frisar que o VCUB integra sistemas espaciais e computacionais, visando melhorar o desempenho e aumentar a sustentabilidade socioeconômica e ambiental do setor.

    Para João Paulo Campos, presidente da Visiona, o VCUB é um marco para o avanço e autonomia da indústria aeroespacial brasileira, que ganha significado ainda maior por ter como primeira missão atender ao agronegócio, setor fundamental para o País. “A possibilidade de conjugar imagens com alta qualidade e coletar dados de sensores no campo faz do VCUB uma plataforma poderosa para aplicações agrícolas, e a parceria com a Embrapa será fundamental para transformar esse potencial em soluções concretas voltadas para o mercado brasileiro”, avalia Campos.

    Foto maquete do nanossatélite: Magda Cruciol

    Curiosidades sobre o nanossatélite brasileiro

    Tamanho   – O VCUB utiliza uma plataforma de 12 quilos, com dimensões de 30 centímetros de comprimento, 20 centímetros de altura e 10 centímetros de largura,  trazendo o “estado da arte” em tecnologias de pequenos satélites.

    Microssatélite  – São considerados nanossatélites aqueles que tenham até 10 quilos; a partir desse peso e até 30 quilos, a denominação técnica passa a ser “microssatélite”. Apesar de o VCUB ter ganhado dois quilos adicionais, ele continua sendo considerado um nanossatélite.

    Em sentido contrário – O nanossatélite vai passar 14 vezes em órbita quase polar (sentido norte-sul, aproximadamente), girando em direção oposta à da Terra.

    Vida útil  – O VCUB é programado para operar por três anos, mas existem satélites que têm a vida útil planejada para cerca de cinco anos e operam há mais de 15 anos.

    Constelações – A partir de três satélites em operação conjunta já se considera uma constelação. Estudos mostram que nove satélites seriam suficientes para cobrir o Brasil inteiro em 20 dias.

    APIs  – A sigla API significa Interface de Programação de Aplicativos e vem do termo em inglês Application Programming Interface. APIs servem de base para o desenvolvimento de produtos de software específicos, de acordo com a área de atuação de cada empresa que desenvolve soluções para o mercado.

    SpaceX – Para realizar o lançamento do VCUB, a Visiona contratou a norte-americana SpaceX, companhia pertencente ao empresário Elon Musk.

    Fontes: Visiona e Embrapa

    “Entramos com conhecimentos das equipes que atuam com geotecnologias, monitoramento agroambiental e sistemas de TI [tecnologia da informação] aplicados à agricultura; e a Visiona aporta a experiência em tecnologia espacial, para, juntos, desenvolvermos um conjunto de sistemas inteligentes para o agronegócio”, explica Stanley Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital.

    O gestor destaca que a Embrapa poderá contribuir em outros temas de interesse da área agrícola, envolvendo inclusive mais centros de pesquisa da Empresa e diversas tecnologias, pois há em vigor um acordo de cooperação geral.

    Cleber Oliveira, diretor de operações da Visiona, destaca que o desenvolvimento conjunto de sistemas inteligentes atenderá inicialmente ao mercado de produção de grãos, mas poderá evoluir para outras espécies vegetais e se ampliar para diversas regiões do País. O executivo conta que o setor agropecuário é um dos focos da integradora brasileira de sistemas espaciais.

    Mais qualidade e quantidade de dados

    Mesmo com seu pequeno porte, o Visiona CUB carrega a tecnologia dos grandes satélites e vai passar 14 vezes por dia ao redor da Terra. São esperados ganhos na periodicidade de coleta de imagens, podendo passar de intervalos de cinco dias para uma frequência de até dois dias, aumentando a probabilidade de coletar imagens sem nuvens – obstáculos à visualização de alvos no solo.

    O satélite estará equipado com câmera de alta resolução espacial especificamente projetada para captar alvos agrícolas com maior detalhamento. A inovação é resultante da parceria com a Embrapa e conta com a instalação de sistema inédito no País, que permite ao satélite apontar com precisão sua câmera para o local desejado ou realizar uma correção de órbita, entre outras aplicações.

    “Atualmente, os satélites em operação fornecem imagens com detalhamento de 5 a 30 metros de distância do solo. O nosso vai alcançar 3,5 metros”, destaca  Cleber Oliveira. Além disso, a adição de uma banda espectral, denominada borda do vermelho, confere maior definição às imagens, melhorando a acurácia na visualização de cultivos, indica o diretor.

    Até então, para a agricultura, vinham sendo utilizadas as bandas do azul, verde, vermelho e infravermelho próximo. O VCUB contará também com um sistema de coleta de dados na banda de Frequência Ultra-Alta (UHF) baseado na tecnologia de rádio definido por software (SDR). Os cientistas ressaltam que os sistemas embarcados serão validados no primeiro trimestre de 2023, quando o VCUB entrar em operação.

     A pesquisa

    O pesquisador João Antunes, da Embrapa, gestor técnico do acordo, avalia que a iniciativa conjunta – denominada Estimativa de Produtividade Agrícola por meio de Modelo Agrometeorológico-Espectral – significará uma evolução da API Agritec (interface de programação voltada ao agro), viabilizando maior assertividade nas previsões de produtividade das culturas da soja e milho no estado do Maranhão.

    “A solução tecnológica deve ser aperfeiçoada com a incorporação futura de dados obtidos das imagens do VCUB”, prevê o pesquisador. Pelo acordo, caberá ao centro de pesquisa validar as informações, imagens espaciais e mapas dos cultivos agrícolas cedidos pela Visiona.

    A Visiona igualmente prestará informações técnicas referentes à execução do acordo e fornecerá informações necessárias ao desenvolvimento do sistema. A Faped será responsável pela gestão administrativa e gerenciamento dos recursos financeiros, em conformidade com o cronograma e o plano de trabalho, bem como pela prestação de contas.

    Módulos

    Na primeira etapa, conduzida pela Visiona em conjunto com o estado do Maranhão, os agricultores fizeram o cadastro indicando localização, cultivos realizados e estimativa de produtividade.

    No segundo módulo, utilizando dados agrometeorológicos, a Embrapa atua na indicação da localização dos cultivos e na estimativa de produtividade das áreas em que há produção de soja e milho no estado. O pesquisador Santiago Cuadra, da Embrapa, é o responsável pela inclusão de dados espectrais na API Agritec.

    O módulo 3 do sistema entrará em produção antes do lançamento do VCUB e usará imagens públicas de satélites para aprimorar a estimativa de produtividade por meio de Modelo Agrometeorológico-Espectral. “Quando o VCUB estiver em operação, os dados coletados pelo nanossatélite poderão ser incorporados nessa nova versão da API Agritec”, avalia o pesquisador.

    Primeiros meses de testes

    Thiago Rodrigues, gerente de Projetos e Desenvolvimento de Soluções, da Visiona, lembra que o VCUB é considerado um satélite de validação de tecnologias. Depois de lançado, ele deve passar pelo período de comissionamento, quando todos os subsistemas são colocados à prova, testados e validados.

    “Vamos testar se a comunicação com o satélite está adequada, se a câmera a bordo do satélite está coletando os dados corretamente. Também será calibrada a coleta de dados em solo e a resposta dos alvos que estão sendo detectados pela câmera”, detalha o gerente.

    Somente após esse período, com duração de três a seis meses, é que o nanossatélite entra em operação para aplicações. Rodrigues informa que o foguete lançador do VCUB contratado pela Visiona é da empresa americana Space X.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Encontrada molécula que pode substituir glifosato

    Composto extraída dos fungos, que hoje é usado em remédios, pode ser “divisor de águas” na agricultura

    Foram encontradas moléculas em medicamentos usados contra o colesterol que podem substituir o glifosato e assim auxiliar no controle de plantas daninhas resistentes a um dos pesticidas mais utilizados no mundo. A pesquisa foi desenvolvida pelo Curtin University Center for Crop and Disease Management, da Austrália Ocidental, e descobriu que as estatinas extraídas de fungos têm um modo de ação herbicida pós-emergente.

    As estatinas eliminam as plantas daninhas inibindo uma enzima chamada HMG-CoA redutase, informa artigo do portal australiano ABC News. Quando isso acontece, a planta reduz os níveis de colesterol, lipídios, vitaminas e outros hormônios e acaba morrendo.

    “O que descobrimos é que uma dose muito baixa ou nível equivalente ao que você pulverizaria com glifosato nas plantações, matará as plantas inibindo essa enzima”, disse Joel Haywood, que é o principal autor da pesquisa e trabalha no projeto há mais de cinco anos.

    De acordo com o cientista, o potencial da enzima HMG-CoA redutase pode ser ainda mais eficaz que o glifosato no controle das invasoras. Segundo agricultores australianos, a descoberta pode ser um divisor de águas para a produção agrícola mundial, uma vez que não havia sido ainda descoberto um modo de ação herbicida de amplo espectro tão eficiente como o glifosato – foi introduzido pela primeira vez há quase 50 anos.

    “À medida que a resistência das plantas daninhas aumenta, crescem os problemas para os agricultores e caem os rendimentos. Portanto, precisamos de novos compostos químicos para superar essa resistência”, disse Joel Haywood, que é o principal autor da pesquisa e trabalha no projeto há mais de cinco anos.

    De acordo com o pesquisador, pode demorar até 15 anos para os compostos químicos chegarem ao mercado. Ele afirma que trabalha, no entanto, para encontrar mais compostos orgânicos que tornem o produto disponível mais cedo. “Pode demorar um pouco para os novos compostos sintéticos passarem por barreiras regulatórias. No entanto, se encontrarmos uma nova estatina natural, ela poderá estar no mercado dentro de cinco a 10 anos”, concluiu.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • O que acontece se não declarar o ITR no prazo ?

    O produtor rural tem até a próxima sexta-feira, 30 de setembro, como prazo para a apresentação da declaração do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)

    O produtor rural tem até a próxima sexta-feira, 30 de setembro, como prazo para a apresentação da declaração do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). Entretanto, aqueles que não apresentarem até esta data, devem se atentar para as providências cabíveis caso deixem de realizar a declaração no prazo ou prestem alguma informação incorreta.

    Segundo o advogado Frederico Buss, da HBS Advogados, posteriormente, a declaração fica sujeita à homologação por parte do fisco. “A apresentação da declaração após este prazo sujeitará o contribuinte ao pagamento de multa de 1% ao mês ou fração de atraso sobre o imposto devido, além da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota, no caso de imóvel rural sujeito à tributação”, destaca.

    O especialista lembra que o pagamento do ITR pode ser realizado em quota única ou em até quatro parcelas mensais, iguais e sucessivas, sendo a primeira até o último dia útil do mês de setembro e as demais até o último dia útil de cada mês seguinte. “No caso de pagamento fora do prazo, o valor será acrescido de multa de mora calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, não podendo ultrapassar 20%, calculada a partir do primeiro dia útil subsequente ao vencimento até o dia do pagamento; juros de mora equivalentes à Taxa Selic acumulada mensalmente desde o primeiro dia do mês seguinte ao vencimento até o mês anterior ao do pagamento; além de 1% no mês do efetivo pagamento”, reforça.

    Buss observa que, mesmo depois de efetuar a entrega da declaração, o contribuinte tem a opção de antecipar o pagamento, sem retificar a declaração, ou ampliar o número de parcelas, nesta hipótese mediante a apresentação de declaração retificadora. Outro ponto importante que merece destaque, de acordo com o advogado, é se o contribuinte, após a entrega da declaração, verificar que apresentou erros, omissões ou inexatidões, há possibilidade da apresentação de declaração retificadora. “Contudo, a retificação somente poderá ser realizada antes de iniciado eventual procedimento de lançamento de ofício por parte da Secretaria da Receita Federal, assim como deverá conter todas as informações antes declaradas com as respectivas alterações, exclusões e, se for o caso, informações adicionais”, ressalta.

    Por fim, o advogado ressalta dois itens que são objeto de frequentes apontamentos e discussões: o primeiro deles é que a Secretaria da Receita Federal, para fins de comprovação das áreas não tributáveis, tais como áreas de preservação permanente e de reserva legal, exige que o contribuinte apresente o Ato Declaratório Ambiental (ADA) ao Ibama, a cada exercício, e comprove a inscrição no órgão ambiental competente por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além disso, no caso de questionamento da Secretaria da Receita Federal com relação ao valor da terra nua, faz-se necessária a competente avaliação técnica, no intuito de subsidiar eventual impugnação, considerando que cada imóvel rural tem as suas peculiaridades e, consequentemente, o respectivo valor da terra nua e da terra nua tributável.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Bioinsumos movimentaram USD 330 milhões no Brasil

    Já há no País mais de 530 produtos para controle de pragas

    Cerca de 130 empresas de bioinsumos no Brasil movimentaram aproximadamente BRL 1,7 bilhão (USD 330 milhões) na safra 2020/2021, aponta pesquisa da Kynetec Brasil. A informação é do CEO da Promip, Marcelo Poletti, segundo o qual o aumento da oferta de insumos biológicos reforça eficácia do controle de pragas e potencializa rentabilidade e crédito ao produtor.

    Recentemente o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – anunciou o registro de novos defensivos agrícolas. “Destes, pelo menos 20 são de matriz biológica. Entre soluções químicas (semioquímicos e bioquímicos) e agentes biológicos (macrobiológicos e microbiológicos), já há no País mais de 530 produtos para controle de pragas”, afirma Poletti.

    Segundo ele, o aumento da oferta de soluções biológicas traz uma “boa notícia” ao produtor agrícola brasileiro, ao abrir-lhe caminho para a inovação e o atendimento a exigências por sustentabilidade. “Além de produtos comprovadamente eficazes, biológicos ganham tração ainda pela inocuidade à saúde das pessoas, dos animais e do meio ambiente”, afirma.

    Ao contrário do que ocorria no passado, aponta o especialista, os biológicos estão agora disponíveis no “canal de distribuição”, ou seja, disponíveis nas revendas e demais pontos de venda. Este novo cenário de oferta impacta favoravelmente no robustecimento das estratégias de manejo integrado de pragas (MIP).

    “Frente à nova era, disruptiva, do mercado de biológicos, um momento em que tais produtos passam definitivamente a fazer parte do dia a dia do produtor, sobem exponencialmente as perspectivas de sucesso dos programas de MIP nas diferentes culturas”, defende. De acordo com ele, empreendedores e especialistas anteveem um “ciclo altamente positivo para o agronegócio em face do avanço tecnológico e mercadológico dos bioinsumos”.

    O estudo da Kynetec reforça ainda a tendência de crescimento na adoção desses insumos, seja de maneira isolada (cultivos orgânicos) ou de forma integrada, nos chamados grandes cultivos – milho, soja, algodão etc. – e FLV: frutas, legumes e verduras.

    “Há, inclusive, expectativas de curto prazo no sentido de que os bioprodutos diminuam de maneira representativa inconformidades relacionadas a resíduos químicos de alimentos in natura”, afirma Poletti.

    De outro modo, afirma ele, a adoção de agentes biológicos potencializa ganhos do produtor com a redução de gases de efeito estufa, por meio de créditos de carbono. “Terá também, certamente, ampliado seu acesso a financiamentos sustentáveis, concedidos somente a negócios que contribuam para o equilíbrio no planeta”, conclui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • ZARC do milho 2ª safra é publicado

    Os produtores devem seguir as recomendações contidas nas portarias de Zarc para ter direito ao seguro rural e Proagro

    Foram publicadas no Diário Oficial da União as Portarias 330 a 356 que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo do milho de segunda safra e para o cultivo do consórcio do milho de segunda safra com braquiária.

    De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, o milho (Zea Mays L) é cultivado em sucessão a cultura de verão em muitas regiões do Brasil. Esse sistema de produção possibilitou a sustentação da produção de milho de segunda safra em níveis recordes e com uma sustentabilidade surpreendente.

    O milho consorciado com braquiária cultivado em sucessão a alguma cultura de verão, associado ao sistema plantio direto é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Emissões de títulos sustentáveis batem recorde no Brasil

    Em 2020 e 2021, foram captados US$ 20 bi por esse tipo de papel

    As emissões de papéis ligados a projetos de sustentabilidade ou a metas de governança ambiental e social bateram recorde no Brasil. Segundo estimativas divulgadas na segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC)em 2020 e 2021 foram lançados US$ 20 bilhões por meio desses títulos sustentáveis.

    Os números constam de um trecho do Relatório de Economia Bancária, que será completamente divulgado no próximo dia 6. Na segunda, a autoridade monetária divulgou apenas dados sobre as emissões de títulos relacionados à sustentabilidade por empresas brasileiras, no mercado doméstico e internacional.

    O volume de emissões foi estimado com base em dados da empresa de consultoria Natural Intelligence (NINT), que compila operações de crédito sustentáveis realizadas por empresas brasileiras. Com base nos dados da empresa, o BC constatou que o crescimento é exponencial. De 2015 a 2019, a emissão de títulos sustentáveis somou cerca de US$ 6 bilhões, um terço do registrado nos dois anos seguintes.

    De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de 1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021. Na América Latina, o país está em segundo lugar no volume de títulos, atrás do Chile.

    Composição dos títulos sustentáveis

    Em relação aos tipos de papéis sustentáveis, o BC apontou uma mudança. No ano passado, os Sustainability-Linked Bonds (SLB) ultrapassaram, pela primeira vez, os Green, Social, Sustainability Bonds (GSS). O primeiro tipo de papel está diretamente ligado a projetos sustentáveis. No segundo, os títulos estão ligados a metas de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) que devem ser cumpridas pelos tomadores.

    “As emissões de SLB no ano de 2021 superaram, em quantidade e volume financeiro, o total de green bonds emitidos desde 2015. Os green bonds predominam entre os emissores bancários, enquanto, para as empresas não financeiras, destacam-se os SLB”, destacou o relatório do BC.

    As empresas não financeiras são as principais emissoras de títulos sustentáveis. Desde 2016, elas concentram 88% dos papéis desse tipo lançados no mercado externo e 89% do volume doméstico. “Os setores de papel e celulose e alimentos e bebidas são predominantes nas emissões no mercado externo, enquanto o de energia elétrica destaca-se nas emissões no mercado doméstico”, ressalta o relatório.

    “Em 2021, cerca de apenas 7% das emissões no mercado doméstico apresentaram características de sustentabilidade” — Banco Central

    A maior parte dos recursos levantados vem do exterior. O mercado internacional representa 74% do volume financeiro arrecadado pelas empresas desde 2015, com o mercado doméstico respondendo pelos 26% restantes. “Em 2021, cerca de apenas 7% das emissões no mercado doméstico apresentaram características de sustentabilidade, sendo tal proporção de 47% no caso das emissões externas”, explicou o relatório do BC.

    No mercado doméstico, os green bonds (títulos verdes) concentram a maior parte dos títulos sustentáveis. A maior parte das emissões ocorre por meio de debêntures (68%) e de letras financeiras (8%), mas também via outros instrumentos de investimento, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI), Fundos de Investimento Imobiliários (FII), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) e empréstimos.

    Riscos financeiros

    Apesar do volume recorde, o BC alerta para riscos na emissão de títulos sustentáveis para os emissores e tomadores. Os principais são o risco financeiro e o de imagem.

    “O risco financeiro decorre do aumento no custo da dívida em caso de descumprimento das metas quando o financiamento acontece sob a forma de SLB. O risco de imagem pode ser associado tanto ao descumprimento das metas como ao greenwashing [lavagem de dinheiro por meio de instrumentos verdes], prática que coloca em risco a própria reputação do mercado de emissões sustentáveis”, conclui a autoridade monetária do Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Embrapa: custos de produção do leite voltam a crescer

    Após três recuos consecutivos, os custos de produção de leite voltaram a subir. Dados do ICPLeite/Embrapa mostram um aumento de 3,0% em agosto, a maior inflação mensal desde maio/21.

    grupo Concentrado apresentou a maior variação, impulsionado pelo aumento de preços da mistura pronta e também da soja. Este grupo, que possui a maior contribuição para o cálculo do indicador, subiu 7,5%.

    grupo Energia e combustível apresentou a segunda maior alta motivada pelo reajuste na tarifa de energia elétrica, ocorrida em julho e que refletiu somente no mês seguinte. O reajuste no preço da energia suplantou a retração observada nos preços dos combustíveis, ainda devida à desoneração de tributos no varejo e redução de preços nas refinarias. Este grupo variou 6,6%.

    queda dos preços dos combustíveis, no entanto, foi o motivo da retração ocorrida no grupo Volumosos, o único grupo que apresentou deflação no mês, -1,8%, contribuindo para segurar o indicador, já que esse grupo possui o segundo maior peso relativo na ponderação do indicador.

    Os grupos Sanidade e reprodução e Qualidade do leite variaram 0,7% e 0,6%, respectivamente. O grupo Minerais não apresentou variação significativa e o grupo Mão de obra não variou.

    Os resultados para o mês de agosto obtidos para cada um dos grupos de custos que compõem o ICPLeite/Embrapa encontram-se no Gráfico 1.

    Gráfico 1. Variação em agosto/22, por grupos de despesa (em %)

    Gráfico custos de produção - Embrapa

    Nos oito primeiros meses do ano, o ICPLeite/Embrapa acumulou uma inflação de custos de 4,3%, revertendo o movimento de queda observado no trimestre que o antecedeu.

    O grupo Mão de obra atingiu variação de 17,6%, seguido pelos grupos Minerais, que apresentou uma inflação acumulada de 12,5% no período. O grupo Sanidade e reprodução registrou o acumulado de 7,8%, seguido do grupo Qualidade do leite, que foi de 1,8%.

    A novidade neste mês foi o grupo Concentrado, que voltou a acumular variação positiva, 1,6%. As deflações ocorreram nos grupos Energia e combustível e Volumosos. Respectivamente, foram -12,3% e -0,7%

    Gráfico 2. Variação acumulada de jan/22 a ago/22, por grupos de despesa (em %).

    gráfico - embrapa

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Aplicativo ajuda produtor de soja a enfrentar escassez de fertilizantes

    Ferramenta está disponível gratuitamente para os sistemas Android e iOS

    O aplicativo Nutri Meio-Norte, módulo soja, é o recomendado pela Embrapa para os produtores dos cerrados do Piauí e do Maranhão, que iniciam o plantio da oleaginosa na segunda quinzena de outubro.

    O objetivo da ferramenta é ajudar os agricultores a enfrentar a escassez e os altos preços dos fertilizantes, que sufocam o setor agrícola mundial há sete meses, devido à guerra entre Ucrânia e Rússia (o conflito começou em 24 de fevereiro).

    No início de fevereiro, um dos fertilizantes mais usados, o saco de 50 quilos de cloreto de potássio, por exemplo, custava R$ 335,00. Hoje, já é vendido a R$ 420,00. Os russos estão em segundo lugar na produção de fertilizantes. O Canadá é o maior produtor. O Brasil ainda tropeça na produção destes insumos e importa 95% do cloreto de potássio usado nas lavouras das cinco regiões do país.

    Usando um smartphone ou tablete, o agricultor pode baixar o aplicativo gratuitamente na internet pelos sistemas Android (Play Store) e iOS (App Store). Em poucos segundos de manejo, o Nutri Meio-Norte já disponibiliza um balanço nutricional da plantação de soja, com as quantidades de nutrientes e corretivos que a lavoura precisa. Essa tecnologia traz velocidade, precisão na gestão de uma lavoura de soja e economia, já que a cultura necessita de insumos cotados em dólar.

    Passo a passo

    Em poucos passos, o produtor pode obter esse balanço nutricional, como orienta o pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Henrique Antunes, um dos responsáveis pelas informações técnicas.

    “Primeiro, ele tem que realizar a análise foliar da lavoura, feita por um laboratório especializado. Após abrir o aplicativo, o agricultor deverá inserir na página ‘análise foliar’ dados obtidos na análise laboratorial das amostras de sua lavoura, como as quantidades dos macro e micronutrientes encontrados. Depois, ele deve escolher o método de análise, Recomendação e Dianóstico (DRIS) ou Diagnose da Composição Nutricional (CND), e clicar no botão ‘enviar’”.

    Em seguida, aparecerão os índices nutricionais em formato de gráficos de barra e radar. “Ele deve clicar, então, em ‘gerar relatório’ para abrir um formulário a ser preenchido sobre dados da propriedade, em talhão ou lavoura, como área plantada, data da coleta da folha diagnóstica e algum manejo realizado na área”.

    Finalmente, ao clicar em ‘baixar’, os resultados gerados são armazenados no dispositivo em forma de relatório que pode ser compartilhado por e-mail ou programas de mensagens, como o WhatsApp”, explica. O cientista destaca que, com o resultado, o produtor pode “adequar a adubação e ter eficiência no uso de nutrientes”.

    Análises na soja

    A análise de tecido vegetal, que é conhecida também como análise foliar, tem como princípio básico de amostragem a seleção de partes da planta, como as folhas. No cerrado piauiense, hoje, as análises são feitas no laboratório de solo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), no município de Bom Jesus, a 603 quilômetros ao sul de Teresina. No Maranhão, os produtores podem procurar o laboratório Terra Brasileira, no município de Balsas, a 799 quilômetros de São Luís.

    De acordo com os pesquisadores envolvidos na ferramenta, o próximo passo é desenvolver um módulo com feijão-caupi (feijão-de-corda), que também apresentará o balanço nutricional da planta.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: 90% dos inoculantes biológicos comprados no país são voltados à cultura

    Inoculação da oleaginosa com bactérias fixadoras de nitrogênio faz país economizar cerca de 14 bilhões de dólares com fertilizantes nitrogenados, segundo a Embrapa

    O mercado de insumos biológicos ultrapassou a marca de 90 milhões de doses de inoculantes comercializadas na última safra, segundo dados da Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (Anpii). E as lavouras de soja têm se mostrado terreno fértil a essa expansão.

    Isso porque a utilização de microrganismos em diversas culturas ganhou ainda um impulso extra nos últimos meses devido ao cenário de instabilidade na oferta internacional e da alta valorização dos fertilizantes químicos, especialmente os nitrogenados.

    A inoculação é um processo de biofertilização, em que são adicionados às sementes microrganismos que buscam trazer benefícios às plantas. Essas bactérias, ou fungos, são capazes de capturar os macro ou micronutrientes que já encontram-se presentes no solo ou no ar e transformá-los em uma composição que possa ser melhor fixada pela planta, garantindo maior absorção desses elementos e, consequentemente, maior desenvolvimento.

    Fixação biológica de nitrogênio

    O tipo de inoculação mais utilizado é à base de Bradyrhizobium, uma bactéria que promove a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). No entanto, existem também inoculantes que utilizam outros tipos de bactérias ou fungos, com atuação destacada para a fixação de diferentes elementos ou nutrientes, como para solubilização de fósforo contido no solo. Acredita-se que 70% do fósforo lançado fica preso no solo e a planta não o absorve.

    “Além deste fornecimento de nutrientes a baixo custo, diminuindo ou eliminando a necessidade de fertilizantes químicos, muitos inoculantes estimulam ainda a produção de hormônios de crescimento nas plantas, maior desenvolvimento do sistema radicular e, por consequência, melhoria da resistência das plantas a situações de estresse hídrico ou climático. Além disso, oferecem também defesa natural à planta, produzindo antibióticos para protegê-la contra doenças e infecções”, conta a gerente de produtos biológicos da Vittia, Cibele Medeiros.

    Inoculantes na soja

    A pesquisadora destaca que além das elevadas produtividades nas culturas de leguminosas, os inoculantes também têm se mostrado poderosos aliados em outras lavouras, como as de trigo e aveia.

    “Em todas essas culturas já temos comprovação de alta eficiência, mas na sojicultura os resultados são ainda mais evidentes. É uma característica própria da soja e da associação que estabelece com as bactérias inoculadas. Uma relação simbiótica de alta eficiência”, explica. De acordo com a Anpii, das mais de 90 milhões de doses comercializadas na safra 2020/21, aproximadamente 80 milhões foram usadas na cultura da soja, ou seja, aplicações na cultura representam cerca de 89% deste mercado.

    Aumento de produtividade

    A adição anual do bioinsumo aumenta em mais de 8% a produtividade geral da soja, e é considerada indispensável em áreas que nunca produziram a oleaginosa ou que não são cultivadas há longos períodos.

    Segundo dados da Embrapa, considerando apenas a inoculação da soja com bactérias fixadoras de nitrogênio, o Brasil economiza, anualmente, cerca de 14 bilhões de dólares, que deixam de ser gastos com fertilizantes nitrogenados.

    “Mesmo com o alto investimento em pesquisa e tecnologia, são tecnologias com excelente custo-benefício ao produtor. Enquanto fertilizantes nitrogenados, como a ureia, custam em média acima de R$ 500 por hectare, os inoculantes para soja têm um custo médio aproximado entre R$ 8 a R$ 15 por hectare”, diz a especialista.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/