Notícias

  • Sistema portátil monitora qualidade do leite em segundos

    A inovação, chamada de SondaLeite, consiste em um sistema digital que permite o acesso remoto aos dados da análise

    Uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa, com o apoio da iniciativa privada, está em fase experimental de validação e pode ser uma alternativa para suprir a carência de técnicas rápidas e confiáveis para avaliar a qualidade do leite cru no local de produção.

    A inovação, chamada de SondaLeite, consiste em um sistema digital que permite o acesso remoto aos dados da análise por meio de conexão de rede sem fio (Wi-Fi).

    Essa tecnologia foi capaz de detectar com precisão e em segundos um problema multifatorial que traz grandes prejuízos à cadeia produtiva brasileira: a incidência do leite instável não ácido (Lina).

    O SondaLeite está sendo desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a Embrapa Clima Temperado (RS), com o apoio da Dairy Equipamentos, com sede em Curitiba (PR).

    A tecnologia utiliza feixes de luz para constatar as diferentes condições do leite cru em apenas 25 segundos, identificando se está normal, com Lina ou ácido.

    Os resultados obtidos na fase experimental de validação da tecnologia foram satisfatórios e, por isso, o SondaLeite entra agora no processo de licenciamento para a iniciativa privada.

    A ideia é que a produção em escala seja realizada e que o setor leiteiro possa contar com uma maneira confiável de detectar a estabilidade do produto.

    De acordo com informações da Embrapa, o caso mais crítico de identificação é o Lina, que se trata de uma alteração na qualidade do leite causada pela perda de estabilidade da caseína, a principal proteína presente no leite.

    A instabilidade é detectada por meio do teste de álcool, também conhecido como Alizarol, e se manifesta quando o leite coagula na presença da solução alcoólica, sendo confundido com leite ácido, embora não apresente acidez elevada.

    No entanto, o teste de álcool, que é utilizado há mais de cem anos, apresenta resultados subjetivos e pode gerar falsos positivos ou falsos negativos em relação à acidez do leite. Além disso, o teste é realizado em cerca de três minutos, momentos antes da coleta do leite nas fazendas.

    Esse teste é realizado por determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para avaliar a qualidade do produto quanto à acidez e à estabilidade térmica, conforme preconiza a Instrução Normativa 76, de 26/11/2018.

    Conforme a norma, antes da coleta nas unidades de produção, o leite deve ser agitado e submetido à prova do álcool na concentração mínima de 72 ºGL. O leite deve estar estável diante do teste, ou seja, não deve apresentar precipitação. No entanto, para que o leite seja aceito nas indústrias, é preciso que ele atenda a uma composição química mínima, que inclui 3% de gordura, 2,9% de proteína e 8,4% de extrato desengordurado, e que o produto seja estável ao álcool ou alizarol a 72%.

    Os testes usados tradicionalmente estão sujeitos a falhas humanas, pois a decisão sobre a qualidade do leite depende da capacidade e experiência do analisador.

    Além disso, eles apresentam pouca confiabilidade para estimar a estabilidade térmica do leite. Mesmo assim, esses testes são utilizados como critério para a tomada de decisão sobre a captação ou não do leite, antes mesmo de sair da propriedade rural.

    Diante da necessidade de um teste rápido que identifique as diferentes condições do leite cru – normal, Lina e ácido – e seja adequado ao processamento térmico, o SondaLeite é uma ferramenta com potencial para eliminar a interferência humana e as incertezas, minimizar os prejuízos da cadeia leiteira – especialmente para os pequenos produtores – e suprir a carência do mercado por uma detecção rápida do Lina.

    O Lina tem sido um desafio para a bovinocultura de leite e não tem causa totalmente esclarecida. Muitos estudos associam o Lina a:

    • Fatores nutricionais;
    • Deficiência nutricional;
    • Restrição alimentar;
    • Deficiência de energia;
    • Excesso de proteína associado à deficiência energética;
    • Excesso de proteína degradável no rúmen;
    • Deficiência de proteína metabolizável;
    • Acidose metabólica;
    • Acidose ruminal;
    • Alterações na dieta; e
    • Vacas em estágio inicial ou final de lactação.

    Direto no campo

    O projeto de desenvolvimento do SondaLeite teve início em 2019, mas sofreu interrupção por causa da pandemia da Covid-19. No final do ano passado, as pesquisas foram retomadas com a realização de novos testes de detecção da estabilidade do leite cru.

    O sistema portátil, robusto, rápido nos resultados e de fácil manuseio poderá ser utilizado diretamente no campo, acoplado em caminhões de coleta a granel, bem como no laboratório e até mesmo instalado nos tanques de resfriamento, em laticínios e cooperativas.

    Além de monitorar a qualidade do leite, com resultados confiáveis, pode ser incrementado para múltiplas funções, como detectar mastite e também adulterações. As novas funcionalidades podem ser incluídas com incrementos na instrumentação do aparelho, o que aumentará o seu leque de aplicações.

    Diagnóstico evita problemas

    O diagnóstico do Lina soluciona problemas entre produtores e laticínios que refletem em toda a cadeia produtiva. Entre eles, o diagnóstico equivocado da qualidade do produto nas propriedades; as próprias perdas de leite e da renda; atritos entre produtores e indústria e a redução dos derivados lácteos ao consumidor.

    Zanela lembra que o Lina pode ser pasteurizado (processo que dá garantia de segurança alimentar), o que resolveria o problema do descarte do leite, que poderia ser beneficiado em produtos lácteos pasteurizados, como o queijo, iogurte, bebida láctea, requeijão, entre outros.

    Cadeia do leite

    De acordo com dados do Mapa, o Brasil tem mais de um milhão de propriedades produtoras de leite e é o terceiro maior produtor mundial, com mais de 34 bilhões de litros por ano. A produção é concentrada em 98% dos municípios brasileiros, com predominância de pequenas e médias propriedades. O setor emprega perto de 4 milhões de pessoas.

    A Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura, estima que, para 2030, irão permanecer no campo os produtores mais eficientes, que se adaptarem à nova realidade de adoção de tecnologia, melhorias na gestão e maior eficiência técnica e econômica.

     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Plano Safra 2022/23: governo libera R$ 200 milhões de suplementação

    Recurso deve permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nas linhas de financiamento do Plano Safra 2022/23

    ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou o valor dos recursos que serão disponibilizados para a complementação do Plano Safra 2022/23, que termina em 30 de junho.

    Serão disponibilizados R$ 200 milhões, o que deve permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nos programas de financiamento do Moderfrota, em irrigação e demais investimentos e em pré-custeio e custeio.

    Plano Safra

    Conforme o ministro, a medida foi necessária porque o Plano Safra em curso não conseguiu cumprir todas as demandas dos produtores por esse crédito.

    “Nós tínhamos investimentos há muito tempo paralisados. Ainda em janeiro, quando o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante assumiu, foram liberados R$ 2.7 bilhões para investimentos, que rapidamente foram tomados, e nós começamos então a busca por complementos orçamentários. Buscamos a complementação de recursos por meio de remanejamento de outros orçamentos para que nós pudéssemos disponibilizar os valores para o Plano Safra”, explicou.

    Linha dolarizada

    O ministro também lembrou que o sucesso da linha de crédito rural dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), construída com o Mapa, mostrou a necessidade da alocação de mais recursos para esse tipo especial financiamento.

    “Com juros de 7,59% ao ano, mais variação cambial em dólar, mais baratos que do Plano Safra, sem comprometer recurso do tesouro, foi uma grande novidade com alta aptidão dos produtores”, avaliou Fávaro ao afirmar que o ajuste foi feito para contemplar os produtores e possibilitar que continuassem fazendo investimentos e se preparando para o pré-custeio até a chegada do novo Plano Safra.

    Valor abaixo do esperado

    O volume de R$ 200 milhões para suplementação de recursos para o Plano Safra 2022/23 está bem abaixo do esperado pelo setor.

    De acordo com entidades, seria necessário um aporte de R$ 1,030 bilhão, valor que estava sendo negociado entre o Ministério da Agricultura e o da Fazenda desde março.

    O anuncio da suplementação aconteceu apenas um dia depois do fim da Agrishow, maior feira de agrotecnologia da América Latina, que aconteceu entre os dias 1º e 5 de maio, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

    No evento, em que o ministro da Agricultura não compareceu, era esperado um anuncio de, pelo menos, R$ 400 milhões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: produção e produtividade é novamente reduzida no RS

    Colheita evoluiu para 80% da área no estado. Atualmente, lavouras em maturação somam 17%, e ainda restam 3% em enchimento de grãos

    Nova avaliação da safra da soja divulgada pela Emater/RS-Ascar no Informativo Conjuntural desta quinta-feira (4) indica redução da produção e da produtividade da cultura e aponta os efeitos desiguais da estiagem nas diversas regiões do estado. O levantamento foi efetuado em 396 municípios e finalizado no dia 29 de abril.

    No Rio Grande do Sul, a área cultivada com o grão é de 6.513.891 hectares. A produtividade inicialmente projetada era de 3.131 kg/ha (52 sacas), passando para 2.175 kg/ha (36,2 sacas) em levantamento divulgado há cerca de dois meses.

    Agora, passa por nova redução, sendo estimada em 1.923 kg/ha (32 sacas), o que representa uma queda de 38,58% em relação à inicial.

    Com isso, a produção da oleaginosa, na safra 2022/23, deverá resultar em 12.525.882 toneladas, ou seja, redução de 39,09% na produção inicialmente estimada, que era de 20.563.989 toneladas.

    Perdas de soja por região do estado

    A safra de soja se aproxima mais da normalidade no leste gaúcho, onde as perdas de produtividade foram inferiores a 5% na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul. Já a oeste do estado, como na região de Santa Rosa, onde os danos foram mais graves, as perdas estimadas atingem 67%.

    A colheita evoluiu para 80% da área no estado e está próxima da finalização em algumas regiões. As lavouras em maturação somam 17%, e ainda restam 3% em enchimento de grãos.

    Após a colheita, os produtores realizam o manejo das lavouras de onde a soja foi retirada, especialmente a correção da acidez do solo e a semeadura de plantas de cobertura.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Vacas não obesas se recuperam melhor no pós-parto

    Alteração da condição corporal das vacas durante o período seco é associada a diversas doenças no período de transição

    Evitar a obesidade das vacas no último terço da gestação é essencial para que se tenha animais saudáveis tanto na reta final da gravidez quanto no pós-parto. Ainda que pareça contraditório, vacas que se encontram obesas 60 dias antes do parto perdem muito peso até o nascimento dos filhotes, o que é danoso para a saúde dos ruminantes.

    Essa foi a conclusão de estudo conduzido pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ruã Darós, com pesquisadores do Canadá.

    “Perder condição corporal nos dois últimos meses de gestação é prejudicial à saúde das vacas. Vacas que estão muito obesas nesse período perdem bastante peso até o parto, independentemente do quanto elas comam por dia. De nada adianta, portanto, tentar alimentá-las mais”, enfatiza.

    Segundo ele, vacas não obesas são capazes de manter o peso ideal até a data do parto, o que explica melhor sua saúde após dar à luz. “Assim, para termos vacas mais saudáveis no período pós-parto, precisamos evitar que elas fiquem obesas no terço final da gestação”, afirma Darós, lembrando que a gravidez das vacas varia de 280 a 290 dias, tendo uma base de nove meses.

    Atenção à saúde dos animais

    O pesquisador da PUCPR explica que a alteração da condição corporal das vacas durante o chamado período seco, que compreende os dois últimos meses de gestação, é associada a diversas doenças no período de transição, que se refere ao intervalo que vai das três semanas que antecedem o parto às três semanas após o animal parir. Por isso, é fundamental se atentar à saúde dos animais nesses momentos específicos.

    “Importante ressaltar ainda que diversas pesquisas apontam que, em fazendas de produção de leite, entre 50% e 70% das vacas desenvolvem algum tipo de doença nas duas primeiras semanas após o parto”, alerta Darós.

    Para realizar o estudo, foram utilizadas 100 vacas da estação experimental da Universidade de Guelph, no Canadá, das quais foram coletados dados de obesidade (condição corporal) dos animais durante a fase final da gestação, no dia do parto e após. Também foram medidos o consumo de alimentos diários de cada vaca durante os 60 dias que antecederam o fim da gestação.

    Além de Darós, participaram do estudo os pesquisadores Casey Haervekes e Trevor DeVries, da Universidade de Guelph. A pesquisa “Body condition loss during the dry period: Insights from feeding behavior studies” (“Perda de condição corporal durante o período seco: insights de estudos de comportamento alimentar”, em tradução livre) foi publicada no Journal of Dairy Science, revista científica oficial da American Dairy Science Association (Associação Americana de Ciência da Produção Leiteira).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Projeção da safra brasileira de soja 2022/23 é aumentada novamente

    Colheita do grão está virtualmente finalizada, o que permite mais assertividade nas estimativas de área semeada e produzida

    O quarto levantamento da Datagro Grãos para a safra brasileira 2022/23 de soja, com a colheita virtualmente encerrada, mantém a projeção da área cultivada com a oleaginosa no país em 44,22 milhões de hectares, 2,8% superior aos 43,02 mi de ha da intenção de plantio, divulgada em julho de 2022, e 4,9% acima da safra 2021/22, de 42,16 mi de ha.

    A estimativa de produção foi revisada para cima, passando de 153,70 milhões de toneladas para o novo recorde histórico de 155,60 milhões de toneladas. Caso se concretize, esse volume representaria um incremento de 19,2% na comparação com a frustrada safra colhida no ano passado, de 130,58 mi de t.

    “Em relação ao levantamento anterior, tivemos ajustes para cima na produtividade média esperada em Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Rondônia – e para baixo apenas em Santa Catarina”, diz o economista e líder de pesquisa da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.

    Estimativas para o milho

    A nova análise da Datagro mostra que a área de milho da safra brasileira de verão 2022/23 caiu 3,0%, para 4,47 mi de ha. No Centro-Sul do País, ficou em 2,90 mi de ha – 7,0% inferior aos 3,12 mi de ha da safra passada. Já nas regiões Norte e Nordeste, 1,57 mi de ha, ante 1,49 mi de ha em 2021/22 (+5,4%).

    Considerando clima irregular no Rio Grande do Sul, a 1ª safra de milho teve a sua produção revisada para 26,68 mi de t – 19,43 mi de t do Centro-Sul e 7,25 mi de t do Norte/Nordeste – um pouco abaixo da estimativa anterior, de 26,79 mi de t, mas 5,5% a mais ante as 25,30 mi de t da frustrada safra colhida em 2022.

    Safra de inverno

    Para a safra de inverno de 2023, a estimativa de área recuou um pouco ante a última projeção devido ao atraso na semeadura. Projeta-se 18,69 mi de ha, aquém dos 19,10 mi de ha de março, apenas 1,6% superior aos 18,39 mi de ha do último ano – 15,75 mi de ha do Centro-Sul e 2,94 mi de ha do Norte/Nordeste.

    Ainda considerando o clima regular, o potencial de produção do país para a 2ª safra é de 100,52 mi de t, 5,3% acima da temporada anterior – 95,45 mi de t. Desse total, a região Centro-Sul responderia por 90,97 mi de t e o Norte/Nordeste por 9,55 mi de t.

    No total das duas safras, o Brasil tem previsão de área para 2022/23 de 23,16 mi de ha, 0,7% acima dos 23,00 mi de ha de 2021/22. A produção potencial é de 127,21 mi de t, aquém das 129,40 mi de t estimadas no levantamento passado, mas 5,4% superior à safra recorde anterior, de 120,75 mi de t.

    Colheita da soja virtualmente encerrada

    Levantamento realizado pela Datagro Grãos até o dia 28 de abril mostra que a colheita brasileira de soja chegou a 95,5% da área esperada para a safra 2022/23, após registrar avanço de 3,3 pontos percentuais em sete dias.

    O fluxo está um pouco acima dos 94,9% observados no mesmo período de 2022, mas ainda inferior à média normal de 96,1%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Leite: preço pago pelo litro no RS segue abaixo da média Brasil

    Com mais uma estiagem no estado e custos maiores, produtores tentam se reinventar para não abandonar a atividade

    O preço pago pelo litro do leite do Rio Grande do Sul segue abaixo da média Brasil. Segundo o último levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), referente a março, o litro nas propriedades gaúchas saiu por R$ 2,71, cerca de 10 centavos a menos que a média no país

    Com mais uma estiagem no estado e custos maiores, produtores tentam se reinventar para não abandonar a atividade.

    Menor número de produtores de leite no estado

    Vacas leiteiras são cada vez menos comuns no Rio Grande do Sul. Entre 2015 e 2021, metade dos produtores desistiu da atividade. Segundo a Emater, atualmente o estado conta com 40 mil produtores de leite, mas o novo levantamento que sai em agosto deve mostrar um recuo ainda maior, depois de três estiagens.

    Com seca e temperaturas altas, o estresse térmico causou mais doenças nas vacas e queda de produtividade. Um levantamento da Secretaria da Agricultura mostra que os maiores impactos estão nas bacias leiteiras do noroeste gaúcho. Mas há reflexos em todo estado.

    A primeira safra de silagem não rendeu e para alimentar as 25 vacas de Juliana Löff, de 27 anos e da terceira geração de uma família de produtores de leite. Ela precisou investir R$ 70 mil na propriedade em Salvador do Sul, na Serra Gaúcha. Também investiu em um galpão de confinamento para diminuir as doenças e aumentar a produção. Tudo é custo e pesa no rendimento final.

    Esse cenário de dificuldades deve estar entre os assuntos discutidos durante a Fenasul Expoleite, que vai reunir o setor entre 17 e 21 de maio, no parque da Expointer, em Esteio. O evento lançado nesta quarta-feira (3) também deve apresentar tecnologias, genética e debater soluções como uma competição mais justa com importações e outros estados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preços da carne devem melhorar, ao contrário da soja e do milho, diz Ipea

    Alto volume de grãos no mercado, puxado por Brasil e EUA, tende a pressionar os preços internos e externos das commodities

    A expectativa de recorde na produção de várias commodities na safra 22/23 e a previsão de crescimento de 11,6% do PIB do agro neste ano coloca o Brasil como um dos principais players no mercado internacional. Esse fator é reforçado pela nota ‘Preços e Mercados Agropecuários’, divulgada nesta terça-feira (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

    O estudo também aponta para um movimento de queda nos preços domésticos e internacionais de alguns dos principais produtos, como soja, milho e trigo no primeiro trimestre deste ano.

    Segundo o coordenador de Crescimento e Desenvolvimento Econômico do Instituto, José Ronaldo Souza Júnior, a soja está sendo negociada agora no menor patamar desde 2020, mesmo com uma possível menor oferta pela quebra de safra na Argentina e no Uruguai. Porém, a oferta do grão não está ameaçada. “Isso porque o Brasil, que é o maior produtor e exportador do grão, está tendo um crescimento bastante expressivo, uma safra recorde. Há boas perspectivas também para os Estados Unidos”.

    Assim, de acordo com ele, o cenário não indica aumento de preços para a oleaginosa. “Os preços efetivamente pagos, os mais recentes, continuam ainda com essa tendência de queda. Essa produção bastante grande que estamos vendo limita a capacidade de retomada desse preço”, afirma Souza Júnior.

    Preços do milho e da carne bovina

    A safra recorde de milho no Brasil também pressiona os preços internos. Contudo, para o coordenador do Ipea, o cenário do cereal não seja tão negativo quanto o da soja porque os patamares produtivos não seguem tão positivos em termos mundiais. “O cenário em abril não foi positivo em termos de preço, mas acredito em uma queda mais limitada”.

    Quanto à carne bovina, o especialista enxerga particularidades. “Temos barreiras às exportações em diversos países e tivemos o problema localizado da ‘vaca louca’ que trouxe impactos temporários nos embarques, sendo que o Brasil mesmo adotou medidas restritivas que foram retiradas posteriormente, mas isso trouxe impactos negativos nos primeiros meses”.

    Para Souza Júnior, isso explica as disparidades entre preços internos e externos porque não há tanta liberdade de exportação na carne quanto existe em outras commodities, como a soja. “Com a melhora das exportações, tendo em conta o fim dessas restrições, há tendência de melhora de preços e aumento de exportações, ou seja, é um cenário diferente do que vemos para os grãos”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: colheita da safra brasileira 2022/23 atinge 94,5%

    Os trabalhos de retirada do grão já foram finalizados ou estão prestes a terminar em dez estados. Ritmo segue inferior à média histórica

    A colheita da safra de soja 2022/23 do Brasil está em 94,5% da área total esperada até a última sexta-feira (28), segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado.

    Na semana anterior o índice estava em 91,1%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 93,8%. A média dos últimos cinco anos é de 95,4%.

    Evolução dos principais estados produtores de soja:

    • Rio Grande do Sul – 71%

    • Santa Catarina – 82%

    • Paraná – 99%

    • Mato Grosso – 100%

    • Mato Grosso do Sul – 100%

    • Goiás – 100%

    • São Paulo – 99%

    • Minas Gerais – 99%

    • Bahia – 99%

    • Maranhão – 99%

    • Piauí – 99%

    • Tocantins – 100%

    • Outros – 85%

    Produção e produtividade de soja

    A produção brasileira de soja deverá totalizar 153,63 milhões de toneladas na temporada 2022/23, aumento de 22,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 125,55 milhões de toneladas.

    A projeção faz parte do 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) neste mês de abril.

    Quanto à produtividade da soja, está estimada em 3.527 quilos por hectare (58,7 sacas). Em 2021/22, o rendimento ficou em 3.026 quilos por hectare (50,4 sacas), número abaixo da média dos últimos anos por conta da forte estiagem que atingiu os estados do Sul e Mato Grosso do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produção de arroz do RS será de 7,1 milhões de toneladas

    A safra atual de arroz foi impactada pela diminuição da área semeada em 12% e pela estiagem, que causou a perda de 15.120 hectares

    Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do Brasil, projeta uma redução de 7,8% na produção do cereal na safra 2022/2023 em comparação com a safra passada, segundo a estimativa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

    A estimativa do Irga para a safra 2022/2023 é que a produção gaúcha será de 7,1 milhões de toneladas de arroz.

    A safra atual foi impactada pela diminuição da área semeada em 12% e pela estiagem, que causou a perda de 15.120 hectares, concentrando mais de 85% das perdas na Fronteira Oeste.

    Pela terceira vez consecutiva, o fenômeno climático La Niña também influenciou a safra, reduzindo a frequência e o volume das precipitações no Rio Grande do Sul.

    As regiões orizícolas Central, Campanha e Fronteira Oeste foram as mais atingidas, sendo a Fronteira Oeste a mais castigada.

    De setembro a março, as precipitações e a umidade relativa do ar foram abaixo da média, e a radiação solar e a temperatura ficaram acima da média no Estado. Esses fatores resultaram em evaporação bem acima da média nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, principalmente.

    Apesar dos desafios enfrentados pela safra atual, há regiões com altas produtividades, minimizando os problemas climáticos.

    A semeadura na época recomendada, o aumento de área em rotação/sucessão de culturas e o uso de cultivares de alto potencial produtivo, com destaque para IRGA 424 RI semeada em 54% da área orizícola do Estado, estão garantindo uma produção suficiente para abastecer o mercado interno.

    presidente do Irga, Rodrigo Machado, destaca que os elevados índices alcançados de produtividade estão mantendo abastecido o mercado consumidor, apesar da redução de área plantada e dos efeitos da estiagem. Ele afirma que esses índices refletem a qualificação e evolução da lavoura gaúcha, fruto do trabalho dos produtores e da pesquisa e extensão desenvolvida pelo Irga que ano após ano garantem arroz no prato do brasileiro.

    conselheiro Fernando Osório, integrante da Comissão de Mercado do Irga, afasta a possibilidade de ocorrer desabastecimento, mesmo com a redução de produção estimada pelo instituto. Ele comenta que a produção está próxima ao consumo, e a projeção de exportação e importação é equivalente, logo o estoque de passagem está normal, semelhante ao da safra anterior.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita de soja no RS atinge 70% da área. Emater estima produtividade

    Trabalhos de retirada do grão do solo seguem mais adiantados no noroeste do estado e mais atrasados no sudeste gaúcho

    A colheita da soja atinge 70% da área no Rio Grande do Sul, de acordo com o boletim semanal da Emater-RS. Na semana passada, eram 54%. Em igual período do ano passado, 67%. A média para os últimos cinco anos é de 84%.

    O tempo seco e frio, predominante no período, contribuiu para a finalização do ciclo e propiciou condições ambientais favoráveis para a aceleração dos trabalhos.

    Em termos regionais, a operação está mais adiantada a noroeste do estado, onde já ultrapassa 85% da área e menos a sudeste, onde não alcança 50% das lavouras.

    Produtividade, área e produção de soja

    A produtividade permanece variável, em médias regionais, é pouco superior a 1.000 kg/ha na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa e aproximadamente 3.400 kg/ha na de Caxias do Sul.

    A projeção estadual de produtividade permanece em 2.175 kg/ha (36,2 sacas), mas uma nova projeção será finalizada na próximo sábado (29), devendo apontar ainda pequena redução. A área cultivada de soja no estado é de 6.513.891 hectares.

    Quanto à produção gaúcha, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima em 14,5 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/