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  • IGC eleva projeção da safra global 22/23 de grãos, para 2,250 bilhões de t

    Caso confirmado, o volume total da produção ainda será 1,79% menor do que o estimado para a temporada 2021/22, de 2,291 bilhões de toneladas

    Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) aumentou sua previsão de produção global de grãos na temporada 2022/23, para 2,250 bilhões de toneladas, ante 2,248 bilhões de toneladas da previsão divulgada em fevereiro, principalmente por causa do aumento na projeção de produção de trigo, justificou o IGC.

    No entanto, caso confirmado, o volume total da produção ainda será 1,79% menor do que o estimado para a temporada 2021/22, de 2,291 bilhões de toneladas.

    A estimativa para o consumo mundial de grãos foi reduzida de 2,266 bilhões de toneladas para 2,261 bilhões de toneladas. A previsão de estoques passou de 579 milhões de toneladas para 586 milhões de toneladas.

    Para a soja em 2022/23, o IGC diminuiu a estimativa de produção em 8 milhões de toneladas.

    A previsão passou de 378 milhões de toneladas estimadas em fevereiro para 370 milhões de toneladas no relatório atual, em comparação com os 356 milhões de toneladas de 2021/22.

    “Com uma grande safra brasileira mais do que compensando safras menores em outras localidades, principalmente na Argentina, a produção mundial de soja 2022/23 deve aumentar 4%”, disse o IGC em comunicado.

    A projeção de consumo da oleaginosa para 2022/23 foi diminuída em 4 milhões de toneladas em relação a fevereiro, para 370 milhões de toneladas, enquanto para o ciclo 2012/22 ela foi projetada em 365 milhões de toneladas.

    Já a projeção de estoques em 2022/23 caiu para 46 milhões de toneladas, ante 49 milhões de toneladas previstas em fevereiro. O volume do estoque final de soja de 2021/22 foi mantido elevado 1 milhão de toneladas, para 46 milhões de toneladas.

    Quanto ao milho, o conselho reduziu a estimativa de produção de 1,153 bilhão de toneladas para 1,150 bilhão de toneladas em 2022/23.

    O volume representa queda de 70 milhões de toneladas ante o resultado de 1,220 bilhão de toneladas projetado para 2021/22.

    O consumo caiu de 1,180 bilhão de toneladas, previstas em janeiro, para 1,174 bilhão de toneladas, ante 1,219 bilhão de toneladas projetadas para 2021/22.

    Os estoques passaram de 255 milhões de toneladas para 256 milhões de toneladas.

    Em relação ao trigo, na temporada 2022/23, o IGC aumentou a produção de 796 milhões de toneladas para 801 milhões de toneladas.

    O volume continua maior do que as 781 milhões de toneladas previstas para 2021/22, projeção esta que foi mantida em relação a fevereiro.

    A estimativa de consumo também foi conservada em 789 milhões de toneladas, enquanto para 2021/22 ela é de 783 milhões de toneladas. A perspectiva para os estoques do cereal foi elevada em 4 milhões de toneladas, para 286 milhões de toneladas, enquanto para 2021/22 a estimativa é de 275 milhões de toneladas.

    Para a safra 2021/22, o IGC manteve sua previsão de produção global de grãos em 2,291 bilhões de toneladas. Em relação ao consumo mundial de grãos, a previsão passou de 2,295 bilhões de toneladas para 2,297 bilhões de toneladas.

    A previsão de estoques finais foi mantida em 596 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Bayer lança plataforma digital para o agro em parceria com Microsoft

    Informações de atividades de campo obtidas por máquina agrícolas, imagens de satélite, drones e outras fontes serão processadas pelo sistema

    Pouco mais de um ano depois firmar parceria com a Microsoft para desenvolver ferramentas digitais para o agronegócio, a Bayer anuncia os primeiros resultados do acordo: novas soluções para uso não somente dos agricultores, até então foco da estratégia digital da companhia, mas de toda a cadeia ao redor deles, ou seja,  indústria, varejistas, bancos, seguradoras, startups e outros agentes.

    Alguns dos serviços serão ofertados pela própria Bayer, os chamados “AgPowered Services”, utilizando o sistema da Microsoft Azure Data Manager for Agriculture, que coleta e organiza, de forma simplificada, milhares de dados compilados de diferentes fontes.

    Informações de atividades de campo obtidas por máquina agrícolas, imagens de satélite, drones e outras fontes serão processadas pelo Azure Data Manager, armazenadas em nuvem e convertidas em ferramentas mais facilmente utilizáveis por outras empresas para obter análises preditivas, por exemplo.

    “Como olhar para imagens de satélite e remover o efeito de ter nuvens nas imagens? Como usar essas imagens para prever se há doenças ou outras coisas acontecendo na plantação, ou usar os dados para prever como a safra avançará e de que forma isso pode mudar dependendo de ter dias ensolarados ou frios? Estes são exemplos de recursos que vamos oferecer, os AgPowered Services que, combinados com o Azure Data Manageer, permitirão às empresas avançar em suas atividades mais efetivamente”, disse, em entrevista, o presidente global da Climate FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer, Jeremy Willians.

    A oferta de soluções da nova plataforma, contudo, não se limitará aos serviços da Bayer, afirma Willians. “Nossa expectativa é que os clientes sejam capazes de selecionar diferentes grupos de recursos, conforme suas necessidades, e que adicionalmente outras empresas contribuam com tecnologias e recursos para a plataforma. Não será apenas a Microsoft e sua base ou a Bayer; com o tempo serão outras empresas”, afirmou o executivo.

    “Acredito que nos tornaremos algo similar à Amazon, que tem recursos para fornecer, tem seus próprios produtos para venda, mas também tem um marketplace para outras empresas que busquem solucionar um problema por meio da joint venture formada pela plataforma”, disse.

    Com dados próprios e outros fornecidos por parceiros ao longo do tempo – com o consentimento de produtores, seguindo normas legais de cada país, ressalta Willians -, a Bayer deve ampliar o escopo de suas soluções digitais, alcançando empresas de alimentos, bancos, montadoras, grandes e pequenas companhias, além de startups.

    Seu interesse, prevê a empresa, não será só a operação agrícola em si como também sua rastreabilidade, em monitorar o retorno das lavouras, correlacionar com emissões de carbono e outras atividades.

    “Quando um cliente entrar na nova plataforma, encontrará muitas soluções para escolher e poderá fazer parte do sistema às vezes compartilhando dados, às vezes comprando soluções”, disse Willians.

    Um dos parceiros globais da Bayer e Microsoft na estreia da iniciativa será a CNH Industrial, de equipamentos agrícolas, que compartilhará seus dados com a plataforma tendo em vista, em um futuro próximo, oferecer a produtores sistemas de mais fácil uso.

    Outro parceiro, de acordo com Williams, será a Land O’Lakes, empresa norte-americana de alimentos com atuação em todo o país. “Conhecemos muitos bancos interessados em ter recursos digitais que ajudem a avaliar como as operações agrícolas de clientes estão avançando, para usar essas informações em determinados serviços financeiros”, explica o presidente global da Climate FieldView.

    “Ainda teremos o Climate FieldView como a parte do que fazemos focado no produtor. Mas estamos realmente nos movendo para um espaço em que poderemos ter um impacto maior na agricultura, ajudar a indústria de alimentos a ser mais produtiva e sustentável, assim como outras empresas.”

    Após ser lançada neste mês em forma de teste para clientes, a companhia deve anunciar, “mais tarde”, em data a ser definida, o início da operação comercial. Os detalhes sobre como monetizar a nova plataforma ainda estão sendo discutidos, de acordo com Willians, mas a ideia é licenciar soluções, softwares ou aplicativos para as empresas clientes, assim como um usuário paga pelo pacote Office ou por um aplicativo qualquer.

    O número de clientes que poderão ser atraídos para a plataforma nesta nova etapa ainda não foi estimado, diz Willians, mas a perspectiva é que, inicialmente, a maior parte seja de grandes empresas com negócios relacionados ao agronegócio. “Nosso foco inicial tem sido os grandes players, mas acredito que as soluções serão úteis também para empresas de médio porte e também para as pequenas, como startups”, diz.

    A Climate FieldView, plataforma da Bayer focada no produtor rural e no monitoramento de lavouras, chega hoje a 23 países monitorando 220 milhões de acres (pouco mais de 89,030 milhões de hectares) em todo o mundo.  No Brasil, até o começo do ano passado, 22 milhões de hectares eram mapeados pela ferramenta.

    Apesar da perspectiva de cobrança pelas soluções ofertadas na plataforma conjunta com a Microsoft, grande parte do retorno das iniciativas digitais da Bayer vem da melhor avaliação que produtores e clientes passam a ter de seus produtos – agroquímicos e sementes – com o uso de soluções digitais e suas recomendações.

    “Sabemos hoje que as pessoas que já estão na plataforma Climate FieldView avaliam nossos produtos físicos melhor, nos dão pontuações mais altas; com eles, temos menos desgaste e eles compram mais produtos de nossa marca. O que as equipes comerciais acreditam agora é que podemos alavancar um maior engajamento e lealdade para gerar ainda mais valor para a empresa daqui para frente”, argumenta Willians.

    “Escolhemos estrategicamente gerar mais valor do uso do Climate FieldView por meio das vendas de produtos físicos e outros benefícios indiretos, em vez de necessariamente tentar gerar receita de assinaturas, mas é muito claro que o uso da plataforma gera valor para os agricultores e eles estão dispostos a compartilhar isso conosco. O equilíbrio exato entre ganhos diretos e indiretos é algo que vamos otimizar ao longo do tempo.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Milho: ‘Não devemos ter problemas de abastecimento no mercado interno’, avalia consultor em agronegócio

    Carlos Cogo falou sobre exportação, consumo e preços do cereal em participação no telejornal ‘Mercado & Companhia’

    Projeções indicam que, na atual safra, o Brasil deve superar os Estados Unidos e assumir a primeira posição no ranking de maiores exportadores de milho do mundo. Consultor em agronegócio, Carlos Cogo registra que o país deve enviar para o exterior 50 milhões de toneladas do cereal. Os norte-americanos, em retração, tendem a ficar na casa das 49 milhões de toneladas.

    Diante do cenário que se desenha, de que o Brasil deve aumentar o volume de exportação de milho, Cogo fez questão de animar os ânimos do mercado local. De acordo com ele, mais envios internacionais não são — e não deverão ser — sinônimos de desabastecimento local.

    milho - eua x brasil

    Foto: Renan Aguiar/Canal Rural

    “Não devemos ter problemas de abastecimento no mercado interno”, disse Cogo ao ser entrevistado pelo Canal Rural. “Há muito mais relatos de problema de abastecimento em anos de quebra da primeira ou segunda safra do que em função de exportações elevadas”, prosseguiu o especialista ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva durante a edição desta quarta-feira (15) do ‘Mercado & Companhia’.

    “Quanto mais exportação, mais estímulo à produção local” — Carlos Cogo

    “Um país que exporta em grandes volumes não tem histórico de desabastecimento de milho. Pelo contrário, até estimula ainda mais investimentos em tecnologia, produtividade e área plantada”, prosseguiu o entrevistado. “Quanto mais exportação, mais estímulo à produção local”, exemplificou.

    Ao Canal Rural, Cogo deu destaque aos principais destinos do milho exportado pelo Brasil. Ressaltou que após abrir mercado para o produto somente no ano passado, a China já é responsável por 12% da fatia de mercado. O Japão, contudo, aparece na ponta, com 18%.

    carlos cogo - milho - destinos

    Foto: Renan Aguiar/Canal Rural

    Milho: exportações x preços

    Carlos Cogo também falou sobre os preços do cereal diante da perspectiva de avanço das exportações pelo Brasil. Assim como a questão de abastecimento, ele acredita que os valores das negociações não devem ser alterados. “Não há correlação entre exportação e alta de preço”, afirmou o consultor em agronegócio ao destacar que o mercado segue paridade internacional de importação e exportação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil deve exportar 14,8 milhões de toneladas de soja em março, projeta Anec

    Anteriormente, a entidade previa embarques de 14,6 milhões de toneladas da oleaginosa para o exterior durante o período

    A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou a previsão de exportações de soja do Brasil de 14,662 milhões para 14,893 milhões de toneladas neste mês. A entidade também aumentou a projeção de embarques de milho para 549 mil a 845.063 toneladas, ante 549 mil a 803.219 toneladas previstas na semana passada.

    De farelo de soja, a Anec prevê que as exportações brasileiras devem atingir 2,091 milhões de toneladas em março. No relatório da semana anterior, a projeção era 1,905 milhão de toneladas enviadas para fora do país.

    Quanto ao trigo, o Brasil deve exportar 728.594 toneladas até 31 de março. Conforme o boletim anterior da Anec, 612.824 toneladas era o volume previsto na ocasião.

    Na semana de 5 a 11 de março, o Brasil embarcou para o exterior os seguintes volumes, segundo a Anec:

    • 3,431 milhões de toneladas de soja em grão;
    • 236.617 toneladas de farelo de soja;
    • 118.046 toneladas de milho; e
    • 73.954 toneladas de trigo.

    Exportações de soja até 18 de março

    Para a semana de 12 a 18 de março, a equipe da Anec estima que as exportações devem totalizar 3,371 milhões de toneladas de soja em grão. Para o período, a projeção indica envios de 396.796 toneladas de farelo, 389.164 toneladas de milho e 251.044 toneladas de trigo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Biodiesel pode ser um aliado na transição energética sustentável

    Adicionado à matriz energética brasileira, o biodiesel reduz a necessidade da importação do diesel e pode substituí-lo no longo prazo

    O biodiesel é um biocombustível alternativo ao diesel convencional, ou seja, aquele derivado do petróleo. Possui características muito similares ao óleo diesel, fazendo com que possa ser adicionado ao diesel comum sem prejuízo na combustão.

    Adicionado à matriz energética brasileira, o biodiesel reduz a necessidade da importação do diesel e pode substituí-lo no longo prazo. A principal vantagem está na questão ambiental, mas existe também um apelo social relacionado ao emprego e renda, sobretudo na agricultura familiar.

    Pode se tornar vetor de desenvolvimento local porque pode ser obtido de diversas fontes vegetais, tais como óleos de mamona, do dendê, da soja e até da bocaiuva (palmeira comum no Brasil Central). Também pode ser obtido da gordura animal e de rejeitos como o óleo de cozinha usado.

    Política em prol do biodiesel

    Para incentivar a inserção do biodiesel na matriz energética, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, autorizou a mistura de 2% de biodiesel no diesel convencional em 2005, e se tornou compulsória em 2008. O PNPB prevê um aumento progressivo na mistura de biodiesel que hoje já é de 11% e deve chegar a 15% neste ano.

    O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve decidir, ainda esta semana, se mantém estagnada o percentual de biodiesel ao diesel convencional ou se retoma à prática de voltar a subir para chegar a 15% ainda em 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: Índice de Poder de Compra tem melhora em fevereiro

    Na composição do índice houve um ligeiro recuo, de 2%, nos preços dos insumos

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de fevereiro fechou em 0,98, ante 0,99 de janeiro e 1,02 em dezembro. O momento é o mais favorável dos últimos 20 meses — quanto menor o indicador, melhor é a relação de troca para o produtor rural — e revela a boa rentabilidade do produtor rural.

    Na composição do índice houve um ligeiro recuo, de 2%, nos preços dos fertilizantes, provocado principalmente pelo nitrogênio. Por outro lado, o preço das commodities continuou com pouca variação e caiu 0.3% em relação ao mês anterior.

    Atualmente, a atenção do mercado está voltada para a safra brasileira de grãos, com uma colheita recorde se aproximando e desafios das influências das mudanças climáticas, como a seca no Sul do Brasil e na Argentina. Além da entrada da demanda mais forte do hemisfério norte (com destaque para a maior movimentação no mercado dos Estados Unidos) que também está no radar do mercado de agronegócios.

    IPCF e Mosaic Fertilizantes

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor relação de troca. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ciclo do fenômeno La Niña chega ao fim; saiba mais

    Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural, fala sobre a mudança climática

    Há três safras, o La Niña atuou no Hemisfério Sul, o que, entre outros problemas, provocou a estiagem no Rio Grande do Sul. Esse fenômeno, contudo, não seguirá ativo no decorrer dos próximos meses, informa Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural.

    Com base em dados do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), departamento mantido pelo governo dos Estados Unidos, Müller cita que o atual ciclo do La Niña chegou ao fim. Agora, há a presença da chamada fase neutra desse fenômeno de interação oceano-atmosfera: o El Niño Oscilação Sul (Enso). Porém, o efeito não é imediato, pois leva-se um tempo para a atmosfera começar a reagir a este sinal de águas superficiais mais quentes no oceano Pacífico Equatorial.

    “Existe a chance do [próximo] verão já começar sob a influência de El Niño” — Arthur Müller

    “As expectativas são que essa neutralidade dure até o fim da primavera 2023”, afirma Müller. “Existe a chance do [próximo] verão já começar sob a influência de El Niño”, informa o meteorologista ao fazer referência à estação que, no Hemisfério Sul, irá de 21 de dezembro deste ano a 20 de março de 2024.

    Dessa forma, a expectativa é de que a próxima safra de verão do Rio Grande do Sul não seja impactada pela estiagem. Com o El Niño, o estado sulista deve contar com o aumento das chuvas.

    Previsão do tempo além do La Niña

    Para além do fator envolvendo o fim do ciclo do La Niña, Arthur Müller destaca a previsão do tempo para os próximos dias. De acordo com ele, as chuvas irão se concentrar, de sábado (11) a terça-feira (14) sobre três pontos espalhados pelo país:

    1. Região Norte como um todo;
    2. Oeste nordestino; e
    3. Norte de Mato Grosso.

    Nessas áreas, a expectativa é de que a chuva tenha volumes de 50 a 120 milímetros. Por outro lado, o interior do Nordeste e o centro-sul do Rio Grande do Sul seguem sem previsão de acumulados até o início da próxima semana. O tempo seguirá quente e úmido nas demais faixas do país.

    Altos acumulados x baixa umidade

    Na relação da previsão do tempo com as atividades rurais, o meteorologista do Canal Rural apresenta — desta vez — dois alertas:

    • Soja

    Os altos acumulados de precipitação para os próximos dias na região Norte e no norte de Mato Grosso podem gerar transtornos durante a colheita da soja. Isso porque solo já se encontra bem úmido devido às chuvas dos últimos dias.

    • Trabalho de campo

    Devido à baixa umidade relativa e ao calor no interior do Nordeste e no sul do Rio Grande do Sul, um cuidado extra com a hidratação se faz necessário no trabalho de campo dessas localidades.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Grupo propõe mudança no calendário do plantio de soja no RS

    Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja vai encaminhar proposta para o governo federal

    No que depender da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, o calendário de plantio da oleaginosa no Rio Grande do Sul sofrerá mudanças. Nesta semana, o colegiado aprovou a ideia de avançar com a proposta de antecipar em 10 dias os períodos de vazio sanitário e de semeadura do grão no estado.

    Atualmente, o vazio sanitário do Rio Grande do Sul vai de 13 de julho a 10 de outubro, com o plantio liberado de 11 de outubro a 18 de fevereiro. Ou seja, a câmara defende a alteração para que o vazio sanitário à cultura seja definido de 3 de julho a 30 de setembro. Consequentemente, a semeadura ficaria liberada de 1º de outubro a 18 de fevereiro.

    A ideia da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja é implementar o novo calendário para a próxima safra, 2023-24. Em apresentação no estande do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS) na Expodireto Cotrijal, evento que ocorre nesta semana no município gaúcho de Não-Me-Toque, o grupo avisou que encaminhará ofício nesse sentido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Presente no encontro que se discutiu o tema, o diretor-geral adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, afirmou que a ideia se dá com base em números e dados de órgãos técnicos.

    “É fundamental para adoção de políticas fitossanitárias, em especial sobre a ferrugem asiática da soja” — Ricardo Felicetti

    “A participação da Câmara — por meio de produtores, entidades representativas, técnicos e integrantes da cadeia produtiva da soja — é fundamental para adoção de políticas fitossanitárias, em especial sobre a ferrugem asiática da soja, uma das maiores ameaças fitossanitárias do Brasil na cultura”, ressalta Ricardo Felicetti, diretor do departamento de defesa vegetal da Seapi.

    Vazio sanitário da soja

    O vazio sanitário foi instituído pelo governo federal como uma das medidas fitossanitárias para o controle da ferrugem da soja, com pelo menos 90 dias sem a cultura e plantas voluntárias no campo. O Mapa também definiu o calendário de semeadura da oleaginosa como ação complementar para racionalização do número de aplicações de fungicidas e redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do agente causal da doença.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • ‘Royalty na soja é fundamental para continuidade de investimentos’, diz diretor da Bayer

    Entidades do setor lançaram clube de inovação para discutir os desafios para os próximos dez anos na produção da oleaginosa

    A soja brasileira se consolidou como uma potência agrícola na última década, transformando a realidade de milhares de produtores. Para garantir que o grão siga esse caminho de sucesso, discutir os desafios para os próximos anos com todos os elos da cadeia é fundamental.

    Esse é o objetivo do Grupo de Inovação Soja, iniciativa que conta com a participação de 48 entidades de todo o país, como a Bayer. De acordo com o diretor de Negócios de Soja e Algodão da empresa, Fernando Prudente, a ação vem da necessidade de união dos atores responsáveis pelos altos níveis produtivos da oleaginosa.

     “A iniciativa é: aproveitar essa força que a gente já tem, que já existe, e criar uma estrutura, um guarda-chuva, que chamamos de Clube da Inovação Soja para que seja uma coalização para defender inovação, tecnologia e sustentabilidade na cultura da soja no Brasil”, destaca.

    Desafios para a próxima década

    Nos próximos dez anos, a área plantada com soja no país deve aumentar aproximadamente 24,4%, chegando em 51,5 milhões de hectares, especialmente em estados do Centro-Oeste e Nordeste. Já a produção pode atingir cerca de 180 milhões de toneladas. Os dados provém do estudo “Projeções para o Agronegócio”, feito pelo Mapa em parceria com Embrapa e Universidade de Brasília.

    Para alcançar esses índices, os desafios são muitos, como a recuperação de áreas degradas, o lançamento de novas cultivares resistentes a pragas e a mitigação dos efeitos da estiagem na lavoura.

    Entre as questões que também preocupam os membros do Clube é a segurança jurídica do setor. Empresas que lançam biotecnologias enxergam a manutenção do pagamento de royalties como essencial para continuar investindo no país.

    “O Brasil aprovou o marco regulatório na década de 1990 que deu segurança para todas as empresas, não só a Bayer, que pudessem investir e continuar investindo e tinham certeza, segurança desse retorno de investimento. Então a defesa da propriedade intelectual traz segurança jurídica para qualquer empresa continuar investindo no mercado brasileiro”, acredita Prudente.

    Defesa de royalties na soja

    O alto investimento no lançamento de uma nova biotecnologia resistente às principais pragas que atacam a soja é o principal argumento das empresas. Eestima-se que do início do desenvolvimento da semente até o registro no mercado sejam gastos em torno de 115 milhões de dólares.

    Segundo o presidente da Associação Brasileira de Sementes de Soja (Abrass), Gladir Tomazelli, a segurança jurídica é uma necessidade para todos. “É para quem provém a biotecnologia, para quem provém a genética, para quem planta, para quem multiplica. É de vital importância para o avanço das tecnologias para todos os elos da cadeia. Então todos nós devemos fazer o nosso papel de produzir dentro da legalidade para que todos os elos da cadeia tenham a possibilidade de ganhar com essas tão avançadas ferramentas”, declara.

    A quebra de patentes na Argentina tem servido de alerta às entidades que compõem o Clube da Inovação Soja. “O Brasil seguiu e segue esse caminho de defesa de propriedade intelectual. Na Argentina foi o contrário. Eles não conseguiram acertar toda a cadeia e hoje várias empresas saíram daquele mercado por não ter essa segurança”, completa Prudente, da Bayer.

    Por aqui, as empresas já começam a preparar as sementes que serão utilizadas pelos produtores no final da próxima década, sempre ampliando o espectro de ação de resistência a novas pragas e defensivos. Contudo, desafios ainda persistem, como biotecnologias resistentes a percevejos, variedades que não se concentrem apenas no aumento de produtividade, mas, também, no incremento de proteína e óleo do grão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo transgênico: aprovação traz tranquilidade ao setor, afirma entidade

    Abitrigo entende que decisão dá fim a risco operacional no mercado nacional

    A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) divulgou nota favorável à aprovação do plantio, da importação e da comercialização do trigo transgênico, HB4, da Bioceres. O posicionamento foi apresentado na última sexta-feira (3).

    O documento assinado pelo presidente da entidade, Rubens Barbosa, pondera que a medida resolve o risco operacional que existia desde a aprovação da importação de farinha com trigo geneticamente modificado. Dessa forma, a instituição avalia que a decisão de agora leva “tranquilidade aos diferentes atores do mercado”.

    A Abitrigo reforça que é a favor do desenvolvimento de inovações que tragam benefício à saúde e à segurança alimentar dos brasileiros. Com isso, sinaliza que vai se limitar a “oferecer comentários sobre o aspecto mercadológico da decisão”.

    Trigo transgênico no Brasil

    Como, segundo a entidade, não ocorreram manifestações contrárias ao trigo transgênico desde a aprovação da importação de farinha, e pesquisas realizadas no período deram sinais de que os brasileiros não se opunham ao uso, a entidade acredita que “a palavra final ficará com os consumidores”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/