Dara Luiza Hamann

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  • Projeto mantém carbendazim até registro de substituto

    “Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício”, diz FPA

    Parlamentares se mobilizam em Brasília para que o fungicida carbendazim permaneça no mercado até que outra molécula seja aprovada para substituição. Através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), a iniciativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) alega que o perigo existente na utilização do pesticida “está na dosagem e na forma de manuseio”, de acordo com nota oficial enviada ao Agrolink.

    “A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação e a receita agronômica com a quantidade necessária do produto garantem a saúde da planta, do alimento e do produtor rural. Trata-se, ainda, de um pesticida usado no tratamento das sementes, com baixíssimo risco para os consumidores. Aos aplicadores, basta usar os equipamentos obrigatórios e a técnica correta de aplicação”, afirmam os parlamentares.

    Além disso, alegam os parlamentares brasileiros, a reversão da decisão tomada nessa semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se justifica também “diante do impacto que a restrição de Carbendazim pode causar no ambiente produtivo, econômico e social do Brasil, com relação aos cultivos de soja, milho, algodão e o feijão”.

    “Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício. A medida traz prejuízos aos produtores rurais, especialmente porque a substância permanece sendo utilizada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Equador, além da Costa Rica e Honduras. Completam a lista de países que utilizam o Carbendazim, a China e a Austrália”, argumentam os políticos.

    O deputado José Mário Schreiner, membro da FPA e vice-presidente da CNA, é o autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), e sustenta que a “não utilização do carbendazim afeta, de forma providencial o valor” dos itens básicos de alimentação, o que vai provocar mais inflação.

    De acordo com ele, “o aumento do custo de produção, em virtude da retirada do carbendazim, afeta o preço da soja e do milho que impactam nos preços dos produtos de origem animal (aves, ovos, carnes, embutidos e leite)”.

    “O aumento do custo de produção da soja também impacta os preços de óleo de soja e margarina. Algodão impacta além de roupas e tecidos, itens como roupa de cama, colchão, tapetes e cortinas”, conclui o líder da FPA.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Condição da safra de milho nos EUA piora na semana, aponta USDA

    O USDA disse que 58% da safra de milho dos EUA apresentava condição boa ou excelente, queda de 3 pontos porcentuais ante a semana anterior

    Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse nesta segunda (8) que 58% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo (7), queda de 3 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 64%. O

    USDA informou também, em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que 90% da safra tinha formado espiga, em comparação a 94% na época correspondente do ano passado e 93% na média dos cinco anos anteriores.

    Além disso, 45% da safra tinha formado grãos, ante 53% um ano antes e 49% na média de cinco anos. Segundo o USDA, 6% da safra tinha formado dentes, ante 7% no ano passado e 9% na média.

    Soja

    O USDA disse que 59% da safra de soja tinha condição boa ou excelente, uma piora de 1 ponto porcentual ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 60%.

    Segundo o USDA, 89% da safra tinha florescido, ante 90% no ano passado e 88% na média.

    A agência disse também que 61% da safra tinha formado vagens, ante 70% na data correspondente do ano passado e 66% na média de cinco anos.

    Trigo

    O USDA informou que produtores tinham colhido 86% da safra de trigo de inverno, ante 94% no ano passado e 91% na média de cinco anos.

    Quanto ao trigo de primavera, o USDA disse que 64% da safra tinha condição boa ou excelente, piora de 6 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Um ano antes, essa parcela era de 11%. Além disso, 9% da safra tinha sido colhida, ante 35% um ano antes e 19% na média.

    O relatório mostrou também que 31% da safra de algodão tinha condição boa ou excelente, uma piora de 7 pontos porcentuais ante a semana anterior.

    Um ano antes, essa parcela era de 65%.

    O USDA disse que 95% da safra tinha florescido, ante 87% um ano antes e 93% na média.

    Além disso, 69% da safra estava formando maçãs, ante 61% um ano antes e 64% na média.

    De acordo com o USDA, 9% da safra tinha abertura de maçãs, em comparação a 5% um ano antes e 9% na média.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizante organomineral gera economia e sustentabilidade à produção de leite

    Com os avanços das técnicas agroecológicas, a pecuária leiteira vem buscando, cada vez mais, formatos sustentáveis capazes de neutralizar as emissões de carbono, restaurar a biodiversidade local e regenerar o solo, ao mesmo tempo em que beneficiam os produtores por meio de práticas mais econômicas e produtivas. Neste cenário, uma técnica eficiente vem ganhando espaço entre as fazendas brasileiras: a fertilização organomineral. 

    Essenciais para o desenvolvimento das plantas, os fertilizantes de origem natural ou sintética, que já se destacavam na produção agrícola pelo potencial de correção de deficiências nutricionais do solo, agora, integram estratégias de agricultura regenerativa e agroflorestal na pecuária leiteira, com abordagens inovadoras que reutilizam os resíduos gerados na própria produção, contribuindo para a melhora física do solo, aumento da intensidade da atividade biológica, redução da fixação do fósforo no solo, aumento da resistência da flora à secas e, ainda, para a redução de custos operacionais.

    O produtor Cesar Oliveira, adepto da técnica que foi apresentada em uma edição do evento Dia de Varanda, promovido pela Danone mensalmente, e proprietário de uma das cem fazendas mais eficientes do Brasil de acordo com Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), contou como foi a transição da fertilização química para a organomineral.

    “Há mais de 15 anos estabelecemos uma parceria com a Danone Brasil para produzirmos leite com mais qualidade e sustentabilidade e, no meio deste caminho, nos deparamos com a possibilidade de reaproveitarmos resíduos que já eram gerados na fazenda. Por meio de avaliações técnicas e treinamentos, percebemos que esta seria uma grande possibilidade para aumentarmos a produtividade das lavouras, beneficiando o solo e os animais, por meio de silagens de milho com maiores teores de nutrientes, reduzindo o uso do adubo sintético, deixando o solo menos ácido e mais resistente a doenças. Consequentemente, vimos também um aumento na produção do leite”.

    O diretor de Compras de Leite da Danone Brasil, Henrique Borges, também apontou os pontos positivos: “Tendo o leite como matéria-prima, é fundamental continuarmos na busca por soluções práticas e eficazes para transformar a produção, gerando impactos positivos para os nossos produtores parceiros, os animais nas fazendas, o meio ambiente e consumidores. Tornando as tecnologias mais acessíveis e fornecendo orientação técnica especializada, acreditamos que podemos revolucionar a produção leiteira e tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis”, afirmou ele.

    Em comparação com fertilizantes minerais, os organominerais contribuem para o combate às mudanças climáticas, uma vez que é possível aproveitar os resíduos gerados. Com isso, a produção torna-se mais eficiente e também ocorre uma redução da emissão de gases de efeito estufa (GEEs). A pauta climática é tão relevante, que é foco de discussões e investimentos em grandes indústrias. No Brasil, a Danone tem como meta zerar as emissões líquidas de carbono em toda sua cadeia até 2050.

    Com a incorporação do organomineral no manejo da silagem, o produtor Cesar Oliveira notou um incremento de produtividade por hectare de mais de 40%. Ele ainda reforça que o principal investimento para uma operação mais sustentável e produtiva é a capacitação técnica dos envolvidos nas atividades rurais e a construção de uma rede de parceiros comprometidos com o mesmo propósito: impulsionar o negócio de forma sustentável.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Como evitar o abortamento de vagens na cultura da soja?

    Estresse na cultura causa redução de porte da planta, enrugamento foliar e perdas de atividade fotossintética e de fixação biológica de nitrogênio

    O estresse na cultura da soja causa redução de porte da planta, encarquilhamento (enrugamento foliar), perda de atividade fotossintética e da fixação biológica de nitrogênio (FBN), amarelecimento e perdas das folhas, abortamento de flores e vagens e má formação dos grãos.

    Pragas, plantas daninhas ou condições climáticas desfavoráveis são os causadores desses e outros problemas. De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Satis, Aedyl Nacib Lauar, as perdas podem chegar até 100% a depender da fase da cultura na qual as adversidades ocorreram.

    Origens do estresse na soja

    O estresse pode ser de duas origens. Uma delas é o biótico, provocado por pragas, doenças ou competição com plantas daninhas. A outra é o abiótico, gerado pelas condições climáticas como temperatura elevada, radiação solar excessiva, estiagem, excesso de umidade e baixa luminosidade.

    Há também o estresse causado por intoxicação por defensivos químicos. “É um problema que pode acontecer em todas as fases do ciclo da cultura, mas as principais perdas ocorrem na germinação, florescimento e enchimento de grãos”, explica Lauar.

    Na safra 2021/22 de soja ocorreram problemas na região Sul por causa da estiagem prolongada, e no Centro-Oeste devido ao excesso de umidade e baixa luminosidade. “É muito frequente em um ciclo produtivo, principalmente de sequeiro, a ocorrência de algum tipo de estresse. Portanto, os produtores devem recorrer aos seus assistentes para adotar medidas que mitiguem estes danos e, assim, obter a máxima rentabilidade nos seus cultivos”, alerta.

    Soluções

    Soluções que contribuem para o manejo nas lavouras de soja, mitigando o estresse, como produtos que apresentam em suas formulações compostos que fortalecem fisiologicamente as plantas, proporcionando desenvolvimento do seu sistema radicular e vegetativo são ideais.

    Existem no mercado tecnologias que reduzem a desidratação das células, estimulam o metabolismo primário e secundário das plantas e, além disso, são fontes prontamente assimiláveis de energia, promovendo, assim, tanto a resistência aos vários tipos de estresse quanto a recuperação rápida.

    Orientações para o manejo preventivo

    O engenheiro agrônomo da Satis dá as seguintes orientações aos produtores:

    • Construção de perfil de solo
    • Nutrição adequada para atender à demanda da cultura
    • Planejamento da época de plantio
    • Estímulo ao desenvolvimento do sistema radicular das plantas
    • Estande adequado – número ideal de plantas/ha
    • Bom manejo fitossanitário
     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Produtor tem queda de 19% na produção de leite

    Levantamento realizado com produtores atendidos pela SIA mostra que mesmo com o valor do litro em alta, os custos não cobrem margem para lucro

    Um levantamento realizado pela equipe de consultores da SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios, com base em dados de 350 produtores atendidos no Rio Grande do Sul, mostra que a produção diária de leite nestas propriedades teve uma redução de 19%, ou seja, de 17 para 13 litros diários por vaca. O reflexo também foi sentido na média de comercialização mensal do produto, que  teve queda de 32%, passando de 12,47 mil litros por mês para 8,47 mil litros por mês na comparação com o ano de 2021.

    Segundo o engenheiro agrônomo Armindo Barth Neto, gerente Técnico da SIA, os aumentos dos preços das rações assim como os custos de produção de milho e pastagens nas propriedades subiram fortemente devido à alta dos preços dos insumos, como os fertilizantes, onde a elevação chegou a mais de 100% entre 2021 e 2022. Todo este cenário afetou os produtores principalmente com perda de competitividade, ou seja, menor margem de lucro pelo aumento dos custos de produção, e redução na receita total, já que a estiagem afetou a produção leiteira.

    O especialista lembra que a indústria de laticínios vem tentando compensar essa baixa na produção aumentando o valor do litro do leite pago ao produtor. Nestes produtores atendidos pela SIA, o valor médio pago pelo litro do leite no segundo trimestre de 2022 foi de  R$ 2,33, um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2021.  No entanto, esse aumento foi insuficiente, comparando todo o aumento de custos de produção e a queda na produção total de leite no período. Desta forma, Barth Neto sinaliza que as condições desfavoráveis de produção e a queda no faturamento e na renda acabam por desestimular os produtores, que passam a não investir em tecnologia, refletindo na redução de produção e oferta de leite no mercado. “Muitos produtores espremidos pelas margens e pouca escala (pequenas propriedades), acabam abandonando a atividade”, afirma.

    Conforme ressalta o gerente técnico da SIA, no acumulado do último ano os aumentos no custo de produção do leite chegaram a bater a casa dos 28%, valor expressivo se comparado à inflação geral que, ao longo do mesmo período, soma 11,89% de elevação (IPCA). “Essa alteração no valor pago pelo consumidor no litro do leite em 2022 é resultante da combinação de fatores que vão além da entressafra – que naturalmente resulta na elevação do preço de produtos lácteos – período compreendido entre outono e inverno”, ressalta.

    Barth Neto coloca, ainda, que a  escassez de chuvas no Rio Grande do Sul, registrada entre novembro de 2021 e março de 2022, prejudicou a produção de alimentos para as vacas leiteiras, como soja e milho, principais ingredientes das rações, e também a produção de milho silagem e pastagens, principais fontes de alimento volumoso para os animais. Segundo estimativa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho no Estado teve uma redução de cerca de 32% em comparação ao ano anterior. No entanto, na média nacional, a produção aumentou aproximadamente 33%. Já para a soja, o volume total produzido foi 50% menor que na safra 2020/2021, enquanto na média nacional a queda foi de 11%.

    O gerente técnico da SIA finaliza afirmando que tudo isso resulta em menos leite disponível no mercado. “Muitas indústrias têm reduzido as suas jornadas de trabalho ou paralisado setores dentro das fábricas. O pouco leite no mercado e a alta concorrência pelo produto, acabam aumentando o preço para o consumidor final. Uma crise como esta, não é boa para ninguém, todos os elos da cadeia são afetados, produtores, indústria e consumidores”, alerta.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Anvisa bane em definitivo o uso do carbendazim no Brasil

    Produto não poderá mais ser utilizado para fins agrícolas, reforçam diretores da agência

    Defensivos agrícolas feitos à base de carbendazim estão proibidos no Brasil de forma definitiva. Em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (8), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, de forma unânime, barrar a utilização do produto nas lavouras do país.

    A medida de hoje confirma a determinação anterior da própria Anvisa. Em junho, a agência havia sido responsável por medida cautelar que suspendia temporariamente o carbendazim. Na ocasião, a decisão foi tomada em meio ao processo de revalidação do defensivo agrícola — que teve a sua legalidade atestada em 2019.

    O banimento em definitivo do carbendazim foi validado pelos quatros diretores que participaram da reunião de hoje. O relator do processo sobre o defensivo agrícola foi Alex Machado Campos, que votou “sim” pela proibição do uso do produto para fins agrícolas no país. Ele teve o entendimento seguido por Romison Rodrigues Mota, Meiruze Sousa Freitas e pelo diretor-presidente Antonio Barra Torres.

    Na visão do grupo, o carbendazim apresenta riscos à saúde humana, sobretudo aos produtores rurais que o manipulam em meio às propriedades rurais. “Presumidamente tóxico para reprodução em humanos”, afirmou Campos durante a reunião da diretoria da Anvisa, ao destacar o resultado feito pela equipe técnica do órgão.

    diretoria da Anvisa definiu que a decisão contra o carbendazim entrará em vigor de forma imediata a partir da divulgação do resultado da votação de hoje.

    Proibição do carbendazim é criticada por entidades

    O parecer da Anvisa vai na contramão da posição de entidades ligadas ao agronegócio. Em julho, mais de 30 organizações se posicionaram contra a suspensão do carbendazim. Já neste mês de agosto, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) avisou que se organizava para formular projeto de decreto legislativo (PDL) com intuito de derrubar a suspensão então imposta.

    “Defendemos o carbendazim para continuarmos a fazer o tratamento das sementes e facilitar o acesso do produtor rural a um fungicida mais econômico e eficiente”, afirmou, em material enviado com exclusividade na última semana ao Canal Rural, o presidente da FPA, o deputado federal Sérgio Souza, do MDB do Paraná.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safrinha vem com tudo no Brasil: EUA e Europa vão precisar

    AgResource aumentou a perda total de produção do Hemisfério Norte para 25 milhões de toneladas

    A colheita de milho segunda safra chegou a 79,2% da área projetada, aponta a Consultoria AgResource Brasil. De acordo com os analistas, o ritmo está mais acelerado em comparação ao ano passado, devido principalmente ao adiantamento da janela de plantio no ciclo 2021/22, o que adiantou a janela de colheita.

    Para as regiões Centro e Sul brasileiras a colheita da safrinha de milho atingiu 80,3% da área estimada até a semana passada, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. Houve avanço em comparação com 72,7% uma semana antes e 58,4% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento de uma consultoria privada brasileira. A colheita está encerrada em Mato Grosso e na reta final em Goiás.

    Por outro lado, a semeadura do milho-verão da safra 2022/23 já teve início no Rio Grande do Sul com “boa umidade no solo, previsão de mais chuva e sem sinais de geada no curto no prazo”. A ideia dos produtores gaúchos é colher esse primeiro milho no fim de dezembro e início de janeiro e, na sequência, fazer safrinha de soja.

    ESTADOS UNIDOS

    A AgResource reduziu o rendimento nacional de milho dos EUA para 173,5 bushels por acre. Isso, juntamente com o maior abandono projetado nas áreas mais secas das Planícies, coloca a produção em 14.141 milhões de bushels, sendo 364 milhões de bushels abaixo da estimativa do USDA em julho.

    O número de produção norte-americano atualizado da AgResource aumentou a perda total de produção do Hemisfério Norte para 25 milhões de toneladas, visto os “déficits no milho europeu devido à forte seca na região. Em meio ao aumento dos custos de transporte, e produtos químicos, os agricultores dos  EUA não estarão ansiosos para precificar o milho à vista abaixo de 6 dólares por bushel. Os ralis nos preços a 7 a 8 dólares por bushels estão previstos para o final de 2022 e em 2023”.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Manejo nutricional estratégico reduz perdas na seca

    A técnica chamada terminação intensiva a pasto (TIP) consiste em fornecer 90% do que o animal precisa no cocho e 10% no pasto

    Durante uma seca, com menor disponibilidade de forragem de qualidade, é hora de colocar em prática estratégias para manter os índices a níveis satisfatórios, como terminação intensiva, bezerro turbinado pós-desmama, conservação de volumosos e produção de forragem.

    Em experimentos realizados pela Embrapa em parceria com a Connan, em Campo Grande (MS), foi possível conseguir 2,35@ a mais por animal, quando comparado à suplementação proteico-energética de 1,5 kg de ração/dia.

    A técnica chamada terminação intensiva a pasto (TIP) consiste em fornecer 90% do que o animal precisa no cocho e 10% no pasto, o que equivale a 2% de peso vivo em ração, ou aproximadamente 8 kg de ração concentrada por cabeça/dia.

    O objetivo, segundo os idealizadores, é obter um ganho médio de 600 a 900 g de carcaça/dia, no período de 90 dias. Na estação das chuvas e para machos castrados, a recomendação é a de se oferecer 1,5% do peso vivo em ração concentrada.

    “O TIP mensura o ganho em carcaça e isso é lucro. Começamos com 0,5% de peso vivo até chegarmos aos índices atuais, tornando a solução viável e de fácil uso”, afirma Leopoldo Pepiliasco, zootecnista da Connan. A tecnologia é testada pelas empresas desde 2012 e permite que o pecuarista utilize a estrutura já existente na propriedade e invista somente em ração e suplementos para a engorda.

    O especialista comenta que analisaram alternativas presentes no mercado, antes da TIP, como o confinamento, que apresenta altos custos de implementação, estrutura, mão-de-obra capacitada e outras condicionantes; e os sistemas como o uso de grão inteiro, que resulta em uma dieta de risco elevado, pelas condições fisiológicas do bovino, dentre outros fatores.

    Bezerros e desmama

    Outra opção para o produtor rural é ‘turbinar’ o bezerro na fase pós-desmama. Essa fase estressante para o animal aliada a pastagens com baixo valor nutritivo é um ponto de preocupação. A técnica, validada por pesquisadores da Embrapa, baseia-se em fornecer maior suplementação proteico-energética ao animal.

    O pesquisador Rodrigo Gomes explica que é recomendável uma dieta com aproximadamente 25% de proteína bruta, palatável e rica em minerais. O bezerro recebe o equivalente a 5 gramas por quilograma do peso vivo.

    “É estratégico aumentar o consumo de suplemento, consumir mais energia, proteína, mineiras, vincular aditivos, assim se obtém melhor desempenho no momento de estresse, que é a desmama”, frisa o zootecnista. A dieta deve ser mantida até o final da seca e o animal entra nas águas em boas condições.

    Manejo de pastagens

    A manutenção do pasto, com o devido manejo, é também uma estratégia para enfrentar o período. Especialista no assunto, o pesquisador da Embrapa Ademir Zimmer enumera ajuste de lotação, adubação e diferimento de pastagens, e produção de volumoso e suplementos como opções para o produtor.

    Em pesquisas da Embrapa Gado de Corte (MS), por exemplo, mediu-se a eficiência produtiva e financeira da adubação do capim-marandu, em diferentes alturas de pastejo. Em 15 cm, o ganho de peso vivo (kg/ha) foi de 276, com saldo por kg de adubo, de R$ 2,25 reais. Já em 45 cm de altura, o ganho foi de 524 kg/ha, com um saldo de R$ 8,75 reais. Um aumento de 290% em relação a 15 cm.

    Nos valores médios de 2022, os ganhos em produção (direto), em 45 cm, foram de R$ 1,8 mil (R$/ha/ano); os por redução nos gastos (indireto), R$ 80 reais; os ganhos por liberação de área (indireto), R$ 150 reais; há ainda os ganhos por antecipação receita (indireto), que somam R$ 40 reais. O benefício total em 200 hectares (R$/mês), a uma altura de 45 cm, ultrapassa os R$ 34,5 mil reais, sempre tendo como altura de referência 15 cm.

    Zimmer enfatiza que adubar o pasto custa caro sim, “mas vale a pena, desde que o manejo seja adequado, trabalhando as suplementações para que valha o investimento”.

    Conservação de volumoso

    A pastagem precisa de fatores fundamentais para o seu crescimento, porém, na seca, há limitação de luz e água, e consequentemente os animais, seja de corte ou leite, não suprem suas exigências completamente.

    As alternativas para conservação de forragem são diversas “não há a melhor, cada propriedade tem circunstâncias ou realidades que contribuem para a tomada de decisão”, alerta o pesquisador Vitor Oliveira da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer-MS).

    Uso de capim elefante, feno-em-pé, silagem (milho, cana-de-açúcar, capim, parte aérea da mandioca) e silagem de pré-secados são algumas escolhas à disposição do pecuarista. Independente da opção assinalada, Oliveira destaca que é necessário obter todo o potencial da tecnologia escolhida, durante a estação das águas, e assim utilizá-la na seca.

    Os especialistas da Embrapa, Connan e Agraer reforçam que o planejamento sempre começa na fase anterior, que haverá seca todos os anos, dessa forma, é cuidar do pasto e da nutrição do rebanho nas águas para não ter perdas na seca.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Impacto da seca na safra 21/22 de soja foi de R$ 72 bilhões

    CNA e Embrapa Soja se reuniram para discutir alternativas para remediar o problema nas próximas temporadas

    A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Embrapa Soja discutiram, nesta sexta-feira (5), estratégias para o enfrentamento da seca na cultura e o Programa Soja Baixo Carbono.

    O pesquisador José Salvador Foloni apresentou os impactos do estresse hídrico na cultura da soja e as propostas de trabalhos da Embrapa para melhorar a resiliência da cultura frente aos fatores climáticos adversos.

    Segundo ele, o impacto da seca na safra 2021/2022 na soja foi calculado em R$ 72 bilhões, com perdas severas principalmente no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná.

    Edição genética a favor da resistência à seca

    De acordo com o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno, a entidade avança na metodologia de edição genética (CRISPR), que está sendo empregada no Brasil para inserir as características agronômicas relevantes, neste caso a tolerância à seca, sem abrir mão da produtividade.

    “Neste caso a soja não será considerada uma OGM [organismo geneticamente modificado], pois não possui sequências gênicas de outras espécies e não precisa passar pelo processo dispendioso de desregulamentação para acesso a mercados.”

    O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, citou casos de sucesso do Sistema CNA/Senar, como o programa Forrageiras para o Semiárido, que além de aumentar a produtividade, garantiu a resiliência e a capacidade produtiva de forrageiras no semiárido brasileiro mesmo em períodos de estiagem.

    “O produtor está cobrando novas tecnologias e a pesquisa aplicada precisa se aproximar do setor privado para dar respaldo ao problema. Para isso aprofundaremos as discussões, com o apoio das Federações, para entendimento das melhores formas de compartilhamento de esforços em prol das novas tecnologias nas principais regiões produtoras”, afirmou.

    Programa Soja Baixo Carbono

    Durante a reunião, a chefe adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Carina Gomes Rufino, falou sobre as atualizações do Programa Soja Baixo Carbono.

    A iniciativa visa criar critérios mensuráveis das técnicas de manejo empregadas pelo produtor na produção de soja, com foco em ações de mitigação das emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEEs).

    De acordo com a Embrapa, a proposta é criar uma metodologia brasileira baseada em protocolos científicos validados internacionalmente.

    Sustentabilidade do grão

    O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, disse que quantificar e promover a sustentabilidade da soja brasileira para o mercado internacional é um tema fundamental.

    “Além de pensarmos em certificação, precisamos promover os princípios de melhoria contínua das propriedades rurais. Temos que escolher o caminho da liderança para o tema e a força e capilaridade do Sistema CNA/Senar será fundamental neste processo”.

    A CNA pretende alinhar o tema com as Federações de Agricultura e os sindicatos rurais, além de convocar uma reunião da Comissão Nacional para validação e contribuição dos integrantes em relação aos dados apresentados pela Embrapa.

     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Brasil negocia primeiro embarque de milho para a China

    Havia a expectativa de que o cereal enviado ao país asiático seria o da safra 22/23, a ser plantado, mas os chineses precisam de milho antes

    Fontes do governo confirmam haver possibilidade de o Brasil embarcar o primeiro lote de milho para a China ainda este ano.

    Inicialmente havia a expectativa de que o cereal a ser enviado ao país asiático seria o da safra 2022/23, a ser plantado, mas os chineses precisam de milho antes.

    Para tanto, o Brasil precisa atender os requisitos de ordem técnica exigidos pela China, segundo um interlocutor que acompanhou a negociação.

    Esses critérios estão sendo analisados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.

    “O que vai definir se os embarques serão de milho desta ou da próxima safra é o cumprimento dos requisitos. As exportações não estão mais sendo negociadas do ponto de vista fitossanitário, mas há trâmites a serem cumpridos para a implementação do protocolo ainda nesta safra, como a habilitação dos estabelecimentos”, disse uma fonte ao Estadão/Broadcast Agro.

    Milho brasileiro na China

    De acordo com o interlocutor, a China concordou com a antecipação dos embarques da safra 2022/23 para milho produzido em 2021/22, abrindo mão do monitoramento de eventuais pragas que possam ter acometido as lavouras do cereal, em virtude da sua necessidade de suprimento.

    “Reforço o que disse o ministro: eles querem nosso milho ‘imediatamente’ e, por isso, cederam nas exigências”, afirmou a fonte.

    Em reunião para apresentar os protocolos de exportação à China nesta sexta-feira (5), o governo sinalizou aos exportadores que os primeiros embarques de milho poderiam ser realizados ainda neste ano e que o governo chinês já teria emitido licenças para empresas exportarem milho a partir do Brasil.

    As empresas brasileiras têm até o dia 19 para manifestar interesse em exportar o cereal para a China junto ao ministério da Agricultura, que fará a avaliação das unidades e então concederá a habilitação.

    Abramilho

    Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, pelo protocolo, o governo brasileiro teria de fornecer orientações à cadeia para monitoramento das pragas que preocupam a China, mas não é possível fazer isso para o milho desta safra porque ele já foi colhido.

    “O governo da China passou um informe ao governo brasileiro de que estava liberado nesta safra de cumprir todas as normas do protocolo. Mas, para 2023, terá de cumprir”, disse Silveira.

    Conforme o representante, pragas quarentenárias são uma preocupação em todo o mundo, mas o controle das 18 indicadas no protocolo é possível de ser feito. “No caso do milho a gente não vê problema nenhum: é capricho e não tem erro. Isso para nós não assusta.”

    Silveira, que também já foi presidente da Aprosoja, destacou ainda a importância da exportação de farelo para a China. “Se a China comprar farelo, vamos poder aumentar capacidade de esmagamento”, disse.

    Segundo ele, a China está cada vez mais preocupada em garantir o abastecimento para produção de carne suína, de aves e ovos.

    “Tem que ter farelo de soja e milho. A China está se antecipando, ainda mais agora com o estresse com os EUA, de quem comprava soja e tinham acordo para milho, e com a questão da Ucrânia”, disse. “Aqui no Brasil temos estabilidade como exportador.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/