Dara Luiza Hamann

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  • Calor extremo faz vaca perder mais de 30% de leite; e pesquisa quer mudar isso

    O programa tem avaliado a resistência dos animais ao calor para selecionar indivíduos que melhor suportem as altas temperaturas

    Situações de muito calor afetam negativamente a produção de leite.

    Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) tem se preocupado com a tolerância dos bovinos às condições do clima.

    Por isso, os valores genômicos dos touros da raça foram preditos em função do Índice de Temperatura e Umidade (ITU), que reúne numa única variável as condições de temperatura e umidade relativa do ar.

    Isso significa que animais mais resistentes ao calor são classificados com maior valor genômico para essa característica. Um ITU entre 80 e 89, por exemplo, pode provocar estresse-térmico severo no animal. Para que isso ocorra basta que a temperatura fique acima de 32°C e a umidade relativa do ar esteja em 95%.

    Impulsionado pelas mudanças climáticas e o El Niño, dias de calor intenso têm sido comuns em todas as regiões do Brasil, principalmente na região Centro-Sul, onde se concentra a maior produção de leite no país.

    Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou em 2023 nove ondas de calor e, no dia 19 de novembro, os termômetros da cidade mineira de Araçuaí marcaram a maior temperatura já verificada no Brasil: 48,44°C.

    Nessas condições, bastaria 10% de umidade relativa do ar para que uma vaca estivesse submetida ao estresse térmico severo, ocasionando redução na produção, em problemas reprodutivos e até na morte do animal.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite (MG), Marcos Vinícius G. B. Silva, o país perde todos os anos cerca de 30% da produção devido às altas temperaturas. Isso torna a cadeia produtiva do leite vulnerável aos eventos provocados pelas mudanças climáticas.

    “A solução para o produtor é desenvolver rebanhos mais resistentes ao estresse-térmico e é isso que o programa de melhoramento do Girolando tem buscado oferecer por meio das avaliações genéticas e genômicas no teste de progênie da raça”, diz o pesquisador.

    Silva explica que há raças mais tolerantes aos efeitos do clima.

    “O gir leiteiro, que compõe a raça sintética girolando, é bastante resistente ao calor se comparada à raça holandesa, que também forma o girolando. O resultado do cruzamento das duas raças é um animal resistente e produtivo”, explica.

    Dentro de uma mesma raça há indivíduos mais resistentes que outros.

    Ao longo dos anos, a Embrapa reuniu uma boa base fenotípica de animais resistentes, identificando essa característica dentro do genótipo do indivíduo.

    A partir daí, criou-se o PTA (medida de mérito genético do touro) para o estresse térmico, que irá resultar em vacas mais resistentes.

    A pesquisa que desenvolveu esse PTA analisou 650 mil controles leiteiros. Foram colhidos os dados no momento da ordenha, identificando a produção da vaca, além do ITU, obtido por meio de estações meteorológicas nos locais onde as propriedades estão localizadas.

    “Utilizamos uma metodologia estatística que relaciona esses dados com os genótipos de cada uma das vacas, obtendo o potencial genético do animal”, explica Silva ao contar que esse tipo de abordagem revela as diferenças genéticas na resposta dos animais diante das diferentes combinações de temperatura e umidade do ar ao longo do período avaliado.

    A classificação dos animais em relação ao calor

    Os touros foram classificados conforme categorias de sensibilidade ambiental, que representam o desempenho médio esperado para as filhas de cada touro nas diferentes combinações de temperatura e umidade do ar:

    • Sensível +: touros cujas filhas reduzem a produção de leite em ambientes mais
      quentes e, ou, mais úmidos.
    • Sensível – (menos): touros cujas filhas aumentam a produção em ambientes mais
      quentes e, ou, mais úmidos.
    • Robusto: touros cujas filhas mantém produções estáveis, independente da
      combinação de temperatura e umidade.

    Silva explica que quando o animal está dentro de uma faixa de ITU considerada adequada, ele terá condições de expressar seu potencial genético, porém, outras condições limitantes, como nutrição, manejo e sanidade, por exemplo, devem estar em níveis adequados.

    também pesquisador da Embrapa, João Claudio do Carmo Panetto, explica que a classificação dos touros conforme sua tolerância ao estresse térmico servirá como uma ferramenta auxiliar na seleção dos animais possibilitando o uso de um genótipo mais adequado ao clima das diferentes regiões do Brasil. “Dessa forma, cada criador vai poder direcionar os acasalamentos, visando obter uma progênie mais tolerante ao estresse térmico, reduzindo as perdas produtivas devidas aos fatores climáticos”, diz Panetto.

    Sumário relaciona progênie tolerante ao estresse térmico

    Desde 2022, o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando apresenta o PTA de touros com característica para tolerância ao estresse térmico. Naquele ano, o sumário do teste de progênie da raça já anunciava 405 touros com essa característica.

    Em 2023, o número subiu para 491 e neste ano serão 549. Esses animais compõe o Índice de Eficiência Tropical, que além da tolerância ao estresse térmico, apresenta características relativas à produção e reprodução. Silva anuncia que, em breve, será incluída neste índice a característica de resistência a ectoparasitas (carrapatos).

    O Sumário traz ainda PTA’s para outras 32 outras características individuais como volume de gordura, proteína, casco, temperamento etc. As características são reunidas em nove índices, apresentando um conjunto de características. Além do Índice de Eficiência Tropical, abarca:

    • Índice de Longevidade do Girolando;
    • Índice de Produção e Persistência na Lactação do Girolando;
    • Índice de Facilidade de Parto do Girolando;
    • Índice de Reprodução do Girolando;
    • Índice de Qualidade do Leite do Girolando;
    • Composto de Produção de Leite e Fertilidade do Girolando;
    • Compostos de Sistema Mamário, de Sistema Locomotor, de Garupa e de Força Leiteira do Girolando

    O PMGG teve início em 1997. Até o ano passado, foram lançados 16 sumários. O Programa conta com 1891 rebanhos colaboradores. Os estudos para incluir a tolerância ao estresse térmico começaram em 2021. “A questão climática é, por si, um marketing natural para venda de sêmen”, diz Silva. Segundo ele, procura pelo sêmen de touros provados para a tolerância ao estresse térmico é grande.

    O pesquisador diz que esse tipo de seleção genômica pode ser extrapolada para outras raças. “Já estamos desenvolvendo estudos para incluir a essa característica no sumário de touros da raça Jersey”, conclui Silva.

    ITU e conforto térmico

    Utilizado em diversas áreas, o ITU combina em uma única variável os valores de
    temperatura e de umidade relativa do ar. Quanto maior o índice, maior será o desconforto térmico de um indivíduo. Na pecuária de leite, o ITU mede o bem-estar dos bovinos em relação ao clima.

    Segundo a pesquisadora da Embrapa Maria de Fátima Ávila Pires, que trabalha com bem-estar animal há cerca de 30 anos, índices abaixo de 72 são considerados confortáveis para a vaca; mas ela ressalta que animais de alta produção já podem ser afetados com índice de 68.

    De 72 a 79, o ITU é ameno; de 80 a 89 passa a interferir negativamente no conforto térmico da vaca. Acima de 90, o índice é considerado severo e pode levar o animal à morte. A vaca modifica seu comportamento quando está sob estresse térmico. A pesquisadora alerta que o produtor deve observar os seguintes sinais:

    • Aumento da frequência respiratória: respiração ofegante pode indicar que o
      animal está tentando dissipar calor;
    • Produção de suor: As vacas podem suar mais quando estão desconfortáveis ​​com o calor;
    • Procurando sombra: sob estresse térmico, vacas podem buscar áreas sombreadas ou mais frescas para se abrigarem do sol;
    • Redução no consumo de alimentos: em condições de calor extremo, as vacas podem reduzir a ingestão de alimentos;
    • Mudanças no Comportamento Reprodutivo: O estresse térmico pode afetar o cio
      e a taxa de concepção das vacas.

    “Em regiões com altas temperaturas e umidade do ar, o produtor deve adotar medidas para proporcionar um ambiente adequado e confortável para o rebanho, como oferecer sombra, ventilação adequada, água fresca e aspersão de água”, ensina a pesquisadora.

    Mudanças climáticas

    O ano de 2023 foi o mais quente dos últimos 174 anos de medições meteorológicas. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a média global chegou a 1,45°C acima dos níveis pré-industriais. Esse valor está bem próximo de 1,5°C, estabelecido como limite em 2015, no Acordo de Paris e só deveria ser atingido em 2030.

    No Brasil, dados do Inmet revelam que, dos 12 meses de 2023, nove tiveram médias mensais acima da média histórica, com destaque para setembro, com 1,6°C acima.

    Ao longo do ano passado, o País enfrentou nove episódios de onda de calor. Eduardo Assad, ex-pesquisador da Embrapa e um dos pioneiros nos estudos agroclimáticos no Brasil, diretor da empresa de consultoria Fauna, fez um balanço da agenda climática em 2023. Segundo o relatório, a amplitude média dessas ondas de calor foi superior a 4°C acima da média das máximas.

    Para o pesquisador da Embrapa Ricardo Guimarães Andrade a causa das altas temperaturas de 2023 é o fenômeno El Niño, aliado à crise climática. O fenômeno, que em 2030 provoca o aquecimento das águas no Oceano Pacífico, se estabeleceu em meados de 2023 e atingiu o ápice em dezembro.

    Andrade explica que naquele mês, as águas do Pacífico atingiram 2°C acima da média histórica. “É um El Niño forte, mas não podemos classificá-lo de ‘Super El Niño’, quando o aquecimento supera os 2,5°C acima da média histórica”, diz. O último Super El Niño ocorreu em 2016.

    De acordo com o pesquisador, o prognóstico climático indica que o El Niño deve permanecer até junho. “Há uma probabilidade de 50% para que se estabeleça a condição de neutralidade, entre menos 0,5°C e mais 0,5°C.” Até lá, a temperatura e a precipitação tendem a ficar entre a média e acima da média na região centro-sul do país.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Participação da China nas exportações brasileiras de soja segue acima de 70%

    Proporção aumentou em comparação com anos anteriores

    O destino da soja brasileira continua sendo objeto de análise e discussão entre especialistas. A concentração das vendas para a China, por um lado, é vital para a economia brasileira como um importante parceiro comercial, mas, por outro lado, preocupa devido à dependência excessiva desse mercado. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a participação do gigante asiático nas exportações da oleaginosa brasileira permanece sólida.

    No quadro “Agroexport”, o tema ganhou destaque com Giovani Ferreira, que abordou a necessidade do Brasil pela demanda chinesa em produtos-chave, com a soja em evidência. A discussão girou em torno da percepção de que a demanda chinesa estaria diminuindo e que o país estaria se voltando para aumentar sua produção interna, reduzindo a dependência das importações de soja brasileira.

    No entanto, os dados mostram uma realidade diferente. Apesar do desejo de todos os países em fortalecer suas produções internas, a China continua sendo um grande comprador da soja brasileira. Em análise dos últimos cinco anos, com foco nos meses de janeiro e fevereiro, observou-se que, em 2024, o Brasil exportou 9,46 milhões de toneladas de soja, com impressionantes 73% destinados à China. Essa participação chinesa nas exportações de soja brasileira aumentou em comparação com anos anteriores, demonstrando uma continuidade no interesse do país asiático pelo produto brasileiro.

    Essa dependência, porém, não é recente. Desde 2010, a China tem aumentado sua participação nas exportações de soja do Brasil, passando de 65% para uma média de 70,1% nos últimos cinco anos. Embora seja um risco concentrar tanto as exportações em um único mercado, a presença contínua da China como grande compradora é fundamental para a expansão e investimentos no setor de soja brasileiro, contribuindo para a consolidação do país como o maior produtor e exportador global desse importante grão.

    Portanto, enquanto a diversificação de mercados permanece como um objetivo importante, a presença da China como principal comprador continua sendo um fator-chave para o crescimento e desenvolvimento do setor de soja no Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Área de soja nos EUA em 2024 será maior do que a prevista

    Relatório divulgado pelo USDA nesta quinta-feira mostra aposta dos produtores norte-americanos. Meio pregão de Chicago refletiu resultados

    A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres (35 milhões de hectares), conforme o relatório de intenção de plantio do Departamento de
    Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na quinta-feira (28). Assim, a previsão indica uma alta de 3% sobre o ano anterior.

    O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares).

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão reduzir ou manter a área de plantio.

    Reflexos no mercado da soja

    Após a divulgação do relatório, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja passou a operar com preços mais baixos para o grão e óleo e mais altos para o farelo no meio-pregão de hoje.

    Com isso, os contratos com vencimento em maio tinham preço de US$ 11,91 1/2 por bushel, baixa de 1,00 centavo de dólar ou 0,08%. A posição julho era cotada a US$ 12,05 por bushel, perda de 1,50 centavo de dólar por bushel ou 0,08%.

    No farelo, maio de 2024 tinha preço de US$ 337,50 por tonelada, baixa de US$ 1,50 por tonelada ou 0,44%. Já a posição maio de 2024 do óleo era cotada a 47,75 centavos de dólar por libra-peso, acréscimo de 0,08 centavo de dólar por libra-peso ou 0,16%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Gado confinado no Brasil come melhor e rende mais, mostra pesquisa

    Estudo realizado por zootecnista da Unesp foi baseado em entrevistas com nutricionistas responsáveis pela alimentação de 6 milhões de cabeças em todo o país

    Uma pesquisa da Unesp em Jaboticabal (SP), feita pelo zootecnista e PhD em nutrição de ruminantes Danilo Millen, mostra que o gado brasileiro confinado está comendo melhor e se tornou mais rentável.

    O estudo, feito entre 2023 e 2024, divulgado agora, baseou-se em entrevistas com 36 nutricionistas, responsáveis pela alimentação de seis milhões de animais de todo o país. Esse número corresponde a 80% dos bois confinados do Brasil.

    Volumosos e concentrados no confinamento

    Em 2009, quando foi divulgado o primeiro estudo sobre o assunto, os volumosos (silagem de milho, cana e capim, principalmente) correspondiam a 28,8% da alimentação do gado confinado. Esse percentual caiu para 15,7% no ano passado. Em contrapartida, cresceu a inclusão de ingredientes concentrados, como grãos de cereais, considerados a principal fonte de energia para bovinos confinados, de 71,2% para 84,3% em 15 anos.

    Entre os grãos mais utilizados na dieta do gado, a pesquisa aponta que o milho foi a primeira opção para 97,2% dos entrevistados, enquanto o sorgo foi a segunda opção para 85,7%.

    “Quanto menor a quantidade de volumoso na dieta, menor o custo operacional para o produtor. Além disso, a tendência é que o animal ganhe mais peso e permaneça menos tempo em confinamento”

    Danilo Millen, pesquisador da Unesp

    Esse dado vem ao encontro de um outro número positivo: o percentual de animais confinados que foram destinados ao abate subiu de 13,3% (39,1 milhões de cabeças), em 2021, para 18,2% (42,3 milhões de cabeças) em 2023, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

    O Brasil tem um rebanho estimado de 202,8 milhões de cabeças bovinas, de acordo com a Abiec, o equivalente a 12,18% do rebanho mundial. O número é 3,3% maior do que o calculado em 2021. O Brasil já é o segundo do mundo na lista de países que mais confinam o gado, atrás apenas dos Estados Unidos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • USDA em Brasília reduz safra de soja 23/24 em 3,9%

    Departamento norte-americano cortou estimativa de produtividade média para a safra brasileira, apostando, agora, em 3.376 kg/ha

    O Brasil deve colher 152,6 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, de acordo com estimativa da representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília.

    A projeção representa queda de 3,9% ante a estimativa anterior, de janeiro, de 158,5 milhões de toneladas. O volume fica abaixo do estimado para 2022/23, de 162 milhões de toneladas, e para 2024/25, de 157,5 milhões de toneladas.

    Área plantada

    O USDA em Brasília manteve a previsão da área plantada da oleaginosa em 45,2 milhões em 2023/24, pouco abaixo do projetado para 2024/25, de 45,6 milhões de hectares, mas acima dos 44,6 milhões de hectares de 2022/23.

    Além disso, a estimativa de rendimento para a safra 2023/24 foi reduzida para 3.376 kg/ha (56,2 sacas), menor do que o estimado para a safra anterior, de 3.632 kg/ha (60,5 sacas), e abaixo da projeção para a próxima safra, de 3.450 kg/ha (57,5 sacas).

    Quanto às exportações, o país deve embarcar 95 milhões de toneladas em 2023/24, 5% abaixo da estimativa anterior, de 100 milhões de toneladas. O volume fica 9% abaixo dos 103,9 milhões de toneladas de 2022/23.

    O USDA atribuiu a redução à “menor produção estimada devido ao mau tempo no fim do ano passado e ao aumento da demanda doméstica, impulsionada por uma maior exigência de biocombustíveis”.

    Contudo, para 2024/25, a estimativa é de que as exportações alcancem 99 milhões de toneladas, com uma demanda internacional sólida.

    Esmagamento de soja

    O esmagamento de soja deverá totalizar 54,5 milhões de toneladas em 2023/24, recuo de 3% ante a previsão anterior, de acordo com o USDA.

    O volume é ligeiramente maior que a estimativa para 2022/2023, de 54,2 milhões de toneladas, mas abaixo dos 55 milhões de toneladas projetados para 2024/25.

    A produção de farelo deve ser de 42,3 milhões de t em 2023/24, ante estimativas de 42 milhões de t em 2022/23 e de 42,6 milhões de t em 2024/25.

    Já a produção do óleo de soja deve ficar em 10,5 milhões de t na temporada atual, enquanto em 2022/23 a estimativa é de 10,4 milhões de t e a de 2024/25 é de 10,6 milhões de t.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preços dos fertilizantes no Brasil podem cair em 24/25, diz analista

    Maísa Romanello, da Safras & Mercado, destaca condições climáticas favoráveis e bom andamento da safra como fatores que podem ditar os preços

    Os preços dos fertilizantes no Brasil podem cair na safra 2024/25, segundo Maísa Romanello, analista da Safras & Mercado. A previsão foi feita nesta terça-feira (26), durante o primeiro dia da 7ª edição da Safras Agri Week.

    Em 2023, o Brasil importou 39,4 milhões de toneladas de fertilizantes, um aumento de 8% em relação a 2022.

    As entregas foram próximas do recorde de 2021 e cresceram 12% no mesmo período.

    “Em 2021, tivemos uma rápida recuperação da demanda e as relações de troca foram bastante favoráveis, o que levou ao consumo recorde dos fertilizantes e à escalada dos preços. Em 2022, esperava-se um reequilíbrio desse setor. No entanto, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia levou os preços dos fertilizantes a patamares ainda mais altos, com o temor de que o país não conseguiria exportar os seus volumes. Já em 2023, os preços voltaram aos patamares médios e a demanda foi retomada”, disse.

    Preços dos fertilizantes

    ureia atingiu o pico em outubro de 2021 devido a uma forte demanda do Brasil e da Índia. Já no final do ano, o preço recuou. Mas, com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços voltaram a subir rapidamente e atingiram um recorde em 2022.

    MAP também apresentou um desempenho similar ao da ureia, havendo um aumento nos preços ao longo de 2021.

    Em 2022, foi atingido um patamar recorde entre março e abril diante das consequências da guerra.

    Já o potássio (KCL) obteve uma evolução nos preços em 2021, atingiu recorde em abril de 2022 e foi caindo gradualmente no segundo semestre de 2022.

    “O KCL vem em queda até este ano, mas voltou a subir devido ao Brasil identificando bons preços no momento”, ponderou Romanello.

    Panorama de oferta e demanda

    Segundo a analista da Safras, os Estados Unidos têm sido o principal comprador de fertilizantes no primeiro semestre, mas ainda com uma demanda muito cautelosa.

    Enquanto isso, a Europa tem aguardado por melhorias nas condições climáticas e há potencial para intensificar as suas compras em abril.

    “No Brasil, apenas a importação de KCL é um fator de mercado importante. O Brasil não tem comprado fosfatados e nitrogenados de forma significativa no momento”, concluiu.

    Mercado interno

    Em 2023, o Brasil importou 39,4 milhões de toneladas de fertilizantes, apresentando um aumento de 8% em relação a 2022.

    As entregas foram próximas do recorde de 2021 e cresceram 12% em relação a 2022.

    Com isso, o Brasil apresenta preços mais baixos, pouca demanda nos primeiros meses, relações de troca ruins para soja e para o milho e o KCL com bons patamares.

    Por fim, a analista falou sobre as perspectivas para a safra 2024/25.

    “As condições climáticas devem ser mais favoráveis, bom andamento da safra nos Estados Unidos, Brasil e na Argentina, o que deve levar a uma possível queda nos preços dos grãos e também provocar piora nas relações de troca e bons preços para os fertilizantes entre maio e junho”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço de referência do leite no RS em março é 1,14% superior ao de fevereiro

    O estudo é elaborado considerando os primeiros 20 dias de negociações de março

    O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul neste mês é de R$ 2,2456, 1,14% acima do consolidado de fevereiro (R$ 2,2202), segundo projeção do Conseleite. O dado foi divulgado em reunião realizada em Estrela (RS). O estudo é elaborado considerando os primeiros 20 dias de negociações de março.

    Segundo o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, promover reuniões no interior é fundamental para estar mais próximo dos produtores.

    De acordo com ele, até o fim deste ano o Conseleite terá encontros em Erechim, Passo Fundo e Esteio, além de Porto Alegre.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de soja 2023/24 atinge 69% da área no Brasil, aponta AgRural

    No mesmo período do ano passado, índice era de 70%; semeadura do milho segunda safra alcançou 100% da área do Centro-Sul

     A colheita da safra de soja 2023/24 atingiu 69% da área cultivada no Brasil, até quinta-feira passada (21) em comparação com 63% uma semana antes e 70% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.
    Os trabalhos agora estão concentrados no Matopiba (acrônimo para a região formada por áreas de Cerrado do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no Rio Grande do Sul, onde os produtores relatam boas produtividades.

    Milho

    O plantio da safrinha de milho 2024 alcançou na última quinta-feira 100% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, em comparação com 97% na semana anterior e 96% no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da AgRural.

    “Com a semeadura encerrada, agora o foco se desloca definitivamente para o clima e seu impacto sobre o desenvolvimento das lavouras. No momento, o calor e a irregularidade das chuvas preocupam especialmente no Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul. Embora as temperaturas tenham recuado nos últimos dias, as precipitações nos dois Estados ainda deixam a desejar”, comentou a empresa.

    O milho verão 2023/24 do Centro-Sul estava 75% colhido até quinta passada, ante 68% da semana precedente e 58% um ano atrás.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Quando o La Niña chega? Veja o que diz previsão

    Modelos climáticos indicam a formação do fenômeno La Niña ainda no segundo semestre de 2024, com 60% de probabilidade

    fenômeno climático La Niña pode chegar ao Brasil no segundo semestre de 2024, de acordo com a previsão do boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs). A probabilidade é de 60%.

    A previsão é que o clima passe por um período de neutralidade antes da possível formação do La Niña, fenômeno se caracteriza pela queda de mais de 0,5 °C na temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico.

    De acordo com o boletim trimestral do Copaaergs, o volume de chuvas no Rio Grande do Sul deve variar de normal a acima da média na maioria das regiões entre abril e junho.

    No período de abril e maio, o ar mais úmido predomina, enquanto que junho pode ser mais seco, exceto na fronteira com o Uruguai.

    No mês de maio, a chuva fica mais concentrada no norte do Rio Grande do Sul.

    Eventos com tempestades, rajadas de vento forte e queda de granizo podem ocorrer no estado, mesmo com a perda de intensidade do El Niño.

    Os meses de abril e maio devem ser mais chuvosos que junho, em função da passagem de frentes frias, dos ciclones extratropicais e de áreas de instabilidade que se formam especialmente no oeste do estado.

    Eventos de frio mais intenso podem ocorrer especialmente no oeste e sul do estado.

    Em junho, a chance aumenta na maioria das regiões, inclusive com formação de geadas.

    As temperaturas devem ficar um pouco acima da média mais ao norte do estado, especialmente na divisa com Santa Catarina; devem ficar próximas da média no centro e podem ficar ligeiramente abaixo mais ao sul e oeste.

    Ou seja, espera-se contraste térmico em função das massas de ar mais quentes que devem predominar no Brasil Central.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportações de soja do Brasil devem cair em 2024, aponta Safras

    Total deve chegar a 94 milhões de toneladas em 2024, contra 101,86 milhões em 2023

    O corte recente na estimativa de Safras & Mercado para a produção brasileira de soja trouxe poucas alterações no quadro de oferta e demanda.

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2024, contra 101,86 milhões em 2023, o que representa uma queda de 7,7%.

    A previsão, divulgada por Safras & Mercado, faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro. No relatório anterior, divulgado em fevereiro, a projeção era também de 94 milhões de toneladas.

    Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024, contra 53,74 milhões de toneladas em 2023, o que representa uma elevação de 1%.

    Não houve alteração na previsão na comparação com fevereiro.

    A consultoria indica importação de 650 mil toneladas em 2024, contra 181 mil toneladas em 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá recuar 6%, passando para 154,317 milhões de toneladas.

    A demanda total está projetada por Safras em 151,3 milhões de toneladas, recuando 5% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão cair 40%, passando de 5,066 milhões para 3,017 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    A Safras & Mercado trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,68 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 1% em relação a 2023. As exportações deverão cair 7%, para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,5 milhões, aumentando 3%. Os estoques deverão subir 81% para 4,88 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá ficar praticamente estável em 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,5 milhão de toneladas, com queda de 36%. O consumo interno deve subir 10% para 9,5 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 18% para 5,2 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 4% para 535 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/