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outubro 2022

  • Custo Operacional da pecuária leiteira cai pelo terceiro mês consecutivo

    Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira – considerando-se a “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) – caiu 0,34%

    O Boletim do Leite de outubro, publicado pelo Cepea/Esalq, apontou que, em setembro, o pecuarista precisou de 27,5 litros de leite para a aquisição de uma saca de milho, contra 23,1 litros no mês anterior. Isto evidenciou uma piora no poder de compra do produtor em relação ao período anterior.

    Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira – considerando-se a “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) – caiu 0,34%. Trata-se do terceiro mês consecutivo de baixa.

    Os combustíveis, adubos e defensivos foram os grupos de custos que recuaram e influenciaram a queda no COE no mês. De julho a setembro, o custo acumula retração de 1,17%, mas, em 2022, ainda se verifica avanço, de 3,13%. Ressalta-se, contudo, que a receita (preço do leite pago ao produtor) também caiu nos últimos meses.

    Preço do leite ao produtor cai 

    O preço do leite captado em agosto e pago aos produtores em setembro registrou queda de 14,4% (ou de 51 centavos por litro) frente ao mês anterior, chegando a R$ 3,0476/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea.

    Em relação à média de setembro do ano passado, contudo, observa-se aumento de 19,4%, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/22).

    Essa diferença anual pode diminuir até o final do ano, já que o movimento de baixa deve se intensificar em outubro.

    Derivados lácteos seguem em desvalorização

    O mercado lácteo em setembro manteve a tendência baixista observada em agosto. O menor poder de compra do brasileiro e os elevados patamares de preços dos lácteos vêm desestimulando o consumo desde agosto e sustentando a desvalorização dos derivados.

    Ademais, o aumento das importações e a recuperação da produção nacional têm elevado o volume ofertado, possibilitando crescimento de estoques frente à demanda desaquecida e reforçando o movimento de queda nas cotações.

    Aumento das exportações

    As exportações e importações de produtos lácteos aumentaram em setembro, de acordo com dados da Secex.

    Contudo, a balança comercial registrou seu maior déficit desde janeiro de 2000, quando o Cepea iniciou o monitoramento do mercado internacional de lácteos.

    Em termos de receita, o saldo ficou negativo, registrando US$ 99,6 milhões, aumento de 7,2% em relação ao déficit de agosto e mais que o triplo do registrado em setembro de 2021.

    Em volume, o déficit chegou a 195,4 milhões de litros em equivalente leite, 15% maior que o de agosto/22 e mais que o dobro do verificado no mesmo período do ano passado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • MUDA TUDO: El Niño pode voltar em 2023?

    Há risco elevado de desenvolvimento de El Niño como provável após meados de 2023
    Aumentou em 75% a chance de que o La Niña continue presente durante os próximos meses de dezembro de 2022 e em janeiro e fevereiro 2023. No entanto, após o fim do fenômeno climático e algum período de neutralidade, começam a surgir chances da volta do El Niño.

    A previsão veio do Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade para (IRI, na sigla em inglês), da Universidade de Columbia. De acordo com a meteorologista Cindy Fernández, do Servicio Meteorológico Nacional (SMN) argentino, “quando chegar o verão, o que se observa nas previsões é que [La Niña] tenderá a enfraquecer, pelo que começarão a atuar outros fatores que irão contribuir ou inibir seus efeitos”.

    Outra agência que já projeta o El Niño no longo prazo é a Climate Impact Company, que prevê esse fenômeno climático se formando no final de 2023. “No início do próximo ano, desaparecerá o padrão SSTA muito quente, reforçado pelo dipolo negativo do Oceano Índico (-IOD) no extremo leste do Oceano Índico equatorial”, apontam os meterologistas.

    De acordo com eles, no momento, as “águas super-quentes ao norte e noroeste da Austrália estão alimentando a convecção, que inclui correntes de ar ascendentes. Esse ar ascendente é substituído por ventos alísios aprimorados do leste. Essa troca levanta água fria no centro/leste equatorial do Oceano Pacífico para manter o La Niña. No entanto, esse acelerador ENSO enfraquece e desaparece nos meses de Fevereiro e Março do próximo ano. Consequentemente, o La Niña também deve acabar”.

    “O que se segue? Um risco de 2 em 3 de desenvolvimento de El Niño como provável após meados de 2023. Conclusão: Uma vez que o SSTA super quente no extremo leste equatorial do Oceano Índico/oeste do Oceano Pacífico recue, o mecanismo que impulsiona o La Nina deve diminuir. O catalisador para essa mudança é a dissipação do padrão -IOD em janeiro. O ENSO tem caráter natural para oscilar de uma fase para a fase oposta e esse caráter deve estar em vigor para o final de 2023”, concluem os meteorologistas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Brasil e Alemanha estreitam relação pela soja convencional

    Instituto Soja Livre e VLOG, da Alemanha, devem cooperar entre si para levar informações ao mercado europeu
    A soja convencional brasileira é transformada em ração e alimenta animais que estão na mesa de milhares de europeus. O continente é o principal mercado de soja não-geneticamente modificada, pois seus habitantes exigem que os alimentos sejam altamente sustentáveis. Neste sentido, a troca de informações que reflitam a real demanda externa dos produtos oriundos da soja não-transgênica é relevante para ambos os lados, conseguindo desta forma melhor estabilidade do mercado.

    De acordo com o Instituto Soja Livre, a agricultura brasileira é sustentável e, especificamente a soja convencional, segue os critérios da legislação brasileira e também dos clientes internacionais. Entretanto, para melhorar a comunicação da forma de produzir no Brasil, o Instituto Soja Livre se reuniu nesta sexta (14) com Michael Suedbeck, membro do Conselho da Associação Alemã do Setor de Produção e Varejo de Alimentos Não-Transgênicos (VLOG).

    “Queremos consolidar o canal de comunicação entre Brasil e Europa com informações precisas e desfazer alguns enganos propagados no exterior”, diz César Borges, presidente do Instituto Soja Livre. O diretor de Relações Internacionais do ISL, Endrigo Dalcin: “os agricultores brasileiros produzem com sustentabilidade e queremos estreitar a cooperação entre estes dois elos”.

    Michael Suedback explica que a VLOG é a entidade responsável pela rotulagem dos alimentos que são produzidos livres de transgenia na Alemanha. São selos para alimentos humanos e ração animal.

    “É importante que o Brasil esteja presente na Europa, como em eventos que estamos programando, para desfazer informações errôneas que são despejadas na população em geral. E também para a cadeia produtiva que está na Alemanha, desde o produtor de ração até o consumidor final, passando pelos frigoríficos, abatedouros e supermercados”, explica Suedback.

    O consultor Fernando Naufall avalia como positiva a aproximação entre as associações brasileira Instituto Soja Livre e a alemã VLOG. “Saímos otimistas pela rica troca de informações e para uma série de reuniões e eventos que levarão a um caminho aberto para os agricultores brasileiros”, diz. Já Johnny Drescher, consultor que mora na Europa há mais de uma década, esclarece que não há mais cadeia que não tenha rastreabilidade e, por isso, é tão importante a informação correta sobre o mercado brasileiro de soja não-transgênica.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Temperatura do solo pode prever pragas nas culturas

    Maior sucesso no inverno pode expandir as áreas onde a praga pode viver

    Um novo estudo da North Carolina State University mostra que a temperatura do solo pode ser usada para monitorar e prever efetivamente a propagação da lagarta do milho ( Helicoverpa zea ), uma importante praga que devasta milho, algodão, soja, pimentão, tomate e outras hortaliças. A capacidade de monitorar melhor a praga e fazer previsões sobre onde ela aparecerá pode ajudar os agricultores a controlar a praga de forma mais eficaz, o que reduziria os impactos financeiros e ambientais do uso de pesticidas.

    Os pesquisadores combinaram dados históricos de temperatura do solo com dados de monitoramento de longo prazo da lagarta do milho e informações sobre como a praga sobrevive a condições frias em um ambiente de laboratório para entender melhor o ″sucesso do inverno″ ou quão bem a praga pode sobreviver no subsolo durante os meses mais frios do inverno.

    Maior sucesso no inverno pode expandir as áreas onde a praga pode viver e prosperar, dizem os pesquisadores, pois a praga pode migrar por longas distâncias. Geralmente, um maior sucesso de hibernação em latitudes mais ao norte aumenta o potencial de danos às culturas por essa praga mais ao norte. As mudanças climáticas também afetam o sucesso do inverno. “À medida que o clima muda, as zonas de hibernação provavelmente se deslocarão para o norte”, disse Anders Huseth, professor assistente de entomologia da NC State e outro autor co-correspondente do artigo.

    ″Agora gostaríamos de apresentar uma ferramenta de previsão melhor para essa praga, juntamente com um modelo de previsão de risco, para fornecer aos produtores melhores informações sobre a disseminação da praga. O sucesso aqui poderia reduzir os custos para os agricultores e os pesticidas no meio ambiente”, conclui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Glifosato proibido a partir de Dezembro na UE

    A Comissão Europeia vai agora tentar reverter a decisão no comitê de recursos
    Não foi renovada a autorização do uso do herbicida glifosato, cujo prazo de validade termina dentro de cerca de dois meses, em meados do mês Dezembro de 2022. A proposta de extensão temporária de um ano não obteve a maioria necessária de estados-membros para ser aprovada na votação dos estados-membros no Comité Permanente da Comissão Europeia sobre Plantas, Animais, Alimentos para Consumo Humano e Animal (SCOPAFF, na sigla em inglês).

    Apesar de a maioria dos estados-membros do bloco europeu apoiarem a renovação, Croácia, Luxemburgo e Malta votaram contra. Por sua vez, França, Alemanha e Eslovênia abstiveram-se de votar, o que acabou derrotando a proposta de extensão de registro temporário na UE do herbicida mais usado no mundo.

    A Alemanha justificou sua abstenção argumentando que não queria “atrapalhar a prorrogação pela Comissão Europeia (CE)”, o órgão executivo do bloco europeu. Isso porque o governo alemão já havia decidido proibir o glifosato em seu território, o que fará gradualmente a partir de 1º de janeiro de 2024.

    O impasse da autorização do glifosato surgiu com o atraso da reavaliação do pesticida por parte da Autoridade Europeia da Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês). De acordo com o órgão regulador da UE, o processo só poderia ser concluído em julho de 2023, mais de meio ano após a data de validade da autorização atual.

    A Comissão Europeia vai agora tentar reverter a decisão no comitê de recursos da União Europeia e, caso não tenha sucesso, submeterá a decisão ao Colégio de Comissários.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Controle natural de nematoides: Saiba o POTENCIAL desse mercado

    Vários fatores convergem para uma demanda crescente por essas soluções naturais

    A produção de bionematicidas vem ganhando força acompanhando o aumento da produção de milho em todo o mundo, aponta levantamento da Global Market Insights. De acordo com eles, o tamanho do mercado para esses produtos de controle natural de nematoides atingirá mais de US$ 209,1 milhões até 2024.

    Segundo o estudo, o setor vem sendo impulsionado pela rápida industrialização, juntamente com a diminuição da disponibilidade das áreas para cultivo e do rendimento das culturas. Outro fator são as limitações dos nematicidas químicos, devido aos perigos inerentes, o que aumentou o interesse em ferramentas de manejo ambientalmente corretas.

    “Consequentemente, espera-se que o mercado de bionematicidas registre uma expansão em ritmo constante nos próximos anos, pois esses organismos são benéficos não apenas para a saúde do solo, mas também para o meio ambiente. Os bionematicidas […] atuam de forma sinérgica e aditiva com diversos outros insumos agrícolas, marcando sua presença em programas de manejo integrado de pragas (MIP)”, projeta a Global Market Insights.

    O levantamento aponta que vários novos bionematicidas foram introduzidos ultimamente. Há um movimento de diversos fabricantes que estão se concentrando cada vez mais em ações de marketing baseadas no crescimento inorgânico para fortalecer sua presença comercial. As gigantes agroquímicas estão comprando fabricantes menores e agregando essas soluções a seus portfólios.

    O mercado de bionematicidas também está impulsionando o aumento de programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o aproveitamento de nematicidas fúngicos e bacterianos no cultivo sustentável. Além disso, há rápido avanço na biotecnologia, bem com um crescente suporte regulatório para inovações – todos esses fatores que convergem para o aumento do mercado de bionematicidas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Produtores de milho do Sul adotam cautela diante de clima e custos elevados

    Semeadura da primeira safra do cereal na região tem enfrentado problemas com chuva, frio e cigarrinha

    A apreensão com o comportamento do clima, em ano de custos recordes, está levando muitos agricultores da região Sul do Brasil a adotarem a cautela como ingrediente nesta nova safra de milho. Produtores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina revelam haver dificuldades com excesso de chuvas, frio no solo, além de problemas com a cigarrinha.

    No Paraná o plantio do milho primeira safra 2022/23 encontra-se com pequeno atraso no comparativo com os trabalhos nesta época na temporada passada. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Otávio Canesin, o atraso é reflexo das chuvas que caem no estado nos últimos dias.

    “A área de semeadura [da primeira safra] deve ficar em torno de 400 mil hectares, com uma previsão de produção estimada em 3,9 milhões de toneladas”, comenta Canesin. Ele pontua que somando as projeções para a segunda safra a produção total no Paraná deve ficar em torno de 19 milhões de toneladas.

    De acordo com o produtor no município paranaense de Castro Paulo Bertolini, a melhor época de plantio em sua região, para que se tenha melhores resultados, é entre os dias 15 de setembro e 15 de outubro.

    “Neste ano nós estamos tendo muitas dificuldades com a plantação da cultura do milho. Inicialmente em função de um frio intenso. Chegamos até a ter uma geada leve no final de setembro e, depois disso, muita chuva”, diz Bertolini, que revela ainda verificar grande incidência de cigarrinha nas plantas.

    Santa Catarina também registra chuvas na semeadura

    Em Santa Catarina, a previsão é plantar cerca de 800 mil hectares com milho na primeira safra. As expectativas por lá, conforme o produtor de Campos Novos, Alexandre Di Domênico, são de uma super safra.

    “O desenvolvimento das lavouras está ocorrendo de uma forma normal, apesar dessa semana que passou com muita chuva. Chuvas com alta densidade, havendo problemas de enchentes em algumas cidades”, comenta Di Domênico.

    Área de milho no Rio Grande do Sul é mantida

    No Rio Grande do Sul a área destinada ao milho primeira safra 2022/23 foi mantida em aproximadamente 870 mil hectares. Segundo o produtor Carlos Alberto Fauth, de Passo Fundo, a decisão pela manutenção é diante do clima.

    “Não vai haver ampliação da área de milho devido a última seca da safra 2021/22, onde houve uma perda de 70% da área. Então, o produtor esse ano, pelos custos de produção, manteve a sua área e vai ampliar em algumas regiões a área da cultura de soja”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Inclusão de alimentos fibrosos na dieta de bezerros leiteiros

    A introdução de alimentos sólidos na dieta de bezerros é um fator crucial para que os animais se tornem, de fato, seres ruminantes, uma vez que dietas líquidas não são capazes de estimular o desenvolvimento ruminal, além de atrasar as atividades de ruminação e mastigação (Cozzi et al., 2002).

    Para que essa transição ocorra, primeiramente, é necessário que o rúmen do animal, até então inativo, se torne capaz de metabolizar e absorver os nutrientes ofertados, através do desenvolvimento das papilas ruminais, estimuladas fisicamente pelos alimentos concentrados, e da fermentação microbiana, oriunda da microbiota ruminal que irá se formar (Leão, 2017).

    Já a inclusão de alimentos fibrosos promove o desenvolvimento da parede muscular ruminal, a integridade do epitélio do rúmen, mantem o pH ruminal mais elevado, devido ao seu perfil de fermentação, e proporciona efetiva ruminação ao final do período de aleitamento, que ocorre em torno de 12 semanas de vida. Isso garante que, após este período, os pré-estômagos do animal tenham características, proporções, frequência e formas dos ciclos de motilidade semelhantes à vida adulta (Berchielli et al., 2011).

    Por isso, é necessário determinar o nível ideal e o momento adequado para a inclusão de forragem na dieta de bezerros (Aragona et al., 2020).

    A grande maioria das fazendas leiteiras adotam o feno como volumoso de escolha para introdução de forragem na dieta sólida dos animais (Khan et al., 2011). É importante ressaltar que a forragem escolhida deve ser de boa qualidade e possuir adequada porcentagem de fibra em detergente neutro (FDN; componente principal do alimento fibroso). Caso contrário, o volumoso será ineficiente para o desenvolvimento ruminal e na digestibilidade dos nutrientes, podendo também causar queda no consumo de alimento (Berchielli et al., 2011).

    A suplementação com feno picado, para bezerros ainda em aleitamento, com acesso ilimitado a concentrado e água, pode promover melhor ingestão voluntária de sólidos, sendo benéfico para a formação do rúmen e retículo, sem afetar o ganho de peso (Khan et al., 2011). Além disso, após desaleitados, esses animais podem apresentar maior consumo e parâmetros de desenvolvimento corporal superiores aos animais que consumiram apenas concentrado (Khan et al., 2016).

    Seguindo a recomendação de Davis e Drackley (1998) para o teor de fibra no concentrado de bezerros entre 16% e 15% de FDN da dieta, Virgínio Jr. (2020) avaliou a inclusão de feno de coast-cross com 22% de FDN ou casquinha de soja com 31% de FDN, no concentrado inicial de bezerros com 8 semanas de idade. A introdução do feno na dieta sólida dos bezerros resultou em maior diversidade na microbiota fecal dos animais, sugerindo efeitos importantes na composição da microbiota intestinal, que podem acarretar em melhor desempenho e saúde animal.

    Castells et al. (2012) avaliaram a inclusão de diferentes fontes de forragem picada no desempenho alimentar de bezerros de 3 semanas de vida, sendo as forragens analisadas: feno de alfafa, centeio ou de aveia, palha de cevada e silagem de milho ou de triticale. ,

    Os resultados obtidos indicam que a suplementação volumosa pode promover aumento no consumo de concentrado, porém que, forragens frescas (com alta palatabilidade) ou palha (baixa digestibilidade) podem contribuir para o rápido enchimento ruminal e, consequentemente, deprimir o consumo.

    O fornecimento de feno picado ou de silagem melhorou o consumo de concentrado e o desempenho dos animais, sem prejudicar a digestibilidade dos nutrientes.

    O acúmulo de material forrageiro de baixa digestão ou a inclusão de forrageiras, na dieta, quando as papilas ruminais ainda não estão devidamente estabelecidas podem deprimir o consumo voluntário de concentrado e evitar que o rúmen se desenvolva de forma eficiente (Drackley, 2008).

    Segundo Baldwin et al. (2004), os bezerros são considerados pré-ruminantes até a terceira semana de vida, pois o rúmen se encontra, anatomicamente e fisiologicamente, subdesenvolvido. Sahoo et al. (2005) relatam que, antes da quarta semana de idade do animal não há atividade celulolítica completa pela microbiota ruminal, cuja função principal é degradar os componentes fibrosos.

    Aragona et al. (2020) avaliaram a inclusão de feno para bezerros leiteiros com idade aproximada de 8 semanas e 90 kg de peso vivo. O experimento foi constituído pela inclusão de feno picado em diferentes níveis, sendo 0% de inclusão na dieta controle, 5% e 10% de inclusão de feno, em relação à matéria seca (MS) da dieta, sendo ofertado até que os animais atingissem 16 semanas de idade, com tamanho de partículas de 2,5 cm.

    Os animais receberam, além do volumoso, alimento concentrado composto por farelo de milho, grãos de aveia, suplemento proteico e melaço. A digestão da MS, matéria orgânica e dos componentes da fibra (principalmente FDN) aumentaram com a inclusão de 5% de feno na dieta.

    Ao incluir 10% de feno na dieta houve redução do consumo de nutrientes, o que indica que a capacidade ruminal pode ter sido excedida pelo volume de feno, embora o mesmo tenha sido picado. A digestibilidade total do trato digestório, da MS e dos componentes da fibra foi maior em bezerros com 8 a 12 semanas de idade.

    Em estudo semelhante, Mitchell e Heinrichs (2020) avaliaram a inclusão de feno em 10, 17,5 e 25% da MS da dieta de bezerros em aleitamento, com 7 semanas, sendo observados até atingirem 16 semanas de idade e, concluíram que a inclusão acima de 10% da MS da dieta para bezerros pode reduzir o consumo de nutrientes, o crescimento do bezerro e, ainda, alterar a fermentação ruminal.

    A inclusão de forragem como fonte de fibra na dieta de bezerros resulta em melhor ambiente ruminal para os animais em período de aleitamento e/ou desaleitamento (Castells et al., 2012).

    momento ideal para a introdução de alimentos volumosos ainda é, de fato, um tema a ser bastante discutido. Considerando que é preciso garantir o início do desenvolvimento das papilas ruminais nas primeiras semanas de vida, pelo concentrado, a introdução de alimentos fibrosos, provavelmente, não se faz necessária durante este período.

    Após essa fase inicial, quando o animal se encontra apto para iniciar a metabolização e absorção desses tipos de nutrientes no rúmen, a quantidade de fibra a ser fornecida e a qualidade da mesma são extremamente importantes para que o animal coma os alimentos fornecidos como um todo, sem predileção por alimentos concentrados ou volumosos, e para que os mesmos não causem um preenchimento ruminal exacerbado, capaz de prejudicar o consumo e o desenvolvimento do animal.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Lavouras de trigo registram prejuízo em função das chuvas

    Acamamento e doenças vem comprometendo o trigo nacional

    Progresso: 30.6% Colhido; 1.4% Desenvolvimento Vegetativo; 11.6% Floração; 31.7% Enchimento de Grãos; 24.8% Maturação;

    Semana Anterior: 25.5% Colhido; 2.7% Desenvolvimento Vegetativo; 18.7 Floração; 33.4% Enchimento de Grãos; 19.9% Maturação;

    No Rio Grande do Sul, chuvas e ventos acamaram as lavouras em maturação, na região do Alto Uruguai, assim como interromperam a colheita em algumas áreas. No Planalto Superior, o alto volume das precipitações no início do enchimento de grãos preocupa devido a suscetibilidade de doenças fúngicas. Nas lavouras da Campanha e Zona Sul, as chuvas foram benéficas.

    No Paraná,  as áreas colhidas chegam a 50% nas regiões Norte, Oeste e Centro-Oeste, porém as chuvas recentes atrasam a colheita. A produtividade está abaixo do esperado, entretanto a maior parte da qualidade dos grãos é boa.Em Santa Catarina, chuvas nas regiões produtoras causam perdas qualitativas e quantitativas em algumas lavouras, principalmente as que se encontram em floração. As doenças fúngicas de final de ciclo manifestam-se em algumas áreas e seu controle tem sido dificultado em decorrência da alta umidade.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 09 a 15 de Outubro de 2022

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Lavouras de soja apresentam excelentes condições

    Chuvas seguem ditando o ritmo da semeadura

    Progresso: 55.8% Emergência; 44.2% Desenvolvimento Vegetativo

    Semana Anterior: 65.2% Emergência; 34.8% Desenvolvimento Vegetativo

    No Mato Grosso, as chuvas mais abrangentes e regulares, permitiram o avanço da área semeada, que alcança 41,9% no estado. No Mato Grosso do Sul, a evolução da semeadura está lenta, devido às precipitações frequentes, mas o desenvolvimento está excelente. Em Goiás, o ritmo do plantio acompanha o regime das chuvas. No Sudoeste, principal região produtora, 43% da área já foi semeada.

    No Paraná, as chuvas frequentes e as baixas temperaturas, atrasaram o desenvolvimento inicial e provocaram erosão em algumas regiões. No Rio Grande do Sul, o plantio teve seu início após o fim do vazio sanitário, mas a baixa umidade do solo preocupa os agricultores na região de Campanha e Fronteira do Oeste. Em Santa Catarina, as chuvas constantes impediram o avanço na semeadura.

    PROGRESSO DA SAFRA

    Semana de 09 a 15 de Outubro de 2022

    PROGRESSO DA SEMEADURA

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/