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  • USDA quase não altera previsão de safra de soja brasileira

    Órgão manteve projeções para os Estados Unidos e para a Argentina e aumentou indicação de importação chinesa

    O relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 396,85 milhões de toneladas.

    Em fevereiro, a previsão era de 398,21 milhões. Os estoques finais foram reduzidos de 116 milhões para 114,3 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 114,5 milhões de toneladas.

    Para os três principais produtores da oleaginosa, a projeção do órgão ficou assim:

    • Brasil: 155 milhões de toneladas, corte de 1 milhão de toneladas sobre a estimativa anterior.
    • Estados Unidos: 113,3 milhões de toneladas, mesmo número do relatório anterior.
    • Argentina: 50 milhões de toneladas, sem alteração.

    O mercado esperava número de 152,5 milhões para o Brasil e de 50,2 milhões para a Argentina.

    A China deverá importar 105 milhões de toneladas de soja. Em fevereiro, a previsão era de 102 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Cultivar de capim-elefante é opção de forragem durante seca

    A variedade se destaca pela sua resistência ao déficit hídrico, característica essencial para garantir a produção de forragem em períodos de escassez de chuvas

    Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) recomendam o uso da cultivar de capim-elefante BRS Capiaçú como alternativa de forragem produtiva viável e nutritiva para o gado, durante períodos de seca, graças à sua ampla resistência ao déficit hídrico.

    A produção de alimento para rebanhos bovinos em épocas de estiagem é um desafio constante para pecuaristas brasileiros, que precisam fazer um planejamento forrageiro e escolher espécies de capim adequadas com antecedência, para que cresçam durante o período de chuvas.

    Desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 2016, a BRS Capiaçú tem sido recomendada para regiões tropicais e subtropicais, pois apresenta altos níveis de produtividade, mesmo em épocas de escassez hídrica, podendo chegar a 300 toneladas por hectare ao ano.

    Além disso, as plantas apresentam touceiras eretas e densas, o que faz com que tenham tolerância ao tombamento, fator que facilita a colheita mecânica. A cultivar é indicada tanto para o fornecimento verde direto no cocho quanto para a ensilagem, processo no qual a forragem é cortada, compactada e vedada, para que ocorra fermentação e, com isso, a preservação de suas qualidades nutricionais.

    “Outra característica importante da BRS Capiaçú é que ela apresenta uma fibra de melhor qualidade em relação às outras cultivares de capim-elefante, propiciando um melhor desempenho animal”, explica a pesquisadora da Epamig Karina Toledo. “Ela também possui um teor mais alto de carboidratos solúveis, o que favorece o seu fornecimento verde no cocho dos bovinos”, complementa.

    Experimentos na Epamig Atualmente, a Epamig conduz pesquisas que avaliam produtividade, valor nutricional, diferentes idades de corte e estratégias mais eficazes de ensilagem da BRS Capiaçú.

    “Estamos testando diferentes alturas de corte e inclusões do fubá de milho como aditivo sequestrante de umidade. Esses aditivos absorvem a água presente no material que será ensilado e elevam o conteúdo da matéria seca, melhorando a fermentação e reduzindo possíveis perdas durante o processo de ensilagem”, detalha a pesquisadora Fernanda de Kássia Gomes, também da empresa.

    Segundo ela, a equipe do Campo Experimental Santa Rita, localizado em Prudente de Morais, iniciou, nos últimos meses, a coleta de materiais para o projeto, oriundos de uma Unidade Demonstrativa de BRS Capiaçú implantada no local.

    “É válido ressaltar que, graças a essa Unidade Demonstrativa, também pudemos realizar doações de mudas para alguns produtores da região, que nos enviaram um retorno muito positivo”, comenta Fernanda.

    Sucesso entre os produtores

    O pecuarista e engenheiro agrônomo, José Arnaldo Cardoso Pena, foi um dos produtores que aderiu ao uso da BRS Capiaçú em sua propriedade, em Sete Lagoas. Há três anos, ele utiliza a cultivar como forragem para os animais de seu rebanho, que conta com cerca de 650 cabeças de boi. Ele destaca a produtividade significativa da cultivar e a boa aceitação por parte dos animais.

    “Hoje, cada corte da BRS Capiaçú dá acima de 50 toneladas por hectare, o que representa quase o dobro do que eu produzia com a Napier, cultivar de campim-elefante que utilizávamos antes”, revela o produtor.

    “Foi uma tecnologia de grande impacto, pois o perfilhamento das plantas e o desempenho dos animais também têm sido superiores. As empresas de pesquisa, como a Embrapa e a Epamig, têm nos auxiliado bastante a alcançar maior produtividade, com melhores resultados e custos reduzidos”, finaliza José Arnaldo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Aumento de chuva em fevereiro favoreceu lavouras de soja no RS, diz Emater

    Apesar de expectativa posivita com o rendimento das lavouras, incidência de ferrugem tem colocado os produtores de soja em alerta

    A área cultivada com soja no Rio Grande do Sul foi reavaliada em 6.681.716 hectares, sendo 0,35% superior aos 6.658.472 hectares cultivados na safra 2022/2023, de acorodo com a Emater/RS-Ascar.

    Na projeção realizada em agosto de 2023 pelo órgão, a área seria ainda superior (em 0,94%), mas a dificuldade de implantação de lavouras, devido às condições climáticas adversas, como chuvas recorrentes durante um longo período, impediu esse crescimento.

    No entanto, as sucessivas precipitações, apesar da distribuição geográfica desuniforme, proporcionarão um aumento na produtividade em 70,83% se comparado à temporada passada:

    • De 1.949 kg/ha (32,4 sacas)
    • Para 3.329 kg/ha (55,4 sacas)

    Produção total de soja

    Em decorrência do aumento de rendimento médio das lavouras, a produção estadual da oleaginosa deverá alcançar 22.246.630 toneladas, sendo 71,52% maior do que em 2023, quando chegou a 12.970.362.

    De acordo com a Emater/RS-Ascar, em termos de cultivo, as lavouras apresentaram melhora significativa após o aumento da frequência de precipitações, em fevereiro. O volume ultrapassou 200 mm em parte do estado, mas, nas Regiões Sul e Campanha, foi significativamente menor, gerando um quadro de estiagem localizado.

    A fase preponderante é a de enchimento de grãos, abrangendo 68% dos cultivos. A maturação atinge 8%, e algumas lavouras, ainda sem relevância estatística, foram colhidas.

    Ferrugem-asiática ameaça

    A pressão de doenças, especialmente ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), permanece elevada, antecipando a queda de folhas baixeiras em áreas no estágio inicial de maturação.

    Segundo o Consórcio Antiferrugem, até o momento o Rio Grande do Sul é o segundo estado com mais focos da doença, com 104 registros. Em primeiro aparece o Paraná, com 128 casos.

    Locais com ineficácia na aplicação de fungicidas, como oscilação das barras, proximidade de obstáculos e bordaduras de lavouras revelam desfolha prematura das plantas, indicando severidade da ferrugem, relata a Emater.

    Conforme o órgão estadual, os produtores estão monitorando continuamente a pressão de doenças, reduzindo o intervalo entre as aplicações de fungicidas e optando por produtos de ação tópica em detrimento daqueles que penetram na estrutura foliar para evitar o aumento do estresse das plantas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Antecipar a dessecação da soja reduz massa e quantidade de óleo no grão, diz pesquisa

    Em uma lavoura com rendimento de 60 sacas, dessecar antes do tempo pode levar o produtor a perder até 15 sacas

    A antecipação da dessecação das lavouras de soja é uma prática usada por produtores para homogeneizar as plantas, para fugir de períodos chuvosos na colheita ou mesmo para adiantar a semeadura da segunda safra.Contudo, uma pesquisa realizada pela Embrapa em Mato Grosso mostrou que a operação fora do período recomendado reduz a massa dos grãos e a quantidade de óleo.

    De acordo com o estudo – realizado no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT) – a dessecação no início da formação e enchimento dos grãos (estádio fenológico R5.5) representou uma massa de mil grãos entre 26% e 19% menor do que a massa de mil grãos de uma lavoura dessecada no início da maturação (R7.1 e R7.3) nas duas cultivares avaliadas.

    Extrapolando os dados para uma lavoura com produtividade média de 60 sacas por hectare, essa diferença representa redução de produção entre 15 e 11 sacas por hectare.

    As perdas de massa podem ocorrer também com a dessecação feita após o estádio R7 ou com a colheita sem dessecação, em R9. Nesses casos os valores são menores, com 4% a 6% de redução, o que representaria duas a três sacas a menos por hectare em um cenário de produtividade média de 60 sacas/ha. A pesquisa encontrou, no entanto, uma situação de colheita em R9 cuja massa de mil grãos foi estatisticamente igual ao resultado da lavoura dessecada em R7.

    Antecipação reduziu teor de óleo

    Outra característica avaliada na pesquisa foi o teor dos constituintes dos grãos. A diferença mais significativa se deu na quantidade de óleo, com relação direta entre a antecipação da dessecação e o menor teor de óleo.

    “Uma inferência que fizemos desse trabalho é que o óleo parece ser o último constituinte a ser sintetizado na soja. Nas parcelas dessecadas nos primeiros estádios estudados, a quantidade de óleo foi mais baixa devido à interrupção do processo fotossintético pela planta. Parece não ter havido tempo para a planta sintetizar todo o óleo”, sugere a pesquisadora da Embrapa Sílvia Campos.

    Os dados mostraram que a amostra dessecada em R5.5 teve teores de óleo de 21,86% em uma cultivar IPRO analisada e de 22,24% em uma cultivar convencional. Nos estádios R7, o teor de óleo ficou entre 25,67% e 24,26%, na cultivar convencional, e entre 23,62% e 23,94%, na cultivar transgênica.

    Avarias nos grãos de soja

    A pesquisa também avaliou as avarias nos grãos colhidos nas lavouras com diferentes pontos de dessecação. Os dados demonstraram menor presença de grãos verdes conforme o avanço nos estádios de maturação.

    As amostras analisadas tiveram baixo índice de grãos ardidos ou mofados. Já a quantidade de quebrados teve aumento não linear, mas que pôde ser verificado conforme o avanço no tempo de dessecação.

    No entanto, a pesquisadora ressalta que esses critérios podem estar associados às condições climáticas no período entre dessecação e colheita e também à regulagem de máquinas.

    “A antecipação da dessecação pode aumentar o teor de grãos verdes. Eles por si só podem não ser um problema, mas, se somados aos ardidos, quebrados e mofados, podem levar a descontos na hora da entrega no armazém”, alerta Campos.

    Outra análise feita para avaliar a qualidade dos grãos foi a condutividade elétrica da solução de exsudatos. O teste é feito mergulhando amostras de soja por 24 horas na água, tempo em que são liberadas substâncias conhecidas como exsudatos.

    Maior presença de exsudatos na solução é confirmada pela maior condutividade elétrica e indica redução na qualidade dos grãos. Nesse teste, a soja dessecada entre R6 e R7.3 obteve os melhores desempenhos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra de soja deve ser a maior da história no Rio Grande do Sul, diz Emater

    A produção total de grãos do RS deve alcançar 35 milhões de toneladas, 3% abaixo da estimativa inicial de 36 milhões de toneladas

    O Rio Grande do Sul deve colher um recorde de 22,24 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024, um aumento de 71,52% na comparação com a safra anterior. A informação é da Emater/RS-Ascar.

    Segundo o órgão, o Rio Grande do Sul deverá colher mais de 35,023 milhões de toneladas de grãos, em uma área plantada superior a 8,43 milhões de hectares.

    diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, divulgou os dados da segunda estimativa da safra de grãos de verão nesta terça-feira (5), na Expodireto Cotrijal.

    A produção de soja, a principal cultura do estado em área e produção, é estimada em cerca de 22,24 milhões de toneladas, com uma área plantada de 6,68 milhões de hectares. A produtividade média da soja no RS é de 3.329 kg/ha, representando um aumento de 70,83% em comparação com a safra anterior, que registrou 1.949 kg/ha.

    “Os números da soja são muito bons e colocam a safra 2023/2024 no topo do ranking da linha do tempo, quando comparamos com anos anteriores. No ano passado a safra ficou em 10º e este ano subimos à primeira posição se confirmada esta estimativa. Em relação à safra anterior, que sofreu os efeitos da estiagem, na soja teremos um acréscimo de 70,83% na produtividade, 71,52% na produção e 0,35% na área plantada”, diz Baldissera.

    Arroz

    O arroz irrigado, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), ocupa uma área de 900.203 hectares. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.325 kg/ha e uma produção de mais de 7,49 milhões de toneladas do grão.

    Milho

    O milho, importante cultura para diferentes atividades produtivas, teve uma área plantada de 812.795 hectares e a projeção de produção é de 5,20 milhões de toneladas. A cultura do milho também apresentou aumento na produtividade, chegando a 32,23% quando comparado com a safra 2022/2023. A estimativa atual de produtividade média é de 6.401 kg/ha, no ano passado a produtividade foi de 4.841 kg/ha.

    “A metodologia adotada pela Emater tem sido utilizada há muitos anos e se mostrado bastante assertiva, pois a estimativa inicial de produtividade é identificada a partir de cálculo de tendência baseado na média alcançada nos últimos dez anos em cada município do Estado e as estimativas parcial e final são sobre as informações levantadas a campo durante o período da safra em cada um dos 497 escritórios municipais da Instituição”, explica Claudinei.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita da soja chega a 46%; confira andamento dos estados

    Ritmo dos trabalhos segue mais adiantado em comparação com o mesmo período do ano passado e, também, em relação à média histórica

    Os preços da soja estão significativamente abaixo dos patamares do ano passado. Já a colheita segue em ritmo acelerado. Ao que parece, os dois fatos têm relação: o produtor adianta os trabalhos para, depois, instalar uma nova cultura e conseguir pagar os custos da oleaginosa.

    De acordo com levantamento de Safras & Mercado, feito até a última sexta-feira (1), as máquinas já retiraram os grãos de soja das vagens em 45,7% da área plantada, estimada em 45 milhões de hectares.

    Em mesmo período do ano passado, a colheita atingia 39,7%, enquanto a média das últimas cinco safras é de 41,8%. Assim, até o momento, Mato Grosso segue o mais avançado na colheita, enquanto Santa Catatina ainda nem começou.

    Evolução da colheita da soja

    • Rio Grande do Sul: 0,5%
    • Santa Catarina: 0%
    • Paraná: 56%
    • Mato Grosso do Sul: 53%
    • Mato Grosso: 86%
    • Goiás: 57%
    • São Paulo: 40%
    • Minas Gerais: 38%
    • Bahia: 10%
    • Maranhão: 10%
    • Piauí: 1%
    • Tocantins: 25%
    • Outros: 0%

    Em comparação ao ano passado, os estados brasileiros que estão menos avançados na colheita são estes: Mato Grosso (88% em 2023); Goiás (60%); Santa Catarina (1%); Piauí (18%); Tocantins (45%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço do arroz no Brasil perde força e recua 17% em fevereiro

    A colheita das primeiras variedades de arroz está em curso, mas o pico da safra está previsto para metade do mês de março

    mercado brasileiro de arroz chegou ao final de fevereiro em um estado de calmaria, com preços nominais e volumes limitados da safra 2023/24 disponíveis para comercialização.

    A colheita das primeiras variedades está em curso, mas o pico da safra está previsto para metade do mês de março, relata o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

    O varejo está adquirindo arroz de forma cautelosa, gerenciando seus estoques, enquanto aguarda por preços mais competitivos, destaca.

    Uma das principais incertezas enfrentadas atualmente está relacionada ao abastecimento interno em 2024.

    “Apesar de desafios como a produtividade questionável devido ao El Niño, as projeções indicam que a produção de arroz no Rio Grande do Sul e em outras regiões do país será suficiente para atender à demanda doméstica”, pondera o analista.

    O aumento da área plantada gaúcha, aliado à produção em outras regiões e às importações de países vizinhos, contribui significativamente para garantir o suprimento necessário.

    “Além disso, o avanço das exportações é visto como um impulsionador do mercado doméstico, ajudando a manter os preços em um patamar viável para os produtores”, lembra.

    “Com expectativas de preços firmes ao longo do ano, é previsto que o plantio de arroz continue crescendo em 2025”, prevê.

    A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referencial nacional, encerrou o dia 29 de fevereiro cotada a R$ 103,50, apresentando um recuo de 8,09% em relação à semana anterior.

    Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma queda de 17,26%.

    E um aumento de 23,09% quando comparado ao mesmo período de 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Inovação no agro: irrigação por assinatura se torna realidade no Brasil

    Após anos de uso, o produtor ainda terá opção de adquirir o equipamento instalado pagando 43% do valor inicial

    A Bauer, empresa austríaca com duas décadas de atuação no país, estabeleceu uma nova parceria com a Iara Milímetros de Precisão, visando revolucionar a irrigação agrícola. A proposta inovadora tem como foco ampliar o acesso a equipamentos de irrigação, reduzindo significativamente os investimentos iniciais para os produtores rurais.

    Nesse novo modelo de parceria, o produtor rural realizará um investimento inicial equivalente a apenas 20% do custo total do equipamento, referente à implementação. Subsequentemente, será estabelecida uma mensalidade para o uso contínuo dos equipamentos. Após sete ou dez anos de uso, o produtor terá a opção de adquirir o equipamento instalado em sua propriedade, pagando apenas 43% do valor inicial. Essa vantagem permite que o produtor desfrute da operação eficiente do equipamento em sua propriedade, com custos mais acessíveis.

    A iniciativa surge como resposta à pergunta central da Bauer do Brasil: como tornar o sistema de irrigação acessível de forma eficaz, levando em consideração as questões financeiras enfrentadas pelos produtores rurais? A parceria com a Iara Milímetros de Precisão busca, assim, reduzir os custos iniciais e proporcionar aos produtores a oportunidade de avaliar, com base em resultados tangíveis, a eficácia da irrigação em suas atividades agrícolas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • ILPF garante conforto térmico ao gado e aumenta produtividade

    As árvores melhoram o clima e o conforto térmico e, com isso, trazem bem-estar animal, comportamentos adequados e ainda ganhos fisiológicos

     Estudo coordenado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) avaliou o bem-estar animal, de maneira multidimensional, em relação ao conforto térmico proporcionado pelos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
    O monitoramento ocorreu sob diversos prismas: desde o sistema de produção até o nível celular de gado de corte criados a pasto. Com isso, conseguiu registrar os amplos impactos que essa tecnologia gera na atividade, que vão além do conforto térmico e influencia até na reprodução do gado.
    O primeiro parâmetro foi o ambiental (microclima), o segundo, observação dos animais e as respostas comportamentais e, por último, a coleta do material biológico e as análises laboratoriais.

    “Fomos do nível macro, utilizando sobrevoos de avião com câmeras termais, passando pelo sensoriamento proximal dos animais, até chegar à microscopia. Três abordagens bem diferentes, mas que se correlacionam, e com tecnologias inovadoras”, explica o pesquisador Alexandre Rossetto Garcia, coordenador do estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

    Esses resultados apontam que o plantio de árvores em áreas de pastagens tropicais mostrou-se benéfico para um microclima mais favorável à criação de gado de corte, influenciando o conforto térmico, expressão do comportamento natural e as condições fisiológicas.

    Os dados obtidos no estudo são essenciais para incentivar o pecuarista a implementar na propriedade ações focadas em boas práticas.

    “Nesses modelos, os animais ficam mais expostos às condições ambientais e podem sofrer com o acúmulo excessivo de calor, principalmente em pastagens sem o componente arbóreo. Assim, é importante saber como os fatores bioclimáticos influenciam a manutenção da temperatura corporal interna e o comportamento, a fim de permitir ajustes no manejo do rebanho e do ambiente de produção”, destaca Garcia.

    O estresse térmico prejudica a homeostase (capacidade dos organismos de manterem seu meio interno estável), levando a distúrbios nutricionais e metabólicos, reduzindo a taxa de crescimento e o ganho de peso.

    Segundo o pesquisador, o calor é capaz de tirar o gado de sua zona de conforto de temperatura, levando ao estresse térmico, comprometendo a reprodução e reduzindo a fertilidade, além de diminuir a eficiência dos sistemas de produção. Eventos climáticos extremos também podem ocasionar efeitos adversos na condição imunológica do gado, tornando-os mais susceptíveis a doenças.

    Um dado importante da pesquisa refere-se à evolução de peso e à frequência de consumo de água. As médias iniciais e finais de peso vivo dos animais criados em sistemas sombreados e em sistemas a pleno sol foram semelhantes e a produtividade por animal não teve diferença. Já em relação à água, os animais no ILPF reduziram a frequência de idas ao bebedouro.

    A preocupação dos produtores é saber se na pastagem sombreada o boi ganha mais ou menos peso. A oferta de pasto é um pouco reduzida na área com árvores. No entanto, a qualidade da forragem produzida é melhor, com maior teor de proteína bruta. Assim, tanto o rebanho a pleno sol, como o do ILPF chegam ao final do ciclo de engorda com peso igual.

    “O fato de o peso ser semelhante e trabalhar com um sistema que traz outras vantagens do ponto de vista ambiental já agrega muito valor à iniciativa de arborizar as pastagens. Deve-se olhar do ponto de vista sistêmico, considerar o desempenho animal e os benefícios da presença das árvores, que aumenta a biodiversidade, a matéria orgânica no solo, reduz a temperatura, traz bem-estar animal e favorece o balanço de carbono na produção dos bovinos”, considera Garcia.

    Resultados

    A principal conclusão em cada uma das dimensões foi que os sistemas com árvores melhoram o microclima e o conforto térmico e, com isso, trazem bem-estar animal, comportamentos adequados e ainda ganhos fisiológicos.

    Os resultados observacionais mostraram que os animais criados em pastagens com pouca sombra pastejaram mais pela manhã do que os mantidos em ILPF, principalmente nas estações mais quentes. Ainda permaneceram mais tempo deitados, ruminando ou repousando. Os animais do grupo ILPF preferiram permanecer nas áreas sombreadas; além disso, visitaram menos o bebedouro.

    O gado costuma dividir os dias em períodos alternados de pastejo, ruminação e descanso. Os animais a pleno sol pastejaram por mais tempo pela manhã que os mantidos no ILPF, principalmente nas estações mais quentes, sem mudanças significativas no tempo de pastejo à tarde.

    “Isso ocorreu porque os indivíduos, buscando se preservar, aproveitaram para pastejar nos momentos de temperaturas mais amenas e com menor radiação solar, ou seja, em condições mais favoráveis ao conforto térmico”, explica Garcia.

    De acordo com ele, altas temperaturas do ar, umidade relativa e radiação solar podem afetar negativamente o comportamento do gado quanto ao tempo dedicado ao descanso e ao pastejo.

    “O comportamento pode ser utilizado para analisar as respostas dos animais às condições ambientais nos sistemas de produção. A condição de estresse calórico, ao longo do tempo, constitui um problema crônico que afeta a saúde e o desempenho. Essas informações relacionadas ao comportamento podem ser usadas para melhorar as decisões de gerenciamento e maximizar a eficiência, a produtividade e o bem-estar animal na fazenda”, afirma o coordenador da pesquisa.

    O número de visitas ao bebedouro e ao cocho com mistura mineral foi sempre menor para os animais mantidos em áreas com sombreamento natural. Os dados demonstraram que o uso do componente arbóreo teve o efeito “poupa água”. De tarde, os machos de corte reduziram em 26% a frequência de ida ao bebedouro.

    Esse resultado está de acordo com os 23% de redução de frequência ao bebedouro para vacas de corte mantidas em sistema integrado previstos em um estudo publicado em 2019 pela própria Embrapa.

    Em curto, médio e longo prazo, essa redução na frequência ajuda a racionalizar o uso dos recursos hídricos na pecuária e colabora para uma produção mais sustentável. O Brasil tem um rebanho de 234 milhões de cabeças de gado, segundo dados de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “Isso é extremamente importante, em um momento em que o ciclo das águas pelo planeta vem sendo alterado devido ao aquecimento global”, destaca Garcia.

    Conforto térmico para o gado

    A influência do microclima nas respostas termorreguladoras e endócrinas também foi avaliada para conhecer o conforto térmico. A temperatura do ar, o Índice de Temperatura de Globo Negro e Umidade, e a carga térmica radiante foram menores no ILPF; em consequência, houve maior conforto térmico e menor estresse calórico.

    O sistema ILPF foi eficaz em atenuar o microclima das pastagens pela ação dos eucaliptos, impactando as características fisiológicas relacionadas ao equilíbrio termodinâmico dos animais e à manutenção de sua homeotermia. Segundo a zootecnista Andréa Barreto, uma das executoras do projeto, os animais a pleno sol alteraram o comportamento natural por conta das altas temperaturas e falta de sombreamento, diferentemente dos que estavam no ILPF.

    Ela destacou que o ambiente influencia positivamente não só o comportamento, mas a produção, a reprodução e a rentabilidade global do sistema. “A preocupação do produtor não deve ser só em ter lucro em cima do ganho de peso, mas trazer um ambiente confortável para que o animal expresse todo seu potencial genético”, defende Barreto.

    Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Pecuária Sudeste têm buscado alternativas de produção sustentáveis para diminuir o impacto da pecuária no clima. Os estudos indicam que a melhor estratégia para o produtor é a adoção de tecnologias para melhorar a eficiência da atividade com foco no bem-estar animal e em equilíbrio com o meio ambiente.

    Trabalhos como esse, com foco em ILPF e tecnologias de monitoramento animal, dão subsídios ao pecuarista para tomadas de decisão assertivas em vários aspectos – econômico, ambiental e comportamental.

    Além disso, de acordo com Garcia, é uma forma de atender às exigências de consumidores brasileiros e de países importadores de carne do Brasil, que têm se preocupado cada vez mais com as questões de bem-estar dos animais criados para a produção de alimentos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Entenda a importância do controle parasitário integrado em meses de temperatura e umidade do ar elevadas

    Estudos indicam que as perdas econômicas relacionadas a parasitos podem atingir cerca de U$ 14 bi por ano no Brasil

    Nos meses de temperatura e umidade do ar elevadas, o controle parasitário integrado torna-se crucial para assegurar a sanidade e o bem-estar do rebanho na bovinocultura. Estudos científicos indicam que as perdas econômicas relacionadas a parasitos externos e internos, como carrapatos, bicheiras e vermes, podem atingir cerca de U$ 14 bilhões por ano no Brasil, considerando queda na produção leiteira, danos ao couro e perdas de peso.

    Octaviano Pereira Neto, médico-veterinário e gerente técnico da Elanco Saúde Animal, destaca que o controle parasitário é um desafio constante para os pecuaristas, especialmente durante as altas temperaturas e umidade. Ele enfatiza a importância de adotar um protocolo de combate integrado capaz de lidar simultaneamente com diferentes parasitos.

    “Manejar um grande número de cabeças é uma operação complicada. O produtor que implementa o cuidado sanitário integrado economiza tempo, dinheiro e aumenta a produtividade, além de reduzir o estresse do animal”, afirma Octaviano. Ele defende o controle parasitário integrado como peça-chave para a produtividade do rebanho, otimizando investimentos em nutrição, o maior custo para os pecuaristas.

    A Elanco oferece o EzatectTM, uma solução que reúne moléculas como abamectina, doramectina e ivermectina, cada uma focada em um parasito específico. Essa formulação exclusiva, aliada a uma tecnologia de solubilização pioneira, proporciona ação eficaz, duradoura e excreção residual rápida. Octaviano destaca a importância de uma administração simples e fácil, sendo o EzatectTM de dose única e injetável, facilitando o manejo na fazenda.

    Além da estratégia integrada, Octaviano ressalta a importância do manejo preventivo, incluindo higienização das instalações, nutrição adequada e hidratação. A Elanco também capacita técnicos para apoiar a gestão de informações e acompanhar os resultados obtidos no controle parasitário integrado. “A gestão de dados é fundamental para a revisão de condutas e equações de aplicação”, conclui o médico-veterinário.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/