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  • Ferramenta que classifica pulgões do trigo ganha nova versão

    Desenvolvido pela UPF, em parceria com Embrapa Trigo e IFSul, o AphidCV 3.0 Web oferece ampliação na detecção de espécies, melhorias no manuseio e mais praticidade no acesso

    Seja para facilitar a tomada de decisões ou oferecer mais precisão em diagnósticos nas lavouras, a tecnologia avança cada vez mais como uma aliada na área do agronegócio. Desde 2018, uma das ferramentas que atua com o propósito de auxiliar na melhoria da produtividade no campo é o AphidCV. A ferramenta é um software voltado para classificação e reconhecimento de pulgões, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Universidade de Passo Fundo (UPF) e a Embrapa Trigo.

    Cinco anos após o lançamento, o programa ganha a terceira versão, que oferece ampliação da detecção de espécies, melhorias no manuseio e mais praticidade no acesso. Contudo, o AphidCV foi desenvolvido para realizar a contagem e verificar a morfometria de afídeos separando em categorias (adultos ápteros, adultos alados e ninfas).

    “A mensuração de populações de insetos em plantas é necessária em diversos estudos, como definir o limite de pragas para intervenção com controle químico, avaliar o nível de resistência genética das plantas, avaliação de fatores que afetam o crescimento populacional e a capacidade reprodutiva dos insetos. Estes trabalhos costumam ser realizados manualmente, com o apoio de lupas em um processo cansativo, que consome tempo e sujeito a erros humanos que afetam a precisão”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau.

    Na prática, o software AphidCV trabalha sobre a imagem de uma placa de vidro contendo os insetos, processando de forma instantânea o número total e o tamanho de cada indivíduo. “Com o apoio da visão computacional, é possível reduzir o tempo de análise e aumentar o número de amostras no período”, diz Lau.

    A nova versão chamada de “AphidCV 3.0 Web” implementa um método rápido e automatizado para contagem e classificação de pulgões (afídeos), empregando técnicas de processamento de imagens, visão computacional e deep learning (aprendizagem profunda). Além disso, o software é destinado ao uso de pesquisadores da área agrícola, entomólogos e biólogos.

    “A primeira versão nasceu a partir de uma demanda da Embrapa, com o objetivo de criar uma ferramenta de processamento de imagens e visão computacional para a identificação de afídeos e fazia apenas a classificação e reconhecimento de uma espécie de pulgão. Agora, a terceira edição avança e tem suporte para identificação de indivíduos de quatro espécies”, explica o professor da UPF, Rafael Rieder.

    Um outro diferencial da nova versão é a praticidade no acesso. Nas duas primeiras versões os softwares eram instalados no computador, já a última versão é web, então o acesso pode ser feito utilizando um usuário e senha pela internet.

    “O programa agora está integrado ao TrapSystem, uma plataforma on-line de gerenciamento de dados coletados a partir de armadilhas de insetos, com diferentes ferramentas que facilitam a análise da flutuação populacional dos afídeos e a organização de séries históricas. Nossa ideia é continuar atualizando esses modelos inteligentes de detecção e classificação dos insetos e oferecer também para outras espécies, assim que formos tendo um banco de dados maior”, afirma Rieder.

    Pesquisas envolvem dezenas de estudantes e profissionais

    As atividades relacionadas ao AphidCV fazem parte do cotidiano das pesquisas realizadas junto ao Núcleo de Visualização e Modelagem Computacional. Este laboratório, instalado junto ao UPF Parque Científico e Tecnológico, desenvolve soluções nas áreas de Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Realidade Misturada, Aprendizado de Máquina, Processamento de Imagens e Visão Computacional.

    Além do mais, ele conta com a participação de acadêmicos de iniciação científica e pós-graduação dos cursos de computação da UPF: Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Mestrado em Computação Aplicada.

    No caso do AphidCV, o desenvolvimento da plataforma também envolve instituições que trabalham de forma integrada e colaborativa, criando soluções que permitam realizar os diferentes passos necessários. Além da Embrapa Trigo, existe uma parceria com pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense (IFSul) – Campus Passo Fundo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produção mundial de soja deve ficar em 370,7 milhões de toneladas

    Projeção para a safra 2022/23 parte do Sistema de Informação do Mercado Agrícola

    A produção mundial de soja na atual safra — 2022/23 — deverá totalizar 370,7 milhões de toneladas. Na temporada anterior, a produção foi de 357,1 milhões. Ou seja, a projeção é de crescimento de quase 4%.

    A estimativa faz parte do relatório de abril do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (Amis), órgão do G-20 para divulgar dados de oferta e demanda das principais commodities globais.

    Em março, quando da divulgação do mais recente número, a previsão do Amis era de 382,3 milhões de toneladas de soja produzida em todo mundo no ciclo 2022-23. Queda de 11,6 milhões de toneladas na estimativa no intervalo de apenas um mês.

    Menos soja na América do Sul

    A revisão para baixo é, segundo o relatório deste mês, reflexo do forte corte na safra de grãos da Argentina, que sofre com a pior estiagem em 60 anos. Ainda na América do Sul, Brasil e Uruguai também deverão colher menos soja do que o indicado anteriormente.

    Diferentemente do Amis, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica produção global de soja um pouco mais elevada para a temporada 2022/23: 375,1 milhões. O Conselho Internacional de Grãos indica, por sua vez, safra de 369,80 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Integração lavoura-pecuária ajuda a acumular carbono no solo

    Resultado representa aumento em mais de três vezes quando comparado aos mais altos desempenhos dos sistemas de sucessão entre soja e milho

    Uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão (GO) estimou a taxa de acúmulo de carbono em solo de cerrado em Goiás considerando o sistema de integração lavoura e pecuária (ILP) comparado ao sistema de sucessão de cultura de grãos (soja-milho), tanto em plantio direto quanto em plantio convencional. O resultado aponta para um incremento de carbono retido no solo em ILP, ao longo de 20 anos, projetados para o período entre 2019 e 2039.

    De acordo com as informações da Embrapa, a projeção do acúmulo de carbono foi estipulada para o perfil de solo até a profundidade de 30 centímetros e o resultado é que os maiores valores de carbono acumulado foram para os sistemas em ILP, em plantio direto, sendo que dois arranjos (ILP1 e ILP2) apresentaram taxa de acúmulo de carbono no solo entre 0,60 e 0,90 tonelada por hectare ao ano.

    Contudo, Isso representa um aumento em mais de três vezes de carbono retido no solo, quando comparado aos mais altos desempenhos dos sistemas de sucessão entre soja e milho, que alcançaram taxa de acúmulo de carbono no solo em torno de 0,11 e 0,21 tonelada por hectare ao ano em plantio direto.

    Trabalho de simulação

    O estudo valeu-se da série histórica de dados de plantio e manejo de área em ILP na Fazenda Capivara, pertencente à Embrapa e localizada em Santo Antônio de Goiás (GO). O banco de informações de manejo registrado desde 1990 abasteceu um modelo, conhecido por CQESTR, que simula o comportamento de carbono em solo de lavouras e é utilizado para projetar como diferentes práticas de manejo afetam a dinâmica do carbono.

    No trabalho, dois sistemas em ILP foram simulados dentro do CQESTR e repetidos ao longo do tempo de avaliação. O primeiro (ILP1) incluiu o cultivo do milho na safra de verão, seguido de quatro anos e meio de pastagem de braquiária. O segundo (ILP2) foi de soja na safra de verão, sucedida por pousio no primeiro ano, com posterior semeadura de arroz de terras altas, seguida de pousio novamente no segundo ano; e em sequência o plantio de milho com, por fim, três anos e meio de pastagem de braquiária.

    Entretanto, em relação à sucessão de culturas (soja-milho), foram consideradas alternâncias de cultivos anuais no verão, assim como com períodos de pousio; ou ainda sucessões entre as duas culturas (safra e safrinha).

    A pesquisadora da Embrapa Beata Madari é uma das responsáveis por esse trabalho. Ela contou que esse resultado vai ao encontro de outros estudos da área e pode ser explicado pela presença da forrageira braquiária, que apresenta forte enraizamento em profundidade no solo. Dessa forma, além de reciclar nutrientes, ajuda a aumentar o estoque de carbono no sistema pelo aporte de biomassa radicular e também aérea em sistemas ILP.

    Ainda segundo Madari, uma taxa de acúmulo de carbono de 0,9 tonelada por hectare ao ano surpreendeu os pesquisadores, pois trata-se de um valor alto levando em consideração a situação diagnosticada inicialmente nas condições da fazenda da Embrapa em Goiás, que apontou para um solo argiloso (mais de 50% de argila) e com teor entre baixo e médio de carbono, aproximadamente 2%.

    Mercado de carbono

    A taxa anual de acúmulo de carbono em ILP, em plantio direto, obtida neste trabalho traz também novos elementos para o debate científico. De acordo com o pesquisador da Embrapa Pedro Machado, existem outros estudos que chegam a valores até maiores de captura de carbono em ILP: taxas anuais de acúmulo de até uma tonelada por hectare ao ano.

    Porém, segundo o cientista, são pesquisas conduzidas geralmente em pequena escala, em parcelas, e com duração de poucos anos ou safras. Nesse sentido, ele ponderou que o uso do modelo CQESTR foi um diferencial.

    “Essa ferramenta de simulação foi fundamental, pois nos permitiu utilizar virtuosamente a base de dados de quase trinta anos sobre os cultivos na fazenda da Embrapa e projetar ao longo do tempo a dinâmica de acúmulo de carbono em função do preparo de solo e manejo agrícola. Com isso, podemos estender o tempo de análise sobre o efeito da ILP em relação ao sequestro de carbono e alcançar um resultado que acreditamos predizer melhor o comportamento do sistema de produção”, comentou o pesquisador.

    Machado complementou que o CQESTR é um programa empregado para investigações científicas dentro e fora do Brasil, só que aqui no País foi utilizado apenas para situações em regiões tropicais do Nordeste e Sudeste, e agora foi testado e aprovado para as condições do bioma Cerrado.

    Outra questão mencionada pelo pesquisador foi que o estudo, além de abrir a possibilidade de quantificar mais apuradamente o acúmulo de carbono por um sistema de produção agrícola, permite projetar no futuro o quanto de carbono será armazenado pelo solo.

    Nesse trabalho, por exemplo, a projeção foi estipulada para o período de 2019 a 2039. Essa perspectiva, conforme Machado, insere a pesquisa como um ponto de apoio e de qualificação para o debate que vem sendo feito no Brasil sobre a regulamentação de um mercado de crédito de carbono, assim como para o estabelecimento de estratégias fundamentais para a sustentabilidade da agropecuária e para o desenvolvimento de políticas públicas nacionais.

    O estudo é parte da tese de doutorado, defendida na Universidade Federal de Goiás (UFG) por Janaína de Moura Oliveira, intitulada: “Carbono no solo em sistemas integrados de produção agropecuária no Cerrado e na transição Cerrado – Amazônia”.

    Para a realização da pesquisa, Janaína esteve vinculada à Universidade de Washington (EUA) em parceria com o Centro de Pesquisa em Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma parte dos resultados de pesquisa obtidos contou ainda com participações do escritório da Embrapa Labex-Estados Unidos e Universidade do Arkansas (UARK), dos Estados Unidos.

     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Em 30 anos, produção de soja no Brasil aumentou 557%

    Comparação dos dados da safra 1992/93 com a atual mostram a evolução de área, produção e produtividade do grão no país

    A soja brasileira se transformou em uma potência mundial. A resiliência do produtor, a tecnologia chegando ao campo cada vez mais rapidamente, novas variedades resistentes e o clima favorável são os principais fatores que trouxeram o atual protagonismo à commodity.

    Juntos, esses ingredientes fizeram com que a produção da oleaginosa saltasse 557% nos últimos 30 anos, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso porque, na safra 1992/93, o país produziu 23,04 milhões de toneladas do grão. Já em 2022/23, a entidade projeta 151,4 milhões de toneladas, recorde histórico absoluto.

     Nesse intervalo, o aumento de área saltou 306%, indo de 10,7 milhões de hectares para os atuais 43,5 milhões de hectares. Quanto à produtividade média de todo o país, o aumento também foi expressivo: 2.150 kg/ha (35,8 sacas) para 3.479 kg/ha (57,9 sacas) estimados para esta temporada, ou seja, 61,7% de incremento.

    Evolução soja 30 anos

    Expansão da soja pelo país

    Há 30 anos, 12 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, produziam soja. Hoje, são 21 unidades da federação, mais o DF. Ao pulverizar este número, é possível notar que 2.468 municípios cultivam o grão atualmente. Assim, nota-se que os elos da cultura são parte do orçamento de 44,3% das prefeituras brasileiras, de acordo com dados da safra 2021/22 do IBGE.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Alvadi Balbinot Junior, a oleaginosa brasileira apresentou taxa anual de crescimento de área de, aproximadamente, um milhão de hectares nos últimos 25 anos.

    “Já a produção cresceu cerca de quatro milhões de toneladas a cada safra, em média. Ainda que se fale que a produtividade está estagnada em algumas áreas, vemos que há uma tendência geral de aumento de rendimento da ordem de 40 kg por hectare a cada ano que passa, considerando uma análise das últimas duas décadas”.

    O pesquisador lembra, ainda, que grande parte do crescimento da soja no Brasil nos últimos anos tem sido em cima de pastagens com algum nível de degradação. Sendo assim, nas palavras dele, a integração lavoura-pecuária é uma das grandes alternativas para o crescimento sustentável da cultura.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Consultoria indica produção recorde de soja e milho no Brasil

    Segundo a StoneX, Brasil deve atingir 157,7 milhões de toneladas da oleaginosa e 131,34 milhões de toneladas do cereal

    A safra brasileira de soja 2022/23 driblou o clima ruim no Rio Grande do Sul, cuja produção está estimada em 15 milhões de toneladas, e tem avançado significativamente conforme os trabalhos de colheita indicam produtividades excelentes e até mesmo recordes. É o que indica a consultoria StoneX em relatório divulgado nesta semana.

    “A produção de soja pode atingir 157,7 milhões de toneladas, o que tende a resultar em um balanço de oferta e demanda mais folgado neste ano”, indicou a especialista da StoneX, Ana Luiza Lodi, na revisão de abril do grupo. O número divulgado é 3 milhões acima do que havia sido estimado no mês anterior.

    O relatório apontou aumentos da produtividade média em vários estados, como os do Centro-Oeste, do Matopiba, São Paulo e Paraná, além de ajustes positivos de área plantada. Dessa forma, segundo a consultoria, há o total do Brasil para 44,17 milhões de hectares.

    “Com a produção recorde, os estoques finais ainda ficariam em 9 milhões de toneladas” — Ana Luiza Lodi

    Mesmo assim, como a produção mundial é muito concentrada, o mercado especula o quanto de soja a Argentina importará do Brasil, diante das perdas enormes esperadas no país. Com isso, as exportações brasileiras estão estimadas pela StoneX em 96 milhões de toneladas, e o consumo doméstico em 54 milhões. “Caso essa demanda se confirme, com a produção recorde, os estoques finais ainda ficariam em 9 milhões de toneladas”, explica Ana Luiza.

    Além da soja: oferta de milho tem potencial para recorde

    A produção total brasileira de milho 2022/23 foi revisada para 131,34 milhões de toneladas pela StoneX (considerando as três safras), um recorde para o país. O número leva em consideração os ajustes positivos na safra verão e uma leve queda no “safrinha”.

    No caso da safra de verão de milho 2022/23, a StoneX elevou sua estimativa de produção para 28,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,8% em relação ao seu relatório de março.

    Nos estados do Sul, a colheita está em sua reta final e foi possível observar produtividades maiores do que as previamente esperadas no Paraná e Santa Catarina. Em São Paulo, apesar da redução na área plantada, a expectativa de maior produtividade resultou em uma oferta mais robusta no estado.

    Já no Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará, o bom volume de chuvas ao longo das últimas semanas melhorou as condições hídricas das lavouras, resultando em expectativas mais favoráveis para a produção na região.

    Em relação à segunda safra 2022/23, houve pequena retração de 0,3%, para 100,54 milhões de toneladas. “Grande parte da contração observada pode ser atribuída ao corte realizado no Paraná, onde o atraso no plantio deverá resultar em uma área e produtividade média menores que as esperadas anteriormente, com a janela da semeadura sendo ultrapassada”, explicou o analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes.

    O grupo também revisou para baixo a área plantada de Minas Gerais, motivado pelo receio com o clima e a expectativa menos favorável para os estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, que tiveram o plantio prejudicado pelo excesso de umidade. A queda não foi maior em função de perspectivas mais favoráveis para Mato Grosso, São Paulo e Pará.

    No que diz respeito à demanda, existem alguns fatores que devem estimular a procura internacional pelo grão do Brasil, considerando os problemas enfrentados pela safra argentina, a imprevisibilidade ligada aos embarques ucranianos e o acordo para exportação do milho brasileiro para a China.

    Com isso, a StoneX aumentou novamente sua estimativa de exportação para a temporada 2022/23, em 1 milhão de toneladas, para 48 milhões. Em meio às alterações realizadas, os estoques finais recuaram para 13,83 milhões de toneladas, o que representa uma relação estoque/uso de 10,7%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Cereais de inverno podem substituir principais insumos da ração para aves e suínos

    A busca por alternativas para a alimentação de aves e suínos é importante para garantir a sustentabilidade do setor e reduzir custos

    Com o alto custo do milho e do farelo de soja, principais insumos da ração para aves e suínos de produção, produtores e profissionais da avicultura e suinocultura estão em busca de alternativas para garantir a alimentação dos animais. E uma solução pode estar nos cereais de inverno, como trigo, aveia, centeio, cevada e triticale.

    Segundo pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Trigo (RS) e Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais são opções viáveis para substituir o milho na formulação de rações e concentrados para alimentar suínos e aves.

    Além de reduzir a dependência desse grão na Região Sul, cuja produção não tem sido suficiente para atender à demanda, o resultado amplia o mercado para os cereais de inverno, que ocupam cerca de 20% da área potencial de cultivo.

    Atualmente, a produção desses cereais não é suficiente para atender à demanda no país.

    Porém, de acordo com a Embrapa, ainda existem cerca de 5 milhões de hectares para sua produção na região Sul do Brasil. As áreas de lavoura de inverno representam apenas de 10% a 15% das áreas de cultivo de verão, o que indica um grande potencial de crescimento na produção de cereais de inverno.

    Essa busca por alternativas para a alimentação de aves e suínos é importante para garantir a sustentabilidade do setor e reduzir custos.

    Os produtores e profissionais da avicultura e suinocultura precisam se adaptar às mudanças no mercado e buscar soluções inovadoras para continuar produzindo com qualidade e eficiência. Os cereais de inverno surgem como uma opção promissora nesse sentido.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Relatório do USDA pode trazer suporte ao preço da soja no Brasil

    Consultor de mercado pondera que safra norte-americana apenas será maior do que a anterior se o clima for perfeito, algo improvável

    O relatório de intenção de plantio da soja nos Estados Unidos, divulgado pelo Departamento de Agricultura daquele país (USDA) na última sexta-feira (31 de março) repercutiu fortemente no mercado. Isso porque a área indicada pelo órgão foi inferior à esperada pela maioria dos analistas.

    O país norte-americano deve semear a oleaginosa em 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares), enquanto o previsto por consultores era de, no mínimo, 88 milhões de acres. No ano passado, os produtores estadunidenses plantaram o grão em 87,45 milhões de acres.

    “O indicado para esta safra é irrisoriamente maior do que a semeada no ano passado, ou seja, não houve diferença significativa. Isso traz um potencial produtivo menor para a safra norte-americana”, avalia o consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

    Segundo ele, para a safra norte-americana ser recorde, o clima precisa ser perfeito durante todo o desenvolvimento das lavouras, algo improvável. “Chicago tem, agora, um suporte adicional no curto-prazo, sendo que o mercado climático norte-americano será mais sensível de maio a agosto”, enfatiza.

    Preços da soja no Brasil

    Ainda que uma menor oferta de soja por parte dos Estados Unidos seja uma possibilidade, Roque não acredita que os preços vão se valorizar em Chicago no curto-prazo. Isso porque o mercado segue pressionado pela entrada da safra brasileira, praticamente já consolidada como a maior da história.

    “Eventualmente, algum ajuste positivo em Chicago pode ajudar esse preço a não cair tanto, como está acontecendo. No entanto, não acredito que teremos movimento positivo nos preços no Brasil neste momento, exceto se o câmbio subir muito. Os prêmios estão bem negativos, algo que não é possível segurar”.

    Com isso, o consultor da Safras indica que, no momento, cabe ao produtor brasileiro apostar em um problema climático nos Estados Unidos, embora anos de El Niño, fenômeno que pode ser confirmado em meados de junho pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), costumem ser positivos para a safra norte-americana.

    Roque pondera que o relatório do USDA indica área inicial de soja. Contudo, este número será confirmado, ou não, no pós-plantio, em junho. “Eu apostaria em uma área maior, pois há espaço disponível. Enquanto isso, o mercado vai especular e estará mais sensível a questões climáticas nos próximos meses”, contextualiza o consultor.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Volume de frete rodoviário do agronegócio cresce 25,9% em 2022

    O levantamento traz como destaque a região Centro-Oeste, que registrou maior crescimento porcentual, de 55,6%, graças ao agronegócio

    Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) do agronegócio fechou 2022 com um crescimento de 25,9% no volume de fretes em comparação com o ano anterior.

    Os números fazem parte da 9ª edição do relatório da Fretebras, startup considerada a maior plataforma de transporte de cargas da América Latina.

    O estudo analisou os 10 milhões de fretes transportados via Fretebras em 2022, movimentando R$ 103 bilhões, dos quais 36,3% deles em produtos do agronegócio, a categoria mais representativa na plataforma.

    O levantamento traz como destaque a região Centro-Oeste, que registrou maior crescimento porcentual, de 55,6%, graças ao agronegócio.

    Goiás apresentou alta de 55% no volume de fretes do agronegócio ante 2021, enquanto Mato Grosso do Sul aumentou 49%.

    Em Goiás, 50% do que se movimenta em TRC corresponde a produto do agronegócio, enquanto em Mato Grosso do Sul, o índice supera um pouco mais a metade.

    “Vemos que a região Centro-Oeste foi o grande destaque desta edição do relatório. O agronegócio em 2022 foi totalmente impulsionado pela região, que aumentou a produção de soja e de milho, enquanto a região Sul sofreu no começo do ano com as estiagens”, disse em nota o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad.

    Dentre os estados mais representativos no volume de fretes do agronegócio, estão: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná.

    Destaque negativo para o Paraná que registrou queda de 2,6 pontos porcentuais na representatividade dos fretes do agronegócio na plataforma, em virtude de problemas climáticos na safra de soja no primeiro trimestre de 2022, mostra o relatório.

    Os produtos mais transportados no agronegócio no ano de 2022, foram: fertilizantes, soja, trigo, milho e açúcar, respectivamente.

    Fertilizantes representaram um quarto dos fretes do agronegócio na plataforma da Fretebras, demonstrando a importância do produto para a produção agrícola do Brasil.

    A soja representou 13,6% dos fretes da categoria e, mesmo com as estiagens enfrentadas no Sul, o produto registrou aumento de 56,8% no volume de cargas transportadas em relação a 2021, já que no Centro-Oeste houve incremento de mais de 10% na produção da oleaginosa em 2022, em comparação à safra anterior, explica a relatório.

    Na Fretebras, o volume de fretes do milho aumentou 47,8% no ano passado.

    Para 2023, a expectativa é de que continue o crescimento do volume de frete para o agronegócio: “As projeções para a safra desse ano são maiores que as do ano passado. Como consequência, esperamos um aumento considerável no volume de fretes embarcados e, naturalmente, uma procura ainda maior por soluções digitais para auxiliar na contratação de motoristas”, declarou Hacad.

    Fundada em 2008 em Catalão (GO), a Fretebras tem cerca de 780 mil caminhoneiros cadastrados e 18 mil empresas assinantes.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Como está a relação do tempo com a colheita de arroz?

    Saiba como se dará o desenvolvimentos dos trabalhos de acordo com a previsão do tempo

    A colheita de arroz da safra 2022/23 avança pelo Brasil. De acordo com o boletim mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 35% da produção já foi colhida. E de acordo com a previsão do tempo, os trabalhos irão seguir ativos nos próximos dias.

    Confira, conforme a meteorologia, como se dará o avanço da colheita do arroz.

    • Rio Grande do Sul

    Colheita avança favorecida pelo clima mais seco, mas com perdas devido à estiagem. A tendência é que nos próximos dias chova devido à passagem de uma frente fria. Contudo, espera-se por períodos de melhoria, que irão auxiliar na continuidade do trabalho.

    • Santa Catarina

    63% da área semeada foi colhida e outros 25% das lavouras estão em maturação. Os acumulados dos próximos dias devem chegar aos 30 milímetros (mm) no litoral sul do estado, o que não deve atrapalhar o avanço da colheita e ajudar na maturação do restante da lavoura.

    • Goiás

    A colheita do arroz segue avançando onde foi iniciada a operação na região de Flores de Goiás. O processo já foi finalizado na região de São Miguel do Araguaia. Nas demais áreas produtoras do estado, ainda não se iniciou a colheita de arroz. O tempo mais estável nos próximos dias contribuirá para a progressão das operações.

    • Maranhão

    As lavouras do arroz sequeiro encontram-se em boas condições, estando a maioria das áreas em fase de floração e enchimento de grãos. Transtornos podem ocorrer devido ao alto volume esperado para os próximos cinco dias na região centro-norte do estado, que podem chegar a 200mm.

    • Tocantins

    A região de Formoso é a mais adiantada nas operações de colheita de arroz. Acumulados de até 70mm são esperados, mas não devem causar transtornos no trabalho em campo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • USDA indica área de soja menor que o esperado nos EUA

    Contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago fecharam com preços em forte alta, refletindo os números divulgados pelo órgão

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, nesta sexta-feira (31), relatório de intenção de plantio de soja nas lavouras norte-americanas. A área indicada pelo órgão é inferior à esperada pelo mercado. Os estoques em 1º de março também estão abaixo das expectativas.

    Assim, o país indica que deve semear soja em 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares). Contudo, houve um leve aumento sobre a estimativa do ano anterior, ainda que, para esta safra, analistas previam que o número indicado seria de 88,2 milhões de acres (35,6 milhões de hectares).

    No ano passado, os produtores americanos plantaram 87,45 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 15 dos 29 estados produtores deverão aumentar ou manter o plantio.

    Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de março, totalizaram 1,69 bilhão de bushels . O volume estocado recuou 13% na comparação com igual período de 2022.

    O número ficou abaixo da expectativa do mercado, de 1,75 bilhão de bushels. Do total, 750 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com leve baixa sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 936 milhões de bushels, com baixa de 21%.

    Contratos futuros da soja

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte alta, ampliando os ganhos da semana, garantindo o mês no azul e reduzindo as perdas no trimestre. O mercado foi impulsionado pelos números divulgados pelo relatório do USDA.

    Na semana, a posição maio subiu 5,13%. No mês, teve alta de 1,76%. No trimestre, a queda foi reduzida para 1,6%. Desta forma, os contratos do grão com entrega em maio fecharam com alta de 31,00 centavos ou 2,1% a US$ 15,05 1/2 por bushel. Já a posição julho teve cotação de US$ 14,75 1/2 por bushel, com ganho de 28,50 centavos de dólar ou 1,96%.

    Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 6,10 ou 1,32% a US$ 466,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 55,49 centavos de dólar, com ganho de 1,12 centavo ou 2,05%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/