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  • Soja: USDA estima produção mundial para a safra 23/24

    Órgão norte-americano projeta que Brasil exceda a marca de 160 milhões de toneladas de soja na próxima temporada

    O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 410,6 milhões de toneladas.

    Este foi o primeiro relatório com números para a nova temporada. Os estoques finais estão estimados em 122,5 milhões de toneladas, bem acima do esperado pelo mercado, de 105,8 milhões de toneladas.

    Safra americana, brasileira e argentina

    As projeções do USDA para as safras dos três principais produtores de soja do mundo é a seguinte:

    • Estados Unidos: 122,74 milhões de toneladas
    • Brasil: 163 milhões de toneladas
    • Argentina: 48 milhões de toneladas

    A estimativa do Departamento é que a China deverá importar 100 milhões de toneladas no próximo ciclo da cultura.

    Estimativa da atual safra de soja

    Para a temporada 2022/23, o USDA estimou safra global de 370,42 milhões de toneladas. Os
    Estados Unidos têm estimativa de 116,38 milhões de toneladas.

    Já a safra do Brasil ficou projetada em 155 milhões e a da Argentina em 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em 154,6 milhões e 24,4 milhões, respectivamente.

    Quanto aos estoques globais, estão estimados em 101,4 milhões de toneladas, enquanto o mercado indicava 99,4 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Comercialização da soja brasileira safra 2022/23 chega a 51,6%

    Número está muito aquém dos 64% de igual período do ano passado. Datagro grãos também estima vendas da safra 23/24

    A comercialização brasileira da safra 2022/23 de soja atingiu 51,6% da produção esperada até o dia 5 de maio, aponta levantamento realizado pela Datagro Grãos.

    O número está muito aquém dos 64% de igual período do ano passado, bem como dos 80,6% do recorde da safra 2019/20 e da média dos últimos cinco anos, de 67,4%.

    Houve avanço mensal de 8,6 pontos percentuais, pouco abaixo dos 9,2 p.p. registrados no mês anterior, mas acima dos 7,6 p.p. da média normal.

    Apesar da confirmação de nova expressiva retração nos preços, “os produtores acabaram sendo forçados a vender para cumprir compromissos financeiros assumidos anteriormente”, diz o economista e líder de pesquisa da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.

    Preços em baixa e custos em cima

    A postura defensiva de venda na temporada esteve ligada aos preços pouco atraentes e em declínio, combinado com forte elevação nos custos de produção, insegurança sobre o padrão de clima sob impacto do La Niña e incertezas políticas e econômicas com o novo governo, aponta o economista.

    Levando em conta nova revisão na produção para 155,61 milhões de toneladas, os sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 80,31 mi de t. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos relativos e absolutos, chegando a 83,57 mi de t.

    Safra de soja 2023/24

    No caso da safra 2023/24, o mês de abril foi novamente de fluxo bastante lento nos negócios de soja, com apenas 4,3% da expectativa de produção compromissada, avanço mensal de 0,9 p.p., inferior aos 2,7 p.p. em semelhante período do ano passado e dos 4,3 p.p. da média normal.

    Dessa forma, o ritmo permanece distante dos 9,6% compromissados em 2022, dos 28,2% do recorde da safra 2020/21 e da média plurianual de 14,0%, aponta a Datagro.

    Comercialização de milho

    O levantamento da consultoria também mostra que a comercialização do milho da safra de verão 2022/23 no Centro-Sul do Brasil avançou 14,4 p.p., abaixo da média normal para o período, de 16,5 p.p.

    Com isso, as vendas alcançaram 39,9% da produção esperada, contra 51,6% em igual momento de 2022 e 52,8% na média dos últimos cinco anos.

    Com previsão de safra revisada para 19,44 mi de t, os produtores comercializaram 7,76 mi de t.

    A comercialização da safra de inverno 2023 da região, revisada para 90,98 mi de t, chegou a 26,7%, contra 22,4% no levantamento anterior, 36,2% na mesma data do ano passado e média dos últimos cinco anos de 43,8%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Momento é favorável para investir em fertilizantes, aponta índice

    A redução nos preços dos fertilizantes aconteceu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) registrou um cenário favorável para os produtores rurais em abril, sendo o mais benéfico dos últimos 22 meses.

    Com um valor de 0,96, ligeiramente inferior ao mês anterior (0,97), esse indicador revela uma boa relação de troca e rentabilidade para os agricultores.

    A queda média de cerca de 7% nos preços dos fertilizantes, principalmente no superfosfato simples, fosfato monoamônico, cloreto de potássio e ureia, foi o principal fator que influenciou o IPCF. Essa redução nos preços ocorreu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul.

    Por outro lado, as commodities apresentaram um aumento médio de 1,7% em relação a março, refletindo as preocupações do mercado em relação à produção mundial de açúcar.

    Países como China, Tailândia, Índia e Europa enfrentaram problemas na produção dessa commodity, enquanto o Brasil aguarda o progresso de sua safra.

    No entanto, a entrada da safra recorde de soja no Brasil, as boas perspectivas para a safrinha brasileira e o início do plantio de soja e milho nos Estados Unidos contribuíram para o aumento da oferta de produtos agrícolas no mercado.

    O setor agrícola está atento à safra brasileira de grãos e preocupa-se especialmente com a logística de abastecimento, desde os portos até o consumidor final, incluindo plantas fabris.

    O IPCF, divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, é calculado com base na relação entre os preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas. Quanto menor o índice, mais favorável é a relação de troca. As principais culturas agrícolas consideradas no cálculo são soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra 2022/23 deve atingir recorde mesmo com La Niña, estima Conab

    Produção de grãos na safra 2022/23 deve atingir recorde de 313,86 milhões de toneladas, um aumento de 15,2% em relação a 2021/2022

    A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 deve atingir recorde de 313,86 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 15,2%, ou cerca de 41,4 milhões de t a mais, em comparação com a temporada anterior 2012/22 (272,43 milhões de t). Os números foram divulgados nesta quinta-feira (11), no 8º Levantamento da Safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Em comparação com levantamento anterior, de abril, o resultado é cerca de 1,4 milhão de t maior (perto de 1,4 milhão de t). Segundo o estudo, o desempenho médio estimado nas lavouras do Brasil tende a ser o melhor já registrado, por conta da projeção de 4.048 quilos por hectare, que ultrapassa a média de produtividade estimada do recorde anterior, alcançada na safra 2016/17.

    Adversidade climática

    Gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, afirma que esse rendimento é atingido mesmo em um ano-safra sob influência do fenômeno La Niña, sobretudo no início da safra, mas em uma menor escala.

    “Se compararmos com safra passada, o clima adverso teve impacto no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte de Mato Grosso do Sul. Já neste ciclo os efeitos foram mais concentrados no estado gaúcho”, disse Vasconcellos.

    A área também deve apresentar incremento de 4%, podendo atingir 77,5 milhões de hectares ante 74,5 milhões de hectares em 2021/22, destacou a Conab.

    Soja

    Para a soja, principal cultura de verão, a estimativa é de uma produção recorde em 154,8 milhões de toneladas, volume 23,3% superior à safra passada (125,55 milhões de t), resultado da melhora das produtividades e maior área plantada, de acordo com a estatal.

    Cenário semelhante é encontrado para a cultura do algodão, diz a Conab. O incremento de área aliado às condições climáticas que vêm favorecendo as lavouras, permite uma estimativa de produção de cerca 2,9 milhões de toneladas de pluma, elevação de 13,6% em relação à safra passada (2,55 milhões de t).

    Importante cultura na 2ª safra (de inverno), o milho tem uma produção total estimada em 125,5 milhões de toneladas, alta de 12,4 milhões de toneladas acima da safra 2021/22. Na primeira safra do grão, semeada em uma área de 4,4 milhões de hectares e com a colheita finalizada, o volume de produção atingiu cerca 27,05 milhões de toneladas, 8,1% acima da safra anterior (25,02 milhões de t), mesmo com os problemas climáticos registrados no Rio Grande do Sul.

    Segunda safra

    Para a segunda safra é esperado uma colheita de 96,14 milhões de toneladas, aumento de 11,9% ante 2021/22 (85,89 milhões de t). A cultura de inverno, ou safrinha, já está semeada e cerca de 74,4% das lavouras se encontram em floração e enchimento de grãos, segundo a Conab. “Nesses estágios, o clima ainda é um fator preponderante e a Conab irá acompanhar o desenvolvimento da cultura”, pondera Vasconcellos.

    No caso do feijão, as boas condições climáticas registradas durante o desenvolvimento da 2ª safra da cultura causam impacto positivo na produtividade, refletindo maior produção esperada, explica a Conab. No Paraná, a melhora do desempenho das lavouras de feijão tipo cores atinge 16,2%, saindo de 1.687 quilos por hectare para 1.960 kg/ha, o que resulta num incremento de 6,3% na expectativa da produção no Estado. Já em Minas Gerais, outro importante estado produtor, além do aumento de produtividade houve uma maior área destinada para o grão. Assim, a nova estimativa para a produção total de feijão ultrapassa, ligeiramente, 3 milhões de toneladas, aumento de 3% ante o período anterior (2,99 milhões de t).

    Já para o arroz, a produção estimada para a safra 2022/23 é de 9,94 milhões de toneladas, diminuição de 7,8% em comparação com 2021/22 (10,79 milhões de t). O fraco desempenho é “resultado da queda na área destinada ao produto, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão”, justificou a Conab.

    Dentre as culturas de inverno, a Conab traz neste levantamento as intenções de plantio dos produtores. Destaque para o trigo, principal grão cultivado no período. É esperado um aumento de 7% na área plantada, podendo atingir 3,3 milhões de hectares, enquanto a produção projetada para o cereal é de 9,6 milhões de toneladas. Nos principais Estados produtores (Paraná e Rio Grande do Sul), que representam cerca de 84% da produção nacional, “a semeadura ainda é incipiente”, concluiu a Conab.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtores de soja do RS colhem menos de 20 sacas por hectare

    Agricultores de municípios gaúchos relatam perdas de soja que variam entre 20% a 90%. Preço da saca é outro fator que desestimula

    O Rio Grande do Sul plantou soja em 6,5 milhões de hectares nesta safra 2022/23. A expectativa inicial era produzir cerca de 20 milhões de toneladas do grão. No entanto, a estiagem mudou tudo.

    Na estimativa de março da Emater-RS, a quebra projetada era de 31%, mas o número foi revisado. Agora, indica-se que os gaúchos devem colher 12,5 milhões de toneladas, ou seja, redução de, aproximadamente, 40% ante à expectativa do início da temporada.

    Nas lavouras gaúchas, tem sido comum áreas com boa produtividade e outras sem grãos nas vagens. “Terminamos a safra de soja 22/23 fechando em média nossas lavouras com 15 sacas de soja por hectare. Tem lavouras aqui sendo colhidas com sete, oito sacas por hectare“, conta o produtor de São Miguel das Missões (RS), Vanderlei Fries.

    Produtividade da soja gaúcha

    Com a situação das lavouras, a produtividade média do estado foi revista de 3.131 kg/ha (52 sacas) para 1.923 kg/ha (32 sacas), queda de 38,5%.

    As regiões mais afetadas são as que estão no oeste, com perdas de 67%. Já no leste, em regiões como a serra e a capital, as baixas não chegam a 5%. Em Santa Rosa, por exemplo, as lavouras estão tão irregulares que dificultam até o mapeamento.

    “Os técnicos tiveram que fazer uma avaliação maior para buscar mais informações junto ao produtor. De localidade para localidade, mudavam muito as médias. Então, para chegar em um consenso, foi bastante difícil. Nós tínhamos uma previsão de 53 sacas no momento do plantio, mas hoje está em 17 sacas. Com quase 90% colhido, deve permanecer nesse patamar”, afirma o chefe-regional da Emater Santa Rosa-RS, José Vanderlei Waschburger.

    Na região de Santa Maria, no centro do estado, a projeção inicial era de 3.008 kg/ha (50 sacas), mas, com o agravamento da estiagem, foi reavaliada em 1.555 kg/ha (26 sacas), uma redução de 48%.

    Estiagem persistente

    De acordo com o chefe regional da Emater Santa Maria (RS), Guilherme Passamani, a estiagem atinge o estado há dois anos consecutivos, mas alguns municípios sentem os efeitos da seca há três anos seguidos.

    “Temos observado uma variabilidade muito grande entre municípios e dentro dos próprios municípios que vai de 20% a 90% na soja, como relatado entre os produtores”

    Mesmo com as perdas, esta safra ainda tem resultados melhores do que a temporada passada, quando foram colhidas apenas nove milhões de toneladas de soja. Agora, a chuva retornou e os produtores apostam, novamente, na safra de inverno.

    “A conta não fecha”

    Outro desafio está na comercialização da oleaginosa. No momento do plantio, em outubro, a saca de 60 kg estava acima de R$ 170. Nesta semana, a cotação está na casa dos R$ 126,25.

    “Quando chega a hora de nós vendermos os produtos para pagar as contas, o preço cai lá embaixo. A conta não fecha”, lamenta o produtor Vanderlei Fries.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço do leite cru sobe no primeiro trimestre de 2023

    Agentes do setor acreditam que os preços do leite cru podem seguir firmes em abril, fundamentados na aproximação do período de entressafra

    Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontam que o preço do leite cru captado por laticínios em março chegou a R$ 2,8120/litro na “Média Brasil” líquida, registrando altas de 2,4% frente ao mês anterior e de 10,8% em relação a março de 2022, em termos reais.

    O valor acumula um avanço real de 9,3% no primeiro trimestre deste ano, segundo o Cepea.

    O aumento das cotações ao produtor neste primeiro trimestre foi sustentado pela oferta limitada no campo, movimento atípico para esse período.

    A produção foi prejudicada pelo clima adverso, resultado do fenômeno La Niña, e pela saída de produtores da atividade no ano passado.

    Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) recuou 2,86% de fevereiro para março na “Média Brasil”, acumulando queda de 6,78% no primeiro trimestre.

    A disputa dos laticínios por produtores se intensificou, mantendo as cotações do leite cru em alta, mas esse movimento de valorização não foi simétrico ao longo da cadeia produtiva.

    Houve muita oscilação dos preços, sobretudo no mercado do leite spot, que é quinzenal.

    Em Minas Gerais, houve queda na primeira quinzena, e, apesar da alta na segunda metade de março, a média mensal caiu 1,6% e chegou a R$ 3,00/litro.

    De acordo com a pesquisa do Cepea em parceria com a OCB, as cotações do UHT e da muçarela negociados entre laticínios e canais de distribuição caíram 1,77% e 4,34%, respectivamente, de fevereiro para março.

    Dois fatores pressionaram as cotações do spot e dos derivados em março: a diminuição do consumo, fragilizado pelo menor poder de compra do brasileiro, e o crescimento das importações, que elevaram os estoques.

    Dados da Secex mostram que, no primeiro trimestre, o volume importado foi três vezes maior que o do mesmo período de 2022. Apenas em março, foram internalizados 209,5 milhões de litros em equivalente leite. Essa quantidade representa cerca de 10% do total de leite cru industrializado pelos laticínios brasileiros (levando-se em conta a média dos volumes de mar/20, mar/21 e mar/22, da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE).

    Agentes do setor acreditam que os preços do leite cru podem seguir firmes em abril, fundamentados na aproximação do período de entressafra e na consequente diminuição da produção no campo. Contudo, a demanda enfraquecida e o aumento das importações podem frear a intensidade desse possível avanço nos preços.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • El Niño previsto para safra 23/24 exige medidas de adequação do produtor

    Depois de três safras sob a influência da estiagem de um La Niña, Rio Grande do Sul terá projeção de mais chuva a partir de setembro

    O cenário para a próxima safra de verão no Rio Grande do Sul irá sofrer uma mudança de padrão no clima, saindo de três safras sob a influência de um La Niña para um El Niño no segundo semestre. Essa alternância, na prática, significa a troca de uma condição de estiagem para uma projeção de mais chuva. No Mercado & Companhia desta terça-feira (9), o comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, alertou sobre as medidas que o produtor deve tomar para se adequar ao fenômeno na safra 23/24.

    Daoud ressaltou que o El Niño, que está por vir a partir de setembro, levando chuva para o Rio Grande do Sul. “A gente sabe que o ideal seria ter um seguro adequado, como ouvimos o produtor colocar. Temos regiões com perdas elevadíssimas, o que é desanimador”, disse. De acordo com comentarista, o produtor tem que estar atento para as condições climáticas. “Tendo essa certeza, tem que ter um planejamento, não deixar de produzir. Tem que ter cultivares que se adaptam melhor a esse fenômeno e uma estratégia de comercialização e definição de custos para que se possa ter rentabilidade”.

    Ao apontar estratégias capazes reduzir prejuízos, Daoud lamentou a média de 40% em perdas registrada no Rio Grande do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Carne bovina: exportação brasileira ‘despenca’ em abril, diz Abrafrigo

    As exportações brasileiras de carne bovina diminuíram 43% na receita e 25% no volume, quando comparado com o mesmo período de 2022

    As exportações de carne bovina brasileira sofreram uma queda significativa em abril deste ano, tanto em receita quanto em volume. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

    De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (8), as exportações totais (incluindo produtos in natura e processados) diminuíram 43% na receita e 25% no volume.

    Em abril de 2022, o Brasil arrecadou US$ 1,104 bilhão com as exportações de carne bovina, enquanto em abril de 2023 esse valor caiu para US$ 626,9 milhões.

    Em termos de volume, as exportações passaram de 186.565 toneladas em abril de 2022 para 140.709 toneladas em abril de 2023.

    No 1º quadrimestre de 2023, as exportações caíram 28% em receita e 12% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior.

    A queda nas exportações pode ser atribuída em grande parte à diminuição das importações pela China, que garantiu uma receita de US$ 2,233 bilhões e comprou 344.270 toneladas de carne bovina brasileira de janeiro a abril de 2022.

    Já no mesmo período deste ano, a receita foi de US$ 1,326 bilhões e a movimentação de 269.136 toneladas, o que significa uma queda de 40% em receita e 22% em volume.

    Os preços médios também tiveram uma queda significativa, passando de US$ 5.916 em abril de 2022 para US$ 4.455 em abril de 2023, uma redução de 24,7%.

    No acumulado deste ano, os preços médios caíram 18%, passando de US$ 5.486 para US$ 4.506.

    Em janeiro deste ano, as compras da China resultaram em US$ 485,2 milhões em divisas, com movimentação de 100.164 toneladas. Em fevereiro, a receita foi de US$ 355,7 milhões, com importações de 72.537 toneladas. Em março, a receita foi de US$ 278 milhões e a movimentação de 55.534 toneladas. Já em abril, a receita caiu para US$ 208 milhões e o volume para 40.901 toneladas.

    No quadrimestre, os Estados Unidos se posicionaram como o segundo maior cliente do Brasil. Porém, a receita proveniente do país teve uma queda significativa de 23,7%, passando de US$ 436,5 milhões em 2022 para US$ 333 milhões em 2023. A movimentação também sofreu queda, de 79.198 toneladas para 75.241 toneladas, representando uma redução de 5%.

    Chile também apresentou uma redução em suas receitas, que passaram de US$ 128,2 milhões para US$ 120 milhões, o que representa uma queda de 6,4%. O volume de exportação de 25.757 toneladas para 25.431 toneladas também teve uma redução de 1,3%.

    Por sua vez, o Egito gerou uma receita de US$ 211,4 milhões em 2022, com uma movimentação de 55.273 toneladas. Já em 2023, a receita sofreu uma queda significativa, chegando a US$ 117,6 milhões (-44,4%), enquanto o volume de exportação de 33.071 toneladas representou uma redução de 40,2%.

    No geral, enquanto 65 países aumentaram suas compras do Brasil, outros 74 reduziram, o que pode ter impactos significativos na economia do país.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Mapa lança plano de ação estadual para ABC+ no RS

    Estado tem como meta a adoção de tecnologias sustentáveis em 4,6 milhões de hectares até 2030, o que deve resultar numa redução de emissões de 75 mi/t de CO2

    Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o governo do Rio Grande do Sul lançaram a versão estadual do plano setorial para adaptação à mudança do clima e baixa emissão de carbono na agropecuária, o ABC+. Com isso, o estado deve avançar na produção sustentável das lavouras e da pecuária.

    O plano ABC+RS foi elaborado por um grupo gestor estadual composto por profissionais de diversas instituições públicas e privadas ligadas ao agronegócio.

    As metas contemplam ações como avanços no sistema de plantio direto e maior adoção de bioinsumos nas lavouras, irrigação, recuperação de áreas degradadas, adoção de sistemas integrados de produção, terminação intensiva de gado, manejo de florestas plantadas e destinação de resíduos da produção animal. O objetivo é evoluir em produção sustentável.

    “O Plano ABC+ é desenvolvido a nível nacional e os estados começaram a implementar ações a partir de maio do ano passado. Aqui no RS, 116 mil produtores já receberam orientações de órgãos como Emater e Senar. A meta é de que as tecnologias sustentáveis sejam adotadas em 4,6 milhões de hectares até 2030 no estado, o que vai resultar numa redução de emissões de 75 milhões de toneladas de CO2″, diz Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul.

    A redução dos gases é considerada fundamental para os desafios climáticos e que impactam diretamente produtores gaúchos com cenários recorrentes de estiagem, por exemplo. No estado, produtores já financiaram R$ 520 milhões em recursos do Pronaf ABC+ e do Programa ABC+ com foco em tecnologias que devem elevar a produção gaúcha a um novo patamar, produtivo e sustentável.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Milho e Sorgo: Novas cultivares com potencial produtivo elevado chegam ao mercado

    Recém-desenvolvidos pela pesquisa, materiais apresentam boa produtividade sem pesar no bolso do produtor

    Duas novas cultivares de milho desenvolvidas pela Embrapa estão disponíveis para a próxima safra e têm em comum o bom potencial produtivo em condições de baixo e médio investimento, com sementes acessíveis. O híbrido BRS 2107, indicado para produção de grãos em lavouras de baixo e médio investimento e a BRS 4107, uma variedade de polinização aberta, para lavouras de baixo investimento.

    De acordo com as informações da Embrapa, ambas são de ciclo precoce-normal, com elevada resistência ao acamamento e quebramento de colmo, apresentam ampla adaptabilidade e estabilidade, sendo recomendadas para todas as regiões do Brasil, tanto na safra como na safrinha.

    Além disso, outra novidade é o híbrido de sorgo granífero, BRS 3318, superprecoce, apresenta alto potencial produtivo de grãos, estabilidade de produção e baixo fator de reprodução de nematoides.

    “O híbrido de sorgo granífero BRS 3318 foi desenvolvido a partir de demanda de mercado por um sorgo mais produtivo com alta sanidade foliar e baixo fator de reprodução de nematoides. Esse híbrido foi selecionado pelo seu excelente desempenho nas áreas de Cerrado, Triângulo Mineiro e Oeste Baiano, com produção de grãos acima de 5 t/ha”, relata o pesquisador da Embrapa Cícero Beserra de Menezes.

    “O objetivo é ofertar uma semente de custo e qualidade mais acessível ao produtor, ajudando a balizar o mercado de sementes. O número de cultivares de sorgo disponíveis no mercado nacional é bastante limitado, quando se compara com outros cereais, de forma que é preponderante o lançamento de mais cultivares para dar ao produtor mais opções de assertividade de plantio, uma vez que a segunda safra é muito afetada por variações climáticas de seca e frio”, diz Menezes.

    O novo sorgo BRS 3318 apresenta uniformidade, ciclo superprecoce e estabilidade de cultivo. É um híbrido simples, para a produção de grãos. Além disso, a cultivar já está registrada para as regiões brasileiras do Centro-Oeste e Sudeste, e deverá ter sua extensão de uso finalizada nesta safra para outras regiões.

    Com alto potencial produtivo, é estável e resistente ao acamamento. Uma de suas principais características é apresentar baixo fator de reprodução/multiplicação para o nematóide Pratylenchus brachyurus. Possui tolerância ao alumínio no solo e tolerância à seca. Todas essas características fazem dessa cultivar uma alternativa importante para sucessão de soja, especialmente para plantios na safrinha.

    Em tese, tanto as cultivares de milho como a de sorgo foram desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (MG). Testadas em várias regiões brasileiras, elas têm em comum o elevado potencial produtivo dentro das suas categorias, para atender a necessidades significativas do setor de grãos, incluindo pequenos, médios e grandes produtores.

    Milho de baixo custo de sementes: variedade BRS 4107 e híbrido BRS 2107

    “As duas cultivares de milho, a variedade BRS 4107 e o híbrido top-cross BRS 2107, têm características agronômicas equilibradas, ambas com ótima relação custo/benefício para o segmento de baixa/média tecnologia, sendo adequadas para produção de grãos em condições menos favoráveis”, explica o pesquisador Lauro José Moreira Guimarães.

    Esses materiais são indicados para cultivo em todo o território brasileiro, para plantios tanto na safra como na safrinha. Apresentam boa resistência a várias doenças, níveis de produtividade comparáveis às melhores cultivares em categorias similares (variedades e híbridos duplos), com estabilidade de produção e resistência a acamamento e quebramento.

    Segundo Guimarães, o BRS 2107 destaca-se por apresentar heterose, obtida pelo cruzamento entre parentais vigorosos e geneticamente complementares, sendo uma excelente alternativa para agricultores familiares que querem aprimorar a produção, substituindo variedades de polinização aberta por um híbrido com excelente potencial produtivo e baixo custo de sementes em relação a outros tipos de híbridos.

    Os desafios do milho

    O milho é cultivado em todos os estados brasileiros, em uma diversidade de sistemas produtivos, abrangendo desde a agricultura familiar até a agricultura empresarial. Para Lauro Guimarães, os grandes desafios da cultura passam por formas de manter e aumentar a produtividade com sustentabilidade.

    Ele cita duas das grandes mudanças que ocorreram nos últimos anos: o aumento da área da segunda safra de milho, que hoje responde por cerca de 76% da produção, segundo levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 2023 e o aumento dos custos, abrangendo sementes, fertilizantes, defensivos, combustíveis e maquinário, entre outros.

    “Isto tem feito com que os produtores busquem alternativas de acesso a uma genética competitiva a preços mais razoáveis”, diz Guimarães.

    “Grande parte das lavouras são destinadas à produção de grãos, com direcionamento, principalmente, para rações, etanol, produtos para alimentação humana e para diversas aplicações industriais. Além disso, existe relevante produção de milho verde e de forragem para animais na forma de silagem”, analisa o cientista.

    Dessa forma, diversos tipos de cultivares de milho estão disponíveis no mercado brasileiro, com peculiaridades e características que atendem a vários cenários produtivos, desde sistemas de cultivo altamente tecnificados, com uso de biotecnologias e altas taxas de aplicação de insumos, até sistemas de produção da agricultura familiar com baixos investimentos, conforme descrito pelos pesquisadores Israel Pereira Filho e Emerson Borghi, no levantamento de cultivares realizado em 2022.

    De acordo com Guimarães, “nesses diferentes cenários são utilizados tipos de cultivares diferentes, como os híbridos simples (HSs), híbridos triplos (HTs), híbridos duplos (HDs), entre outros tipos, convencionais ou portadores de tecnologias transgênicas. Por exemplo, os híbridos simples BTs são transgênicos e apresentam alto potencial produtivo além de resistência a pragas, e são os tipos de cultivar mais recomendados para sistemas de produção mais tecnificados. Esses tipos de híbridos são altamente responsivos aos investimentos em adubação, e a outras práticas de manejo, mas são os materiais com sementes de mais alto custo”.

    Por outro lado, Guimarães comenta que “existem cultivares que apresentam maior facilidade no processo de multiplicação de sementes, e por consequência, obtém-se menor custo para esse insumo. Além disso, com a adoção desses tipos de cultivares, geralmente, são recomendados menores taxas de aplicação de adubos e outros insumos, o que torna a implantação e condução da lavoura menos onerosa”.

    “Sementes de menor custo também podem compor uma importante estratégia no planejamento da sucessão de cultivos (soja – milho) em propriedades mais tecnificadas, principalmente em situações de maior risco climático – como no fechamento da janela de segunda safra”, detalha o cientista.

    Vantagem para a agricultura familiar

    Na maioria dos casos, a agricultura familiar prática sistemas de produção com menores investimentos e nesse contexto, a restrita disponibilidade de sementes melhoradas especificamente para este segmento pode trazer ainda mais vulnerabilidade aos agricultores menos capitalizados.

    “Muitas vezes, os pequenos produtores utilizam cultivares antigas ou de ‘milho de paiol’, mas para avanços produtivos, é sabido que a substituição desses tipos antigos por sementes melhoradas é uma recomendação prática, com custo relativamente baixo, e que pode trazer ganhos expressivos em termos de produtividade”, frisa Guimarães.

    Ele destaca que a Embrapa é a única empresa que oferece todos os tipos de cultivares de milho para o mercado brasileiro, atendendo desde sistemas de baixo investimento até sistemas mais tecnificados.

    “As cultivares geradas pela Embrapa são disponibilizadas por sementeiros privados, geralmente de pequeno porte, e, muitas vezes, esses parceiros têm capilaridade em regiões menos favorecidas, e podem atender à demanda de agricultores diretamente e a diversos programas de governo”, conta o pesquisador.

    Licenciada

    A proprietária e técnica da empresa Di Solo Sementes, Giovanna Baccarin Di Salvo considera uma grande oportunidade trabalhar com o sorgo BRS 3318. “É uma cultivar que tem um potencial produtivo muito bom e controla a reprodução de nematoides no solo, atendendo todas as regiões do Brasil. A maioria dos nossos clientes são produtores de soja, sendo o sorgo BRS 3318 um híbrido complementar nos cultivos de sucessão à soja, que se encaixa de maneira estratégica em nosso portfólio”, relata Di Salvo.

    Lançamento

    O lançamento das três cultivares acontecerá dia 15 de maio de 2023, durante a abertura da 15ª Semana de Integração Tecnológica (SIT), na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, Minas Gerais. O evento vai acontecer nos dias 15 a 18 de maio de 2023, quando a Embrapa Milho e Sorgo comemora regionalmente os 50 anos da Embrapa e os 15 anos da SIT.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/