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  • Qualificação técnica para a Operação 365

    Técnicos habilitados serão certificadores do programa que busca melhorar a qualidade do solo e o sistema produtivo no Rio Grande do Sul

    A CCGL, através da Rede Técnica Cooperativa e da SmartCoop, em conjunto com a EMBRAPA e outras instituições parceiras, promoveu na quinta-feira (10/08) a qualificação técnica para 125 técnicos de 12 cooperativas associadas. A Operação 365 tem como objetivo estimular a melhoria da qualidade química, física e biológica dos solos agrícolas. Esta iniciativa visa elevar a sustentabilidade, a estabilidade produtiva das lavouras e maximizar a rentabilidade das propriedades rurais no Rio Grande do Sul.

    A qualificação desdobrou-se em duas partes distintas: sessões de palestras técnicas e diagnóstico de campo. Durante a manhã, os técnicos participaram de palestras abrangendo temas como o Manejo de Solos no Uruguai: da Investigação à Regulamentação, ministrada pelo Dr. Sebastian Mazzilli, Diretor do Sistema Agrícola-Ganadero. Geomar Corassa, Gerente de Pesquisa da CCGL, apresentou todos os detalhes da Operação 365 aos participantes. Na sequência, o Pesquisador da EMBRAPA Giovani Faé discutiu os fundamentos do IQM – Índice de Qualidade do Manejo e apresentou os Formulários de Avaliação. Posteriormente, Fernanda Toledo, Coordenadora de Difusão de Tecnologia, abordou a Gestão das Informações por meio da Plataforma Smartcoop.

    Na segunda metade do dia, os técnicos colocaram em prática suas habilidades, realizando diagnósticos de campo para avaliar as condições físicas e químicas do solo. A atividade abordou tópicos como a coleta adequada de amostras e a identificação da compactação do solo a campo. O Chefe-Geral da EMBRAPA Trigo, Jorge Lemanski, ressaltou a importância dessas análises, explicando como elas permitem interpretar as características físicas e químicas do solo, contribuindo para um manejo eficaz que aumente a produtividade e crie um ambiente resiliente às adversidades, como a estiagem. – Capacitar técnicos e agricultores com novos conhecimentos e intensificar a produção sustentável é o caminho para alcançar mais ganhos com menos riscos na atividade agropecuária, destacou Jorge.

    Os técnicos habilitados na qualificação serão certificadores pelo programa e poderão realizar avaliação em talhões de produtores associados às cooperativas. Para que o produtor receba o certificado, os talhões deverão ser cadastrados na Plataforma SmartCoop, que será o ambiente para o gerenciamento de dados registrados em cada talhão. A avaliação será feita através dos critérios do Índice de Qualidade do Manejo (IQM), estabelecido pela Operação 365. Nos critérios do IQM, são avaliados fatores como: diversificação de culturas, uso de plantas de cobertura, proteção e conservação do solo, qualidade física, química e biológica do solo, indicadores de custos e de rentabilidade, dentre outros.

    De acordo com o nível de certificação de cada talhão, o produtor estará apto a receber benefícios da cooperativa à qual é associado. Os benefícios têm como objetivo valorizar os produtores que realizam o manejo adequado, fomentando o aumento do uso de boas práticas agrícolas.

    Texto e foto: Divulgação CCGL

  • Clima beneficia soja dos EUA, mas escoamento preocupa

    Cerca de 54% da área cultivada com a oleaginosa foi classificada de boa a excelente, também dois pontos percentuais acima da semana anterior

    O boletim agrícola semanal de clima do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta terça-feira (8), mostra que 90% das lavouras de soja do país atingiram o estágio de floração, dois pontos percentuais à frente em relação ao ano passado.

    Cerca de 54% da área cultivada com a oleaginosa foi classificada de boa a excelente, também dois pontos percentuais acima da semana anterior.

    “Essa condição de melhora foi devido às chuvas que retornaram para a região, mas ainda de forma mal distribuída, com alguns pontos no cinturão de grãos registrando até alagamentos”, conta o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.

    Segundo ele, a tendência é de precipitações até o final desta primeira quinzena de agosto. “Apesar desses volumes serem tardios, ainda contribuem para a recuperação da soja. Nos próximos 14 dias, o percentual de lavouras boas e excelentes deve chegar aos 60%”, considera.

    chuva Estados Unidos

    Manchas em verde: chuvas acima da média. Cinza: dentro da média. Laranja: abaixo da média. Período de 14 a 18 de agosto

    Müller destaca que o solo ainda apresenta demanda hídrica. “O Rio Mississippi, inclusive, registra níveis de cerca de três a seis metros abaixo do registrado em 2019 e 2020, o que ameaça prejudicar o transporte fluvial. Lembrando que trata-se de um importante canal de escoamento da safra de soja, altamente dependente desta rota”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Monitor de Secas indica abrandamento do fenômeno

    O mais recente relatório do Monitor de Secas do Brasil, da ANA, aponta melhoria nas condições da Região Sul do país

    O mais recente relatório do Monitor de Secas, responsável por avaliar a evolução das condições de seca no país, traz notícias positivas para a Região Sul do Brasil.

    Durante o período de maio a junho, observou-se um significativo abrandamento da seca no estado do Rio Grande do Sul, com a área afetada pela seca moderada diminuindo de 56% para 49% de seu território.

    No entanto, o cenário permaneceu estável em Santa Catarina, onde apenas uma seca fraca foi registrada nos dois meses analisados.

    No Paraná, por outro lado, houve um retorno do fenômeno após uma ausência desde fevereiro, com uma incidência de seca fraca em 5% do estado.

    A melhoria das condições no Rio Grande do Sul teve impacto na região Sul como um todo, resultando na redução da área de seca moderada e sinalizando um alívio regional no período analisado.

    Evolução das Condições em Cada Estado da Região Sul:

    • Santa Catarina: Houve um aumento leve na área afetada pela seca, passando de 32% para 34% de seu território.
    • Paraná: Após uma ausência desde fevereiro, houve um retorno da seca fraca em 5% do estado.
    • Rio Grande do Sul: Embora tenha mantido seca em 100% de seu território durante maio e junho, houve uma redução significativa na área de seca moderada.

    O relatório atualizado do Monitor de Secas revela que três estados – Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo – testemunharam um abrandamento na severidade da seca entre maio e junho. Em contrapartida, a seca tornou-se mais intensa em três outros estados: Bahia, Pará e Tocantins.

    A severidade da seca permaneceu constante em 17 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

    O Ceará continua a ser o único estado livre do fenômeno, enquanto o Paraná viu o seu retorno.

    Na análise comparativa entre maio e junho, oito estados experimentaram uma redução na área afetada pela seca: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Em contraste, nove estados testemunharam um aumento na área afetada: Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Seis unidades da Federação mantiveram a estabilidade na área afetada pela seca em maio: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Durante esse período, a seca não afetou o Ceará, mas retornou ao Paraná.

    Em maio, duas unidades da Federação, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul, enfrentaram seca em 100% de seus territórios. É importante observar que percentuais acima de 99% são considerados como abrangendo a totalidade dos territórios afetados pela seca. Nos demais estados, os percentuais variaram de 0% a 87%.

    secas

    Abrangência da Seca

    Quanto à análise territorial de cada unidade da Federação, o Amazonas liderou a área total afetada pela seca em junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No período entre maio e junho, a área afetada pelo fenômeno aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a aproximadamente 53% do território brasileiro.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: agentes seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras

    Os agentes estão monitorando o desenvolvimento das lavouras de trigo no Hemisfério Sul, enquanto preços no Brasil são afetados por falta de acordo de exportação entre Rússia e Ucrânia

    Agentes do agronegócio seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras de trigo no Hemisfério Sul, com especial atenção ao cenário brasileiro, conforme indicam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP).

    Pelas informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o panorama mostra que, até 22 de julho, 97,9% das lavouras de trigo do Brasil já haviam sido semeadas, sinalizando um estágio avançado das atividades.

    Em um cenário mais detalhado, a reta final das atividades de trigo mostra-se mais evidente nos estados do Rio Grande do Sul, onde 97% das lavouras já foram semeadas, e em Santa Catarina, com 78% de seu plantio completo. Essas regiões são de suma importância para a produção nacional e a eficiência do plantio até o momento é motivo de otimismo para os produtores.

    Entretanto, um desafio se apresenta no mercado de trigo brasileiro. Os moinhos têm se abastecido ocasionalmente, o que demonstra certa instabilidade no fornecimento. Por outro lado, os produtores estão adotando uma postura mais cautelosa, aguardando possíveis valorizações após a não renovação do acordo de exportação de grãos entre Rússia e Ucrânia.

    Além disso, a não renovação deste acordo, entre dois dos maiores produtores e exportadores de trigo do mundo, tem impactado as perspectivas de preço no mercado brasileiro. Com a incerteza sobre o fluxo de grãos no cenário internacional, os produtores nacionais preferem adotar uma posição de expectativa, na tentativa de obter melhores condições de venda.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Como a soja se comportou no mês de julho e o que está por vir

    Comportamento favorável do mercado doméstico esteve ligado ao desempenho dos contratos futuros, que subiram 4,07% no mês

    Os preços da soja se recuperaram em julho no mercado brasileiro, acompanhando a melhora do cenário externo. Com isso, os produtores aproveitaram o momento favorável e comercializaram bons volumes.

    As primeiras indicações para a próxima temporada são de safra recorde e exportações beirando a casa de 100 milhões de toneladas.

    Soja valorizou na semana

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 152,00 no dia 27, com valorização
    de 9,35% na comparação com 30 dias atrás.

    Já em Cascavel (PR), o preço subiu 10%, chegando a R$ 143. Em Rondonópolis (MT), a cotação avançou 11,3% para R$ 128.

    No Porto de Paranaguá, por sua vez, foi registrada valorização de 9,29% ante 27 de junho, chegando a R$ 153.

    Fatores que levaram à alta

    O melhor comportamento do mercado doméstico esteve ligado ao desempenho dos contratos futuros
    na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

    No período, os vencimentos de novembro subiram 4,07%, atingindo a casa de R$ 13,98 por bushel. Nas máximas do mês, a referência foi superior a US$ 14,20.

    A elevação no exterior decorre do “mercado de clima”. As projeções de poucas chuvas e temperaturas elevadas está fazendo com que se revise para baixo o potencial produtivo da safra norte-americana.

    Além disso, logo na abertura do mês, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu ao indicar uma área plantada bem abaixo da projetada pelo mercado.

    Exportações de soja

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima das 95 milhões indicadas para 2023.

    A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 4% entre uma temporada e outra.

    A consultoria indica esmagamento de 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53,4 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 3% entre uma temporada e outra. Safras não aponta importações para
    2024 e manteve estimativa de 150 mil toneladas para 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 7%, passando para 171,531 milhões de toneladas. A demanda total está projetada em 157,7 milhões de toneladas, crescendo 4% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão subir 70%, passando de 8,13 milhões para 13,831 milhões de toneladas.

    Produção de farelo e óleo

    Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 42,3 milhões de toneladas em 2024, subindo 3%. As exportações deverão cair 2% para 21,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 20 milhões, aumentando 8%. Os estoques deverão subir 31% para 3,34 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja, por sua vez, deverá aumentar 2% para 11,1 milhões de toneladas. O Brasil
    deverá exportar 2,2 milhões de toneladas, com queda de 12%.

    Já o consumo interno deve subir 5% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 13% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 21% para 295 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: após anos complicados, produtores devem se reerguer, diz Senar-RS

    Redução nos custos de produção agora possibilita aos sojicultores enxergar um cenário mais positivo, acredita superintendente do órgão

    A descapitalização gerada pelas quebras consecutivas na safra de soja colocou muitos agricultores em situação de endividamento, dificultando ainda mais a tomada de decisões para o plantio da nova safra.

    A declaração é do vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Elmar Konrad, em coletiva de imprensa com a Fundação Pró-Sementes para apresentar os resultados do Ensaio de Cultivares em Rede (ECR) da safra de soja 2022/23, nesta última quarta feira (26).

    “A ausência de recursos destinados ao Seguro Rural no Plano Safra deste ano é uma questão que consideramos de extrema importância, principalmente para o estado do Rio Grande do Sul, onde temos enfrentado tantos problemas, afirmou.

    Custos de produção nas alturas

    A conjuntura negativa que se instaurou no setor agrícola no Rio Grande do Sul foi excepcional em relação ao país todo. Essa é a opinião do superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Rio Grande do Sul (Senar-RS), Eduardo Condorelli.

    “Os custos de produção alcançaram patamares históricos, chegando a ser 45% superiores aos valores do ano anterior. E com uma terceira seca nos últimos quatro anos, o que prejudicou ainda mais a produtividade”, explicou.

    Outro aspecto impactante relatado por Condorelli foi a desvalorização dos preços da soja. O produto que era cotado a R$ 200 por saca no porto de Rio Grande, viu seu valor cair para cerca de R$ 130.

    Cenário mais positivo para a soja

    Porém, o superintendente também disse que a estrutura de oferta e demanda continua mantida, e os clientes permanecem ativos.

    “Nos últimos tempos, houve uma redução nos custos de produção, como os preços dos fertilizantes e das sementes diminuindo significativamente. Esses fatores possibilitam aos produtores enxergar um cenário mais positivo para o novo ciclo de investimento e resultados”, afirma.

    De acordo com ele, esse novo ciclo pode apresentar condições razoáveis para os negócios.

    Segundo Condorelli, o setor ainda precisa se recuperar das tempestades enfrentadas. No entanto, a expectativa de custos mais baixos e preços mais atrativos para a soja pode ser um alívio para os produtores que buscam reerguer suas atividades.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja impulsiona crescimento de 50% do mercado de defensivos

    Levantamento da consultoria Kynetec mostra a oleaginosa na posição de principal cultivo da indústria do setor, seguida do milho e da cana-de-açúcar

    Com aumento de 6% na área plantada de soja na safra 2022/23, que ultrapassou 44 milhões de hectares, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os defensivos agrícolas para a cultura movimentaram US$ 11,4 bilhões, alta de 50% ante o ciclo anterior (US$ 7,657 bilhões).

    Os dados são do levantamento FarmTrak, da consultoria Kynetec. A oleaginosa, diz a empresa, segue na posição de principal cultivo da indústria do setor, seguida do milho e da cana-de-açúcar.

    De acordo com o gerente de contas da Kynetec, Lucas Lima Alves, os herbicidas foram os produtos mais demandados:

    • Corresponderam a 35% das vendas ou US$ 4,1 bilhões, elevação de 70%, em dólar, ante a safra 2021-22 (US$ 2,391 bilhões).

    mercado de defensivos para a soja

    “Historicamente, a categoria dos fungicidas vinha liderando o ranking de agroquímicos mais representativos na soja”, informa ele.

    Aumento dos herbicidas

    Os herbicidas tiveram o preço empurrado para cima em virtude do aumento do custo de insumos das moléculas-chave ao manejo da lavoura, inclusive glifosatos, responsáveis por quase 60% das transações do segmento, de acordo com Alves.

    “O FarmTrak constatou que o produtor tem aumentado a utilização de herbicidas específicos, como graminicidas, pré-emergentes. A adoção de produtos para folhas estreitas avançou de 46%, em 2018/19, para 77% em 2022/23”, exemplifica.

    O executivo salienta, também, que a utilização de herbicidas específicos pelo produtor avançou em toda a fronteira agrícola, tendo em vista ervas de difícil controle, como capim-amargoso, milho-tiguera, capim-pé-de-galinha e outras.

    evolução de uso graminicidas

    “Os pré-emergentes residuais também subiram em adoção, para 45%, frente a 34% de 2020/21. Tais produtos auxiliam no controle do banco de sementes, evitando a rebrota de plantas daninhas”, comenta Alves.

    Fungicidas e inseticidas para a soja

    Conforme o FarmTrak Soja 2022/23, os fungicidas ficaram na segunda posição entre os agroquímicos mais aplicados na oleaginosa. Assim, a comercialização totalizou:

    • US$ 3,7 bilhões, 33% do total, contra US$ 2,613 bilhões da safra passada, um crescimento de 43%.

    Terceira categoria do levantamento, a dos inseticidas também tracionou o desempenho do setor:

    • Atingiu 21% do montante ou US$ 2,4 bilhões, frente a US$ 1,721 bilhão do ciclo anterior, salto de 40%.

    Complementam o levantamento da Kynetec – resultante de entrevistas pessoais junto a 3,7 mil sojicultores -, os produtos para tratamento de sementes, nematicidas e outros que, somados, movimentaram cerca de US$ 1,2 bilhão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Medidas integrativas complementares no controle da cigarrinha em produção de milho

    Eliminação do milho tiguera, tratamento de sementes, aplicações de defensivos químicos e biológicos, uso de híbridos de milhos tolerantes ao complexo de enfezamento ajudam a combater a praga, segundo especialista em milho

    A proliferação da cigarrinha (Dalbulus maidis), inseto vetor e disseminador do complexo de enfezamento do milho, pode reduzir a produção de grãos em até 70%, segundo a Embrapa, trazendo prejuízos diversos aos produtores rurais. Atentos ao problema, especialistas e entidades do setor buscam a conscientização dos agricultores para que adotem medidas preventivas de forma integrada, visando controlar a praga. Uma das ações essenciais é a eliminação de plantas de milho voluntário (Tiguera ou guaxo), visando combater o enfezamento.

    Os indicadores de que algo não vai bem com o cultivo são visíveis: plantas mortas, dobrando com o vento e grãos chochos ou malformados, devido ao complexo de enfezamento. O milho tiguera são todos os grãos de milho que acabam ocorrendo, principalmente, nas áreas agrícolas, após a safra do milho e que são perdidos durante o processo de colheita, bem como partes de sabugos com grãos de milho que nascem de forma natural, aleatória, nas áreas agrícolas.

    “Ele acaba servindo de ponte verde entre uma safra e outra, abrigando tanto o inseto quanto os agentes causais das doenças: o enfezamento vermelho, enfezamento amarelo (pálido) e o vírus do raiado fino (vírus da risca). Por isso, ele precisa ser eliminado”, adverte o especialista em cultura do milho da Bayer, Paulo Garollo. “Ao se alimentar de uma planta contaminada com uma das doenças, a cigarrinha pode se infectar e transmitir os três agentes juntos”, completa.

    O maior problema, segundo ele, é que esta praga é resistente. Estudos da Embrapa mostram que em plantas como milheto, a cigarrinha sobrevive por até cinco semanas sem se alimentar, tempo o bastante para aguardar o milho tiguera aparecer e fazer a ponte verde para a próxima safra. “Por isso é importante controlar o milho assim que ele surgir, usando herbicidas graminicidas”, recomenda Garollo.

    Conforme o especialista, é possível prevenir o aparecimento da praga adotando medidas integradas, que precisam começar muito antes da erradicação do milho tiguera. “O produtor deve usar o tratamento de sementes, aplicações de defensivos químicos e biológicos de forma estratégica, uso de híbridos de milhos mais tolerantes ao complexo de enfezamento, ajuste da época de plantio (evitando plantios tardios) e não realizar plantios consecutivos de milho”, cita Garollo.

    Outro ponto importante mencionado pelo especialista é que durante a colheita, o produtor precisa ficar atento à regulagem adequada das máquinas, evitando que caiam muitos grãos no campo, ou mesmo a quebra de espigas, contendo grãos que irão germinar. “Essa germinação pode acontecer até 15 dias depois, por isso é necessário monitorar as áreas após a colheita”, recomenda. E em regiões que passam extensos períodos de estiagem durante o inverno, o milho pode esperar a chuva para crescer, caso de áreas como o Centro-Oeste e Sudeste, em Minas Gerais.

    Tempo determina controle químico da praga
    Herbicidas graminicidas podem ser usados para o controle químico da praga, porém é preciso observar o estádio fenológico do milho tiguera, pois sua ação é efetiva quando aplicada nos primeiros estádios vegetativos da planta (de duas a três folhas). “Quanto mais tarde e mais avançado o crescimento das plantas guaxas, mais difícil será o controle, pois os gastos tendem a aumentar também, tornando o prejuízo maior”, afirma Garollo.

    De acordo com o especialista, tanto graminicidas do grupo químico Ariloxi-Fenoxi Propionatos (FOPs) quanto Oxima Ciclohexanodionas (DIMs) apresentam ótima eficiência no controle da tiguera do milho até o estádio vegetativo de 4 folhas. “Mas se o produtor deixar para controlar o milho tiguera em estádios fenológicos maiores, terá de usar os graminicidas com dosagens maiores, de acordo com o estádio específico no momento da aplicação; provável preferência para os FOPs, que são mais efetivos em nível de campo nas plantas de milho, em relação aos DIMs, por exemplo”, adverte”, adverte.

    Apesar de complexo, o produtor conta com aliados na hora de combater a praga. “Para acompanhar o que está ocorrendo, ele deve procurar a orientação de um engenheiro agrônomo e seguir as regras de aplicação do que for receitado, observando as condições climáticas adequadas, escolha da ponta certa de aplicação, cobertura de gotas, pressão, volume de calda, entre outros detalhes. Assim, adotar medidas em conjunto é essencial para interromper esse ciclo”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: guerra na Europa impacta nos preços

    O mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia

    Na última semana, o mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia.

    A não renovação do acordo por parte da Rússia, que alegou descumprimento de cláusulas por parte do país vizinho, levou a um aumento significativo nos preços externos do cereal. O que consequentemente gera preocupações em relação à disponibilidade do trigo para suprir a demanda mundial.

    De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a interrupção desse acordo bilateral trouxe incertezas ao mercado global de trigo, pois ambos os países são grandes players na exportação do grão.

    Além disso, a região do Mar Negro é uma importante rota de escoamento para os grãos produzidos na região.

    Ou seja, a sua suspensão pode afetar o abastecimento em diversos países que dependem dessas exportações.

    A elevação dos preços externos do trigo reflete também no mercado interno. Segundo dados levantados pelo Cepea, as cotações do cereal tiveram uma expressiva alta, influenciada diretamente pela conjuntura externa. Com isso, o cenário gera preocupações entre os setores alimentícios e agroindustriais no país, que dependem desse importante insumo.

    Brasil afetado?

    No entanto, especialistas ressaltam que, apesar do impacto da suspensão do acordo Rússia-Ucrânia nos preços do trigo, o Brasil não deve enfrentar uma crise de abastecimento.

    Isso se deve ao fato de a Ucrânia não figurar entre as principais origens do trigo importado pelo país.

    Além disso, a produção nacional de trigo tem apresentado crescimento consistente nas últimas safras, o que fortalece a autonomia do Brasil na produção desse grão fundamental.

    Ainda assim, as preocupações em relação à disponibilidade global do trigo persistem, principalmente diante do aumento da demanda em âmbito internacional.

    Outros países importadores podem enfrentar maiores desafios para garantir seus suprimentos, e eventuais problemas na produção de outras nações exportadoras poderiam agravar ainda mais a situação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Boa demanda externa impulsiona preços do arroz brasileiro

    Com a demanda externa aquecida e baixa oferta, cotações do grão registram aumento no mercado nacional; restrições nas exportações da Índia podem impulsionar ainda mais os valores globais

    A procura em alta pelo arroz produzido no Brasil em mercados internacionais tem sido um dos principais fatores impulsionadores dos preços do cereal, de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

    Aliado a isso, a oferta reduzida tem contribuído para a valorização do produto no mercado nacional.

    Mercado internacional de arroz

    Além dos fatores internos, o cenário internacional também tem sua parcela de influência nos preços, de acordo com o Cepea. Com as restrições impostas pela Índia às exportações de arroz, os especialistas preveem que o panorama global pode experimentar um aumento nas cotações.

    Isso se deve ao fato de a Índia ser o maior fornecedor mundial do cereal, e suas limitações podem criar uma demanda ainda maior por parte de outros países, elevando os valores do produto no mercado internacional.

    Nos últimos dias, o indicador Cepea/Irga-RS, que representa a média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, um importante polo produtor de arroz no Brasil, alcançou o patamar de R$ 85 por saca de 50 kg. Esse valor não era observado desde meados de maio deste ano e reflete o momento positivo para os produtores, impulsionado pelas condições favoráveis no mercado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/