Dara Luiza Hamann

Dara Luiza Hamann has created 631 entries

  • RS: Declaração de Rebanho em 2024 tem novo prazo; confira

    A alteração acata solicitações para que o período de declaração de rebanho seja o mais próximo possível do antigo prazo, de janeiro a maio

    A Declaração Anual de Rebanho no Rio Grande do Sul em 2024 terá um prazo diferente dos últimos dois anos. O período é de 15 de abril a 14 de junho. As novas datas foram publicadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

    Conforme a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares, a alteração acata solicitações das entidades representativas dos produtores para que o período de declaração de rebanho seja o mais próximo possível do antigo prazo, de janeiro a maio.

    “Nos últimos anos, passamos a declaração para o segundo semestre devido a ajustes no Sistema de Defesa Agropecuária, para implantar a declaração online. A ideia agora é retomar e permanecer em um período mais próximo ao que era habitualmente estabelecido”, afirma.

    A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. “Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal”, detalha Rosane.

    Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores.

    A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros.

    No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

    Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Carne Baixo Carbono: Embrapa aprova diretrizes técnicas para produção

    Validação serve como modelo de certificação da marca-conceito em fazendas de pecuária de corte que desejarem adotar esse modelo

    Depois de lançar a marca-conceito Carne Carbono Neutro (CCN), que valoriza sistemas pecuários com a presença do componente florestal e neutralização da emissão de gases de efeito estufa (GEE), a Embrapa validou as diretrizes de mais um protocolo que vai ajudar o pecuarista a produzir com foco em sustentabilidade: o da Carne Baixo Carbono (CBC).

    Os resultados da avaliação de parâmetros técnicos do protocolo CBC durante dois ciclos produtivos no Cerrado baiano contemplam sistemas pecuários sem a presença de árvores na pastagem, mas com potencial de mitigação das emissões de GEE a partir da adoção de boas práticas agropecuárias, envolvendo os componentes solo, pasto e animal.

    Foram oito parâmetros técnicos avaliados durante os dois anos de validação do protocolo CBC: densidade do solo, estoque de carbono e qualidade do solo, disponibilidade da forragem e cobertura do solo, ganho de peso médio diário dos animais, ganho de peso por área dos animais e emissões entéricas.

    Esses parâmetros estão sendo contemplados nos requisitos obrigatórios propostos no Protocolo CBC juntamente com requisitos de legislação trabalhista e ambiental.

    Segundo a pesquisadora que coordenou o trabalho de validação das diretrizes para produção de CBC, Márcia Silveira, à época na Embrapa Pecuária Sul (RS) e atualmente na Embrapa Milho e Sorgo (MG), os resultados mostram que a implantação do protocolo garante produtividade e qualidade da carne, de forma a aumentar a lucratividade do produtor, sem abrir mão da manutenção ou aumento do estoque de carbono do solo e da mitigação da emissão de GEE, além do efeito poupa-terra, ou seja, com menor pressão sobre a vegetação nativa.

    “É mais um passo na busca pela eficiência produtiva que leva em conta a qualidade do produto e do seu ambiente de produção”, destaca Silveira.

    Estas marcas, como a CBC e a CCN, vêm sendo desenvolvidas no âmbito da Plataforma Pecuária de Baixa Emissão de Carbono, que visa valorizar produtos pecuários produzidos em sistemas mais eficientes e com menor impacto ambiental.

    As diretrizes técnicas para a produção de Carne Baixo Carbono foram lançadas em 2020, e estão alinhadas ao Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC+).

    Estes parâmetros necessitavam de validação em um ambiente de produção comercial antes da disponibilização do protocolo para adesão voluntária por parte dos pecuaristas.

    “Nesse sentido, o trabalho de validação desenvolvido pela Embrapa servirá como modelo para certificação da marca-conceito CBC nas fazendas de pecuária de corte que desejarem produzir carne dentro deste escopo”, ressalta Roberto Giolo, pesquisador da Embrapa Gado de Corte e líder da Plataforma Pecuária de Baixo Carbono.

    Projeto Trijunção

    O estudo de caso foi realizado na Fazenda Santa Luzia, pertencente à Fazenda Trijunção, localizada entre os municípios de Cocos e Jaborandi (BA). A propriedade é referência na produção de bovinos de corte mediante as Boas Práticas Agropecuárias (BPA), com dados estruturados e sequenciais de todo o sistema produtivo.

    O período utilizado nessa fase de validação das diretrizes técnicas foi de maio de 2019 a setembro de 2021, totalizando dois ciclos completos de avaliações de produção animal no sistema.

    A Unidade de Referência Tecnológica (URT) foi composta por dois talhões, bem como por uma área de vegetação nativa (Cerrado). O primeiro talhão, com a forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu, contou com 115 hectares divididos em quatro piquetes, representando o manejo convencional.

    O segundo talhão, de pastagem recuperada, com Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã, contou com 85 hectares, também dividido em quatro piquetes e manejado segundo as diretrizes técnicas para produção de CBC. As áreas foram usadas para recria e terminação de machos da raça nelore.

    Essa pesquisa faz parte de um projeto coordenado pela pesquisadora Flávia Santos (à esquerda, na foto com Márcia Silveira), também da Embrapa Milho e Sorgo, intitulado: “Intensificação agrícola visando à sustentabilidade do uso de solos arenosos – Projeto Trijunção”. As diretrizes decorrentes dos estudos contribuem com o principal objetivo do trabalho, de definir a melhor estratégia de intensificação agrícola com base em sistemas de produção sustentáveis para solos arenosos.

    Santos considera que a importância de se trabalhar em solos arenosos incide sobre o fato de que eles correspondem a cerca de 20% da área do Matopiba, que é a última fronteira agrícola do País. “Contudo, por esses solos apresentarem matriz arenosa, em que os teores de argila não alcançam 15% nos primeiros 50 cm de profundidade, há uma série de limitações: baixos teores de matéria orgânica, baixa CTC (capacidade de troca de cátions), baixa retenção de água, estruturação fraca, elevada acidez, baixa fertilidade, entre outros”, pontua a pesquisadora.

    “Portanto, o manejo adequado desses solos é um grande desafio e deve-se focar em construção de fertilidade em profundidade, aumento de matéria orgânica, cobertura de solo, rotação e consorciação de culturas, integração da produção, etc., fatores fundamentais para a sua incorporação ao processo produtivo de forma sustentável.

    Nesse sentido, os sistemas integrados são alternativas viáveis de manejo e as diretrizes técnicas apresentadas estão perfeitamente alinhadas a esse propósito”, complementa Santos.

    O trabalho de validação das Diretrizes CBC foi dividido em pesquisas com os componentes solo, forrageiro e animal, envolvendo desempenho e emissões entéricas, além da avaliação econômica dos resultados da URT. Para tanto, houve o envolvimento de uma equipe multidisciplinar da Embrapa Pecuária Sul, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Cerrados e Embrapa Cocais.

    Resultados em números

    A pesquisadora Flávia Santos ressalta que os dados do componente solo mostraram que os teores de nutrientes se mantiveram mais altos no CBC em relação ao manejo convencional, e também em relação ao Cerrado, bem como a atividade biológica avaliada por meio das enzimas betaglicosidase e arilsulfatase.

    “Considerando a camada de 0-20 cm do solo, no ano de 2019, o estoque de carbono no solo sob o CBC foi maior que no solo sob Cerrado (5,4 toneladas por hectare a mais), e no ano de 2021 foi maior que o manejo convencional (2,5 toneladas por hectare a mais), diferença essa que não foi observada na camada de 0-40 cm de solo.

    Mas, devido à textura arenosa, em que não há proteção física da matéria orgânica pelas partículas do solo, o acúmulo de matéria orgânica e de estoque de carbono é mais difícil e demorado”, relata Santos.

    Como destacado pelos pesquisadores Manoel Ricardo, da Embrapa Milho e Sorgo, e Manuel Macedo, da Embrapa Gado de Corte, “esses resultados mostram que, em solos arenosos, é preciso monitorar mais frequentemente a fertilidade, densidade e os estoques de C, pois seu baixo teor de argila, menor proteção da matéria orgânica e estrutura física fraca levam também a variações mais frequentes em suas características”.

    “Em relação ao componente forrageiro, a massa de forragem (quilograma por hectare, kg/ha, de matéria seca – MS) e a cobertura do solo (%) foram maiores no tratamento CBC quando comparadas ao tratamento convencional, apresentando valores superiores a 2.000 kg/ha de MS e cobertura do solo acima de 80%, conforme preconizado nas diretrizes do CBC”, observa a pesquisadora Márcia Silveira.

    Quanto ao desempenho animal, os ganhos médios diários de peso por animal foram semelhantes entre os tratamentos, sendo os ganhos médios diários (GMDs) de 440 gramas por dia (g/dia) e 404 g/dia no CBC, no primeiro e segundo ciclos avaliados, e 430 g/dia e 375 g/dia no manejo convencional, no primeiro e segundo ciclos avaliados.

    Porém, Silveira destaca que no tratamento CBC foram registrados maiores ganhos por área em função da possibilidade de trabalhar com maiores taxas de lotação, no caso, 2,33 e 2,77 unidades animal por hectare (UA/ha) nos dois ciclos de avaliação do CBC e 0,89 e 0,70 UA/ha nos dois ciclos de manejo convencional. Esses maiores ganhos por área não proporcionaram aumento de intensidade de emissão de metano entérico.Quanto à visão econômica, as análises comprovaram maior lucratividade do CBC em comparação ao manejo convencional, devido à maior produção por área ao longo do período analisado e, na segunda safra, à possibilidade dos animais CBC terem alcançado o peso mínimo de entrada no confinamento e, posteriormente, terem sido abatidos.

    “Logo, os resultados indicam que a implementação do protocolo CBC proporciona maior produção por área de carne, com aumento da lucratividade”, destaca Mariana Aragão, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte.

    “Na perspectiva ambiental, o sistema de produção CBC propiciou boa cobertura do solo, que impactou na manutenção do estoque de carbono, na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, além de promover o efeito poupa-terra e a resiliência do sistema de produção”, completa Giolo.

    Marcas-conceito

    A Plataforma Pecuária de Baixa Emissão de Carbono é uma iniciativa genuinamente brasileira, desenvolvida pela Embrapa e empresas parceiras.

    Ao longo de dez anos, a proposta trouxe a concepção de marca-conceito para a realidade do pecuarista. “As marcas-conceito carregam a concepção de ciência e seguem padrões internacionais, além de estarem associadas a um processo de certificação – monitoramento, reportagem e verificação”, destaca Giolo.

    Ainda segundo Giolo, as marcas CCN e CBC buscam a sustentabilidade do sistema agrícola. Criada entre 2012 e 2020, a CCN pode ser usada em sistemas pecuários com árvores, como silvipastoris e agrossilvipastoris, sendo o componente florestal responsável pelo sequestro de carbono para compensar as emissões dos animais em pastejo. No Brasil, o protocolo CCN tem potencial para ser aplicado entre dois e dez milhões de hectares.

    Por sua vez, a marca CBC está associada a sistemas pecuários sem a presença de árvores, que a partir das boas práticas agropecuárias, envolvendo a recuperação e manejo correto da pastagem, e integração lavoura-pecuária, promovem aumento do estoque de carbono no solo, mitigando as emissões de GEE do sistema.

    Estima-se que as pastagens armazenem de 20% a 30% do carbono do solo no mundo e que possuam potencial para sequestrar carbono por meio da melhoria no manejo do sistema de produção animal em pasto, trazendo benefícios significativos para a sustentabilidade ambiental, em virtude da grande extensão de área que ocupam.

    Assim, estudos apontam que o correto manejo das pastagens pode ser considerado a segunda tecnologia agrícola disponível mais importante para a mitigação das mudanças climáticas globais.

    Lançamento do protocolo CBC

    Para entrar em vigor, o Protocolo CBC deverá ser disponibilizado ao público na plataforma Agri Trace Rastreabilidade Animal, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em 2024.

    Para aderir à certificação, o produtor deverá demonstrar, já na auditoria inicial, que a propriedade está em conformidade com 20 requisitos mínimos obrigatórios para a implantação do sistema, de um total de 67, que serão requeridos progressivamente ao longo de auditorias bienais.

    O protocolo na íntegra será disponibilizado apenas aos produtores que ingressarem na plataforma. A adesão ao protocolo CBC, assim como a do protocolo CCN é voluntária. O intuito da criação da marca-conceito é possibilitar a valorização de sistemas pecuários que apresentem potencial de mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de soja 23/24 atinge 61,9% da área no país, afirma Conab

    Há atraso de 0,6 ponto porcentual em relação a igual período do ano passado

    A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 atingia, até domingo (17), 61,9% da área plantada no país, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra. Há atraso de 0,6 ponto porcentual em relação a igual período do ano passado e avanço de 6,1 pontos porcentuais em uma semana. Entre os Estados que estão retirando a oleaginosa do campo, Mato Grosso tem os trabalhos de campo mais avançados, com 94,8% da área colhida, seguido por Mato Grosso do Sul, com 85%. O Rio Grande do Sul iniciou a colheita da safra e conta com 1% da área já ceifada. Assim, todos os Estados produtores estão em plena colheita da oleaginosa da safra 2023/24.

    A colheita da primeira safra de milho alcançou, no país, 37% da área plantada, avanço de 4,1 pontos porcentuais na semana e de 2 pontos porcentuais entre as temporadas. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais começaram a retirada do cereal do campo, com, respectivamente, 75%, 62%, 82%, 45% e 22% da área colhida.

    A Conab informou, ainda, que o plantio da segunda safra 2023/24 de milho atingia 92,3% da área prevista no domingo, avanço de 6,1 pontos porcentuais na semana e 7,2 pontos porcentuais à frente de igual período da temporada anterior. Mato Grosso, Goiás e Tocantins já concluíram o plantio. Já o Paraná tem 91% da área semeada, seguido por Mato Grosso do Sul, com 86%.

    A semeadura da safra de algodão 2023/24 foi concluída na semana passada, avanço de 0,1 ponto porcentual ante a semana anterior e porcentual estável em relação à semeadura da safra da fibra em 2022/23. Apenas Goiás (99%) ainda cultiva a pluma.

    A Conab informou também que a colheita da safra de feijão alcançou 49,3% da área semeada, 2,5 pontos porcentuais mais que há uma semana e 21,8 pontos porcentuais atrás de igual período da temporada passada. Goiás, São Paulo e Paraná já concluíram a retirada do grão do campo, enquanto Minas Gerais está à frente nos trabalhos de campo, com 98% da área colhida.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Máquina da Embrapa promete aumentar produtividade do plantio de forrageiras em até 8 vezes

    Equipamento reduz número de operações de preparo do solo com a prática do plantio direto, gerando maior economia

    A Embrapa desenvolveu em conjunto com o produtor Joaquim Kurz Filho uma máquina para atender à demanda de produtores de gado de leite e de corte que querem expandir áreas de capim plantados por mudas. Trata-se da Topa Tudo, que possibilita a ampliação da disponibilidade de forragens para a alimentação animal.

    Com o método convencional, o plantio é feito manualmente, muito mais trabalhoso e lento. Com a plantadeira o tempo de plantio é consideravelmente reduzido. Ela reduz o número de operações de preparo do solo com a prática do plantio direto, gerando maior economia.

    Além das forrageiras, o equipamento também é capaz de plantar outras espécies arbóreas. A Topa Tudo é acoplável a tratores de média potência e permite melhor resultado econômico da atividade de produção animal (leite e carne). Aumenta em até oito vezes a eficiência do trabalho quando comparada ao sistema convencional de plantio manual de mudas.

    Em seu programa de melhoramento genético de forrageiras, a Embrapa lançou várias cultivares de capim-elefante com alto rendimento por hectare e qualidade nutritiva para a alimentação animal. No entanto, essas cultivares são de reprodução vegetativa (por meio de mudas), o que acarreta elevado custo de plantio, uma vez que não existem máquinas disponíveis para essa finalidade.

    Dessa forma, o plantio é manual, demorado e penoso para os agricultores. Em consulta aos produtores rurais e aos produtores de mudas, essa demanda foi a mais importante e apontada como limitante para a expansão das áreas dos capins BRS Kurumi e BRS Capiaçu. O desenvolvimento da plantadeira de mudas Topa Tudo foi uma resposta a essa demanda.

    Como funciona a plantadeira

    A Topa Tudo é um implemento acoplável a tratores de média potência, que permite o
    preparo do leito do solo com a utilização opcional de um disco sulcador/cortador de
    palha/solo frontal ou de um escarificador, com profundidade regulável e acionado pela
    tomada de força do trator, que corta/descompacta a terra para a colocação das mudas,
    permitindo o plantio direto, sem o revolvimento convencional do solo.

    De acordo com a cultivar a ser plantada e do espaçamento planejado, pode ser ajustado o
    conjunto mecânico para a colocação das mudas. O rotor terá o número de “injetores” de
    acordo com o espaçamento recomendado para o plantio entre as plantas. A plantadora/transplantadora possui uma linha de plantio.

    As mudas, colmos ou toletes são colocados em bandejas que são depositadas em suportes metálicos laterais e ficam ao alcance do operador, facilitando o processo de colocação das mudas nos injetores do equipamento. Após o plantio, as mudas são cobertas e apertadas contra o solo por dois rolos movimentados pelo arraste do equipamento. O equipamento é de fácil manuseio e operação.

    É estruturada sobre chassi de ferro e é monobloco. É um equipamento de pequena dimensão e que pode ser transportado na carroceria de uma camionete. Não possui engrenagens o que facilita sua utilização sem a necessidade de infraestrutura especial, mão-de-obra especializada ou conhecimento técnico diferenciado. Para a adoção, é necessário a aquisição do equipamento e a utilização de um trator de potência em torno de 65 cv. Sua manutenção, quando necessária, poderá ser feita em pequenas oficinas de reparo.

    Onde ela pode ser usada

    Ela pode ser empregada em todo o segmento da pecuária nacional, especialmente o de
    produção de leite e de carne bovina, ovina e caprina, pelos fornecedores de mudas de
    espécies forrageiras. Também envolve as organizações de pesquisa e de assistência técnica e extensão rural públicas e privadas, empresas fornecedoras de insumos e serviços para esses segmentos.

    O equipamento pode ser utilizado em todos os biomas nacionais não apresentando restrições para a sua utilização em função das condições climáticas, tipo de solo e topografia. Pode ser utilizado em terrenos previamente preparados ou em terrenos brutos sem prévio preparo. Não há restrições para o uso do equipamento.

    Atualmente, o plantio das forrageiras BRS Kurumi e BRS Capiaçu é feito de forma manual.
    Para o plantio manual de um hectare são utilizadas em torno de 25 mil mudas dessas
    cultivares e necessários o trabalho de cinco homens pelo período de dois dias, cerca de dez
    homens por hectare a cada dia.

    A Topa Tudo realiza o mesmo trabalho com apenas dois operadores: um tratorista e um auxiliar para posicionamento das mudas. A máquina deve beneficiar, especialmente, a agricultura familiar, que sofre carência de equipamentos de mecanização dos cultivos.

    Como surgiu a Topa Tudo

    O implemento agrícola foi desenvolvido em parceria entre a Embrapa e o produtor Joaquim
    Kurz Filho com apoio do projeto “Estratégias tecnológicas para a racionalização do uso da
    mão de obra em sistemas agroflorestais visando o uso sustentável da Reserva Legal na
    agricultura familiar (SAF Legal)”. O valor da tecnologia pode ser estimado pelo seu potencial
    benefício social, ambiental e econômico.

    Socialmente, irá contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos agricultores
    familiares (diminuição da penosidade e otimização do tempo de trabalho e descanso).
    Ambientalmente o equipamento contribuirá com a redução da erosão hídrica e eólica por
    utilizar o sistema de plantio direto e com o incremento da captação de carbono devido à
    implantação de áreas de gramíneas forrageiras com o incremento da biomassa da parte
    aérea e das raízes das plantas.

    Economicamente, a ampliação das áreas de produção de forragem melhora o desempenho produtivo de carne e leite com ganhos na renda dos produtores. A produção atual de máquinas e equipamentos agrícolas está destinada prioritariamente às grandes áreas de plantio em escala comercial, como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, entre outras culturas.

    As empresas produtoras desses equipamentos não atendem, de forma adequada, às necessidades dos agricultores familiares do País. Essa situação provocou o lançamento do Programa Nacional de Máquinas, Equipamentos e Implementos para Produção Sustentável de Alimentos pela Agricultura Familiar, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) no âmbito do programa Mais Alimentos.

    A plantadeira Topa Tudo não tem concorrente no mercado, é pequena, leve, fácil de ser
    transportada. Vai ao encontro da política pública proposta pelo MDA de ampliar a oferta
    dessas máquinas e equipamentos de pequeno porte como forma facilitar o trabalho e
    aumentar o rendimento no campo.

    A agricultura familiar representa em torno de 3,5 milhões de estabelecimentos rurais em todo o País. Há perspectiva de inclusão deste tipo de equipamento em projetos financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), conforme sinalização do MDA, o que impulsionaria a sua adoção.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: Cortes produtivos, recuperação em áreas e força argentina marcaram a semana

    Conab e Safras & Mercado apontaram reduções na produção da safra 23/24, mesmo com ajustes positivos em áreas produtivas importantes

    Com o avanço da colheita da soja, consultorias e entidades vão refazendo os cálculos sobre o tamanho da safra brasileira em 2023/24.

    Devido ao clima irregular, Safras & Mercado e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortaram, nesta semana, as suas projeções.

    Com isso, as projeções são de que a safra brasileira fique longe das estimativas iniciais, que previam uma colheita acima de 160 milhões de toneladas.

    Para a Safras, a produção brasileira de soja deverá totalizar 148,601 milhões de toneladas, com retração de 5,8% sobre a temporada anterior, indicada em 157,83 milhões de toneladas.

    Em 9 de fevereiro, data da estimativa anterior, a projeção era de 149,076 milhões de toneladas. A redução sobre a previsão anterior é de 0,32%.

    Área de soja semeada

    A consultoria indica aumento de 1,6% na área, estimada em 45,41 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,68 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare (59,1 sacas) para 3.289 quilos (54,8 sacas).

    Foram feitos ajustes finos em produtividades médias esperadas para alguns estados, mas sem grandes alterações.

    “O avanço da colheita, que já supera metade da área, começa a revelar a realidade das lavouras nos principais estados do país. De uma forma geral, nota-se que as lavouras semeadas mais tardiamente foram beneficiadas por uma maior umidade que atingiu
    principalmente o Centro-Norte do país a partir de janeiro”, informa o analista de Safras, Luiz
    Fernando Gutierrez Roque.

    Segundo ele, esse comportamento levou a uma condição melhor para o desenvolvimento das plantas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e estados das regiões Norte e Nordeste.

    “Diante disso, o estado de Mato Grosso sofreu um ajuste positivo em sua produtividade média esperada, mesmo que de forma pontual. No lado negativo, destaca-se a redução do potencial produtivo no estado do Paraná devido ao clima irregular. Nos estados das regiões Norte e Nordeste, destaca-se a manutenção do potencial produtivo diante da melhora climática, e abre-se a possibilidade de surpresas positivas nas próximas atualizações”, conclui o analista.

    Estimativa Conab

    A produção brasileira de soja deverá totalizar 146,86 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 5% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,6 milhões de toneladas.

    A projeção faz parte do 6º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No relatório anterior, a previsão era de safra de 149,4 milhões de toneladas. Houve um corte de 1,7% entre um mês e outro.

    A entidade trabalha com uma área de 45,177 milhões de hectares, com elevação de 2,5% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 44,080 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.325 quilos por hectare (55,4 sacas). Em 2022/23, o rendimento ficou em 3.507 quilos por hectare (58,4 sacas), o que representa uma retração de 7,3%.

    Instabilidades climáticas na soja

    Desde o início da presente safra até meados de dezembro, as condições climáticas foram variáveis e desfavoráveis nas principais regiões produtoras. Essas instabilidades climáticas
    provocaram perdas significativas na produtividade das culturas, sobretudo na da soja, principal produto cultivado no período.

    De acordo com o documento, a queda verificada se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras. No entanto, em locais em que o grão foi semeado mais tardiamente as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.

    Safra argentina

    Na Argentina, a sinalização é oposta e as revisões estão sendo feitas para cima. As regiões Centro e Norte da Argentina receberam chuvas na última semana, melhorando os níveis de
    umidade da soja.

    Segundo a Bolsa de Buenos Aires, aproximadamente metade das lavouras estão em período crítico do desenvolvimento. A safra do país é projetada em 52,5 milhões de toneladas. As lavouras se dividem da seguinte forma:

    • Boas: 30%
    • Médias: 54%
    • Ruins: 16%

    Na semana passada, eram 29%, 54% e 17%, respectivamente. Em igual período do ano passado, 2%, 23% e 75%. O déficit hídrico atinge 23% da área, contra 28% na semana passada e 70% um ano atrás.

    A Bolsa de Rosário ajustou ligeiramente sua estimativa de produção de soja para a safra 2023/24 da Argentina, passando de 49,5 milhões de toneladas, em fevereiro, para 50 milhões de toneladas, após as chuvas das últimas semanas.

    As precipitações iniciadas em fevereiro melhoraram as condições de enchimento da soja de primeiro ciclo. Para a segunda safra, embora tenham tido um grande impacto, é uma recuperação que em os termos produtivos é limitada, pois as lavouras foram muito afetados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña aumenta risco de seca em regiões do Brasil; veja previsão

    Enquanto o Norte e Nordeste registram chuvas acima da média, o Centro-Oeste e Sul enfrentam períodos de seca

    fenômeno La Niña está prestes a substituir o El Niño, trazendo consigo a possibilidade do risco de seca em algumas partes do Brasil, de acordo com uma nota técnica divulgada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

    Autoridade climática global, o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) divulgou projeções que sugerem uma probabilidade de 55% para a ocorrência moderada do fenômeno climático La Niña durante o trimestre de agosto a outubro.

    Segundo o Cemaden, projeções indicam mudanças significativas nos padrões de chuvas e temperaturas em diferentes regiões do país.

    A análise apresentada na nota técnica revela que, durante a primavera, é esperado um cenário de chuvas abaixo da média histórica na Região Sul do Brasil.

    Por outro lado, regiões como o estado do Amapá e o trecho entre Minas Gerais e a Bahia podem receber chuvas acima da média.

    Além disso, são previstas temperaturas inferiores aos valores médios na Região Sul e em parte da Região Sudeste, assim como no Amapá, devido ao aumento da precipitação.

    Para o próximo verão, as projeções apontam para precipitações superiores à média no extremo norte do Brasil e temperaturas abaixo do normal em partes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

    No entanto, há também a possibilidade de temperaturas acima da média em áreas do leste da Região Nordeste.

    É importante ressaltar que essas previsões estão sujeitas a variações conforme o desenvolvimento efetivo do fenômeno La Niña.

    O que é La Niña?

    La Niña é um fenômeno climático que causa o resfriamento anormal do Oceano Pacífico Tropical. Isso pode ter grandes impactos no clima global, incluindo o Brasil. A previsão é que a La Niña se estabeleça no país a partir de julho de 2024.

    La Niña na agricultura brasileira

    O Cemaden destaca os impactos da La Niña nas regiões produtivas do Brasil. Enquanto o Norte e Nordeste registram chuvas acima da média, o Centro-Oeste e Sul enfrentam períodos de seca. Essas variações na precipitação e na temperatura do ar podem influenciar as atividades agrícolas.

    De acordo com o Cemaden, eventos recentes como em 1995/1996, 2010/2011 e 2016/2017 demonstraram impactos diferentes. Em 1995, estados como Rio Grande do Sul, Amazonas e Minas Gerais foram severamente afetados, enquanto em 2010/2011, áreas como o sul do Rio Grande do Sul e partes do Mato Grosso sofreram mais.

    O evento de 2016/2017 trouxe impactos significativos para o Nordeste e Minas Gerais, especialmente na primavera. Condições de seca pré-existentes entre 2012 e 2017 intensificaram ou mitigaram os efeitos da La Niña nas áreas agroprodutivas.

    Atualmente, várias regiões, incluindo o Norte, Centro-Oeste, São Paulo e Minas Gerais, enfrentam seca, prejudicando atividades como o plantio de milho, arroz e algodão. Diante desse cenário, especula-se sobre a próxima estação chuvosa, com previsão de possível melhoria no Norte, enquanto São Paulo e Mato Grosso do Sul podem enfrentar manutenção ou agravamento da seca.

    No Sul, espera-se um aumento no número de municípios afetados pelas secas devido às chuvas abaixo da média previstas para o segundo semestre do ano. A incerteza quanto aos padrões de precipitação reforça a necessidade de medidas adaptativas e de gestão para enfrentar os desafios climáticos nas áreas agrícolas do país.

    Quais os impactos esperados?

    • Região Norte e Nordeste:
      • Chuvas acima da média, principalmente na primavera e verão.
      • Aumento do volume de água nos reservatórios.
      • Possíveis inundações e deslizamentos de terra.
    • Região Sul:
      • Chuvas abaixo da média, principalmente no segundo semestre do ano.
      • Aumento do risco de secas e incêndios florestais.
      • Prejuízos para a agricultura.
    • Regiões Centro-Oeste e Sudeste:
      • Cenário mais incerto, com chances de chuvas abaixo da média na primavera e verão.
      • Possíveis impactos na agricultura, principalmente no plantio de milho, arroz e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • Agronegócio brasileiro bate recorde de geração de empregos em 2023, diz Cepea

    O setor atingiu a marca de 28,34 milhões de pessoas ocupadas, o que representa um crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior

    Em 2023, o agronegócio brasileiro alcançou um marco histórico no mercado de trabalho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    O setor registrou um recorde de 28,34 milhões de pessoas empregadas, marcando um aumento de 1,2% em comparação com o ano anterior (aproximadamente 341 mil pessoas).

    Esse registro representa um recorde na série histórica iniciada em 2012, com o setor respondendo por 26,8% do total de ocupações do país.

    De acordo com o levantamento, o aumento da população ocupada no agronegócio em 2023 foi impulsionado principalmente pelos setores de agrosserviços, que registrou um crescimento de 8,4%, e de insumos, com uma elevação de 5,1%.

    Esses avanços refletem o excepcional desempenho da produção dentro da porteira, estimulando os segmentos a montante e a jusante no agronegócio.

    No entanto, houve uma queda de 5% na população ocupada na agropecuária, atribuída a retrações em diversas atividades, como horticultura, cafeicultura, cereais, bovinocultura, cultivo de laranjas, produção florestal, entre outras.

    No segmento agroindustrial, a população ocupada permaneceu relativamente estável, com avanços nas agroindústrias pecuárias e recuos nas agroindústrias agrícolas.

    Crescimento com formalização e qualificação

    Outro destaque do estudo é a formalização do mercado de trabalho no agronegócio. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 6%.

    Quanto à escolaridade, houve um aumento na proporção de trabalhadores com ensino médio e superior, completo e incompleto, desde 2012. Destaca-se um crescimento de 4,4% para os trabalhadores com ensino médio e de 7,5% para os com ensino superior, enquanto houve uma queda de 0,7% para os sem instrução e de 3,5% para os com ensino fundamental.

    Tanto a participação masculina quanto a feminina aumentaram em 1,2%, representando um acréscimo de 210,87 mil trabalhadores e 130,60 trabalhadoras, respectivamente. A taxa de participação feminina no agronegócio permaneceu praticamente inalterada em relação ao ano anterior.

    A pesquisa conduzida pelo Cepea se baseia nos microdados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua versão trimestral (PNAD-C), do IBGE.

    Utilizando metodologias próprias para identificar as atividades relacionadas ao agronegócio, o Cepea realiza uma análise aprofundada desses dados.

    Segundo o Cepea, em 2023, eles implementaram mudanças metodológicas significativas que afetaram toda a série histórica da pesquisa.

    Entre essas mudanças, destaca-se a inclusão na análise da população ocupada (PO) daqueles indivíduos que se dedicam exclusivamente à produção para consumo próprio.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Manejo integrado pode impulsionar produtividade de soja em 24/25

    Além dos problemas climáticos, incidência de pragas foi maior em 23/24. Produtores devem se precaver contra cenários adversos

    Altas temperaturas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e excesso de chuva no Sul. Basta um olhar de setembro de 2023 até aqui para notar que a irregularidade climática marcou todo o ciclo 2023/24 da soja.

    Esse cenário levou à quebra de safra de forma irreversível. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por exemplo, reduziu a estimativa de produção em 9,3% ao longo de toda a temporada: de 162 para 146,8 milhões de toneladas.

    Além das questões climáticas, pesquisa realizada pela Agroconsult aponta que os sojicultores também enfrentaram alta infestação de pragas, com aumento de 40% de incidência de percevejo-marrom e 29% de mosca-branca.

    Segundo o pesquisador em entomologia, Clérison Perini, essas pragas não prejudicam apenas a qualidade das sementes, mas reduzem a produtividade com perdas de até 30% na colheita.

    De acordo com ele, o percevejo-marrom, por exemplo, se reproduz mais intensamente no desenvolvimento do cultivo, momento em que a praga tem alimento de qualidade.

    “É importante que o agricultor faça o monitoramento nesse período crítico para um melhor controle, pois essa praga causa danos significativos, com perdas de produtividade de mais de uma saca por hectare a cada inseto por m², reduzindo a qualidade de sementes e dos grãos”, explica.

    Soluções para o manejo

    Esses desafios têm exigido dos agricultores a busca por soluções mais avançadas e sustentáveis para o manejo integrado na cultura da soja, visando mitigar os impactos negativos sobre a produção.

    Assim, para a próxima safra, é fundamental que os sojicultores estejam preparados para lidar com os desafios nas lavouras. De acordo com Perini, o manejo de pragas está entrando em uma nova era, com mais conhecimento sobre o comportamento desses insetos, os danos causados por eles e sua tolerância a determinados produtos.

    “Com base nessas informações, a indústria está desenvolvendo e disponibilizando novas formulações, com diferentes ingredientes ativos, que potencializam o efeito inseticida, garantindo um melhor controle desses detratores de produtividade”, reforça o pesquisador em etimologia.

    Nessa área, uma inovação recente é o inseticida Terminus, da Ihara, que potencializa os ingredientes ativos contra o percevejo-marrom, garantindo maior poder de choque e residual prolongado.

    Com duas aplicações em um intervalo de sete dias, o produto promete reduzir a densidade populacional do inseto, ficando abaixo dos níveis de causar danos às plantações.

    “Para proteger as próximas safras e garantir a viabilidade econômica das lavouras de soja, o produtor deverá contar com acompanhamento técnico especializado, que dará o suporte necessário, visando com que os desafios específicos de cada região e em cada ciclo do cultivo sejam enfrentados com as melhores práticas de manejo e tecnologias disponíveis”, destaca o agrônomo e gerente de Marketing Regional da Ihara, Roberto Rodrigues.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Sustentabilidade do solo é missão de vida de produtor indicado ao Personagem Soja Brasil

    Oli Fiorese produz soja em Água Boa, Goiás, e exalta a importância de pensar nas próximas gerações ao executar as atividades de hoje

    O produtor rural Oli Fiorese começou na agricultura na década de 1980, no Paraná. De lá para cá, a soja ganhou protagonismo em sua vida, levando-o a se mudar para o município de Água Fria de Goiás, em Goiás.

    Na região, a propriedade de sua família, a Fazenda Nossa Senhora de Aparecida, é tida como modelo de sustentabilidade.

    “Fazemos agricultura de precisão todo ano, então tudo o que é necessário ao solo, temos aplicado. Pensamos que é preciso fazer para ele se manter cada vez mais sustentável e produtivo, para que dê retorno financeiro ao longo de várias décadas”, afirma.

    As futuras gerações e a soja

    Para o produtor, é fundamental que se pense no solo desde o início da produção, focando na capacidade de retenção de água e de matéria orgânica.

    “É um conjunto de várias ações que precisam ser feitas, mas diria que as mais importantes são a preservação dos mananciais, manter intactas as reservas [legais] e colaboradores que tenham a ciência da importância de fazer essas ações”.

    Fiorese ressalta que é essencial pensar nas próximas gerações, em netos e bisnetos. “Temos que ter esse ideal na cabeça: não é só extrair, precisa repor e preservar a natureza”.

    Pensar no futuro é algo que já traz frutos ao produtor. Isso porque depois de formados, os filhos decidiram seguir com o negócio da família. Assim, a nova geração implementou novas tecnologias à produção do grão, levando a propriedade a conseguir um grande feito: a certificação internacional de produção de soja sustentável.

    “Os filhos são jovens, têm uma cabeça muito mais aberta, com maior conhecimento de tecnologias, o que faz e já está fazendo muita diferença na agricultura brasileira. Esse jovem está vendo que precisa preservar. Se eles estiverem ao seu lado desde o início, percebendo a importância de devolver ao solo o que foi tirado, o futuro é promissor”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita da soja está em 52,7% da área; Veja a evolução de 12 estados

    Ritmo segue mais avançado em comparação à safra passada e também em comparação à média dos últimos cinco anos

    Em uma semana, a colheita da safra 2023/24 da soja avançou sete pontos percentuais, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Assim, foi de 45,7% em 1 de março para 52,7% da área na última sexta-feira (8).

    O ritmo está mais adiantado do que em igual período do ano passado (48,9%) e, também, levemente mais acelerado do que a média das últimas cinco safras (51,3%).

    Veja a evolução dos estados

    • Rio Grande do Sul: 2%
    • Santa Catarina: 1%
    • Paraná: 67%
    • Mato Grosso do Sul: 64%
    • Mato Grosso: 91%
    • Goiás: 65%
    • São Paulo: 47%
    • Minas Gerais: 50%
    • Bahia: 15%
    • Maranhão: 18%
    • Piauí: 7%
    • Tocantins: 40%
    • Outros: 10%

    Estima-se que a área plantada com soja nesta temporada seja de 45 milhões de hectares. Conforme o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve produzir 149,4 milhões de toneladas da oleaginosa.

    Porém, a estimativa está longe de ser consensual. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), por exemplo, acredita que a safra não ultrapassará as 135 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/