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  • Trigo: consultoria estima safra recorde no Brasil em 2023/24

    A consultoria afirmou que os produtores de trigo estão otimistas, visto que tiveram boas margens na temporada passada

     

    StoneX divulgou sua primeira previsão de safra de trigo para a temporada 2023/24 no Brasil, indicando um aumento de 6,1% na área plantada, chegando a 3,48 milhões de hectares.

    Caso as condições climáticas sejam favoráveis, a produção poderá atingir um novo recorde de 11,3 milhões de toneladas, o que representaria um aumento de 2,7% em relação à safra anterior.

    Apesar da queda gradual dos preços, a consultoria afirmou que os produtores estão otimistas, visto que tiveram boas margens na temporada passada.

    Segundo a StoneX, os custos da próxima temporada devem ser semelhantes aos da anterior.

    Devido a um cenário global de preços médios internacionais inferiores, a StoneX prevê um aumento nas importações brasileiras de trigo na nova temporada, estimadas em 6,15 milhões de toneladas, um aumento de 9,4% em relação à safra anterior.

    Por outro lado, as exportações deverão recuar 17,44%, para 2,13 milhões de toneladas, o que resultará em estoques finais mais do que dobrando de tamanho, para 3,9 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportações do agro atingem recorde em março e no acumulado do ano

    Valor exportado no mês passado alcançou US$ 16 bilhões e, no primeiro trimestre do ano, as remessas somaram US$ 36 bilhões

    O valor exportado pelo agronegócio brasileiro alcançou o recorde de US$ 16 bilhões em março deste ano, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Os produtos de maior destaque no mês, em função do crescimento do valor exportado, foram:

    • soja em grãos (+US$ 878,3 milhões),
    • milho (+US$ 397,8 milhões),
    • farelo de soja (+US$ 330,5 milhões),
    • açúcar de cana em bruto (+US$ 215,2 milhões) e
    • carne de frango in natura (+US$ 214 milhões).

    Juntos, os produtos contribuíram com US$ 2 bilhões para o aumento das exportações, valor superior ao crescimento de US$ 1,6 bilhão nas vendas externas totais do setor. Em março de 2022, as exportações do agronegócio foram de US$ 14,4 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o aumento do volume embarcado explica, em grande parte, o valor histórico das exportações do agronegócio em março de 2023.

    O índice de quantum das exportações brasileiras do agronegócio subiu 7,1%, e o índice de preço dos produtos exportados teve aumento de 3,5%.

    Soja em grãos e farelo de soja

    No complexo soja, dois produtos merecem menção com recordes em volume e em divisas: soja em grãos e farelo. A soja em grãos atingiu US$ 7,3 bilhões (+13,6%) e embarques de 13,2 milhões de toneladas (+8,6%). O Brasil colhe uma safra recorde da oleaginosa estimada em 153,6 milhões de toneladas (+22,4%). A China continua sendo o principal destino, absorvendo 75,7% do total embarcado pelo Brasil.

    Já as vendas de farelo de soja somaram valor recorde de US$ 1,1 bilhão (+45,5%), e quase 2 milhões de toneladas (+31,7%). A União Europeia, maior importadora do produto, adquiriu US$ 492,3 milhões (+40,9%) e 904,4 mil toneladas (+29,1%).

    Carne de frango

    As exportações do país alcançaram o recorde de US$ 967,8 milhões (+29,6%) em março deste ano, com incremento de 25,5% em volumes exportados, que foram de 504,9 mil toneladas. Os principais importadores foram China, Japão e Arábia Saudita.

    Segundo analistas da SCRI, em um contexto mundial com surtos generalizados de gripe aviária nos principais exportadores, foram abertas oportunidades adicionais para o mercado brasileiro, já que o Brasil nunca registrou casos em seu território.

    Açúcar

    As exportações de açúcar alcançaram recorde de US$ 818,1 milhões (+46,4%). O volume exportado aumentou 27,0%, atingindo 1,8 milhão de toneladas. Há expectativas de menor produção de açúcar em países como China, Índia, México, Tailândia e União Europeia.

    Milho

    As exportações de milho alcançaram US$ 401,9 milhões. Em março de 2022 foram de apenas de US$ 4,1 milhões. Os principais destinos foram Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã.

    Acumulado do ano

    No primeiro trimestre do ano, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram o recorde de US$ 36 bilhões, alta de 6,7% em relação ao mesmo período anterior.

    O agronegócio registrou participação de 47,2% da pauta de exportações do Brasil, no período.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: RS pede revisão do vazio sanitário ao Ministério da Agricultura

    Vazio sanitário é o período de, pelo menos, 90 dias em que não podem haver plantas de soja vivas nas lavouras

    Ministério da Agricultura publicou a portaria que estabelece os períodos de vazio sanitário para a soja no Brasil. Esse calendário deve ser seguido por todos os estados, mas o Rio Grande do Sul vai pedir a revisão do período estipulado.

    O vazio sanitário é o período de pelo menos 90 dias em que não podem haver plantas de soja vivas nas lavouras buscando combater o fungo causador da ferrugem asiática, doença que pode levar a perdas de 90% na cultura da soja.

    Cada estado tem um calendário diferente, definido pelo Ministério da Agricultura com base em estudos. No Rio Grande do Sul, o vazio sanitário da próxima safra deve ser entre 13 de julho e 10 de outubro. Mas a Secretaria da Agricultura vai pedir a revisão.

    Segundo Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal, a intenção principal do vazio sanitário e calendário de semeadura é a manutenção da sanidade da soja, a manutenção dos princípios ativos onde estão trabalhando a questão do controle da ferrugem da soja, a questão do controle eficiente, nesse sentido é que se objetiva, através do setor e equipe técnica, uma busca de antecipação de dez dias.

    O estado já havia feito um pedido semelhante em março. A antecipação busca reduzir mais ainda a permanência de plantas vivas no fim do ciclo que é onde há a maior carga de esporos causadores da doença. A safra 22/23 foi a primeira em que o Rio Grande do Sul adotou o vazio sanitário.

    O novo período seria de 03/07/2023 a 30/09/23 para o vazio sanitário e de 01/10/23 a 18/02/24 para o calendário de semeadura. Além do vazio sanitário, o MAPA considera o calendário de semeadura da soja como medida fitossanitária para racionalizar o número de aplicações de fungicidas e reduzir a resistência da doença.

    Segundo Felicetti, os esporos vêm acompanhando as correntes de vento, costeando a cordilheira e que acabam chegando, principalmente no oeste do RS, que é o principal ingresso do esporo primário, aquele que chega na área onde não foi afetada e passa a disseminar quando não há o controle efetivo. É importante a observância dos produtores e dos assistentes técnicos sobre o momento adequado do controle para que não ocorram perdas na produção.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: pesquisa faz média de produtividade saltar 5 vezes

    Com a contribuição da pesquisa, a média de produtividade em trigo cresceu cinco vezes nas lavouras brasileiras

    No início dos anos 2000, a produção brasileira de trigo atendia apenas 30% da demanda nacional. Na safra 2022, a produção supriu 83% da demanda.

    Num cenário de contínuo crescimento de área e manutenção dos índices de produtividade nas lavouras, a autossuficiência em trigo poderá ser alcançada nos próximos anos.

    Projeções indicam que, caso a produção de trigo continue crescendo 10% ao ano, o Brasil poderá chegar aos 20 milhões de toneladas até 2030.

    Com a contribuição da pesquisa, a média de produtividade em trigo cresceu 5 vezes nas lavouras brasileiras.

    Na safra 2022, os rendimentos variaram de 3 mil kg/ha (cultivo de sequeiro) a 10 mil kg/ha (irrigado), resultado do desenvolvimento de cultivares com ampla adaptação, estabilidade no rendimento e resistência a doenças.

    O programa de melhoramento genético de cereais de inverno conduzido pela Embrapa Trigo tem sido determinante para o crescimento dos cultivos de inverno nos mais diversos ambientes do país e demonstra a contribuição do centro de pesquisa para que o Brasil alcançasse nos últimos anos rendimentos recordes.

    Com o consumo interno estimado entre 12 e 14 milhões de t., o Brasil poderá exportar o superavit para o mundo, saindo de grande importador para entrar na lista de países exportadores de trigo no mercado internacional.

    Atualmente, são 124 cultivares de trigo, 21 de cevada, 16 de triticale, 4 de aveia e 3 de centeio disponibilizadas para a agropecuária desde a criação da unidade, em outubro de 1974, em Passo Fundo (RS).

    De acordo com a Embrapa, no trigo, foram desenvolvidas cultivares para os mais diferentes usos, como fabricação de pães, massas, bolachas e biscoitos, além de trigos para alimentação animal em forma de grãos ou forragem conservada.

    Atualmente, de cada dez cultivares de trigo que estão no mercado, sete contam com germoplasma da Embrapa.

    Da pecuária aos grãos

    A criação da Embrapa Trigo revolucionou a paisagem rural na Região Sul nos anos 1970, com a gradual substituição dos campos de pecuária extensiva, em solos ácidos e cobertos por capim barba de bode, pelas lavouras de grãos e cultivo de pastagens para suprir a pecuária.

    “A criação da Embrapa Trigo tinha a finalidade de reduzir a dependência externa do Brasil por trigo. As importações oneravam os cofres públicos e a escassez desse cereal ameaçava a segurança alimentar da população”, conta o pesquisador Gilberto Cunha.

    Segundo ele, nas primeiras tentativas de produzir trigo no sul do Brasil, seja pela importação de semente ou usando as trazidas pelos imigrantes europeus, especialmente quando eram trigos de inverno, as lavouras acabavam dizimadas, seja por doenças, pela toxidez do solo ou por falta de frio para cumprir o ciclo.

    Contudo, com a missão de viabilizar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio de trigo e de outros cereais de inverno no Brasil, a Embrapa Trigo dedicou-se inicialmente à criação de um programa de melhoramento genético, além da introdução de linhagens de trigo trazidas do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo, com sede no México. No qual onde também foram treinados os primeiros pesquisadores que chegavam à Embrapa.

    Vencida a adaptação genética, começaram a ser desenvolvidas as cultivares brasileiras de trigo visando ao crescente aumento da produtividade, evoluindo para a racionalização no uso de recursos, competitividade na qualidade tecnológica e geração de renda nos diversos elos da cadeia. Atualmente, as pesquisas estão alinhadas às novas tendências de consumo, promoção da saúde e preservação do meio ambiente.

    Marcos da pesquisa

    A Embrapa Trigo é uma empresa de referência na história do plantio direto no Brasil. Os primeiros cultivos com plantio direto na palha, adaptação de máquinas e capacitação de agricultores iniciaram no norte do Rio Grande do Sul, onde está localizada a unidade.

    Nos últimos anos, novos problemas associados ao manejo do solo exigiram a revisão das práticas em uso, direcionando para o novo conceito de sistema plantio direto, que tem uma visão mais abrangente envolvendo, além do revolvimento mínimo do solo e da semeadura na palha, também rotação de culturas e cultivo permanente do solo, sistema colher-semear, em associação com outras práticas de conservação do solo e da água que têm sido amplamente difundidas junto à assistência técnica e a extensão rural.

    O programa de controle biológico de pulgões no trigo até hoje é reconhecido como um caso de sucesso na comunidade científica mundial. Criado em 1978, através da parceria entre pesquisadores da Embrapa Trigo e da Universidade da Califórnia, o trabalho teve por base a introdução de inimigos naturais nos trigais brasileiros, especialmente uma espécie de vespa capaz de parasitar o pulgão, principal praga do trigo na década de 1970.

    Os parasitóides foram criados em larga escala no laboratório de entomologia da Embrapa Trigo e liberados nas lavouras. A redução no uso de inseticidas chegou a 855 mil litros por ano. Ainda hoje, os danos causados por pulgões não têm sido significativos, mostrando que o controle biológico de afídeos no trigo continua ativo no ambiente. Agora as pesquisas estão voltadas ao monitoramento dos afídeos e ao desenvolvimento de

    Para atender ao crescente mercado de proteína animal, foram desenvolvidas as primeiras cultivares de trigos com duplo propósito, disponibilizadas de forma inédita pela Embrapa Trigo em 2002, com o objetivo de ampliar a oferta de forragem para um rebanho de 25 milhões de cabeças existentes na Região Sul.

    Com ciclo mais longo, o trigo de duplo propósito permite a alimentação dos animais em época de escassez de forragem, possibilitando o pastejo durante o outono e o inverno, com posterior colheita de grãos ou silagem.

    Além disso, a tecnologia resultou no aumento na média de produção de leite de diversas propriedades de agricultura familiar, passando de 10kg de leite/vaca/dia para mais de 20 kg de leite/vaca/dia. Com isso, a tecnologia deu início a novas linhas de pesquisa voltadas ao forrageamento animal com o lançamento de cultivares de trigo, triticale, centeio, aveia e cevada.

    Qualidade ao gosto do consumidor

    Com o fim da intervenção estatal na compra do trigo no início da década de 1990, o setor passou a sofrer pressão por atributos de qualidade em conformidade com os parâmetros utilizados no mercado internacional.

    Assim, acompanhando o aumento no rendimento das lavouras brasileiras que configurou novos cenários para a cultura, foi necessária a adaptação do sistema produtivo às exigências do consumidor.

    O desenvolvimento de cultivares, até então dominado pelos trigos brandos, foi rapidamente substituído por trigo pão e melhorador, com qualidade tecnológica equivalente aos grãos importados da Argentina ou Canadá.

    Até hoje, a demanda crescente pelos produtos industrializados com características específicas na alimentação humana (massa amarela, pão branco, biscoito crocante, alimentos infantis e espessantes) e para alimentação animal (maior teor de proteínas, fibras e aminoácidos) tem orientado a seleção de cultivares que serão utilizadas nas lavouras.

    Novas fronteiras

    O avanço da soja para o Centro-Oeste do Brasil levou junto o trigo. O programa de melhoramento genético de trigo para o Cerrado foi intensificado na Embrapa na década de 1980, com a oferta das primeiras cultivares poucos anos depois.

    O foco das pesquisas na época era sobre o sistema de produção, como encaixe na rotação de cultura da região, zoneamento climático, identificação de possíveis pragas e doenças da região tropical, disponibilidade de máquinas e insumos.

    Em 2012, a Embrapa instalou em Uberaba (MG), o Núcleo Avançado de Trigo Tropical, onde uma equipe de pesquisadores e assistentes desenvolvem ações em melhoramento genético, manejo e transferência de tecnologia para trigo tropical. Outro importante apoio está na Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF). Com suporte da pesquisa e o setor produtivo melhor organizado, rapidamente o trigo expandiu e conta com o cultivo indicado para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Distrito Federal.

    Novas fronteiras nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, estão sendo prospectadas pela pesquisa em parceria com produtores, indústria moageira e institutos federais de pesquisa. Levantamento da Embrapa Territorial mapeou 2,7 milhões de hectares na região do Cerrado que podem ser cultivados com trigo, sem necessidade de abrir novas áreas.

    No Rio Grande do Sul, atualmente maior produtor de trigo no País, também estão sendo abertas novas fronteiras para o cereal. O avanço da soja na Metade Sul do Estado abriu espaço para a triticultura, seja para a produção de grãos ou como forragens para engorda do gado no inverno.

    Sistemas de drenagem em áreas de várzea, em rotação com arroz e milho, estão sendo desenvolvidas em parceria para a Embrapa Clima Temperado, assim como modelos de ILPF com cereais de inverno são avaliados em conjunto com a Embrapa Pecuária Sul.

    Segurança Alimentar

    O melhoramento genético tem buscado amenizar o problema da qualidade nutricional do trigo pelo aumento da concentração de proteínas e um balanço mais adequado de aminoácidos no grão.

    Os principais avanços estão associados com uma menor concentração de Ácido Fítico, que implica em farinhas de trigo com concentração mais elevada de Fósforo, Magnésio e Manganês, reduzindo assim o uso de aditivos durante a industrialização dos alimentos.

    “Alimento de qualidade e com oferta capaz de atender tanto os brasileiros quando o mercado internacional é o que move a Embrapa Trigo rumo ao futuro”, conclui o chefe-feral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Mesmo com quebra, safra de soja do RS será 60% maior

    Produtividade também apresenta alta significativa em comparação à temporada passada, quando estiagem castigou as lavouras gaúchas

    O Rio Grande do Sul deve produzir 14,5 milhões de toneladas de soja em 2022/23, conforme o 7º Levantamento de Safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A colheita avançou significativamente nos últimos dias, atingindo 32%* da área cultivada, de acordo com o Emater-RS.

    Com o fenômeno La Niña perdendo força no final do ano passado, a estiagem em solo gaúcho foi menos severa do que a vista em 2021/22. Assim, os resultados desta safra devem ser 59,3% superiores ao do último ciclo, quando apenas 9,1 milhões de toneladas do grão foram produzidas.

    A variação de área plantada entre um ciclo e outro foi de 3,1%, indo de 6.358 milhões de hectares para 6.555. Já em relação à produtividade, espera-se incremento de 54,5%, ou seja, média de 1.433 kg/ha (23,8 sacas) para 2.214 kg/ha (36,9 sacas).

    Contudo, o número atual é bem aquém do potencial produtivo do Rio Grande do Sul. Na safra 2020/21, por exemplo, o estado bateu seu recorde, com 20,7 milhões de toneladas, ocupando a segunda colocação no ranking nacional, atrás, apenas, de Mato Grosso.

    O principal inimigo das lavouras gaúchas nas duas últimas safras de soja tem sido, realmente, o clima. Em termos de doenças, a ferrugem asiática aparece de forma consistente. Apesar disso, o estado é apenas o terceiro em nível de incidência, com 44 registros, de acordo com os últimos dados do Consórcio Antiferrugem. À frente, aparecem Paraná e Mato Grosso do Sul, com 83 e 57 casos, respectivamente.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra alcançará recorde de 299,7 milhões de toneladas, diz IBGE

    De acordo com o instituto, o Brasil vai colher 36,5 milhões de toneladas a mais que na safra de 2022, um aumento de 13,9%

    safra agrícola de 2023 deve totalizar recorde de 299,7 milhões de toneladas, 36,5 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 13,9%.

    Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março, divulgado nesta quinta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O resultado é 1,6 milhão de toneladas maior que o previsto no levantamento anterior, de fevereiro, uma alta de 0,5%.

    Área cultivada

    Segundo o IBGE, os produtores brasileiros devem ter semeado 76,1 milhões de hectares na safra agrícola de 2023, uma elevação de 3,9% em relação à área em 2022.

    Em relação à estimativa de fevereiro, a área a ser colhida cresceu 0,4%.

    O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, somados, representam 92,4% da estimativa da produção e 87,4% da área a ser colhida.

    Em relação a 2022, houve acréscimos de 3,3% na área a ser colhida de milho (alta de 1,2% na primeira safra do grão e de 4,1% na segunda safra), de 1,8% na área do algodão herbáceo, de 2,5% na do trigo e de 5,4% na da soja.

    Na direção oposta, houve recuo na expectativa de área colhida de arroz (-6,5%) e sorgo (-0,8%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ministério da Agricultura registra 44 defensivos agrícolas

    O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União o registro de 44 defensivos agrícolas, incluindo sete de baixo impacto

    Ministério da Agricultura e Pecuária de publicou no Diário Oficial da União o registro de 44 defensivos agrícolas, incluindo sete de baixo impacto, para uso pelos agricultores.

    Dos sete produtos biológicos registrados, cinco são destinados para a agricultura orgânica e são compostos por Trichoderma atroviride, Trichoderma viride, Telenomus podisi e Baculovirus. Os outros dois produtos de baixo impacto são compostos por Pseudomonas oryzihabitans e Trichoderma atroviride.

    O produto a base de Trichoderma atroviride é o primeiro registrado a base desse princípio ativo e é eficaz no controle de Sclerotinia sclerotiorumpopularmente conhecido como mofo branco, que afeta várias culturas, incluindo abóbora, alface, batata, berinjela, feijão, melancia, melão, pepino e soja.

    Os produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica foram registrados com base em Especificação de Referência (ER), o que significa que podem ser usados em qualquer cultura com ocorrência dos alvos biológicos, sendo indicados tanto para os cultivos orgânicos quanto para os convencionais.

    O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    Os produtos químicos registrados incluem um herbicida em que um de seus ativos é o Aminociclopiracloro, um novo princípio ativo para controle de diversas plantas daninhas em pastagens.

    “No ano de 2023 já se somam 66 produtos registrados, sendo 15 de baixo impacto com nove deles autorizados para agricultura orgânica. Comparando com o ano de 2022 já tivemos um incremento de 3 produtos de baixo impacto, uma vez que no ano anterior foram registrados nesse mesmo período 12 produtos de baixo impacto. Isso demonstra o quanto vem crescendo a cada ano o registro de agrotóxicos de base biológica”, diz o Ministério da Agricultura.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Planejamento para a próxima safra de soja: doenças e clima devem ser levados em consideração

    Especialista explica a importância do produtor se atentar a fatores que impactam fortemente na rentabilidade das lavouras da oleaginosa

    De acordo com projeção divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o setor deve atingir a marca de 77 milhões de hectares utilizados para a produção de 312,2 milhões de toneladas de alimentos, número 15% superior ao registrado na safra 2021/2022. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de janeiro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soja, principal commodity do país, começou o ano registrando produção 23,4% superior ao verificado na última safra. A expectativa é que a safra deste ano da oleaginosa chegue a 147,5 milhões de toneladas.

    Para que o segmento prossiga em constante expansão, cada vez mais os produtores precisam se atentar à escolha e qualidade das sementes que utilizam, além das técnicas adequadas de manejo. Por conta da extensão territorial do Brasil, é comum as plantas se desenvolverem de formas distintas em diferentes regiões, especialmente em razão das condições climáticas de cada lugar e do surgimento de patógenos que são mais presentes em alguns estados e menos em outros.

    De acordo com Rodrigo Romanha, supervisor de Desenvolvimento de Produtos, “no caso da soja, por exemplo, estamos no momento em que os produtores estão negociando a compra de sementes para a próxima safra, então é importante que procurem identificar as doenças mais comuns na sua região e os principais desafios enfrentados ano após ano. Assim, podem adquirir cultivares mais apropriadas”.

    Cultura de soja

    Estudos da Embrapa Soja apontam para mais de 40 tipos diferentes de doenças identificadas nas lavouras da leguminosa, desde patologias provocadas por fungos até outras causadas por nematóides, vírus e bactérias. São condições que podem afetar todas as fases do ciclo da planta, podendo provocar prejuízos consideráveis na safra.

    Uma das doenças mais comuns é a ferrugem asiática, enfermidade que atinge todo território nacional. Trata-se de um patógeno que pode causar perdas de até 90% na produtividade da lavoura, pois a queda precoce de folhas em decorrência do fungo causador da enfermidade impede a formação completa dos grãos. Outro vilão é o nematoide de cisto, que atinge muitas lavouras em diversas regiões. Entre os sintomas estão formação de reboleiras, nanismo, raquitismo e amarelamento da planta.

    “Além das patologias, o clima é um fator que impacta fortemente nas lavouras. Algumas plantações podem sofrer com secas ao longo da safra, sendo de maior ou menor intensidade. Em outras regiões, há registro de excesso de chuvas, o que também é prejudicial. Precisamos, portanto, oferecer aos produtores cultivares específicas para ambas as situações, com maior tolerância à seca ou ao estresse hídrico”, comenta o especialista.

    Melhoramento genético

    Romanha explica que o produtor conta atualmente com sementes apropriadas a diferentes necessidades. “Hoje em dia, em decorrência das pesquisas e do desenvolvimento de cultivares por meio do melhoramento genético, o agronegócio pode ser mais sustentável, pois é possível reduzir perdas, reduzir o uso de insumos químicos diminuindo o impacto ao meio ambiente, e assegurar maior qualidade nos produtos que vem do campo”, comenta. “Os números de crescimento do agronegócio são reflexo do avanço nas pesquisas e no desenvolvimento dessas cultivares e nós, que trabalhamos para atender as demandas do produtor, estamos sempre atentos para desenvolver as melhores soluções, a fim de contribuir para a rentabilidade das lavouras”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportações de soja em grão e farelo crescem em 2023

    Embarques do farelo também têm um ligeiro incremento por conta de uma menor disponibilidade do produto da Argentina no mercado

    A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as projeções para a safra 2022/23 e as estatísticas mensais do complexo soja até o último mês de fevereiro.

    De acordo com os dados mais recentes, a produção e o esmagamento da soja em grão para 2023 estão mantidos em 153,6 e 52,5 milhões de toneladas, respectivamente. Conforme mencionado pela entidade em outras oportunidades, estes são os maiores volumes da série histórica.

    A produção de farelo de soja permanece em 40,2 milhões de toneladas e a de óleo em 10,7 milhões. A novidade fica por conta da elevação das exportações. A oleaginosa em grão cresce de 92,3 milhões de toneladas aferidas na projeção anterior para 93,7 milhões no atual balanço. Este aumento é justificado por uma maior demanda da China e demais países asiáticos pelo grão.

    As exportações do farelo de soja também têm um ligeiro incremento, de 20,7 milhões de toneladas para 21 milhões, principalmente por conta de uma menor disponibilidade do produto da Argentina no mercado.

    Com isso, a expectativa é de que as divisas com as exportações dos produtos do complexo soja superem os US$ 67 bilhões neste ano, mais um recorde histórico. Veja mais detalhes no quadro abaixo:

    Complexo soja

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: momento favorável para investir, aponta índice

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de março atingiu o menor nível dos últimos 21 meses, fechando em 0,97

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de março atingiu o menor nível dos últimos 21 meses, fechando em 0,97.

    O momento é favorável para o produtor rural, já que quanto menor o IPCF, melhor é a relação de troca.

    Seguindo a tendência dos meses anteriores, o fertilizante foi o fator que mais impactou na composição do índice, com queda média de 6% em comparação com fevereiro.

    Foi liderada pelo cloreto de potássio e seguida pela ureia, fosfato monoamônico e superfosfato simples.

    No mês de março, as commodities tiveram uma queda média de -3%, em comparação com o mês anterior, devido à safra recorde brasileira e à oferta excessiva de produtos no mercado, o que levou a uma pressão de preços para baixo. Os produtos que mais lideraram a queda foram a soja, o milho, o algodão e a cana-de-açúcar.

    Durante o mês, a indústria agropecuária ficou na expectativa da entrada da Índia como compradora internacional de cloreto de potássio, o que acabou ocorrendo no início de abril.

    Atualmente, o setor está direcionando sua atenção para a safra brasileira de grãos, que está próxima de atingir um recorde de 80% de colheita com boas produtividades.

    Ademais, o mercado está atento às atualizações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relação à próxima safra americana, que pode apresentar um volume menor do que o da safra anterior.

    Fertilizantes

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor relação de troca.

    O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/